— Eae, amigão. — O seu sorriso irônico fazia a minha raiva ser mais alta do que as dores. — Achou que poderia enfiar um murro na minha cara na frente de todos e iria ficar por isso mesmo? Achou mesmo?

            Ele enfia um soco na minha cara com a maior força que conseguiu reunir, os outros dão risadas, sinto o meu nariz arder e o sangue quente descer até a minha boca.       

            — Escuta aqui, cavalheiro errante. — Ele segura a minha cabeça pelos cabelos, eu sentia que poderia matá-lo se conseguisse a oportunidade. — Ninguém sabe que eu sou o pai daquele maldito bebê! Eu não estou afim de estragar a minha vida por causa daquela aberraçãozinha! Jéssica é esperta demais para abrir a boca. Então saberemos exatamente a quem procurar caso alguém bata à minha porta com um exame de D.N.A nas mãos. Você não vai querer que a gente vá te procurar, não é mesmo?

            Mais um soco na minha face e eu caio de cara para o chão, as mãos no rosto, a dor era enorme. Os sons de passos mostram que eles estão se afastando, me deixando para trás, sangrando e me contorcendo em dor.