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Capítulo Vinte

Imediatamente, todos os olhares se voltaram para mim. Cada um mais curioso do que o outro, e alguns certamente riram em voz alta da perspectiva de ter eu e a Jéssica realizando um trabalho escolar, juntos. Absolutamente todos sabiam do que havia ocorrido naquela fatídica festa.

Ao final da aula, todos saíram da classe, exceto eu e Jéssica, que obviamente tivemos a mesma ideia de ir falar com a professora para pedir uma troca de dupla:

— Nem pensar! — disse a professora no mesmo segundo.

— Mas... — o fato de eu e a Jéssica falarmos ao mesmo tempo só deve ter complicado o entendimento da professora, que continuou mantendo a mesma sentença.

— Prestem atenção. — em tom decisivo olhando para nós dois. — Eu não sei nada sobre a inimizade de vocês, mas seja lá o que for, isso não é meu problema. As duplas foram sorteadas justamente para evitar esse tipo de intriguinha. Aprendam a ser civilizados e façam esse trabalho pacificamente ou os dois perderão valiosos pontos na média. — Acrescentou se dirigindo à Jéssica. — E convenhamos que você precisa muito desses pontos. —  E sumiu porta afora, deixando eu e a Patricinha a sós.

Silêncio constrangedor. Percebo a força que ela fez para lançar o seu mais cruel olhar de desprezo em minha direção antes de falar:

— Esteja na minha casa às seis! Sem nenhum segundo de atraso. — e saiu tintilando o seu salto alto no chão.

— E de onde tirou que eu sei onde você mora?  

Jéssica parou na porta com a mão na maçaneta sem olhar para mim.

— Todo mundo sabe onde eu moro.

Eu realmente sabia onde ela morava.

Às seis horas do mesmo dia, me dirigi à casa da Jéssica, sempre me certificando que estava andando devagar o bastante para chegar atrasado por puro despeito. O bairro dela era diferente dos demais, as ruas eram mais vazias e as casas mais bonitas, o número de apartamentos era consideravelmente maior também. Mesmo no meio de tantas casas bonitas, a da Jéssica se destacava nesse meio, branca, grande, com duas pilastras postadas uma a cada lado da porta.

Só precisei apertar o interfone uma vez para poder ouvir sua voz:

— Lucas, é você?

— Não. — respondi. — Sou eu, o Ick.

— Ah. — o seu tom de voz foi de simpática para desprezível em um segundo. — Eu vou destrancar o portão daqui. Pode entrar.

Um clique anunciou que o portão se destrancou e entrei com a péssima impressão de que aquela seria uma tarde não muito agradável para nenhum de nós dois.

O interior da casa era exatamente como o imaginado. Tudo impecavelmente limpo, bonito e aparentemente caro.

E lá estava ela. Vestindo uma roupa bem mais simples do que de costume.  Um suéter cinza com uma palavra em inglês estampada, um jeans e o cabelo preso em coque. Ainda assim era radiantemente linda.

 A beleza da Jéssica é muito diferente do tipo exótico e raro da Samaris. É a beleza que você encontra nas capas das revistas, nas passarelas, parece até que usaram a Jéssica de molde para fazer a Barbie. Por algum motivo, esse tipo de beleza me incomoda um pouco.

Sua beleza não mascara a sua personalidade. Quando me aproximo e a cumprimento ela responde asperamente.

— Olá! Vamos começar logo, para terminar logo!

Percebi que mesmo com esse olhar de desprezo, ela nunca mencionou o ocorrido na festa, como quem foi criada acostumada a não instigar os assuntos ruins. Dizem que é assim que as pessoas da classe alta agem.

Acompanhou-me até a sala, onde já estão jogados pela mesa de centro e pelo chão vários livros, cadernos e anotações, deixando bem claro que tentou adiantar o trabalho o máximo possível antes da minha chegada.

— Onde estão os seus pais? — perguntei.

— Eles não estão em casa — e acrescentou. — Nunca estão.

Sentamos-nos no chão em meio à bagunça de livros e folhas e Jéssica começou a falar uniformemente sem olhar para mim:

— Estive aqui dando uma pesquisada nesses livros de sociologia, acompanhando o conceito de família nas diferentes culturas e sociedades, além do mais...

—Proteção. — apesar de tê-la cortado, não me senti sendo rude.

— O quê?

— Proteção. É isso o ponto em comum no conceito de família das diferentes sociedades. Até mesmo nos animais a família é quando o pai ou a mãe ou os dois estão juntos protegendo o seu filhote. É uma forma instintiva de sobrevivência, de amor. É a proteção.

Quando terminei de falar, percebi que Jéssica finalmente encarava o meu rosto. Não somente me olhando, era como se tivesse acabado de reparar na minha existência, acabado de reparar em mim. Foi a primeira vez que eu a vi com uma expressão serena desde que passei por aquela porta:

— Você percebeu isso tudo sozinho, Ick? — perguntou.

— Foi o que eu andei observando esses dias.

Ela sorriu.

— O que foi? — questionei sem saber o motivo do (alguns minutos antes) impensável sorriso.

— Você é um garoto muito estranho, sabia?

— Já me disseram isso antes.

Nós dois sorrimos juntos.

Mas o sorriso durou pouco no rosto da Jéssica, dando lugar a uma expressão estranha. Ela se levantou rapidamente, correu até o banheiro e fechou a porta com estalo.

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