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Capítulo 54

"Ser feliz até onde der, até onde puder. Sem adiar, ser feliz o tanto que durar."


— Só me diz uma coisa — pedi com os olhos marejados. — Por que seu pai foi condenado? A qual crime ele fora ligado?

Dylan pareceu surpreso, colocou os braços sobre a mesa que nos separava e me olhou nos olhos. Sua cabeça estava marcada pelos pontos que levou do lado esquerdo do crânio, a roupa cinza de presidiário fazia seu cabelo loiro perder todo o brilho. Dylan estava destruído.

— Você nunca soube? 

— Não. Eu nunca nem conheci sua família, eu não ter conhecimento de Amanda é a prova disso — respondi o fitando.

  Seus olhos demonstravam incredibilidade. Sentindo que estava sendo observada, olhei para o vidro negro do lado esquerdo da sala fria. Sabia que Thomas estava ali, estudando cada movimento do ser a minha frente para que eu não corresse perigo.

— Meu pai foi condenado por estar no lugar errado, na hora errada e por ter se envolvido com uma mulher prometida a outro cara. — Dylan começou, atraindo minha atenção.

Uma ruga de confusão se instalou entre minhas sobrancelhas e eu o encarei. Aquela não era a resposta que eu esperava, tão pouco algo coerente. Diante do meu silêncio, Dylan voltou a falar:

— Ainda jovem, meu pai conheceu uma mulher, e se apaixonou no momento em que colocou os olhos nela. O que ele não sabia era que ela estava de casamento marcado com o melhor juiz de Livelli, seu pai. — Fez-se uma pausa. Quase o agradeci, havia tanto para se assimilar. Minha mãe e o pai de Dylan tiveram um relacionamento? — Ela não contou a ele, pois o noivado com seu pai ainda não era público. Ele tiveram um caso por meses a fio, até seu pai descobrir – eles já estavam separados –, e querer acertar as contas com o meu, no entanto o juizinho de merda foi para o lado mais sujo para resolver isso. O aclamado senhor Laurent criou uma situação para assim incriminar o meu pai. Uma arma com digitais, algumas manchas de sangue numa camisa, testemunhas compradas, pouca tecnologia e poucas provas e olha, um homem que nunca se meteu com nada errado é acusado de roubo seguido de morte do melhor tenente de Livelli, Robert Laurent. 

Meus olhos se arregalaram enquanto Dylan se levantava e batia no vidro negro, erguendo as mãos como se pedisse para voltar a cela, e era exatamente isso que ele estava fazendo. Porém, eu ainda tinha uma última pergunta. Ou melhor, duas. 

— Por que nunca tentaram pedir uma nova perícia? Nem uma nova investigação para tentar encontrar o verdadeiro criminoso?

Dylan se virou para mim, com as mãos na cintura e um sorriso maldoso, porém, cheio de ressentimento. Trazer aquilo de volta também estava ferindo-o.

— Era a palavra de um juiz contra de um pai de dois filhos e desempregado. A vida nunca foi justa, como você mesma disse, Ellie. — respondeu com a voz carregada de mágoa. — E, para sua segunda pergunta, eu só tenho algo a dizer: às vezes, não, "às vezes" é muito pouco. Quase sempre, um inocente paga por aquele que o acusou. 

— O que você quer dizer com isso?

— Era o que meu pai dizia todas as vezes em que eu o visitava. Talvez, um dia, você entenda. Pois até eu, nunca fui capaz. — concluiu e seus lábios se curvarem para baixo.

Um guarda bateu na porta e entrou.

— Ele morreu? — murmurei, quase que apenas silábica, sem emitir som.

— Morreu. Em uma operação de fuga da cadeia, da qual ele não participou. Pagando as consequências por decisões de terceiros. Mais uma vez.

O guarda colocou as algemas em Dylan e o levou. Suspirei diante de todas as suas respostas e saí da sala por uma outra porta. O cheiro de ferro estava me deixando enjoada e o frio do lugar estava congelando as pontas dos meus dedos e do nariz.

— Amor... — Thomas me puxou pela mão e me abraçou ao mesmo tempo em que me guiava para fora daquela delegacia. 

— Não temos como mudar o passado — lamentei, abaixando minha cabeça.

Thomas me parou em frente ao seu carro e ergueu carinhosamente meu rosto com seus dedos no meu queixo.

— Está tudo acabado. Daqui alguns anos isso não passará de um pesadelo.

— Vai ser difícil esquecer — pronunciei-me olhando dentro das suas íris castanhas. —, mas eu tenho fé.

  — Me deixa na praia da Cor? — pedi a Thomas quando vi que ele estava tomando o caminho de sua casa. Ele me olhou de soslaio e eu reprimi um suspiro. — Eu preciso pensar um pouco.

  — Tudo bem.

Foram só alguns minutos até Thomas fazer-me a pergunta que eu esperava desde que saí da sala da cadeia.

  — Você, depois da conversa com Dylan, pretende ir atrás de quem matou seu avô? — Suspirei pesadamente e olhei para a estrada.

  — Eu... Eu não sei — falei, sincera. — Meus avós foram as únicas pessoas que eu considerei como família por muito tempo, meu avô principalmente! Mas eu temo que me doa mais saber a verdade, quer dizer, a frase que o pai de Dylan vivia repetindo trás algumas possibilidades que podem ter ido para sete palmos do chão junto com as pessoas que faziam parte disso tudo.

  — Eu te entendo — Thomas olhou-me de soslaio mais uma e pegou uma mão minha, acariciando-a. — Porém, se você quiser, eu início uma investigação particular para tentar ir atrás da verdade.

  — Eu não quero... Não assim, não agora. Descobrir a verdade não vai trazer meu avô de volta — Minha garganta fechou-se e meus olhos arderam. — E é difícil aceitar, mas eu acho que a verdade está morta junto com o verdadeiro culpado.

  Thomas assentiu. Estava claro que ele tinha a mesma desconfiava que eu. Que meu próprio pai havia assassinado o sogro. No entanto, eu não queria saber se isso era verdade ou não. Eu não queria encontrar motivos que justificassem a morte de alguém tão bom como meu avô.

  O caminho até a praia foi rápido, de longe o mar parecia agitado e isso atraiu alguns surfistas.

  — Você tem perícia hoje, não é? — questionei a Thomas destravando o cinto.

  — Sim, só vou passar para ver Susan na casa dos meus pais — respondeu me olhando. — A propósito, ela quer ir no shopping essa semana ver o filme que lançou, mas eu vou estar muito ocupado com o trabalho...

  Ri e aproximei-me para beijá-lo.

  — Fica tranquilo, eu a levo qualquer dia desses.

  Saí do carro e logo senti a brisa, ali seria bom para pensar um pouco, refletir sobre minhas escolhas e passar um tempo com minha própria companhia, que por muitas vezes, desde a morte dos meus avôs, era a única que eu tinha.

Voltei meu rosto para o carro, que não saiu do lugar, Thomas me encarou curioso e eu ergui minha sobrancelha, sem dizer nada.

  — Pensando em mudar sua resposta diante do meu pedido de casamento? — questionou desligando o carro.

Eu ri balançando a cabeça e procurei por um óculos de sol que eu sabia que tinha no porta luvas do carro.

Há uma semana, Thomas pediu a Dalton para "fechar" um espetáculo no Arakluz, eu não sabia, pois era justamente uma surpresa para mim. Foi então que, depois de uma última apresentação das gêmeas, eu fui chamada novamente ao picadeiro e ele apareceu, vestido de dono do circo, com aquelas roupas vermelhas, capa e algo parecido com uma bengala. Dançou um ballet desengonçado comigo e ao final se ajoelhou para dizer às palavras que eu pensei que só ouviria em filmes: "Quer casar comigo?"

E o que eu fiz? Saí correndo.

— Eu não estou pronta para uma responsabilidade tão grande — respondi a Thomas, colocando os óculos sobre meus olhos, e essa fora quase a mesma resposta que eu havia dado a ele quando ele me encontrou, chorando no meu trailer. — Imagina, eu sendo a senhora Campbell? Eu tenho tanto medo de falhar com você!
De dentro do carro, Thomas abriu um meio sorriso e segurou meu rosto.

  — Você é falha, todos somos. Mas todas suas falhas me fazem te amar mais, pois me mostra que você não é fruto de um sonho. É carne e osso, real e minha — Thomas aproximou seu rosto do meu e beijou-me.

  Caramba! Eu não me cansava dos seus beijos!

  — Depois falamos disso, hum? — pedi após puxar seu lábio inferior entre os meus para provocá-lo.

— Então isso é uma promessa...

— Uma garantia de que vamos conversar, Thomas! — ri e olhei para seus lábios avermelhados, em seguida voltei meus olhos para os dele. — Eu não quero nada corrido com você, meu pedido de tempo é por isso. Eu te amo e um casamento só seria uma reafirmação disso, que graça as Deus nós não precisamos e o faríamos para mostrar para outros. Felicidade, enquanto guardada, não atrai maus olhares e eu estou muito feliz como estamos.

— Eu também, e eu te amo demais. — ele confessou me fazendo sorrir. — Não precisamos definitivamente de uma reafirmação disso... Mas não deixaremos de conversar, ok?

— Ok, senhor Lewis. — revirei os olhos e ele me deu um selinho. — Até mais tarde.

— Até, te amo — tirei minha cabeça e voltei me erguer, ajustando minha bolsa no ombro.

Ele voltou a ligar o carro e arrancou, saindo do estacionamento da praia.

O sol das 17 horas ainda era forte, fui até um quiosque e comprei uma água de coco. Segui andando pela orla, eu relembrava tudo que havia acontecido nos últimos meses. Depois que soube do meu sequestro, Jenny ligou durante duas semanas direto e confirmou que viria para o natal em Kennet. Eu continuei "morando" com Thomas e Susan, visitando Paty e Carl constantemente, minhas aulas no Instituto acabaram na última semana. George convidou a mim e meus irmãos para passarmos alguns dias das férias de verão com ele e ficamos de decidir o melhor dia para todo mundo.

O Natal passou, as férias vieram, algumas viagens rápidas com o Arakluz e minha convivência constante com os Campbell; tudo parecia se ajeitar.

Desviei de uma moça de mãos dadas com uma menininha de biquíni da Barbie e um bebê no sling, aquela espécie de porta-bebê de pano atravessado pelo tronco. Sorri e desviei o olhar enquanto mordia o lábio inferior. Se eu continuasse a olhar, com certeza me imaginaria no lugar daquela mulher, e eu sabia que não estava pronta para deixar a fichar cair e a consciência me dominar para contar a Thomas o que suspeitava há alguns dias.

  Caminhei até encontrar uma árvore grande, perto da área de "academia ao ar livre". Sentei encostada nela e deixei o coco vazio ao meu lado. Abraçando a mim mesma em seguida.

  Eu sentia que as coisas estavam enfim se acertando, e estava feliz por isso. Eu não queria me lembrar do que aconteceu naquela quarta-feira de novembro, apenas deixar onde estava, no passado.

  Deixei minha cabeça tombar para trás e fechei os olhos quando alguns feixes de luz passaram entre as folhas da árvore e vieram direto para meus óculos.

  Meu aniversário era no dia seguinte, nem dava para imaginar que em menos de seis meses minha vida mudaria tanto, que tanta coisa iria acontecer.

  Respirei e inspirei várias vezes. A brisa suave do mar parecia entrar nos meus poros me acalmando. Tudo estava no controle, mesmo com a revira volta que eu suspeitava que aconteceria na minha vida nos próximos meses.

  Conseguia sentir a areia fofa brincar com as solas dos meus pés e lembrei-me da primeira vez que vi o mar e me apaixonei por ele.

Eu, mais uma vez, estava com meus avós. Era uma viagem em família, mas de última hora meu pai teve que ir a tribunal por um caso de extrema importância para a cidade e minha mãe não gostava de sol, mar e areia, então só ficava dentro da pousada.

  Vovô e vovó levaram eu, Mike e Kile para a praia, era a minha primeira vez no litoral. Fiquei estática quando vi todo aquele mar, era grande demais para ser verdade. Parecia miragem para aquela garotinha de oito anos que tinha toda esperança no mundo e acreditava que seus pais eram tudo e a amavam mesmo com a pouca atenção que recebia deles.

  Naquele dia era difícil de imaginar que minha vida se transformaria em uma bola de neve de problemas, e que poucas bolas quentes de felicidade teriam que vencer o gelo da tristeza. Mas no final, era como jogar uma pedra de gelo sobre o asfalto do verão em Kennet, ele logo se derretia. E assim, a felicidade vencia.

Passei mais alguns minutos pensando de olhos fechados por causa do sol, porém em algum momento o sol parou de incidir nos meus óculos e eu abri os olhos para saber o que impedia-o de passar.

Ah, meu Deus! — Meu pensamento escapou e eu abri um largo sorriso.

— E aí, futura mamãe de minis Thomas — Jenny caçoou e abriu os braços me recebendo.

— Sua maluca, por que você não falou que vinha? — Apertei ela mais um pouco em meus braços e depois nos sentamos. — E não fica gritando assim, eu ainda não tenho certeza!

— Depois desse momento "curtindo a vibe na praia" você ainda duvida? Eu sou a mais tarada, mas você sempre foi agitada! — zombou e jogou o cabelo para o lado, impedindo que o vento atrapalhasse mais uma vez. Eu meio que a admirava, fazia mais de um mês que eu não a via e ela aparentava ter mudado muito ao mesmo tempo em que parecia a mesma pessoa. Jennifer, minha melhor amiga.

Não nos falávamos desde o réveillon, quer dizer, trocávamos mensagens, porém o trabalho no Arakluz estava intensificado com o início do ano. Ainda assim, nossa distância não diminua nossa amizade.

— Nãooo — ralhei prolongadamente enquanto quase arrancava a blusa de Jenny. — Você fez uma tatuagem sem mim?

— Eu ia fazer nessa semana do seu aniversário que vamos ficar juntar, até que recebi a linda notícia que vou ser tia, então fiz antes — contou mostrando uma estrela de quatro pontas grandes e pequenas nas diagonais, Jenny sorria encarando o desenho em seu corpo.

— Ainda é uma possibilidade! — voltei a contradizer e choramingando, guardando minha felicidade ao saber que ela vai passar uma semana comigo, continuei: — A estrela do norte, não é justo, eu também queria!

— Daqui um ano mais ou menos você faz, agora me conta, já falou com o Thomas? — questionou cruzando as pernas sobre o banco em posição de meditação, até colocou as mãos viradas sobre as laterais dos joelhos. Balancei a cabeça e suspirei.

— Eu não devia ter te falado nada, eu só notei que minha menstruação está atrasada como nunca e venho sentindo umas tonteiras, pode não ter nada a ver com isso. — argumentei olhando para o mar e recordando-me da moça segurando a menina e com um bebê no colo. — Você sabe que ser mãe é e sempre foi meu grande sonho, mas eu não vou criar expectativas em algo que não é certo nem está confirmado, e não vou fazer isso com Thomas também.

— E quando você vai fazer o teste definitivo? Por que nada tira da minha cabeça que aqueles dois primeiros estavam errados!

— Amanhã, no meu aniversário. Vou fazer o exame de sangue, na Lasur sai no mesmo dia. E sem me precipitar, se for positivo eu ficarei feliz, se não eu aceito que ainda não chegou minha vez — Adiantei-me antes que ela tentasse me persuadir. Sorri quando ela assentiu e a abracei de novo. — Eu senti tanta sua falta.

— E eu a sua, Ellie, menos dessa sua falta de coragem!

— Calada! — ralhei me afastando e vendo Jenny gargalhar. — Se for verdade, é uma responsabilidade muito grande e não só eu quem terei que assumi-la.

— Eu entendo. — assentiu e depois olhou em volta. — Vamos comer alguma coisa e ver se tem carne fresca  em Kennet... Ah, é tão bom voltar para casa! — Se levantou e passou o braço pelas minhas costas. — Algum desejo?

— Já falei para parar. — A puxei para um moço que tinha acabado de subir as escadas que levavam a areia com uma caixa com camarão no espeto. Minha boca salivou.

— Você sabe que eu não vou. — riu e ajudou a bolsa rosa choque no ombro, olhou para mim e deve ter notado o fogo dos meus olhos. — Beleza, talvez por uns 5 minutos!

Depois de comer uns cinco espetinhos, quatro meus, só para constar, ainda fomos para uma cafeteira.

Jenny disse que estava enjoada de comida chinesa e só queria um empanado kennetnense, e eu ainda estava com forme.

— Comendo igual uma elefanta e ainda disse que não está grávida, me engana que eu gosto! — disse dando uma olhada para mim, porém seus olhos se desviaram para o garçom que nos atendeu, exatamente nos atributos avantajado abaixo das costas dele. — Que filé delicioso!

— Jenny! — ralhei. — Bom, eu ainda duvido que eu esteja grávida, tentamos várias vezes, mas os sinais são poucos!

— Um assunto bom para se tratar em uma mesa de uma cafeteira... sexo. Alheio, mas ainda sexo — brincou colocando a mochila no colo e a abrindo. — Tem pessoas com fertilidade em alta, sabe? Eu não entendo nada disso, mas pode ser que você seja a sortuda da vez! E, caramba, Thomas é um pedaço de mau caminho!

— Para de falar assim dele! — reclamei e ela gargalhou, atraindo alguns olhares, dos quais Jenny conferiu um por um, com um olhar crítico nos homens. Eu estava começando a duvidar que essas viagens fizeram bem para ela, Jenny voltou ainda mais ninfomaníaca! — E eu posso ser só mais uma louca para ter um bebê que adquiriu gravidez psicológica. Porém não vamos falar disso, quero saber, como foi no Taj-Mahal na Índia depois da temporada na Itália?

— Esse mês foi ma-ra-vi-lho-so! — exclamou falando silabicamente. — Eu conheci tanta gente, tanta cultura, tanto tudo! Foi demais. Na Índia parecia ter festa todo dia, aquilo era um paraíso para mim! E uma bagunça organizada na rua que nu! eu adoro!

Eu ri e ela contou mais sobre como foi conhecer segunda maravilha do mundo moderno do seu roteiro. Depois eu contei com detalhes como foi o pedido de casamento de Thomas, aquele que eu saí correndo. E Jenny gargalhou. Não que eu esperasse outra reação dela, afinal, até eu ri da minha situação. Eu parecia uma adolescente cheia de dúvidas sobre o futuro. Porém era só com o que poderia ter acontecido caso eu aceitasse, eu tinha plena certeza de que um dia eu me casaria com Thomas.

  — E como está minha sobrinha? Faz tempo que não vejo Susan...

Suspirei perdendo-me nas minhas próprias lembranças. Lembranças felizes.

  — Susan está melhor do que nunca, ela praticamente aposentou a cadeira de rodas e agora está andando, apenas continua com os treinos para ganhar resistência — contei sorrindo e bebendo um gole na xícara de café que o garçom, que Jenny comia com os olhos, deixou sobre a mesa.

  Ver Susan evoluindo rápido a cada dia que se passava me deixava mais que feliz. Seu sorriso quando consegui dar o primeiro passo, se apoiando em hastes, foi como o nascer do sol assistido no alto do parque Gardênia. Depois vieram os outros, para ela, era como aprender a andar novamente, para mim era como ser uma mãe vendo sua filha dar os primeiros passos. E eu simplesmente amava acompanhá-la em cada evolução.

  — No natal ela estava tão linda, mesmo com as muletas. Tem previsão de voltar a dançar? — inquiriu Jenny comendo empanado.

  — Isso depende muito dela, ela já consegue dançar, mas é melhor evitar esforço. — comentei soprando o café.

  — Isso é ótimo! Seu irmão fez um belo trabalho — Jenny disse batendo palmas. — Trouxe algumas coisinhas, mas vou mostrar quando formos para casa.

Coloquei o cabelo atrás da orelha e levantei a cabeça. Jenny havia tirado uma caneta da bolsa e anotava algo num guardanapo.

  — O que é isso?

  — Nada, coisa boba — respondeu vagamente e dobrou o papel. Apertei meus olhos e tentei ler algo, porém não consegui. Notando meu interesse, Jenny levantou os olhos para mim e sorriu. — O que mais mudou por aqui?

  — A ex do Mike apareceu pedindo para voltar com ele. Kile vai ter outro filho. George convidou Irina para morar com ela. Vega  passou as férias inteiramente com o pai. Miranda e Olívia ainda estão com os gêmeos, Connor e Caleb. O Arakluz está com força total e vamos ter apresentações ainda essa semana e Dalton planeja uma no interior do Chile. — listei depressa, tentando recordar-me de todas as mudanças desses únicos meses. O início do ano realmente trouxe coisas muito boas para todos.

  E pode estar trazendo uma para seus próximos meses... Meu consciente sonhador praticamente sussurrou no meu ouvido e eu suspirei.

— Parece uma boa história chegando ao fim. Aquele fim fofos e clichê, mas que muita gente gosta.

Sorri e sem pensar muito levei uma de minhas mãos para meu ventre, sem que Jenny percebesse.

  — Não gosto de pensar que seja o fim. Eu acho que é só uma fase nova começando... Uma fase para não se esquecer.

(27/11/2016)

Agora
É
Oficial
É o penúltimo capítulo de A Um Solo do Amor!
Provavelmente o último vem dia 29 ou 1°, ele vai estar gigante scrrr! E claro, completando 5 meses de AUSA no Wattpad no dia 3, eu vou postar o epílogo!
Vai rolar uma brincadeira antes, então fiquem ligados!
Até!
Bjs!

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