Capítulo LV
Tessa
A luz do sol atravessa a pequena janela ao lado da cama, me levanto e vejo o homem arrumando o café na mesa, ao lado da bruxa e da minha avó... ou só Amália.
Espreguiço-me e sigo na direção do banheiro, realizo as minhas necessidades e passo a pasta na ponta do dedo levando para a boca, assim, limpando-a um pouco e retirando o gosto ruim.
A chegada da minha avó na madrugada foi calma, depois de ver as suas lágrimas e abraça-la, ela se manteve quieta e me viu adormecer. Não houve questionamentos e nem comentários.
— Sem chances! Eu quero levá-la comigo — escuto a voz da minha avó brava cortar o ar.
— Amélia, os bruxos tem que saber da existencia da verdadeira dona do trono. Cloue esta fazendo eles sofrerem muito. Todos de lá odeiam a propria governanta e tem vontade de matar a filha dela. Tessa não deve fugir das suas obrigações.
— E eu não vou! — exclamo, saindo bruscamente do banheiro, encarando os três a minha frente e acordando Sarah, que se sobressalta da cadeira.
— Quando Clarie a entregou para mim, ela não falou sobre o que a filha dela tem que cumprir, falou para proteger a Tessa! E por isso mesmo que temos que sair daqui o quanto antes. Melanie deixou claro que vai a procura do reino, os lobos logo vão estar adentrando essas terras, se isso já não estiver acontecendo, pois vi uma movimentação estranha ontem.
— Lobos não... — sussurrou Sarah.
— A Melanie estar do lado do Adam? — perguntei juntamente a fala da garota.
Não é possível que até mesmo esteja me traindo dessa maneira.
— Vocês acham que eles são capazes de nos matar? — Sarah continua perguntando.
— O Alfa tentou matar a nosssa única bruxa verb — advertiu a bruxa.
— Se eles vinherem, eu mato um a um! — pisco os olhos em direção a Sarah.
— Calma aí mocinha! — a mulher falou, negando com a cabeça enquanto leva as sombrancelhas para o topo.
Dou de ombros, puxando uma cadeira para sentar ao lado de minha avó.
— Melanie estar do lado contrário? — questiono baixinho,inclinando o pescoço até o seu ouvido.
Ela acena com a cabeça, passando a mão no meu joelho levemente, servindo como um gesto de conforto.
— Depois eu lhe explico — diz baixinho.
Prendo a respiração e de imediato a solto novamente. Não quero crer nisso! Não quero!
— Bem, acho que já chegou a hora de nós ver os seus poderes Tessa. — a mulher de aparencia velha comenta, me encarando com as suas íris refletindo um brilho juntamente a cor.
A aflição cresce em meu peito, podendo sentir o suar frio de minhas mãos. Meu coração acelerou o bastante para me preocupar se ele iria sair pela boca.
— Tenho alguns assuntos pendentes com a Tessa, vocês podem nos deixar a sós? — a pergunta surge da Amélia, esperando uma resposta dos dois. Mas eles somente a observam e não abre a boca.
— Se você me garantir que não vai fugir com ela — diz a mulher, levando os ombros para perto da mandíbula.
Perante o silêncio, ela se levanta, arrumando o seu vertido vermelho ao mesmo tempo que analisa a minha avó balançar a cabeça positivamente.
Eles sairam rapidamente, levando Sarah junto.
— Sinto que te devo explicações da sua verdadeira historia, você estar pronta para ouvir? — sai da cadeira, e se senta em outra na minha frente.
— Estou pronta! — afirmo, arregalando os olhos e atenando os ouvidos para não perder se quer uma palavra dita por ela.
— Como Artemus já me disse, você sabe que sua mãe não é minha filha. Ela era uma rainha, uma linda rainha, eu e Beatrice conhecemos o reino através da pequena organização que nós participavamos, os casier naquela época se resumia em torno de trinta pessoas nessa região. Um certo dia formos chamados pela a rainha Clarie, esse é o nome verdadeiro de sua mãe.
— Eu percebi quando aquela mulher falou sobre ela — solto um sorriso.
— Ela era conhecida como uma pacífica, e seu pai como um caos. Eles governavam reinos diferentes, e quando se encontraram numa reunião por alguns conflitos, se apaixonaram, assim, a magia se uniu e formou um grande laço. Estou lhe falando isso por que você tem que tomar cuidado com qualquer pensamento seu. Por alguns anos percebi que o seu poder estava se tornando incontrolável e por isso, eu e Hoper resolvemos nos mudar. Sabia que tinha uma alcateia, mas aqui era melhor de ficar de olho em você, porém, não deu nada certo, você começou a gostar daquele alfa e o meu plano ia decaindo cada vez mais. Se eu fui rigorosa demais as vezes, peço que me desculpe — cobriu os olhos cheios de labrimas, se esforçando o bastante para parar com o choro.
— Você foi uma avó incrivel, não se preocupe, as vezes pude lhe achar chata, mas agora vejo que você só queria o meu bem! — me aproximo e lhe ofereço um abraço.
— Me perdoe por droga-lá.
— Esta tudo bem!
— Tessa, por que não volta comigo? Prometo que vamos para bem longe daqui.
— Eu realmente quero me pôr no meu meu trono. Não posso simplesmente fugir disso.
— Já que é a sua escolha, eu vou respeitar e lhe apoiar em tudo.
***
Não abro muito as pernas para realizar os passos. A minha ansiedade esta estourando no peito. Posso sentir o vento oscilar os meus cabelos ruivos e beijar o meu rosto.
Depois da conversa com minha avó, pedi para Sarah me acompanhar de volta para a cobertura, pegamos as roupas que eu havia comprado dias antes. Confesso que o odor que exalava de meu corpo já estava me incomodando.
Quando a mulher me chamou para reparar os meus poderes, ela não sitou para onde nós iriamos, apenas falou que estamos perto demais da barreira do castelo, e qualquer piso em falso a bruxa governanta poderia canalizar minha magia. Desde então, a sigo numa distância de um metro atrás. Levanto o queixo e me aproveito mais da frisa, assim, retirando a visão da bota pisando na grama verde e passando a observar Edana na companhia de um garoto. Chegamos cada vez mais perto, e somente com a parada da mulher eu pude olhar cada traço do rosto dele, o seu maxilar bem definido combina perfeitamente com os seus labios rosados, os raios solares batem na sua pele clara e ilumina dos seus olhos de mel — da mesma cor do cabelo.
A garota fica me olhando como se visse um fantasma e se apressa alguns passos a minha frente. Posso ver sublimante as dúvidas martelando na sua mente.
— Vocês podem nos emprestar os cavalos? — sua pergunta é dirigida a Edana e ao garoto sentado que me olha por cima do ombro, mas não fico contrangida com o olhar do estranho e faço a minha visão ficar mais forte diante dele.
— Claro — ele respondeu rapidamente, retirando a sua atenção que estava sobre mim. — Vão só vocês duas? — pergunta enquanto sai do banco e ergue o seu peito, afogando as mãos nos bolsos da calça.
— Não, tem mais duas pessoas.
— Esta bem! — ele abre um sorriso e me olha novamente, mas dessa vez dirijo o olhar para baixo. Me pergunto o por que esse garoto fica me olhando dessa forma, como se queria saber de algo.
Percebo a sua saida por trás de uma casa.
— Como... — a menina iniciou a fala, mas eu logo a corto.
— Uma historia longa! — ofereço um sorriso sem alegria e ela assente com a cabeça.
***
Estamos todos reunidos desfrutando da sombra projetada por uma moradia ao lado. O meu nervosismo já havia parado a um tempo. Analiso as risadas vindas de Edana e da Sarah, vejo como elas se tornaram amigas e me lembro de Melanie, mas em seguida vem na mjnha mente a fala da minha avó. Meus olhos quase me fazem chorar, porém engulo ao ver o garoto de cabelos de mel vontando com quatro cavalos.
Não demora muito para ele repassar o comando de cada um para os três a minha frente, e quando me dar a corda que comanda o cavalo, o garoto pergunta:
— Você sabe andar?
— Esta me subestimando? — faço uma pergunta ao invés de responde-lo.
— Eu não... — tentou se explicar porém não deixo terminar a fala.
— Eu não me importo com isso — as palavras sairam meio grossas da minha boca. E eu não sou assim.
Ele se afasta meio espantado com tamanha grosseria surgida de mim. Por nenhum segunto ele havia falado algo de errado.
— Desculpas — digo como um sussurro, relaxando os ombros enquanto passo a mão nos pequenos pelos brancos e macios do cavalo. — Eu não to nos meus melhores dias... — comento, mostrado-lhe um sorriso de lado, tentando cobrir o que tinha feito.
— Quem nunca teve os seus dias ruins e descontou nos outros — ele deu de ombros.
— Eu fui dão mau educada assim? Para parecer que estava decontando algo em cima de você? — arregalo os olhos e recebo uma gargalhada como respostas.
— Relaxa, eu estou brincando.
Desvio o olhar para o animal e analiso um pequeno assopro barulhento sair da sua boca.
— Rauê gostou de você! — ele diz, admirando o cavalo.
— So espero que ele não me derrube. — nego com a cabeça, ainda sorridente, agarro a cela e por fim, me posiciono para a partida.
— Não se preocupe, ele é o melhor, mas ainda sugiro você segurar firme.
— John, você pode vir verificar a cela da Sarah, to achando ela meio estranha. — a voz que emerge é pertencida a Edana.
Em poucos minutos ele se retira da frente do cavalo e vai até elas.
***
Entrando no antigo cômodo me recordo do dia que estava em completa agonia e acordei aqui. Tanto as pratileira preenchidas de alguns objetos estranhos e potes com varias plantas como a iluminação fraca ainda permanecia da mesma forma na moradia. A bruxa de imediato adentrou examinando a sua mesa, e até agora continua da mesma forma.
Quando chegamos, colocamos os cavalos reunidos em um só lugar, para a mulner realizar um feitiço que faz os cavalos serem vistos apenas pelos que ela quer.
Procurei um assento, assim que entramos, pois a viagem me deixou um pouco enjoada. Faz anos que não subo em um cavalo, que nem mesmo sei qual foi a última vez.
Senti a minha pressão cair e a minha temperatura ir junto, elevo a cabeça mais para cima e faço as mulheres me notarem.
— O que esta acontecendo? — minha avó questiona.
— Ela recebeu uma visão importante, seus instintos de bruxa verb avisa ela quando algo grande estar por vim. — sinto a aproximação da mulher que se abaixa e olha largo.
De repente a minha visão se apaga, o preto aparece e por um momento penso que estou ficando cega.
Vejo um carro branco correndo numa velocidade extrema pela a estrada de terra, e esse caminho é daqui! O transporte não era estranho, ele era do...
— Adam! — arregalo os olhos, encarando a mulher e engulindo o seco.
— O que você viu? — pergunta depressa.
— O Adam estar vindo para cá.
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Capítulo 2/5
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