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16° Capítulo

Carla Oliveira

A vida é engraçada.Coisas acontecem tão rápido as vezes, mudanças boas ou ruins e pessoas se reencontrando.O mundo gira. Quando pensamos que tudo pode estar sobre controle? É nesse momento que mora o perigo.

A jovem não sabia como era ser filha de pais separados, mas o divórcio de Victor e Cristina mostrou que até os casais tranquilos podem se separar um dia. Ela adorava um desafio e havia decidido enfrentar os novos que viessem em sua vida.

Carla pensava que seu pai estava se enganando e podia ainda gostar de sua mãe.Pensou que esse namoro dele poderia ser algo temporário. Que ela conseguiria trazer felicidade para eles ao juntar sua família. Para garota isso não era impossível, pois acreditava que podia conseguir tudo ou ao menos tentar.

As coisas haviam saido do controle dela quando percebeu as mudanças aparecendo em sua casa. Nada podia voltar a ser como antes se ela não tentasse juntar seus pais, mas o Se não era comum em seu dicionário.Um simples "se" significava dúvida e para ela era melhor agir para mudar as coisas antes que fosse tarde. Sem colocar dúvidas em suas ações.

Ela havia feito uma promessa de que veria sua família unida de novo e promessas eram muito importantes para a garota. Precisava agir sem levantar suspeitas e na sua mente isso era a coisa certa a se fazer. Se fosse preciso fazer algo contra Eliane ou contra Natália ela ia fazer sem pensar duas vezes.

Com a volta as aulas de fevereiro ela teria que voltar a se acordar cedo. Se levantou com o som do despertador e deu um pulo da cama com o susto, mas logo percebeu que era somente aquele som irritante novamente.

Colocou a mão na cabeça sentindo um pouco de tontura e se arrependeu de ter se levantado rápido. Olhou para a cama de Natália e depois seu olhar se dirigiu para a foto de sua irmã que estava na mesinha ao lado da cama.

- Coitada da Mih que não sabe desse namoro do nosso pai-ela balançou a cabeça com raiva e pensou como ia ser a reação de sua irmã ao saber dessa novidade.

Deu de ombros tentando não parecer irritada e pegou o celular. Havia mensagens de Rafael e Pedro e sem pensar muito ela colocou na de seu melhor amigo, Rafael.

"Bom dia Carlinha. Vamos acordando que hoje tem aula e como não somos uns vagabundos então não podemos gazear."

"Imagina que legal vai ser nosso primeiro dia de aula? Estou beem animado 😴 (lê esse Animado como uma ironia)."

Ela sorriu e colocou na mensagem de Pedro.

"Depois preciso falar contigo. Eu não sei se você sabe, mas atropelei uma garota quando eu andava de bicicleta e parece que ela mora na sua casa?! Me explica essa história na escola que não entendi nada."

Carla revirou os olhos ao pensar em ter que contar tudo para ele, soltou o celular na cama e foi se arrumar. Vestiu a farda da escola e calçou seu all-star desbotado.

Saiu, fechou a porta e ouviu as vozes de Victor e Eliane. Eles conversavam no quarto deles. A garota se deixou levar pela curiosidade e decidiu ficar escutando a conversa deles.

- Eu estava pensando em algo para oficializar nosso namoro-ele disse- Estamos morando juntos como uma família-ao ouvir isso Carla sentiu um aperto no coração por lembrar de sua mãe- Você é muito importante para mim.Gosto de você, estou conhecendo aos poucos a sua filha e espero que a gente possa ser mais unidos. Nós e nossas filhas.

- Sim meu amor-Eliane disse- Você também é importante para mim, mas vamos com calma.Estamos no começo do namoro e teremos momentos especiais juntos.Vejo a gente no futuro e felizes. Se estou aqui é graças a você e por nosso namoro.

- Por isso eu acho bom oficializarmos amor- a garota ouvia aquilo com uma tristeza misturada com enjôo por ver seu pai apaixonado de verdade- Não quero ir com pressa, mas não tenho dúvidas de que te amo e de que quero passar o restante dos meus dias com você. Eu...pensei de comprar um anel de compromisso.

Ela colocou a mão na boca assustada e se segurou para não fazer nenhum barulho.

- Um anel?-Eliane perguntou e sua voz demonstrava surpresa- Ah meu amor eu não sei nem o que dizer. Desde que começamos a namorar virtualmente eu sentia que você era a pessoa certa para mim. Claro que quero oficializar nosso namoro.

Eles começaram a se beijar. A jovem espiou um pouco o momento deles pela porta entre aberta e a fechou bem devagar. Ergueu a cabeça, desceu as escadas e foi andando até a cozinha com raiva depois do que havia escutado.

Seu pai mal havia colocado aquela mulher para morar com eles e já pensava em anel de compromisso.Isso foi meio difícil para ela processar. Tomou seu café da manhã sozinha e tentou manter a calma quando seu pai e Eliane chegaram a mesa.

Faltando pouco tempo para as 07:00 horas Victor chamou Carla para ir a deixar na escola, mas dessa vez uma pessoa a mais iria.Seu pai chamou sua namorada para ir com eles.

Carla olhou para ela chateada,mas disfarçou bem para ninguém perceber e entrou no carro.Os três foram para escola.

Andreina Diógenes

- 06:44 da manhã

O cabelo dela voava com o vento que entrava pela janela do carro que a levava para uma nova escola.A garota havia passado por sua antiga escola que ficava mais perto de sua casa.

Andreina estava com os olhos fixos em seu Iphone rosa claro e nada tirava sua atenção daquele aparelho em suas mãos. Ela estava conversando com sua melhor amiga, Patricia.

Se estressar não era muito bom para a jovem. Por isso ela procurava ficar calma, colocar um sorriso no rosto, ser simpática sempre e tentar não brigar com seus pais.

Ela não havia aceitado a decisão de seus pais e procurou apoio em sua madrinha, Luisa, mas o que ela disse a surpreendeu. "As vezes precisamos sacrificar coisas, fazer uma mudança ou ter uma nova rotina.Faz parte da vida mudar. Você vai ver que logo irá gostar dessa mudança."

As palavras dela não haviam mais saído da mente da jovem. Era como se sua madrinha não achasse errado a afilhada estar em contato com essas pessoas pobres.

Por um momento Andreina pensou se não estaria exagerando. Talvez as mudanças fossem boas, mas estudar com pessoas assim nunca havia se passado pela cabeça dela. Não era como eles. Gostava de quem havia se tornado e sentia orgulho de si.

Nunca seria como eles.Sem chances. Fora de cogitação. A garota pensava nisso enquanto conversava com sua amiga. Precisava se distrair de alguma forma.

Sua mãe estacionou o carro em frente a escola. A jovem suspirou, ajeitou o cabelo e continuou com os olhos em seu Iphone.

- Tenha um bom dia-ela disse para a garota.

Sua mãe preferiu se limitar no que dizia para que sua filha não começasse a fazer perguntas do tipo: "Escola municipal? O que tem errado na escola onde estudo?". Porém, o que ela disse depois a surpreendeu.

- É melhor trancarem as salas na hora do intervalo-sua mãe a olhou- Para no caso de aparecer algum ladrão...-ela deixou a frase morrer.

- Que coisa horrível de se dizer- ela suspirou irritada- Qualquer escola é boa. Ver se coloca isso na sua cabeça e esses alunos estão aqui para estudar- colocou seu óculos de sol na cabeça- Você não os conhece e não pode julgar ninguém. Não tem alunos ladrões aqui só por ser municipal. É uma ótima escola.

Andreina ficou séria a escutando e pegou sua mochila rosa com chaveiro de pompom. Naquele momento nem a sua madrinha parecia estar ao seu lado e isso a fazia se entristecer.

- Eles estudam coisas bem atrasadas sabia? Que sorte que já sei de muita coisa que eles ainda nem sabem, não é mãe? Nisso a senhora precisa concordar-ela terminou de dizer e abriu a porta do carro.

Sua mãe decidiu não ir contra as palavras de sua filha, simplesmente ligou o carro e deu a partida.Ela ergueu a cabeça olhando para o muro onde tinha o nome Escola Municipal Henrique Alves.

Os alunos passaram por ela e alguns andaram devagar só para a observar. Ela gostava de ter a atenção das pessoas, se sentia bem ao perceber o efeito que tinha sobre eles e sua beleza a ajudava muito.

Alguns desses alunos era um garoto que vinha andando de bicicleta. Ele entrou, colocou a bicicleta em uma grade com a corrente e o cadeado.O garoto era forte e de cabelo preto.

Uma garota se levantou da calçada e passou por ela rapidamente. Ela tinha mechas azuis e roxas no cabelo. Aquele lugar estava longe de ser um recomeço. A garota pensou que sua madrinha só poderia estar errada.

A jovem ergueu a cabeça,passou a mão no cabelo e começou a andar como se estivesse desfilando. Passou pelo muro da escola e de repente sentiu que o seu tênis lilás estava bem frouxo.

O seu cadarço estava desatado,ela suspirou e se abaixou para fazer o laço. Ao seu redor havia alunos rindo ou conversando. A maioria permanecia do lado de fora. Assim que ela amarrou o cadarço foi se levantando e se esbarrou com alguém. 

Se desequilibrou um pouco e sentiu as mãos da pessoa pegando em seus braços rapidamente a trazendo para mais perto de si. Andreina ficou um pouco assustada com esse esbarrão. Ela olhava para baixo ainda bem perto da pessoa e foi levantando a cabeça devagar. 

O susto da jovem foi quase visível, pois ela havia esbarrado no garoto da praia. Aqueles olhos azuis estavam perto da garota.

Praia da Barra da Tijuca, os vários banhistas no mar, esportes aquáticos e a música. Balé de jazz, os passos da dança e a entrega ao balé. O pequeno público a olhando admirados, a água do mar batendo em seus pés e a primeira vez que ela avistou o grupo de jovens no calçadão.

As lembranças desse dia ficaram um bom tempo em sua mente enquanto ela olhava para o garoto. Eles estavam tão perto um do outro e as suas respirações pareciam aceleradas.

O garoto sorriu. Os lábios dela se tremeram um pouco por causa do susto de o ver novamente, ela se soltou dele e ajeitou sua roupa que estava um pouco bagunçada pelo esbarrão. O sinal tocou a fazendo se despertar mais. Os dois ficaram relembrando do dia que se viram pela primeira vez e foram interrompidos pelo sinal.

O jovem sorriu e ela permaneceu séria. Andreina ficou o observando.O garoto estava com uma camisa verde e calça jeans. Usava um boné com a aba para trás e um cordão.

- Você?!- ele perguntou parecendo confuso, mas com um sorriso- Toma mais cuidado da próxima vez para não sair esbarrando em todo mundo. Aqui tem muita gente-piscou o olho para ela.

A garota sorriu forçado. Ele encarou ela por um tempo e coçou um pouco a cabeça. Ela relembrou do jeito dele que a intrigou na praia.

- Eu preciso ir para não chegar na sala atrasada-disse e saiu de perto dele voltando a andar desfilando.

O momento entre eles havia ficado para trás, mas o jovem ficou olhando ela se afastar. Andreina sentiu que ele estava a olhando.Ela não quis admitir, mas gostou de rever o garoto da praia.

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