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7 - NÃO ME MATE!POR FAVOR!

             Eduardo sente o terror ao ver Carmen ao vivo e em cores, depois de puxar a cortina de plástico branca do box do banheiro, pensando que encontraria a Antônia.

           Como se o mundo movesse-se bem devagar, Eduardo é arremessado contra a parede. O impacto é tão brutal, que o som das costelas se partindo é nítido. Carmem, agora, faz parte da Irmandade Beija-Flor. Um clã de vampiros poderosos, e que existe a séculos.

— NÃO ME MATE! POR FAVOR!

           Carmem, o suspende pelo pescoço e puxando para perto de si, fala no ouvido do ex... bem baixinho:

— Eu não irei somente te matar, vou te entregar pessoalmente a Coronte.

           Os dedos indicador e anelar furam os olhos de Eduardo.

            Ele urra de dor, sentindo os dedos da ex-mulher Caçar-lhe o cérebro pelos buracos dos olhos.

            A mulher morde-lhe o peito e puxa-lhe o mamilo, para depois soltá-lo no chão. Eduardo contorce de dor.

— O que você iria fazer mesmo com minha filha?

           Eduardo, pobre Eduardo ao cair não percebe para qual lado está a porta e se arrasta gritando socorro.

              O assassino de tantas mulheres e homens, move-se na direção de Carmen. Ela o suspende novamente e arranca-lhe os lábios com a língua, com uma mordida, para depois cuspi-la fora.

— Huuuummmm!

— Não adianta gritar.

              Carmen joga-o no chão e o puxa pelo cabelo, arrastando-o de volta à cozinha.

— Sinta o medo das trevas, correrem pelo seu corpo, como eu senti. Você me envenenou naquela noite. A exatos sete dias.

              Carmen, olhando para o panelão com água escaldante, sente uma fúria incontrolável.

— Era isso que você preparava para minha filha? — Eduardo só fazia mexer a cabeça em desespero trevoso, grunhir e tentar se soltar da mão de Carmen.

             Se a água quente não respeita uma pele, quanto mais uma fervente... o calor que emana do vapor vertical provocado  pela fervura, em segundos, cria bolhas na pele enquanto submersa, mas quando a cabeça sai de dentro da água e entra em  contato com o oxigênio presente no ar, a carne flácida do rosto desprega-se dos ossos da face.

             Ainda segurando-o pelo pescoço, Eduardo, cataléptico pelas horríveis sensações da água fervente que circula por dentro do seu crânio, tem seu braço esquerdo arrancado.

                Carmen vai desmembrando o ex-marido e mordendo-lhe o tórax crava as unhas no antebraço dele, puxando os ossos inteiros para fora da carne.

Com uma força incomum e excessiva, a vampira esmaga a boca do homem, fazendo-o engolir os próprios dentes, depois de levar uma porrada com os ossos que formavam o seu antebraço: Rádio e Ulna.

Ejetando mais ainda suas unhas para fora da carne, Eduardo tem o rosto removido com absurda precisão.

Depois disso, Carmen sobe encima de Eduardo e começa a devora-lo. Arrancando os pulmões do rapaz, suga o sangue que borbulha de dentro deles por causa do oxigênio que é expelido pelos alvéolos.

Depois da refeição. Carmen olha para o corpo carcomido e olhando para a panela que exala fumaça devido a ausência da água, pega os membros do Eduardo e os coloca dentro do panelão, para depois colocar mais água.

Sem remorço, por algum motivo desconhecido, tira todas as unhas das mãos quebradas do ex, e o coloca no pires de porcelana azul.

O conjunto de xícara e pires pertencia a Eduardo.

Voltando para o quarto que Antônia estava, vê Wess tomando conta da filha. Sim... eles se amaram no dia que ela fez a reza e foi carregada pelo vampiro até a cama.

Para ser mais exato, no dia que Wess matou Felisberto.

— Qual a sensação? — Wess pergunta cinicamente.

— Vingança. Liberdade. E qual a sua sensação?

— Não tenho condições para definir o que sinto. Perdi meu filho a 400 anos atrás... é só não morri por causa da Irmandade.

— Será que serei bem recebida pelo Clã? E Pela sua irmã?

— Laz? Lógico que sim! Você será muito bem recebida por todos.

— E nossa filha? Também será? Mesmo sendo humana?

— Será que Antônia é humana?

Wess sorri olhando para filha deitada no seu colo e de frente à vela.

— Somente o tempo dirá o que Antônia é... somente ele.

Fim.

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AVISO:

O LIVRO A VELA FAZ PARTE DO UNIVERSO CARNE FRESCA.

        Nesse capítulo faço uma homenagem à minha grande amiga LazMorcega, com quem divido a escrita nos livros

Merak - Filho do Fogo (no meu perfil) e Natureza Crua (no perfil da Laz).

            A história do Clã Beija-Flor, liderado pela Laz Morcek e Wess Durand será contada num livro a parte.

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