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17° Capítulo

Carla Oliveira

O sinal havia tocado.As crianças que estavam do lado de fora da escola correram apressadas para dentro.Os pais foram se despedindo dos filhos com beijos ou abraços.Algumas das crianças chupava geladinho.

O pai dela decidiu ficar com a filha esperando até que tocasse.Os dois ficaram encostados no carro enquanto Eliane olhava para as pessoas e logo sorria.Parecia um pouco forçado o seu jeito.

Carla precisou revirar os olhos disfarçadamente olhando para aquela mulher.Eliane estava se achando até demais. A garota havia cruzado os braços diante daquilo.

Seu amigo, Daniel, foi o primeiro a chegar na escola pelo que ele contou a Carla, pois o apartamento onde ele morava ficava um pouco longe.

A história sobre a vizinha de Daniel ser uma nova colega de sala deles ainda estava mal explicada para a garota.Eles ficaram conversando.

Rafael chegou depois.Carla e Daniel sempre andavam de skate com Rafael na rampa, mas ele nunca havia ido na casa dos amigos por morar bem mais distante deles.

Victor, pai de Carla, conheceu ele quando sua filha o apresentou a seu pai.Ela aproveitou que estavam todos juntos ali.Eles apertaram a mão um do outro e sorriram.

A jovem havia falado dele para seu pai, mas ela achou importante ele conhecer seu amigo pessoalmente.Os três ficaram conversando sobre como foram suas férias e depois Rafael entrou sozinho.

Quando tocou o sinal Carla foi logo se apressando.Abraçou o seu pai e sorriu forçado para Eliane.A jovem comemorou em silêncio ao se ver livre de sua madrasta.

Os dois entraram na escola e foram ao bebedouro.As paredes eram da cor branca. A sala dos professores e a diretoria ficava do lado esquerdo.

Nas paredes havia desenhos que foram feitos pelos próprios estudantes.A ideia dos grafites tinha vindo do  diretor.No ano anterior os alunos se juntaram para grafitarem, bateram as fotos dos desenhos e o resultado agradou a todos.

Daniel e Carla foram os primeiros a apoiarem a ideia do diretor.Eles se sentiram orgulhosos do que fizeram as paredes da escola, pois trouxeram cor e alegria.

As crianças do 5° ano A e B também participaram.A escola apoiava essa arte do grafite e alguns estudantes sabiam grafitar.Trabalharem juntos foi uma experiência nova para todos.

Carla foi até seu armário e o abriu.
Tudo continuava do mesmo jeito por ali.A garota gostava de organização e por isso passou um pano no armário o limpando.

Ela suspirou enquanto lembrava de uma lembrança que sempre deixava bem guardada.Tirou uma foto da mochila, a olhou, sentiu saudade daquele dia e decidiu colocar essa foto no seu armário.

Segurou a foto e usou fita adesiva para fixar.Ficou no canto direito e visível.Na foto estava a garota e sua irmã.Mirela estava com 6 anos de idade e Carla com 9 anos.

As duas se divertiam com uma guerra de travesseiros.Quem ganharia no final era o de menos, porque elas só queriam brincar.A foto era bastante nostálgica para a jovem.

-Vamos para a sala Carlinha?-uma voz bem conhecida a interrompeu naquele momento.

Era Daniel.Ele sorria, porém quando olhou para ela percebeu tristeza em seu olhar.Seus olhos se dirigiram para a foto no canto direito.

-Não queria ter te interrompido- ele se desculpou e pegou no ombro dela- Mas temos aula...

-Eu sei-fechou o armário com força- Preciso esquecer desse meu presente que mais parece um pesadelo.

-Eu só acho que as coisas podem ir melhorando sabe?-deu de ombros-Bom e a...sua irmã?Já sabe?

-Vão melhorar, porque vou juntar a minha família-disse decidida-Não. A Mirela nem suspeita de nada desse namoro virtual ou que tem uma mulher que se acha morando com a gente.

-Pois tenta esquecer isso-olhou para ela-Hora de estudar agora.

-Como?Estudar?É ruim hein-ela disse sorrindo-Você sabe como funciona os primeiros dias de aula. Temos mais tempo livre que tarefas aqui, cara, e você já sabia disso.

A jovem deu língua para ele tentando ignorar os pensamentos da conversa que escutou de seu pai com Eliane sobre o anel de compromisso. Daniel sorriu balançando a cabeça e eles subiram as escadas correndo.

A primeira aula foi com o professor Carlos do ano passado.Ele ensinava o 1° e 2° ano do ensino médio e era bem conhecido por ser exigente. Sua matéria era história, mas como era o primeiro dia de aula ele não passou tarefas e somente escreveu sobre o que estudariam no decorrer do ano em história.

Muitos alunos estavam com caras de sono ou mexiam em seus celulares por debaixo das carteiras. Era um novo ano, haviam novatos na sala, teriam novos conteúdos para estudar, mas nem tudo parecia novo.
Os alunos eram a prova viva disso, pois não pareciam interessados em socializar naquele dia.

As horas foram se arrastando, como se em vez de ponteiros, houvesse alguma tartaruga no relógio que o fizesse trabalhar devagar. Esse foi um dos pensamentos de Carla quando olhou em seu relógio de pulso pela vigésima vez naquela manhã.

Na terceira aula os alunos esperavam o próximo professor e quem entrou na sala fez todos se alegrarem, pois já estavam cansados de não fazerem nada esse tempo todo.A professora Joana entrou segurando uma bola e disse que iriam para a quadra. Era a hora da aula de educação física.

Pedro Miranda

Fingir.Essa era a palavra que mais definia Pedro.Um fingimento aqui, uma mentira ali, uma felicidade fingida e assim o jovem foi seguindo sua vida.

Desde criança ele teve popularidade. Era um garotinho de 3 anos entrando em uma escolinha onde não conhecia ninguém e foi logo fazendo muitos amiguinhos.

Sua mãe, Cinthia, sempre havia cuidado bem dele com carinho e amor. Ele foi crescendo feliz e cheio de amigos. Tinha uma facilidade para atrair os colegas.Era um bom aluno.

Aos 6 anos ele era um garoto esperto e inteligente.Sua vida era cheia de sorrisos e popularidade.Parecia tudo bem para ele,mas um dia antes do seu aniversário ele ficou sabendo de uma novidade.

Sua mãe estava grávida e Pedro iria ter um irmãozinho.A notícia havia o assustado por ele ser filho único e por ser muito mimado pela mãe,mas as coisas mudaram com o nascimento de seu irmão.O nome do bebê era Emanuel e Pedro não sabia, mas sua mãe sempre amou mais a ele do que a Emanuel.

Depois do nascimento de seu irmão ele continuou estudando, fez seu ABC em 2004, recebeu cartinhas de meninas que gostavam dele na escola e sempre tirava notas boas, mas seu pai nunca o parabenizava pelas notas.

Por isso o garotinho preferia ficar com a mãe e pouco com o pai.Emanuel foi crescendo junto com Pedro e em dezembro de 2005 Emanuel fez seus 2 aninhos.Pedro estava com seus 8 anos e foi nesse final de ano que eles se aproximaram mais.

Parecia tudo aparentemente bem.No final do ano de 2005 o seu gosto pela fotografia dava seus primeiros sinais, pois o garoto começou a pegar o celular de sua mãe escondido para bater fotos de coisas que gostava.

O tempo se passou e a sua primeira bicicleta foi um presente de sua mãe aos seus 9 anos de idade.Ela comprou por causa dos esforços de seu filho na escola e queria que esse presente fosse como um incentivo para ele continuar com as boas notas.

Seu pai, Michel, era um professor de crianças e era ele quem ensinava as lições da escola a Pedro. O pai sempre cobrava o filho para que ele tirasse um 10.

Seus amigos sempre viam sua mãe ou seu pai indo o deixar na escola.O que aconteceu nos anos seguintes foi uma surpresa e tanta para os irmãos e para o pai.

Cinthia parecia feliz, mas essa não era bem a verdade. Ela continuava dando mais atenção a Pedro e deixava Emanuel meio de lado.O garotinho já havia começado a estudar.A mãe deles era uma mulher infeliz pela vida que levava. Esse era um dos motivos para algumas brigas dela com o marido.

A mulher havia seus motivos para ter feito o que fez.Ela sabia que estava errada, tinha consciência que agiria como uma irresponsável, porém ela queria se sentir bem consigo mesma. Em 2007, Emanuel e Pedro tentavam se dar bem, Michel ajudava quando podia e Cinthia fez o que achou bom para ela.

Numa madrugada de outubro a mulher sofria calada.Chorou muito em seu quarto, olhou para o marido na cama e foi até o quarto dos filhos.Ela já se sentia culpada.Beijou as testas dos irmãos, foi saindo devagar,abriu a porta da sala, pegou suas malas e saiu correndo.

Ela sumiu pelo mundo em uma atitude covarde, mas com muita culpa.A sua vida era uma tremenda farsa,o seu casamento havia sido arranjado pelo seu próprio pai e ela nunca gostou do marido.Já Michel a amava e quando acordou percebeu que realmente sua mulher havia ido embora.

O que Cinthia deixou? Uma carta. Uma simples carta escrita por ela dias antes de abandonar sua família.A carta que foi lida por Michel.Ele só chorou muito sofrendo com isso tudo e precisou explicar para os filhos o que havia acontecido.

Contou da carta, mas não deixou que seus filhos pegassem nela. Pedro ainda estava com 9 anos e Emanuel tinha seus 3 aninhos.Os irmãos e o pai sofreram muito e o homem assumiu a responsabilidade de cuidar dos dois filhos.

Emanuel não entendia bem as coisas por ser muito novo e sentiu muita falta da mãe que nunca o amou e nem deu atenção devida.Para o Pedro foi como um choque e um pesadelo. Nessa época ele culpou a seu pai por a mãe ter ido embora. O garoto procurou os culpados em vez de ir logo atrás das respostas.

De um garoto feliz, inteligente e popular ele so tornou o garoto sem mãe, solitário e sentia culpa também. Pedro se perguntava sempre o porque sua mãe havia ido embora e pensou que tinha sido um peso na vida dela. Começou a culpar a si próprio.O pai contratou uma babá para ficar com os filhos e ele pôde trabalhar.

Emanuel fez 8 anos.Ele precisou se consultar com psicólogo no ano de 2011, pois estava apresentando pouco interesse nas atividades escolares e o encontraram chorando as vezes. Os acompanhamentos a psicólogo e suas dificuldade de fazer amizades foram os motivos para o garotinho começar a sofrer bullying na escola.

O garotinho gostava de desenhar em seu tempo livre e isso o ajudava a esquecer um pouco da mãe. Pedro e Emanuel conversavam, jogavam bola as vezes, mas não eram muito próximos. Os anos seguintes foram bem difíceis para os três.

Pedro sentia muitas saudades da sua mãe,seu pai não o mimava, colocava o garoto de castigo as vezes e brigou com ele pelas suas notas baixas que começou a tirar em 2011.Ele tinha  medo do pai e só o enfrentava quando realmente não aguentava mais.

O pai se via sobrecarregado  e com o sumiço de Cinthia ele começou a descontar seus problemas em seu filho mais velho. Pelo fato de Pedro estar sem interesse nos estudos, jogar muito de bola, passar tempo demais no celular e querer ir para praça toda noite com os amigos seu pai começou a perceber que ele estava muito desobediente.

Para ele,a ausência da mãe, não era motivo para o filho agir assim, mas dava pra ver que Michel não o conhecia direito.O pai não tinha muito tempo para conversar com os filhos, chegava cansado do trabalho e Pedro precisava mais de atenção.

Sua rebeldia se dava início, a raiva da sua mãe ter o abandonado começava a dar sinais e sua escapatória era estar rodeado de amigos.

No dia 1° de novembro de 2014 Pedro completou 15 anos e em dia 6 de dezembro Emanuel fez seus 11 anos. O filho mais novo estava na sua pré adolescência, vivia escutando música no fone de ouvido, conversava pouco na escola, seus amigos dava pra contar nos dedos e todos os dias sentia falta da mãe.

Michel as vezes se emocionava por vê-los crescendo, mas não sabia lidar muito bem com o filho mais velho.
A adolescência de Pedro começou nesse ano e ele quis sair mais de casa, mas Michel o proibia.

Ele dizia sempre: "Antes da diversão você precisa estudar." 
Pedro aprendeu a odiar essa frase. Michel só conseguia enxergar o novo garoto que Pedro se tornou, via somente os erros dele, desobediência e o chamava de burro as vezes.

Na escola o adolescente era muito respeitado, mas não tinha amigos de verdade.Foi em 2014 que ele conheceu um garoto chamado Davi e se tornaram melhores amigos. Pedro estudava na escola municipal Henrique Alves e Emanuel estudava em outra escola pública.

O tempo se passou e no ano de 2016 o jovem tinha seus 17 anos e Emanuel seus 13 anos.O mais novo era mais fechado, havia desistido de ir para o psicológo e gostava muito do pai. Pedro era rebelde, continuava muito popular,seus "amigos" o invejavam por pensarem que sua vida era boa e ele ainda tinha interesse em fotografia.

O jovem as vezes pensava tanto no abandono da mãe e se perguntava o porque tinha nascido.Um garoto feliz se tornou triste e sabia que não tinha muitos amigos de verdade.Era como se sua vida fosse uma mentira na parte de amizades.

Michel tentava se aproximar cada vez mais do seu filho mais novo e cobrava muito de seu filho mais velho.Ainda sentia falta de sua ex mulher. Cinthia nunca  mais havia dado notícias.

Capítulo um pouco maior para que entendessem melhor sobre esse sumiço de Cinthia.O que acharam da atitude dela? Contem aí nos comentários. Um novo começo de ano com a volta as aulas espera os alunos veteranos e novatos e ainda reserva surpresas. E lembrem-se que tudo aqui começou com um simples namoro virtual de Victor e Eliane, com as filhas de cada um e com uma nova família. Dessa ideia veio as outras historias para criar os novos personagens.

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