Capitulo LVIII
Adam
Visualizo a secretária no balcão arrumando um ramo de flores. Adentro a floricultura, fazendo o sininho tocar — assim anunciando a minha entrada.
— Bom dia — comprimento para ela e para um garoto desconhecido que adimira algumas flores, meio indeciso em qual levaria.
— Bom dia — os dois me respondem no mesmo momento.
Ontem a noite eu quase não dormi, o acontecimento na casa da bruxa não saia da minha cabeça, então, hoje resolvi deixar flores para Tessa em seu túmulo, na intenção de sentir o seu cheiro viciante novamente.
Pego um arranjo de flores brancas, as ponho no balcão.
— Quero essas — falo e ela dar uma leve arrumada nas flores.
— Hum... brancas — diz o garoto com ele mesmo.
— Esta com problemas na escolha? — questiono encarando a sua expressão duvidosa.
— Um pouco — ele dá uma pequena gargalhada.
— É para sua namorada? Se for... eu sugiro as vermelhas — a funcionaria recebe um balanço na cabeça como resposta.
— É para uma garota, mas não é minha namorada — ele avisa, ainda analisando.
— Irmã? Amiga?
— Isso, amiga!Ainda... — diz assim que a mulher fecha a boca.
— É o aniversario dela? Ou você pretende algo a mais. Talvez ele possa lhe ajudar! — ela comenta apontando para mim.
— Não sou bom de flores. As suas são para...
— Minha namorada.
— Brancas? — ele logo questiona, arqueando as sombrancelhas.
— Ela faleceu — respondo meio desconfortavel com a situação.
— Sinto muito. Desculpa ser invasivo, mas ela morreu de quê?
Eu a matei, um ótimo namorado Tessa teve, eu nunca deveria ter dirigido uma palavra a ela. Estaria viva se não fosse por mim.
— Você quer ajuda com as flores, não? — tento cortar o assunto.
— Você acha melhor as orquídeas?
— Que tal deixar as flores e levar aquele cisne — aponto para um pequeno enfeite na prateleira.
— Por quê?
— A minha namorada me falou um dia que os cisne formam pares para a vida inteira.
— Sim, e os lobos também.
— Os lobos são selvagens, não queira demonstrar um para a garota que pretende namorar — solto um sorriso de canto sem alegria, sentindo uma pontada forte no peito.
— Vou querer o cisne e as orquídeas, por favor.
Tessa
Meus olhos ardiam e fogo queimava a minha pele. Não sabia o que estava acontecendo comigo, desde o momento que possui os poderes de meu pai, venho andando com a cabeça carregada. Era como tivesse toneladas em cima de mim, porém cada vez que expiro, me sinto mais poderosa, e isso me faz ficar com um ar de superioridade. Pude anular todos os meus pensamentos de ingenuidade.
O cavalo me leva de volta para onde eu morri por dentro. Sigo para a cabana.
A brisa soprava os meus cabelos mais fortes a medida que aumentava a velocidade. Sai escondida de todos, e me deixei levar pela fúria. Paro o cavalo ao momento que analiso a luz amarela fraca da cabana.
Deixo o animal amarrado ao lado da residência, e realizo um feiço que faz a porta da frente abrir, adentro o cômodo fazendo a pisada do meu salto soar alto no ambiente. Caminho mais um pouco, delizando os dedos levemente em alguns objetos sobre a lareira.
Sinto um calor vindo da porta e dou meia volta por reflexo. Os olhos verdes vibrantes do Adam me encaram, examinam o meu corpo inteiro. Não tento me esconder ou fazer algum feitiço. Quem esta devendo é ele e não eu!
Cruzo os meus braços e solto um sorriso de desdém, ele avançou desacreditado.
— Tessa... — diz ao pegar nas minhas mãos. — Por favor, diga que eu não estou sonhando — sussurra, subindo os seus polegares pelo meu rosto.
Podia ver claramente o seu corpo em alerta, o suor percorria sobre os braços. Ele encostou a testa na minha derramamdo lagrimas nas bochechas. Como pode ser tão hipócrita? Pôs as mãos no meu pescoço.
— Você conseguiu ficar mais linda com esse cabelo ruivo, meu amor. — comenta com os seus labios quase grudados aos meus. — Não faz ideia de como fiquei louco a sua procura.
— Você que me deixa louca, Adam. — dou um pequeno beijo, só pra provocar. — deixa os meus poderes mais agitados. Me deixa com vontade de matar! — digo baixinho no seu ouvido.
(Música aqui)
Ele se sobressalta e me olha, franzindo a testa. Encara os meus labios e logo ver um sorriso neles. Seguro na sua camisa e o puxo para mim.
— Está na hora de você passar pelo o que eu passei, não é mesmo? — questiono com os seus labios empareados aos meus. — Agora é eu que estou no comando da sua morte.
— Tudo bem, eu entendo que você queira me matar, mas por que o seu olhar e seu agir esta diferente?
— As pessoas mudam Adam. As pessoas mudam. E dessa vez é para melhor! — dou de ombros.
— Cadê a Tessa que eu conheço?
— Seu selvagem! — exclamo num tom alto. — Você não se lembra que matou ela? — seus olhos marejam e mais uma lagrima cai.
— Você não é a Tessa.
— Ah não? Então, sou quem? O papai Noel? — um sorriso de escárnio aparece na minha face. — O que você esperava? Que me arratejasse nos seus pés? O pobre alfa ainda não entendeu que esta diante de uma RAINHA! Agora, ajelha-se!
— Eu não vou me ajoelhar para você! Seja la o que aconteceu no seu mundo, eu vou lhe trazer de volta. — comenta como se eu necessitasse da sua ajuda. Por ao contrário, eu não precisl de ninguém. Sou forte o suficiente para ficar contra qualquer um.
— Eu mandei você se ajoelhar! — ergo a minha mão, fechando a porta que estava entreaberta e acendendo o lareira. Meus olhos cintilam, e Adam fica um pouco assustado por isso. — Eu mando, e você obedece! — abaixo a minha mão, fazendo Adam ficar mais suado e se ajoelhar a minha frente. Isso é satisfatório!
Realizo uma meia volta, deslizando a mão sobre o seu ombro.
— Lembra da garota que se declarou para você naquela cama? — ponho as mãos sobre o joelho, permanecendo na altura de seu ouvido. — Você matou ela por dentro. Bem, até que não foi tão mal, tinha que ter um espaço para a rainha. — estreito a cabeça no momento da fala.
O seu corpo suado exala mais calor, senti os seus olhos raivosos, e me mantinha de bom agrado.
Agarro os seus dois ombros e começo a fazer um feitiço de imobilização, para que não se transforme. Os meus dedos enviam choques pelo seu corpo inteiro, fazendo Adam soltar gemidos.
— Esta gostando? — ele me olha pelos cantos dos olhos, transparendo ódio. — Isso é só o começo Adam, isso é so o começo! Depois vamos passar pela a tortura psicológica. Vai ser dolorosa, mas para parecer um bom alfa, você tem que aguentar! — retiro as minhas mãos e ele solta um suspiro de dor.
Devolvo os meus dedos ao seu corpo, so que dessa vez, eles vão para o pescoço. Adam se treme todo enquanto o meu feitiço percorre no seu sague. Por alguns minutos o solto e volto para a sua frente. A cabeça dele esta baixa, então, pego no seu queixo e a ergo, as íris mostravam um verde raivoso.
— Pronto para ver o que passei? — dou uma gargalhada.
Ele pode não estar pronto pra nada, mas eu estou pronta para mata-lo.
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