Capítulo 26 "Pesadelo?"
Acordei devagar, minha cabeça doía muito, e estava amarrada em uma cadeira.
Olhei ao fundo da sala e só me lembro de ver uma pessoa sentada em uma cadeira, tentar gritar e depois sentir uma agulhada no braço e apagar.
Acordei depois de um tempo e continuava no mesmo lugar só que dessa vez com um pano na boca.
Tinha uma cadeira na minha frente, virada para o lado oposto.
?!?!: Eu tentei ser legal? Tentei! O mais doce o possível? tentei! E olha só para você quis do jeito mais difícil...
Essa voz era familiar e logo percebi de quem se tratava.
Logo uma figura grande se sentou na cadeira na minha frente, e se virou para mim.
Minha visão ainda estava um pouco turva, espremi um pouco os olhos ate minha visão se focar e olhei para meu pai encarando seus olhos.
Tentei gritar, mas sem sucesso.
Meu pai ainda me encarando com um sorriso, levou seu dedo indicador aos lábios.
Pai:Shhhhh... Não vai adiantar... Você vai fazer tudo que eu mandar.
Ele falou calmo e ameaçador
Eu o olhei e pus me a chorar, chorei tanto que apaguei.
Senti meu corpo ser levantado com um pouco de brutalidade e não lembrava de NADA depois disso.
Acordei em minha cama suando e com o rosto inchado.
Minhas mãos estavam frias, eu sentia muitas dor de cabeça e meu travesseiro estava totalmente molhado.
Entrei no banheiro e lavei o rosto, me olhei no espelho e vi que logo atrás de mim em cima da cômoda, estava o Relógio já eram 4:56 da manhã.
Eu corri até lá e tinha outro bilhete com fita vermelha dessa vez.
Guardei-o na gaveta e fiquei tentando dormir sem sucesso.
Não conseguia parar de pensar naquilo não sabia se era real.
Acabei desmaiando de sono e fiquei na minha cama por um logo tempo abraçando minhas pernas e apoiando meu queixo nos joelhos.
Alguém bateu na porta.
Permaneçi quieta e a pessoa entrou, colocou uma bandeja na mesa, se sentou na cama e ficou me observando por um longo tempo.
Quando a pessoa se levantou da cama, eu abri os olhos devagar e meu pai estava lá.
Isso foi um choque, minhas mãos tremiam e lágrimas saiam involuntariamente.
Não conseguia enxergar direito por conta das lágrimas.
Sentei na cama e meu pai sentou do meu lado e tentou me abraçar eu recusei levantei tentando adivinhar as posições dos móveis para não bater em nenhum.
Pai: Eu tento ser legal? Tento! O mais doce o possível? tento! E olha só para você, prefere o jeito mais difícil...
Quando ele disse essa frase, eu parei e me senti tonta. Não era possível seria a mesma frase do meu Pesadelo?
Me apoiei na bandeja sem perceber, a derrubei e junto dela caí e fiquei chorando.
Meu pai afagou minhas costas e me levou até a cama.
Pai: uuuh... filha porque está chorando?
Ele pôs a mão em minha testa.
Ghatty: por tudo pai! Minha mãe, meus amigos, Steve...
Falei entre soluços.
Ele me olhou sério e disse.
Pai: você precisa amadurecer! Hoje vou te ajudar com isso.
O olhei confusa e senti uma forte dor de cabeça.
Ghatty: Argh!
Falei e coloquei a mão onde doía.
Pai:Você precisa dormir um pouco. Está muito cedo...
Ele saiu e eu peguei a carta de Steve.
Carta on:
Princesa eu sei que pode ser difícil ficar acordada até essa hora, ou aguentar com sede até eu chegar...
Porém não posso ir todos os dias aí isso é muito perigoso...
Desculpa só posso ir aí semana que vem, vou esperar a poeira baixar...
Desta vez foi uma tortura te ver dormir...
Você suava e chorava muito não podia descer dali...
Saudades
Steve.
Carta off:
Fiquei tentando assimilar o que tinha lido.
Lavei meu rosto e passei o dia no quarto.
Meu pai veio diversas vezes perguntar se eu estava bem.
Na última vez que perguntou:
Pai: Filha Você está bem?
Ghatty: sim estou... Pela milési...
Pai: milésima vez.
Ele falou debochando de uma forma engraçada
Eu sorri fraco e continuei lendo um livro que encontrei na cômoda
Pai: Filha, vamos em um lugar que me deixa sempre feliz.
Ele me levou até uma porta de metal e a abriu.
Ligo a frente tinham um corredor com uma porta trancada com um enorme cadeado e uma outra porta entre aberta que dava em uma janela de vidro.
Meu pai fez questão de tapar meus olhos para fazer uma "surpresa"
Entramos na sala e ele tirou as mãos dos meus olhos.
Quando vi aquela cena onde havia uma pessoa sentada em uma cadeira de costas para a gente amarrada e meu pai subitamente pegando uma arma, fiquei em choque eu sabia o que iria acontecer mas não conseguia me mexer.
Minha primeira reação quando ele disparou foi fechar os olhos.
A pessoa morreu e logo entrou outra.
Ele estendeu a arma em minha direção e me olhou como se tivesse dito
Sua vez!
Me olhou naturalmente com um sorrisinho se lado como se estivesse se gabando.
Eu segurei a arma com mão trêmulas e a joguei no chão.
Pai: Você é uma decepção.
Ele falou massageando as têmporas.
Peguei a arma de volta e mirei nele.
Ghatty:E Isso te deixa orgulhoso?!? Pai.
Falei quase gritando.
Ele abriu um sorriso me encarando e logo em seguida sentou em uma cadeira que estava logo atrás encostada na parede, e abriu os braços.
Pai: Manda ver.
Ele falou quase em um sussurro.
Eu joguei a arma no chão já chorando e parti para meu quarto.
Eu estava morrendo de raiva, como ele pôde me chamar de... decepção...
Eu nunca seria capaz de atirar em alguém.
errei diversas vezes o caminho e encontrando cadáveres em selas escuras. Até que enfim encontrei a saída, corri para meu quarto, tranquei a porta, e tentei ligar para minha mãe como o de costume.
Lembrei que ele tinha "fugido."
Liguei para a Carol, ela não atendeu, estava dando ocupado.
Liguei para a Mô e deu fora de área.
Liguei para Steve e... Ele também não atendeu.
Eu não tinha ninguém estava sozinha, fui arrancada de meus pensamentos quando escutei alguém bater na porta.
Eu gritei:
Ghatty: Vá embora!
Deduzí que seria meu pai.
A pessoa continuou batendo insistentemente.
?!?!:Ghatty posso entrar?
Escutei em tom baixo e não reconheci a voz, me levantei secando as lágrimas para ficar mais "apresentável" prendi os cabelos em um rabo de cavalo rápido e abri a porta.
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