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Capítulo Vinte e Cinco

(Nota do Sali: Pessoal, eu sei que demorei (muito) para postar. Minha vida andou bastante corrida e emocionalmente intensa. Agora voltamos ao ritmo normal, e o capítulo de hoje tem um tamanho agradável. 

Vale lembrar que cada comentário que vocês fizeram aqui ou no facebook serviram como incentivo para voltar mais rápido :) 

Quem tiver twitter, podemos conversar lá @felipesali. 

Beijão <3) 

— Mentira!

Agora EU que havia levantado. Agora EU que estava indignado. No que essa garota louca estava pensando, afinal? Eu olho para ela, que continua parada sentada naquela cadeira, chorando, e não sentia mais tanta pena.

— VOCÊ! — Esbravejou o pai apontando para mim. — SAI DA MINHA CASA, AGORA!

— É mentira dela! Eu nunca tive nada com ela! — Exclamei desesperado. — Conta para eles, Jéssica! Conta a verdade!

— SAI DAQUI! — Gritou o pai novamente.

— Jéssica... — Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Só queria perguntar o motivo disso tudo.

— SAI DAQUI AGORA OU EU BOTO VOCÊ PARA FORA!!! DEPOIS EU TEREI UMA CONVERSA COM VOCÊ EM PARTICULAR!

Eu saí.

Mais uma vez, me encontrava andando perplexo a passos largos e rápidos na vazia noite escura. Mais uma vez, a Jéssica tem parte da culpa por isso. Odeio ver filmes repetidos. Odeio.

Dentro de casa reflito sobre tudo o que aconteceu. Não chego a nenhuma conclusão plausível.

A campainha toca. Meus pais costumam fazer turno extra, sempre aparecem pessoas procurando por eles no dia em que não estão, já até me acostumei em...

— Jéssica?

Com certeza a última pessoa que eu esperava encontrar na minha porta nesse momento. Jéssica encontrava-se na minha frente, com uma mala média em cada uma das mãos, chorando muito. É a primeira vez que a vejo com os cabelos despenteados, ainda a mesma roupa do jantar:

— Eles me botaram para fora de casa...

— Que coisa, né?

— Eu não tenho para onde ir, Ick!!

— E a casa das suas amigas?

— Não posso... Tenho vergonha.

— Vergonha?

— OLHA PARA MIM! — Ela exclama, se referindo ao seu estado lamentável: expulsa de casa, duas malas sujas nas mãos, olhos inchados de tanto chorar, cabelos e maquiagem, antes impecáveis, agora largados de qualquer jeito. — Eu não posso bater na porta da casa de uma amiga assim!

— Não pode, é? — Eu estava juntando todas as forças para parecer frio perante a garota que acabou de me enganar, mesmo que ela esteja se debulhando em lágrimas. —Então, pode ser que você não tenha amigas de verdade.

— Eu achava que tinha muitas amigas. — A voz dela foi ficando cada vez mais fraca. — Eu achava que tinha sorte em nascer numa família rica. Eu achava que era feliz. Eu achava que o mundo era bom. Eu achava um monte de coisas... Mas agora acontece isso e tudo desaba. Agora eu não acho mais nada.

Perceber que todo o seu pequeno e maravilhoso mundo criado era falso, deve ser um grande choque para qualquer um. Não consegui olhar para isso com frieza.

            — Ah! Quer saber? — Eu disse em tom de descaso. — Entra logo. Precisamos conversar muita coisa mesmo.

            Jéssica entra devagar e cabisbaixa, para na sala de estar, olha para os dois lados e senta no sofá:

            — Onde estão os seus pais?

            — Eles fazem hora extra hoje.

            — Hum...

            Foi a primeira vez que eu a vi com os ombros baixos, seus olhos inchados muitas vezes apontavam para o nada e quando apontavam para mim dava para notar perfeitamente a sensação de "sem chão" que ela transmitia.

            — Sabia  — comecei a falar assim que fechei a porta — que aquela briga que tive no corredor da escola foi por sua causa? Eu briguei por você!

Mais uma vez ela abaixa a cabeça e nada diz. A falta de reação dela me deixa ainda mais nervoso:

            — EU te apoiei quando você veio com aquele papo de que não tinha amigos! EU aceitei te dar forças para você contar aos seus pais o que estava acontecendo! Nunca poderia imaginar que alguém teria CORAGEM de fazer isso que você fez quando alguém está estendendo a mão para você!

            Eu me sentei frente a ela, levemente mais calmo, ou porque simplesmente percebi que gritar não adiantava nada, e perguntei:

            — Por quê?

            — Eu... Eu não podia contar a verdade, Ick.

            — Por quê? Por que tem vergonha? Eu tô cansado disso! Eu tô cansado do jeito como você encara a vida! Aliás, estou cansado da forma como você NÃO encara a vida! Desculpa se ninguém te avisou antes, mas a vida NÃO é perfeita! Ninguém te disse que só iriam acontecer coisas boas na sua vida e que, se caso acontecesse algo ruim, você poderia agir errado sem que as pessoas te culpassem. Você NÃO está isenta de culpa por causa da sua situação! Você não tinha o direito de fazer isso comigo!

            Mais uma vez, lágrimas voltaram a rolar, em nenhum momento ela se mexeu ou olhou para mim. Senti uma pontada de pena. Ela era uma criança assustada, veio até mim em busca de proteção e acabei perdendo a paciência com os erros dela, também.

            — Olha, — continuei a dizer mais calmo dessa vez — você pode ficar no quarto de visitas por enquanto. Até a poeira baixar, depois você volta para casa e conversa com os seus pais, tenho certeza de que tudo vai ficar bem, e então você contará a verdade sobre o pai da criança para eles, ok?

            Ela fez que sim com a cabeça.

            Eu segurei a mão dela, que estava muito quente, olhei em seus olhos e passei adiante uma das melhores lições que eu aprendi nesses últimos meses.

            — Fica tranquila, Jéssica. — Falei — Isso também passará.

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