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Capítulo Vinte e Sete

            — Que lindo, Ick! — Entrei no meu quarto e percebi que Jéssica havia descoberto a pequena caixa de poemas que sempre escondi embaixo da minha cama. — Você que escreveu isso?

            — Sim, fui eu. Onde você achou?

            — As poesias são separadas por datas. — Ela continuou a falar como se não ouvisse a minha indagação. — As mais antigas são contemplativas e falam sobre a vida, mas a partir de certo momento todas elas passaram a falar sobre amor. — Ela analisava o meu caderno apaixonadamente. — Mas as poesias de amor duram pouco. As mais recentes falam sobre tristeza, saudades. — Ela seguia uma clara linha de raciocínio.  — Você já foi apaixonado, Ick?

            Acho que falar da minha vida poderia distrair ela um pouco dos seus próprios problemas. Sento-me ao lado dela no chão:

            — Sim, já fui. Acho que todos já fomos, né?

            — Eu não.

            — Não?

            — Não. Quero dizer... Eu achei que fui. Mas agora percebi que aquilo não era amor. — Ela folheia o meu caderno e lê outros versos:

            — Isso sim é amor! — Exclama. — Você sabe exatamente como descrevê-lo.

            — Obrigado. Acho que a poesia no final das contas é isso: a arte de saber traduzir sentimentos em palavras.

            Ela olha para mim com uma grande expressão de admiração e espanto. Seus olhos são tão azuis que lembram uma piscina:

            — É isso. — Disse sorrindo. — "A poesia é a arte de saber traduzir sentimentos em palavras".  É exatamente isso!

            Arrasta-se no chão para chegar mais perto de mim e continua a ler trechos dos poemas:

            — Ick, você tem ideia do quanto é talentoso?

            — Eu não sou tanto assim.  — Não estava tentando parecer modesto, eu realmente não achava as minhas poesias grande coisa.

            — Acorda, Ick. Quantos adolescentes que você conhece conseguem escrever versos como esses?

            Ela continua a revirar meus rascunhos animadamente, quando encontra uma folha de papel avulsa, com um texto escrito com uma letra diferente, mais fina, delicada e levemente inclinada para a direita. Vários trechos da carta estavam ilegíveis devido aos borrões que a chuva lhe proporcionou. Os olhos azuis percorrem a folha, sua expressão muda:

            — Samaris é o nome dela?

            Ouvir esse nome ainda me faz sentir pontadas estranhas no peito:

            — Sim. — Não havia muito a falar. Jéssica havia claramente encontrado a carta de despedida que Samaris deixou na última noite em que eu a vi.

             — Entendi. — Ela leu a carta de novo. — Você ficou com... Mágoa dela?

— Um pouco. Passei algum tempo com muita raiva na verdade, eu não queria entender o porquê disso acontecer. Com o tempo a raiva passou, hoje até consigo entender parcialmente, mas... DROGA!

            — Sabe, Ick, estou chegando à plena conclusão de que é mais fácil viver quando não se tem nem nada nem ninguém a perder.

            — Quando não se tem nada a perder... Não se tem nada!

            — Eu também percebi isso. —Ela concluiu. — Acho que um dia ela também vai perceber.

Silêncio.

            — Você ainda a ama?

            A pergunta que dói.

            — Se eu pudesse escolher, não.

            — Se ela pudesse escolher, também não o amaria.

            — Será que ama?

            — Não duvide disso.

            — Onde será que ela está agora?

            — Não sei, Ick.

            Minha mãe entra no quarto carregando um prato com dois sanduíches de presunto no pão integral e uma garrafa de suco de laranja:

            — Tomem — Disse postando no chão à nossa frente. — Jéssica, eu já preparei a sua cama no quarto logo ali do outro lado do corredor, quando quiser é só ir se deitar, tudo bem?

            — Tudo sim. Muito obrigada, Sra.

            — De nada, amor. Tem mais alguma coisa que eu possa fazer?

            — Não, obrigada.

            — Tudo bem então. Boa noite. 

            — Boa noite. — Respondemos nós dois em coro quando ela se retirou do quarto.

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