Capítulo 4
O fim da tarde havia chegado. O sol se despedia do céu, deixando suas cores marcadas nas nuvens. Elenor se esgueirava pelo recinto procurando o quarto onde estava pela manhã. Sua barriga roncava, seus pés doíam, ela só queria descansar
.
De repente, a garota escutou passos.
E antes que pudesse reagir, ela sentiu uma pancada na cabeça e em seguida tudo estava escuro.
Acordou, mais uma vez, com sua cabeça dolorida, mas dessa vez ao em vez de estar no quarto repleta de crianças em sua volta, estava num quarto escuro e úmido. Elenor levantou a cabeça para dar de cara com outro mascarado, tão alto e esguio quanto o outro, com o diferencial da máscara. Um olhar triste em uma máscara branca e preta decorada com uma lua minguante. Mas ao invés daquele rosto a tranquilizar, fazia com que seu coração batesse mais rápido.
— olha só quem está de volta, uma pena, achava que tinha me livrado de ti — Do outro lado estava Derek, sentado em outra cadeira, e na frente dele, uma estante repleta potes de vidro, recheado com pílulas de todas as cores.
— Quem diria, a novata conseguiu arrumar encrenca no primeiro dia!— Ele abriu um sorriso no rosto.
— Muito bem, pois eu vou te explicar, você foi uma garota bem levada, e fugira do seu novo lar, o que não agradou nem um pouco Lune e Soleil, e para não haver confusão, desta vez você só terá que fazer trabalho extra pela manhã. — Aquele tom de deboche na voz de Derek tirava Elenor do sério, mas se sente aliviada por não ser espancada. O menino vira um copinho de pílulas e se levanta, falando para a bruxa segui-lo. Voltaram para o mesmo quarto de antes, as cortinas estavam fechadas e o quarto era iluminado por lâmpadas fracas e amareladas, Polly entregou para ela um pedaço de pão que ela havia guardado do almoço, que nas palavras dela, era um presente de boas-vindas.
As crianças mais novas se reuniam em volta das crianças mais velhas que contavam contos e histórias, como monstros, elfos e bruxas, como Jason dissera. Elas eram todas cômicas e surreais, não era como conhecia.
Ela se perguntava : será que tudo estava bem? Será que Minerva e Malva saíram vivas?
Esses e mais pensamentos a assombram até tarde da noite, as velas já estavam apagadas, as crianças roncando, e ela de olhos bem abertos na escuridão.
Ela ouviu passos, e por mais que quisesse se levantar para verificar, as palavras de Polly de algumas horas mais cedo vieram a tona:
"Lune é bem rígida com as regras, não a deixe pegar acordada se não quer problemas".
O som da porta abrindo a fez arrepiar.
Sentia cada vez mais a criatura se aproximando de sua cama, se vira de lado fingindo estar se aconchegando nos lençóis.
Pela manhã descobriria segredos daquelas criaturas, não naquela hora, estava cansada de mais para isso e esse foi o último pensamento de Elenor antes dela cair no sono.
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