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Capítulo Doze

A última vez que chorei como vampira, foi depois de ter sido abandonada por Daniel e ter queimado cidades e matado inocentes. Eu lamentava sua partida, e tentava, a todo custo, tirá-lo da cabeça. Mas quando chorei por ele, chorei como humana. Quando chorei pelas vidas que tirei, ainda tinha humanidade. Minhas lágrimas eram tão cristalinas quanto a água de um lago que nunca havia sido encontrada pelo homem.

Mas agora... bem, agora, minha lágrimas eram feitas de sangue. O contraste entre elas e o chão branco, era incrível. E elas não paravam de cair de meus olhos. Eu não conseguia conte-las.

Jesse me fazia sorrir. Eu não o conhecia a tanto tempo assim, para dizer que o amava, mas os sentimentos eram diferentes com os vampiros. Quando você se transforma, seus sentidos, como a visão e audição, melhoram, você também fica mais rápido. Além disso, seus sentimentos são expressado de maneira diferente. O amor, você sente de uma forma mais ampla. A raiva, o ódio, são sentidos de uma forma tão forte, que você fica cego por eles.

E com Jesse, bem, eu gostava dele. Ele era carinhoso, me fazia rir, e mesmo tendo ficado com ele apenas por pouco mais de dois dias, foi difícil ver sua morte. Ele estava me devolvendo parte da humanidade que eu perdera, por isso eu estava sofrendo sua morte. E aquele Caçador estúpido... ele derrubava as barreiras que eu construía. Ele tinha alguma coisa, que me fazia sentir dor. Era como se ele tivesse algum feitiço protegendo-o.

Levei minhas mãos à boca, contendo um soluço. Abaixei a cabeça, deixando os cabelos caírem sobre o rosto. Eu nem pudera pegar seu corpo para dar-lhe um fim digno!

- Tatia... - murmurei. Eu precisava falar com ela. Precisava me distrair. Ergui-me do chão, passando as costas da mão nos olhos, tentando secar as lágrimas. - Tatia, preciso falar com você. Apareça!

O ar na minha frente tremeluziu, e segundos depois, o fantasma da bruxa apareceu, exibindo uma expressão preocupada. Ela usava as mesmas roupas da outra vez.

- Ah, minha garota... - Tatia estendeu a mão. - O que foi que aconteceu com você?

Ela parecia não ter notado Daniel, que estava atrás de mim. E ele estava calado, olhando para o chão.

- Jesse... ele morreu - sussurrei.

- Jesse? - então percebi que ela não sabia quem ele era.

Então comecei a falar. As palavras fluíam de mim, e a cada coisa que eu contava, mais lágrimas escorriam. Eu não podia acreditar que estava chorando! Era uma merda!

- Preciso saber por que o Caçador causa esse efeito em mim - disse, erguendo o queixo.

- Olha, Catarina - ela falou, usando meu antigo nome. No momento, eu não estava com vontade de contestar -, pelo que você me falou, eu acho que tem alguma bruxa protegendo ele. Nós, bruxas, somos os seres sobrenaturais que ficam no meio dos conflitos entre vampiros e outras espécies. Algumas vão para o lado dos imortais da noite, já outras... bem, elas ficam do lado de quem quer mata-los.

- Então o Original tem alguma bruxa revoltada que o ajuda. Que maravilha! - exclamei, sarcástica. - É simples: temos que encontra-la, e matá-la.

- Ah, mas não é tão fácil! - Tatia riu, fazendo seu espírito tremeluzir e ficar quase invisível. - Essa bruxa deve ter proteção contra vocês, vampiros. Se ela está com o Caçador, significa que é muito forte.

- Já matei um clã inteiro de bruxas, sem ajuda de ninguém - retruquei, relembrando o momento. Eu precisava da localização da mansão dos Originais - que estava encoberta por um feitiço - mas aquelas bruxas não queriam me dize-la. Então eu matei uma por uma. Acho que o nome do clã era Solis.

- Sim, as matou - Tatia resmungou, amargamente. - Seus fantasmas ainda perambulam do lado dos mortos. Eu as vejo.

- E elas estavam do lado dos Originais - disse eu, ignorando o sentimento de Tatia.

- Sim - ela respondeu. - E você acha...?

- Eu acho que algum clã próximo ao delas é o que está ajudando o Caçador, que veio à universidade me procurando. Acho que elas querem vingar as irmãs mortas. Mas por que depois de tanto tempo? - perguntei, mais para mim mesma do que para ela.

- Bruxas podem passar séculos planejando uma vingança. Você pensou ter aniquilado os Caçadores, vinte e cinco anos atrás. Elas teriam que esperar esse homem que temos em Nova Orleans, crescer.

- Mas por que não me matar elas mesmas? - insisti.

- Acho que elas querem te humilhar, ou algo assim. Ou te fazer sofrer. As mortes pelos Caçadores Originais normalmente são lentas e dolorosas.

- Sim... - disse para mim mesma. O Original não brincara com Jesse, pois não tinha tempo. Mas se tivesse, com certeza o manteria preso por meses, ou até anos.

- Acho que o clã de bruxas que ajuda o Original agora, se chama Luna. Eram as mais próximas do clã Solis, que você exterminou.

- Também acho...

- E sobre o Caçador te causar esse tipo de vulnerabilidade, tenho duas teorias: ou a quantidade de sangue Original que você tem em seu corpo é tão grande, que faz você sentir a presença do Caçador, ou as bruxas estão fazendo isso com você.

- Maravilha! - exclamo, batendo palmas. - E como acho essas bruxas? Tenho que mata-las, para exterminar de vez o Caçador da face da Terra!

- Elas deves estar bem escondidas, em algum lugar isolado do planeta. Elas podem estar em qualquer lugar. Mas a julgar pela energia que emana do Caçador, aposto que elas estão neste estado. Mas deve haver um feitiço de ocultação ajudando-as...

Quando Tatia estava para me explicar mais coisas, Daniel, que estivera quieto até então, interrompeu:

- Minha cara amiga, senti muito sua falta, e adoraria ficar a noite inteira conversando, mas eu e Katherine temos que partir. O Original deve estar perto.

- Também senti sua falta, Daniele - Tatia sorriu, e então sua figura desaparecendo, até restar apenas uma pequena névoa onde ela estivera segundos atrás.

- Seu... seu idiota! Estávamos para conseguir respostas! Eu...

- Cale a boca, Katherine - o seu semblante, que antes estava animado, ficou sério de repente.

- Cala a boca, você! - gritei. Então ele vem em minha direção, e tampou minha boca com sua mão. - Hummm-mmm!

- Silêncio!

E então escutei: passos. E depois a náusea começa. Mas que merda!

- Katherine... - cantarolou aquela voz grossa. - Não pode se esconder de mim... sinto sua presença, assim como você sente a minha...

- Hora de correr - sussurrei, tirando a mão de Daniel de minha boca.

- Boa ideia... quer ir para onde? - já estávamos dando voltas no cemitério. Era melhor, para confundir o Caçador.

- Quero pegar meu carro na universidade, e depois dirigir - dei ênfase à palavra, deixando claro que eu não correria mais um quilômetros sequer - até algum hotel.

- Está louca? Voltar à universidade? - suas palavras se dispersavam com o vento, mas mesmo assim pude entende-las.

- Falei que quero voltar - retruquei. - Se não quiser vir, tchau!

Coloquei mais velocidade na minha corrida, e logo deixei Daniel para trás. Na frente da universidade, parei para olhar ao meu redor. Não havia ninguém, então corri com minha velocidade de vampiro até o estacionamento, e procurei por meu carro. Encontrei-o e fui vou até ele. Segundos antes de tentar abrir a porta, percebi que havia deixado as chaves no quarto.

- Merda! - sussurrei. Agora eu teria que subir até o quarto! Mas era muito arriscado. - Quer saber? Que se dane!

Fui até o prédio dos estudantes, e parei bem abaixo da janelo do meu antigo quarto. Eu teria tempo apenas de entrar, pegar as chaves em cima da cama, e sair. Nada de pegar roupas ou acessórios. A mochila que eu tinha nas costas era suficiente.

Dei um salto, me segurando na beirada da janela. Depois, ergui meu corpo, e o joguei para dentro. Incrivelmente, a janela estava aberta.

As meninas dormiam tranquilamente. Ana resmungava contra o travesseiro, e Cassandra respirava tranquilamente, parecendo ter bons sonhos.

Revirei os cobertores de minha cama, até encontrar a chave, que no final, estava em baixo do travesseiro.

Voltei para a janela, e saltei. Atingi o chão com um baque suave. Corri de volta para o carro, quase levando um susto ao encontrar uma figura encostada nele.

- Achei que não concordasse com a ideia de voltar aqui, Daniel - disse para ele.

- Percebi que você vai se meter em confusão se ficar sozinha - sua voz continha pesar. - Já que Jesse... bem...

- Morreu? - completei, sem emoção. - O meu cachorrinho morreu, não é? Você deve estar bem feliz, afinal, tinha ciúmes e reclamava o tempo todo.

Dito isso, ele se afastou, deixando-me entrar no carro e sentar no banco do motorista. Ele abriu a porta do carona e entrou.

- Eu não queria que ele morresse - retrucou.

- Aham, sei. Aposto que a morte dele foi um alivio para você - dei partida, e acelerei em direção à saída.

- Não diga isso, Katherine! Ele era meu amigo, mesmo ficando você e provocando.

- E agora que ele morreu, o caminho está livre, não estou certa?

Ele não respondeu, o que interpretei como uma afirmação.

- Não posso acreditar! - exclamei, irônica, disparando pelas ruas de Nova Orleans, que quase não tinham transito, já que era tarde da noite. - E eu que achava que você era bom... acabei de descobrir que você é um sádico!

- Sádico? Eu? Olha quem fala! - ele parou de tentar ser gentil, e começou a me atacar com palavras. - Nestes três dias, descobri que você matou praticamente toda a linhagem Original, aniquilou o Clã Solis, e que agora quer exterminar o Luna, e não estou te julgando. Por que você é assim, Catarina? O que aconteceu com a menina doce pela qual me apaixonei?

- Aquela menina morreu no dia que você a deixou - rosnei, entrando na via US-90 W, para sair de Nova Orleans. Era o caminho mais rápido para chegar à Nova Ibéria, mais ou menos 215Km. Duas horas e meia de viagem, se não houvesse muito trânsito.

Daniel ficou calado.

- Nós vamos ir para Nova Ibéria - eu disse, quebrando o silêncio, a contragosto.

- Quer que eu dirija? - ahhh, sempre um cavalheiro! Idiota.

- Não precisa.

- Então, se não quer que eu dirija, deveríamos parar num hotel. Já estamos no meio da noite, e são mais duas horas e meia até lá.

- Eu durmo pouco - menti. Como vampira, eu não precisava dormir muito, apenas algumas poucas horas por semana, mas era um de meus hábitos. Eu gostava de ficar na cama até tarde. O problemas de para em um hotel agora, era que teríamos que passar a noite no mesmo quarto, provavelmente, pois Daniel insistiria, dizendo que prometera me manter segura - como se eu precisasse da ajuda dele -, mesmo com meus protestos.

- Mas mesmo assim... - ele tentou argumentar.

- Se você quer dormir, durma - cortei-o, minha voz deixando bem claro que eu não aceitaria mais nenhuma contradição. - Se eu quiser dormir, te acordo.

Ele não respondeu. Apenas ficou encarando a sua frente, enquanto eu dirigia, também em silêncio.

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