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Capítulo XV

Ligeiramente se desgrudam, e Jimmy olha para mim com os olhos arregalados.

— Tessa? — Respira fundo. — Olha, eu sei que deveria ter contado, desculpa! Eu posso explicar.

— Não precisa se explicar, não precisa! — nego com a cabeça, deslizando as mãos na parede.

— Preciso sim. — ele fica cabisbaixo

— Não, não, não. — apenas repetia a palavra, sem saber o que falar. — Eu só pensava que... nada... deixa para lá. Vou deixar vocês a vontade. — Dou um leve sorriso.

Me retiro rapidamente de lá. Meio zonza, sem ao menos entender direito o que acabou de acontecer.

Uma hora antes, eu achava que algo existia entre eu e Jimmy, e de repente vejo isso. Eu sou amiga dele, AMIGA, deveria estar ao lado dele, esperar para ele se explicar, mas é  que realmente Jimmy não tem nada o que explicar, aos meus olhos ele continua maravilhoso, uma pessoa incrível. Só que tem algo que me impediu, a minha quebra de expectativa!

— Tessa! — Jimmy me chama, porém, eu não lhe atendo, apenas olho para ele e continuo com o pequeno sorriso.

Saio da pizzaria, perdida em meus pensamentos.

Ao fecha a porta, Adam aparece em minha frente, se aproximando.

— Feliz, agora? — pergunto, enquanto passo as mãos sobre o cabelo, os jogando para traz. — Por que você deve amar me ver assim, e olha eu não estou triste, tá? Eu estou é feliz pelo o meu amigo. — dou tres batidinhas no colo. — E eu menti... por que... por que eu não queria falar com você sobre o nosso beijo, na festa!

— Só ia lhe oferecer uma carona. — fala num tô de voz calma, franzindo a testa. — Não sei como você tem esses pensamentos! Você acha que o mundo roda através de você. — Dá um sorriso falso. — O Jimmy é meu amigo. Só falei aquilo pelo o momento.

— É... — cubro o meu rosto com minhas mãos, depois passo elas para as minhas bochechas, fazendo uma leve massagem, e sigo até a nuca. — Deveria não ter dito nada. A carona ainda ta de pé?

— Sim, está! — Fala, ainda com a expressão fechada.

— Eu aceito, pelo o Jimmy. — aponto para a porta da pizzaria. — Quero que ele se divirta.

— Embora ele esteja se divertindo errado. — fala quase como um sussurro, com os olhos direcionados para o chão.

Seguimos para o carro e entramos nele, imediatamente Adam sai do estacionamento e prossegui à estrada.

Passando uns instantes. Olho para a janela e vejo algo em movimento, de imediato arregalo os meus olhos, me aproximando da janela, para ver se via algo a mais.

Porém no momento de muita atenção Adam coça a garganta. E imediatamente olho para ele, um pouco espantada.

— O que foi? — pergunta, com sua atenção ainda para a estrada.

— Ah... nada... achei que tinha visto algo. Mais não era nada. — falo meio intimidada, pondo o cabelo da frente de trás das orelhas.

Ele não fala mais nada. Me arrumo no banco, relaxando sobre o encosto dele.

— Você acha que ele pensou algo ruim de mim? — pergunto.

— O Jimmy? — pergunta.

— Sim, você acha? — Me inclino para frente.

— Eu não estava com vocês na hora. Mais como ele reagiu? — Tira uma mão do volante, para coçar sua testa.

— Bem, ele falou que era para mim esperar, que ele iria me explicar. Mas  só que eu não fiz isso, literalmente não sei o que me deu. — solto um suspiro.

— Talvez seja por que você gosta dele. — mostra as palmas da mão, deixando o volante sem nenhum comando.

— Cuidado aí! — Exclamo, apontando para o vontante.

— Ok! — Sorri e põe as mãos de volta ao volante.

— Eu ouvi que você disse sobre o Jimmy estar se divertindo errado, por quê? — pergunto, bastante curiosa.

— Isso é muito difícil de explicar — responde.

— Está bem, já que não quer falar... — Mostro as palmas das mãos.

— E eu ouvi a parte em que você disse que não queria falar sobre o nosso beijo, então você estava me evitando por isso? — Me olha ao perguntar.

— Sim.... maldita hora que falei isso. — respiro fundo. — Olha, eu estava bêbada, desculpa!

— Se for pelo o beijo, não é preciso se desculpar. — fala, enquanto faz uma dobrada com o carro.

— Eu beijo bem? — Sequei as sobrancelhas com um sorriso no rosto.

— Pelo menos bêbada, sim! — freia o carro. — agora sóbria eu não sei.

Adam, vira para mim e inclina o seu corpo para perto de mim, colocando a sua mão no encosto do banco.

Cada vez que o seu rosto se aproxima do meu, é uma tremulação mais forte na barriga (as famosas borboletas no estômago).

Ele respira profundamente, olhando em direção a minha boca.

Com os meus olhos vidrados ao seu rosto, ponho a minha mão levemente sobre sua nuca e logo nos beijamos. Ao tocar em seus lábios novamente é como se eu necessitasse dele, me fazendo se sentir única e inteira, assim como na primeira vez.

Então Adam larga os meus lábios por um momento e desce para o meu pescoço, isso é maravilhoso! A sua boca passando vagamente em meu colo, me arrepiava.

Por seguinte ele passa a mão na minha coxa, à caminho da minha outra parte.

De imediato pego em seus ombros e o afasto. Não quero fazer algo que depois eu possa me arrepender.

Arruma a sua posição no banco, pega no volante e segue a caminho.

— O que você quer comigo? — pergunto, com os olhos virados para a estrada.

— Eu não sei, acho que devíamos tentar. — Ele num tom baixo, para o carro e fala: — Entregue! — dá um sorriso de canto.

— Obrigada! — agradeço.

Saio do carro, encaminho-me para casa. Dentro de pouco tempo, visualizo minha avó, que estava olhando para mim pela janela.

Ela abre a porta.

— Entre, vamos ter uma conversa! — fala abrindo a porta ainda mais, para a minha passagem.

— Não estou com cabeça para conversar hoje! — vou até a escada.

— Você foi com o Jimmy e voltou com esse aí? — diz minha avó enfurecida.

Apenas olho para ela e nego com a cabeça, pego no corrimão e subo a escada ligeiramente.

— Tessa, fique longe desse garoto! Eu já lhe avisei! — ouço o grito dela bem distante.

Mais que noite foi essa?

Entro no quarto, bato a porta fortimente e logo me jogo em cima da minha cama, pegando em um travesseiro e cobrindo o meu rosto.

Um tempinho depois, escuto o celular tocar, pego nele e vejo que é Melanie.

— Aí Melanie por que você não foi hoje, hein? — sussurro e atendo.

— Alô! — fala Melanie.

— Oi. — Falo, num tom meio desanimado.

— Tessa, o que houve? O Jimmy não me atende! — se preocupa.

— Bem, quem deve falar com você é ele. — solto um suspiro — Mais Melanie, eu tô precisando mesmo de você! — Me arrumo na cama ficando apenas sentada e tiro o meu tênis, o rebolando para o meio do quarto.

— O que foi? Fala logo, Tessa! — aumenta o tom de voz.

— Eu... eu... beijei o Adam de novo. —

— Tessa, você não pode começar a gostar dele! — exclama.

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