Capítulo XXI
Tessa
Acelero em sua direção, com a aparência envergonhada, prestando atenção na grama, assim, evitando o contato visual. Adam apenas fica ali, naquele mesmo lugar.
Chegando perto do capô do carro, desvio os meus olhos para ele, pegando firmemente em minha bolsa trazendo-a mais para perto do meu corpo. De imediato dou um sorriso de canto e ele faz o mesmo, enquanto avança em minha frente somente com um passo.
- Você está linda! - elogia, olhando-me de baixo para cima, capturando todo o meu corpo.
- Obrigada! - agradeço, meio sem jeito, pondo uma mecha de trás da orelha.
Ele pisca os seus olhos várias vezes e sai de seu posicionamento, seguindo para o outro lado do veículo. Eu o acompanho. De imediato, Adam abre a porta e espera-me entrar no carro, logo o mesmo se conduz para o seu lugar.
Ao entrar, Adam liga o carro e pisa no acelerador, seguindo na direção da estrada.
Ficamos em silêncio por uns instantes até ele coçar a garganta e de imediato olho para ele com a expressão meio assustada.
- Você já foi em algum restaurante por aqui? - pergunta.
- Não, só na pizzaria e naquela lanchonete daquele dia... é... Não sei se você se lembra que ja tivemos uma pequena discussão.
- Ah sim, lembro. - Ele abre um grande sorriso.
- Ainda hoje espero as desculpas. - Cruzo os braços, com um sorrisinho.
- Ah é? - Arqueia as sobrancelhas e seus olhos pulam para a estrada novamente. - Pensei que era eu quem devia receber. Desculpa.
- Desculpado - digo com a expressão satisfeita. - Onde vamos? Pizzaria? Cinema, eu sei que aqui não tem. - arrumo minha postura.
- Para um restaurante que conheço, a comida de lá é ótima, acho que você vai gostar - diz, enquanto entra em uma estradinha estreita, onde tinha mais terra do que a que estávamos.
- Vamos atolar! - aviso com os olhos arregalados, olhando aquela mini estrada.
De repente o pneu de trás faz com que não seguissemos em frente. Ficou atolado na areia.
Sem esperar, Adam pisa com toda força no acelerador, que até mesmo suas veias ficam a mostra. Ele consegue nos tirarmos daquela situação, olha para trás e depois para mim.
- Experiência! - ajeita sua postura e continua o caminho.
- Nunca duvidei - fico com o rosto meio desconfiado, pressionando a boca para não começar a gargalhar alto.
Imediatamente, uma luz amarela esclarece o meu rosto, causando uma irritabilidade nos meus olhos, sem mesmo pensar, levo a minha mão a testa, na tentativa de acostumar aos poucos com a luz.
- Chegamos. - Fala Adam olhando-me, tentando entender o que estava fazendo.
- Ah... É aqui! - tiro a minha mão do rosto e rapidamente avisto o pequeno restaurante, que por fora parece ser bem elegante.
- Sim - ele confirma, estacionando o carro.
Arrumo-me, puxando o blazer e coloco o meu cabelo para fora dele.
- Vamos? - Ele pega a chave do carro e abre a sua porta.
- Vamos! - faço o mesmo.
Ao por pés no chão, respiro fundo. Dentro de mim há dois sentimentos o de satisfação e o de nervosismo.
Adam posiciona-se na minha frente, pega em minha mão e tranca o carro, dou um sorrisinho de canto e vamos em direção ao restaurante.
Entrando nele, depois do Adam, vejo várias janelas grandes de vidro, com cortinas vermelhas ao lado delas. As toalhas das mesas se encontravam na mesma cor, vermelha, e branca, ao canto pode se observar um pequeno bar, onde tem uma porta com grande movimentação, garçons saindo de lá para cá, com uma bandeja em suas mãos.
Meu acompanhante não perde tempo e logo prossegui para uma mesa, localizada no meio do restaurante.
Chegando lá, sentamos. Adam acena para algumas pessoas no canto do grande cômodo, eles me notam e sem saber muito o que fazer, solto um pequeno sorriso em sinal de comprimento.
- Aqui está o cardápio, pode escolher o que quiser. - Adam puxou minha atenção de volta, dando-me o cardápio nas minhas mãos.
- Ok - fico observando os pratos que estão escrito nele.
Um tempo depois, com a escolha do jantar já feita, ficamos em silêncio por uns longos minutos.
- Quer tomar algo? - pergunta, guiando os seus olhos para o barzinho.
- Ah... não! Da última vez que bebi...
- Ok! - Adam olha para a mesa e em um curto tempo olha-me novamente. - Gostando do lugar?
- É adorável. - digo, admirando a paisagem pelo o outro lado das janelas. - Nunca imaginaria que aquela estradinha estreita daria nisso aqui. - nego com a cabeça.
Ele fica sorrindo. O garçom prossegui em nossa direção e deixa os nossos pedido.
Dando atenção para a minha comida, sinto a presença de alguém a meu lado e ao mesmo tempo olho para Adam, que ajeita a sua postura para cumprimentar um homem, a pessoa que se possionou perto de mim.
- Quantas honra. - Fala o homem de cabelos loiros para o Adam.
- Essa aqui é a Tessa - direciona o seu rosto para o meu.
O homem oferece sua mão e eu ò comprimento.
- Sua companheira? - pergunta o homem com os olhos arregalados, e sorridente.
- Sim - Adam logo respondeu.
- Uma bela...
- Moça - Adam ò interrompe rapidamente, com a sua expressão facial espantada.
- Sim - Confirma com a cabeça. - Vou me retirar, se precisar é só chamar! - disse o homem se retirando.
Adam respira meio aliviado e volta a sua atenção para o prato. Ajeito a minha postura, inclinando-me para frente.
- Hum... quem era? - pergunto.
- O dono do restaurante, era um grande amigo do meu pai. Eu nem ò apresentei, né? - arqueia as sobrancelhas.
- Não - Nego com a cabeça. - Mais não tem nada.
- Desculpa, eu não prestei atenção. O nome dele é Tony.
- Está certo - digo, voltando para a minha comida.
Ao acabarmos de comer, Adam chama o garçom, que logo recolhe os pratos e leva também o pagamento do jantar.
Levantamos da cadeira e seguimos para a porta.
Em minha cabeça eu apenas me perguntava. Só isso? Mais é que na verdade eu queria mais, desejava, precisava de um mais.
Prosseguimos em silêncio e entramos no carro, até que no meio do caminho ele estaciona o carro num matagal ao lado da estrada.
- Vamos entrar? - pergunta, olhando para a floresta - Quero lhe mostrar uma coisa - desvia o olhar para mim e sorri.
- Na floresta? - Arqueio as sobrancelhas.
- Confia. - diz saindo do carro.
- Está bem - faço o mesmo que Adam.
Ele oferece a sua mão e sem mesmo pensar duas vezes eu à pego e saímos em rumo a floresta. Adam abre o caminho para me passar por trás.
Numa curta caminhada, Adam para e eu faço o mesmo, imediatamente vejo um rio com pedras ao seu lado e uma linda vista para as montanhas, aquela paisagem era completamente perfeita. os meus olhos brilham ao ver tanta beleza em so um lugar, de fato, ja sabia que a floresta era um lugar encantado, porém aquele rio superou totalmente, certamente ele deve ser a coisa mais linda que há nela.
solto um suspiro, com os olhos dilatados perante aquele pedacinho do céu. Adam percebe o quanto estou encantada e se aproxima mais ainda.
- Lindo, não é mesmo? - pergunta, com um sorriso no rosto - Espero que você tenha gostado!
- Ta de brincadeira!? Eu simplesmente amei! Só que não vim com roupa de banho - comecei a sorrir olhando para o meu traje.
- Ha... é uma pena, mas não vinhemos para isso - fala, enquanto coloca uma mão em meu ombro, me puxando para perto de seu peitoral.
Meio confusa com o que ele quis falar, apenas fico por perto, porém, nao entender as suas palavras me causa um pouco de medo.
- O que viemos fazer aqui, então? - questiono com a voz calma, para ele nao achar que estou pensando algo ruim dele.
- Haha... não sei apenas observar, talvez. Ou você tá querendo ir embora? - arqueia as sombrancelhas ao questionar.
- Não, não, é so bobagem minha - saio de seu braço e sigo em direcão ao rio.
Tiro as minhas botas e as rebolos sobre a grama, de imadiato, subo na maior pedra que encontrei perto do rio e começo a sentir o vento frio no meu rosto, o que faz os meus cabelos ficarem balançando. Ouço os barulhos dos animais, que entram nos meus ouvidos como se fosse música, Uma bela música
- Aí não tá liso? - pergunta em um tom alto.
- Não, mas esta frio, os meus pés estão gelando - digo, gritando.
Certamente, estou agindo como uma louca, ou entao estou sendo eu mesma. Mas se eu estou parecendo ser louca ou não, para mim nesse instante isso não importa. So quero curtir. Nunca imaginava o quanto é bom esta perto da natureza, traz uma calmaria, que nunca tinha sentido antes.
- Amo os animais, sabia? - olho para ele.
- Olha, uma coisa que não esperava da garota da cidade grande - começa a sorrir.
- Palhaço, eu comecei a amar hoje. - saio da pedra e ando em sua direção, pego os meus sapatos jogados no chão e prossigo bem devagar.
- Ok! Está de parabéns! Se encontrou com a natureza? - pergunta, ainda com o sorriso no rosto.
- Isso é maluquice... - sento-me na grama e fico tentando calçar a bota.
- Deixa eu lhe ajudar - fala se abaixando na minha frente, pegando em meu pé.
- Já que faz tanta questão - dou de ombros. - agora eu sei por que vocês são bem tradicionais.
- Tradicionais? O que você quer dizer? - questiona, franzindo a testa, em sinal de duvida.
- Sim, por exemplo, ao invés de prédios vocês preferem, a floresta e os animais - falo.
- Ah, entendi. - diz, saindo da minha frente, ao acabar de colocar as minhas botas, se sentando ao meu lado - Se você fosse um animal qual você queria ser?
- Haha... sei lá. - olho para ele, enquanto deito na grama e fico olhando para o céu.
- Diz aí!- insiste.
- Acho que um cisne, eu acho.
- Um cisne? Por quê?
- Precisa? - olho para ele, que imediatamente confirma com a cabeça. - Está bem, acho eles lindo, além disso formam casal para toda vida. Animais românticos, no meu pensamento.
- OK. - Confirma com a cabeça.
Adam se aproxima, coloca sua mão sobre o chão do meu outro lado, para servir de apoio e fica me admirando.
- E você? - pergunto baixinho, com os olhos fixos aos seus lábios.
O garoto simplesmente, ignora a minha pergunta e desce bem devagar, até os seus lábios se encostarem nos meus e nos beijarmos. Ele pega na minha nuca e puxa o meu cabelo por baixo, enquanto a sua outra mão vai na minha cintura, em menos de um segundo, me puxa, assim fazendo-me ficar em cima dele.
______________________________________
Gostou do capítulo? Vota aí! O que vocês acham desses aí, isso vai dá coisa. Deixe suas teorias nos comentários.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro