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Capítulo 48

Este é só o primeiro passo; abra as asas. Em seguida, olhe para frente. E então corra, passarinho, corra e salte!

Jenny acordou radiante no domingo, e quase junto do sol, o que significava que todos da casa também haviam madrugado.

— Vamos acordar, cambada, melhor dia do ano começou! — Ela berrou com uma panela na mão, chocando-a contra uma colher de metal. 

Meu Deus!

Bateu umas três vezes perto da cama e depois foi para outro quarto, apenas virei minha cabeça para o travesseiro e voltei a dormiu. Menos de um minuto depois, eu ouvi Patrícia gritar:

— Jennifer Cardozo Bernardi, se você bater esse troço mais uma vez, você vai passar seu aniversário no necrotério! — Arregalei meus olhos e me levantei num salto. — Ah, e feliz aniversário, filha. Te amo!

Ok! Guardando nas notas mentais que não devo nunca irritar a Dona Patrícia de manhã.

Fui para sala me espreguiçando e encontrei com Carl no meio do caminho, ele se jogou no sofá e eu fui atrás dele, abracei seu corpinho e voltaria a dormir se não...

— Tsc. Tsc. Tsc. Acho que preciso dar uma lavada boa nessa sala, vou começar jogando água em tudo! — Ouvi Jenny ameaçar a abri um dos meus olhos.

— Que horas são? — Perguntei me sentando e aceitando que eu só voltaria a dormir de noite.

— Sete e... 23. — Disse de braços cruzados e um sorriso no rosto.

— Nossa, Jenny, fica velha e também exagerada, é? — Ergui-me a abracei. — Feliz aniversário, loirinha, tudo de bom para você nessa fase que está iniciando-se.

— Obrigada, Elliezinha — Brincou e me balançou. — Vamos logo começar a arrumar as coisas para minha festa de aniversário e despedida!

— Espera! Você vai embora hoje? — Perguntei. Eu pensava que teria mais um tempo com a minha amiga!

— Não, amanhã de tarde, meu avião sai pelas 15 horas. — Contou indo para o jardim. A segui sem queixar-me, ainda que eu estivesse de pijama. — Temos que arrumar essa área aqui, colocar a mesa naquele canto e pegar a caixa de som no vizinho novo e maravilhoso que eu bati papo esses dias, ele disse que tinha uma mesa de DJ e tudo mais!

— Mas a festa é só de noite, por que temos que arrumar tão cedo? — Questionei ainda esfregando meus olhos, eu está fazendo um esforço incomum para me manter em pé. Jenny me olhou, seus olhos semicerraram e eu dei um passo para trás. — Tá bom! Vamos arrumar!

A organização da festa começou ali. Depois Jenny ligou para a confeitaria e confirmou se estava tudo certo com o bolo; andou de um lado à outro procurando os balões que sumira na última hora; deixou Patrícia louca por causa do almoço; e até fez Carl larga os videogames e me ajudar nas montagens das mesas no jardim.

Por volta das 16 horas, Jenny disse que sairia para se arrumar no salão do Vega, e lógico, me arrastou com ela, deixando a bomba de arrumar os últimos detalhes com Patrícia. Ainda me fez escolher o que usaria na noite antes de sairmos, apenas avisando que nos arrumaríamos por lá. 

Fiquei surpresa quando encontrei o salão vazio, porém não duvidava que fora a pedido de Jennifer que queria exatamente tudo que tinha direito no seu aniversário.

— Elas chegaram! — Ouvi Vega anunciar enquanto subimos os poucos degraus que levavam a entrada do salão.

Entramos e ele passou como um raio para abraçar Jenny com um buquê de rosas nas mãos.

— Feliz aniversário, sua diva! — Ele desejou com uma voz extremamente fina e eu sorri deixando eles com seus ataques. 

— Obrigada, Vega, seu maravilhoso!

— Boa tarde, meninas — Cumprimentei as funcionárias com um aceno.

— Ellie, você está maravilhosa, o que anda passando nesse cabelo? Olha esse brilho! — Vega veio e me rodou num abraço.

— Isso se chama amor demais, deve fazer bem para os cabelos! — Jenny caçou, deixando a bolsa sobre um sofá branco com almofadas pretas e indo até as meninas, recebendo abraços de cada uma delas.

Ainda presa ao abraço de Vega, ouvi-o perguntar baixinho:

— Como estas a sentir em relação a iminente ida de Jennifer? 

Suspirei pesadamente pela primeira vez, aceitando que realmente estava próximo, e eu já deveria me acostumar com aquele fato.

— Estou feliz por ela e triste por mim, vai entender! — Abri um meio sorriso. — Meu maior medo é perder a amizade dela, mas isso é só insegurança, já passamos por coisas demais, sei que nossa corrente é forte.

— Estas certa. — Vega afastou-se e provavelmente notou meus olhos já vermelhos, que tentavam proibir qualquer lágrima de cair. — Não chores, Ellie.

— O que vocês tanto fofocam, hein?! — Minha amiga perguntou e eu passei um braço pela cintura fina de Vega enquanto abria um sorriso inabalável.

— Somos amiguinhos agora, também. — Provoquei lembrando-me do dia da minha apresentação no Instituto quando eles estavam falando em códigos.

— Haram, sei. — Semicerrou os olhos e jogou seu cabelo loiro para trás. — Não temos tempo a perder, vamos começar isso logo.

O sol já estava quase despencando do céu quando Vega e suas funcionárias acabaram o serviço. E ele fora completo, pois Vega liberou sua casa, que ficava no segundo andar do prédio do Salão, para que nós nos arrumássemos.

Jenny estava com um vestido amarelo Alcântara, de renda, tampando o que devia tampar, deixando apenas suas costas nuas, de resto era tudo rendado com desenhos delicados de mini flores; nos pés, um scarpin preto. 

Parte dos seus cabelos loiros estavam erguidos, presos por presilhas simples, que com o penteado feito por Vega não dava para notar, seu mediano cabelo estava brilhoso e cheio de ondas. Para completar, sua maquiagem não ficava para trás, delicada, pouca cor nos olhos, porém com um forte batom vermelho.

Já eu estava com um conjunto de uma saia de cintura alta com corte de nuvem na baía, que vinha moldando minha cintura e ia expandindo até o meio das minhas coxas, e uma blusa cropped com o mesmo corte da saia que deixava parte da minha barriga amostra. 

Meu cabelo estava de lado, em um enrolado de trança que contornava a parte de trás do meu cabelo. Minha maquiagem dava atenção aos meus olhos e meu batom era nude.

Nós estávamos sentadas num sofá vermelho da casa do Vega esperando o mesmo para voltar para a casa da Jenny, então ele surgiu com uma calça jeans vermelha vinho, uma blusa branca e um blazer negro por cima, seus cabelos ruivos estavam jogado para trás em um topete.

— UAU! Se eu fosse homem ou estivesse bêbada ficava com você de novo! — Jenny exclamou com a cabeça para trás em uma gargalhada quando ele deu uma rodadinha.
Foi impossível não rir com ela. E eu apaguei qualquer imagem dos dois juntos na minha mente.

— Vamos raparigas¹, minha amada Patrícia deve estar rosa purpurina com a nossa demora. — Ele exclamou puxando-nos com o braço e fazendo com que cada uma de nós ficasse com um dos braços enlaçados aos dele.

— Qual será vosso primeiro destino, Jenny? — Vega perguntou, dentro do carro. Secretamente era uma pergunta que eu gostaria de fazer, porém ainda estava me acostumando com a ideia de que Jenny tinha um destino já pré-programado. 

— Itália — disse com os olhos brilhando enquanto olhava para Vega pelo retrovisor. Jenny havia pedido para que ele dirigisse para que ela não amassasse seu vestido. —, visitarei todas as sete maravilhas do mundo moderno, terminando em fevereiro no Rio de Janeiro, no Brasil, fiquei sabendo que o melhor carnaval de todos é lá, depois de... como chama...? Salvador! Sim, esse é o melhor!

— Você vem para o Natal e o Ano Novo? — Questionei pegando em sua mão. Jenny estava tremendo, eu não sabia se por animação ou ansiedade por causa de sua festa.

— Ellie, eu sinceramente não sei, meus destinos dirão — Ela me olhou e deu um meio sorriso. Abaixei minha cabeça, repreendendo qualquer sentimento ruim, eu devia estar feliz por ela! Eu estou feliz por ela!

Mas eu sabia que com a ida da Jenny eu estava perdendo uma grande base de sustentação que eu havia criado a partir dela, eu sabia que não poderia ter feito isso, porque ninguém é para sempre. No entanto, eu estava desesperada quando cheguei a Kennet, e ela estava no topo da lista de pessoas que me deram apoio sem questionar meu passado.

— Ora, pois! Não sou tão radical assim para sair de mochilão pelo mundo — Vega comentou, cortando de vez meus devaneios. — Tenho meu pai idoso no interior, vocês já estão a saber, e eu amo-o demais para deixá-lo, mesmo que ele não me aceite como eu sou.

De certa forma eu entendia o Vega, mesmo que no meu caso eu tenha sim saído de casa e sido radical. Mas o fato que nos diferenciava era que meus pais não passavam nenhum tipo de necessidade ou cuidados. Ou se passavam, era por falta de amor.

— Chegamos! — O próprio Vega cortou o clima anunciando. Sai do carro enquanto ele ia abrir a porta de trás para Jenny.

Novamente ele enlaçou nossos braços e nos entramos pela porta do jardim, que ficava na lateral da casa. Já dava para ouvir a música e um pouco do falatório.

Assim que passamos pelo portão que atraiu um pouco da atenção das pessoas por causa do seu som, vimos todos embasbacados e seguido Jenny com o olhar.

A mesma soltou-se de nós e saiu para cumprimentar, numa mesa perto do bolo floresta negra divino, quem ela chamou sussurrando para eu e Vega de: “parentes que só vieram para comer e reclamar depois no grupo da família”. Numa mesa de perto da escadinha que levava a varanda da casa, vi Thomas, Susan, Carl, Tobias e Mike, além das gêmeas. Caramba! Eu estava morrendo de saudades delas!

Guiei Vega que olhava toda a organização com um sorriso e um aceno de cabeça em concordância, para a mesa dos meus próximos. Realmente todos os detalhes estavam lindos, balões amarelos, a cor preferida da Jenny, com bolinhas brancas, uma mesa tipo DJ de mixagem e um jogo de luz que contratava bem com as folhas de uma grande árvore que tinha do lado da casa. Várias mesas e cadeiras na varanda e espalhadas pelo jardim, tudo com base na cor amarela.

— Boa noite, família! — Sorri e corri para abraçar minha menina que estava linda num vestido rosa e um lenço da mesma cor na cabeça. — Oi, pequena. Oi de novo, dorminhoco.
Brinquei com o cabelo de nerd de Carl e ele se afastou, rindo.

— Oi, Ellie! — Ela sorriu e então eu a soltei porque Vega já estava igual sapo pulado atrás de mim de êxtase, querendo abraçar Susan.

Levantei meus olhos e eles encontraram os de Thomas, dei a volta na cadeira de Susan e cheguei nele, que se levantou.

— Você está linda — Ele disse antes de me beijar em meio a um abraço. Com o ato inesperado eu reagi corando e o puxando para mim. Ele estava com uma blusa pólo vermelho e calças jeans escuras, além daquele cabelo charmoso e arrepiado. Céus! Como eu o amava!

— Você também não está nada mal — Sorri quando nos separamos e mordi meu lábio inferior. Desviei dele quando sua mão ameaçou me puxar de novo e fui até os outros meninos e meninas.

— Oi, gente. — Dei um abraço em cada um deles. E resolvi ficar por ali um tempo, eu já estava morrendo de fome!

Jenny ficou mais tempo "fazendo sala" para seus convidados, até vim para nossa mesa. Não duvidei que ela queria provocar, ainda, Tobias quando se sentou sobre uma das pernas de Vega e lhe roubou a taça de vinho.

Jenny poderia ser tudo, porém ela não desistia de algo tão fácil como pareceu desistir de Tobias, e nunca deixaria a "ele que fique com suas confusões e escolhas", ela era mais que isso, provocava até o último segundo. Ah sim! Ele notou, pois se levantou com a desculpa de que iria procurar algo para beber.

— O que estão achando dessa arraso de festa? — Jenny perguntou sorrindo depois de receber "parabéns" de todos.

Conversamos um pouco até Thomas indicar a pista de dança com os olhos e erguer a sobrancelha. Neguei com a cabeça e olhei para baixo. Eu não iria dançar na frente de todas aquelas pessoas e não tinha mais ninguém dançando!

Vi pelo canto dos olhos Jenny olhar para mim, e depois cochichar algo para Vega, que ainda a sustentava em seu colo. Ela se levantou e disse que iria buscar mais salgados.

Miúda², me concede uma dança? — Vega perguntou a Susan e piscou, fazendo ela rir, confusa com a proposta, Thomas apertar minha mão que estava sobre sua coxa. Vega ergueu várias vezes as sobrancelhas e ela acenou com a cabeça.

— Ei! Eu sou amigo dela, você não perguntou para mim! — Carl reclamou emburrado.

— Vem também, loirinho, dançamos a três, pois? — Vega propôs. Carl o olhou confuso também, mas acabou por concordar.

O ruivo ajudou Susan com a cadeira de rodas, depois foi para a cabine de mixagem, que naquela momento só tocava uma música calma que eu não tinha ideia do nome, e pediu para quem eu deduzir ser o novo vizinho mexer em algumas coisas lá.

— Vamos animar isso aqui — Jenny disse surgindo junto com os primeiros toques da música. O que era aquilo? Um cosplay de De repente 30?

Então Thriller de Michael Jackson soou alto pelas caixas de som e Vega foi para o meio da pista acompanhado de Susan, que não deixou de dançar com os braços sobre sua cadeira, e Carl que foi rodando do melhor jeito sua irmã maluca. 

Em pouco tempo, Patrícia surgiu de dentro da casa e começou a dançar enquanto descia as escadas que traziam até o jardim.

— Você não vem? — Quando dei por mim, Thomas já estava em pé com a mão esticada. Tobias, Mike e as gêmeas passaram pedindo licença enquanto eu ponderava o pedido. — Já estão todos lá e a melhor parte vai começar.

— Thomas, Thomas... Todas as partes de Thriller são boas! — Balancei a cabeça, sorrindo, e peguei em sua mão. — Vamos lá.

Não vou mentir que eu mais ri do que dancei, tinha umas velhinhas da família de Jenny que se juntaram na dança e dançaram melhor que muita jovenzinha! E eu só consegui sorrir. Ainda mais quando Thomas resolveu interpretar o personagem do clipe e eu, a garotinha inocente. Os sorriso de Susan me encantavam cada vez mais.

Depois da música, Vega assumiu o cargo de DJ da festa e a pista não ficou dois minutos sem alguém. Eu preferi voltar para a mesa por causa do salto, porém, de longe, fiquei a observar Thomas dançando com Susan Daddy da Beyoncé. 

Um tempo depois fomos chamados para cantar Parabéns pra você, Jennifer estava radiante, mas negou-se a fazer um discurso. Partiu alguns pedaços de bolo até voltar a dançar. Peguei refrigerante para nossa mesa enquanto Thomas vinha com uma bandeja com bolo.

Certa hora, quando as tiaszinhas já estavam querendo ir embora, Jenny se levantou.

Então foi até a mesa do DJ e com ajuda de Vega e o novo vizinho, conectou um microfone às caixas de som e deu umas batidinhas para chamar atenção.

Mais uma vez Patrícia apareceu na varanda, porém com os olhos cheios de lágrimas.

— Então, pelo menos meia dúzia das pessoas estão aqui não me conhece de verdade, e eu só convidei mesmo por obrigação! — Revelou e eu ouvi sua mãe chamando seu nome ao mesmo tempo que a repreendia. — Relaxa, mãe, é a verdade, se a carapuça serviu, que bom... ou ruim. Enfim, mesmo essas pessoas não me conhecendo e algumas me julgando por isso, eu vou dividir com vocês um acontecimento próximo na minha maravilhosa vida que não se afeta com mandinga³.

Ela então deu uma pausa e suspirou.

  — Poucas pessoas sabem, ou melhor, apenas duas tinham vaga noção de um sonho louco de faculdade que eu tinha e tenho. Esse sonho era fazer uma viagem sem aviso prévio pelo globo terrestre, não por 80 dias, se fosse necessário, o resto da vida! — Seu sorriso se alargou. — E enfim eu decidi segui-lo e vou sair de Kennet amanhã.

Ouvi um suspiro fundo atrás de mim e não precisei me virar para saber de quem saíra. Por que Tobias não dizia a verdade que parecia esconder de todos?

Então, brincando – ou falando sério, Jenny tinha esses picos de inconstância –, ela continuou:

— Então, se algum de vocês me ama, é uma boa hora para tentar me fazer desistir — Mais uma pausa que me deixou de boca aberta por saber que seu olhar, amontoado de lágrimas, estava destinado a uma pessoa, Jenny apenas concluiu: — "Quem gostou bate palmas, quem não gostou, paciência!"⁴

Com ajuda de Vega, que foi o iniciador das palmas ela, desceu dos caixotes dos quais estava sobre para ficar maior.

Patrícia foi até ela e a abraçou forte, Carl correu e fez o mesmo. Seguindo o fluxo, eu levantei-me e fui até Jenny.

— Eu te amo, amiga — Descansei minha cabeça em seu ombro e segurei o choro mais uma vez.

— Eu também, muito obrigada por nunca me julgar! — Agradeceu e eu sorri no mesmo momento em que me afastava, passando os dedos sobre os olhos dela.

— Não por isso.

A música voltou a tocar a Jenny correu para a cozinha de casa e voltou com uma garrafa de vinho.

— Bebe comigo, só hoje.

— O quê? Não! — Ri da cara de cachorro pidão dela. — Você sabe que eu não bebo desde aquele...

— Porre que você tomou quando apostamos quem tiraria maior nota naquela matéria que eu nem lembro mais do cursinho extra que tinha — Ela riu. — Aquela época era bem divertida, dá uma saudade!

— Verdade!

— Então? Você vai encarar? — Insistiu fazendo uma dancinha com as duas taças na mão.

— Mais tarde, prometo! — Ela me fez cruzar o mindinho com o dela e saiu dançando.

Olhei em volta, eu precisava que tivesse menos pessoas ali, eu não era nada controlada enquanto estava bêbada, quanto menos plateia melhor! Espera! Cadê o Tobias?

Ele havia ido embora, deixando apenas, alguns minutos depois, uma mensagem para Thomas, inventando uma desculpa qualquer por ter ido. Porém eu sabia que ele só estava confuso... E exatamente por essa demorada indecisão dele – e claro, pelo sonho dela – que Jenny estava saindo de Kennet, não que ela precisasse provar algo a alguém, no entanto ela também queria esquecê-lo.

Pouco depois da meia noite, entrei com Thomas no quarto de Carl, que havia convidado Susan para jogar com ele depois que o mesmo se entediou da festa.

— Carl? — Chamei e ouvi um "shhi". 
Me deparei com uma cena que me sorrir. Carl estava com um controle na mão, ao passo em que Susan dormia ao seu lado, com a cabeça no ombro do loiro.

— Ela dormiu, eu... Eu — Ele constatou e levantou-se ao olhar além de mim, meio assustado. Semicerrei os olhos e me virei para trás.

— Ele só tem nove anos! — Briguei sussurrando com Thomas e ele riu dando de ombros e desviando dos meus tapas. — Deixa de ser o cão de guarda da Susan, ela é muito nova para isso.

— Senti ciúmes dos velhinhos babavam por causa da sua saia curta que mostrava suas pernas a festa toda, e me fiz de estátua. Não vou fazer isso com meu bebê e esse projeto de homem. — Ralhou desviando de mim.

— Olha como você fala do Carl, brigo com você e ainda planejo casamento deles desde agora, hein?! — Desafiei e Thomas me olhou com os olhos arregalados. Dei de ombros como ele e voltei-me para Carl. — Loirinho, já está tarde, vamos desligar isso aí e dormir.

— Tá bom, tia! — Revirou os olhos e riu da minha falsa expressão de braveza. — Você fica engraçada fazendo essa cara de brava, parece a Susan quando perde uma partida!

Eu voltei a rir enquanto Thomas maneava a cabeça em negativo e pegava Susan no colo. Fui até o lado da cama e puxei a cadeira de rodas.

— Eu ainda vou ir na casa da Suh amanhã? — Carl me questionou baixinho e eu assenti, fazendo um sinal de silêncio com o dedo e a boca, o qual ele respondeu com um sorriso travesso.

— Tchau, Carl Drew! 

— Até breve, senhor Thomas. — Provocou, acenando e rindo.

Do lado de fora, eu ajudei Thomas com o carro depois dele se despedir de todos. Ele ainda estava com aquela cara de irritado e desafiador, aquele homem me fazia ficar encantada a cada dia e minha satisfação era fazê-lo ficar irritado, mas não brigar comigo e sim me provocar de volta, era estranho. Mas quem disse que o amor é algo normal?

— Boa noite — Curvei-me na janela do carro e dei-lhe um beijo.

— Até amanhã, amor.

Então ele arrancou com o carro, e eu me preparei mentalmente, ali mesmo, para tomar o segundo porre da minha vida.

— Eu não esqueci — Jenny prolongou o "i" e me conduzindo de volta para o jardim. Ela já estava bem alterada.

Muita gente já havia ido embora, incluído meu irmão, Miranda e Olívia, que teriam aula no dia seguinte. Havia pouco mais de seis pessoas ali, entre ex-colegas de faculdade de Jenny e o pessoal da Lasur. Ela me estendeu a taça de vinho e encheu, fez o mesmo em seguida com a sua.

— À nossa felicidade! — Brindamos e viramos as taças em nossas bocas. Isso se repetiu por várias e várias vezes, enquanto cantávamos músicas da Beyoncé, da Adele e todos os ícones femininos possíveis da música internacional. 

No fim, caímos bêbadas no jardim e choramos. Era aquele ditado, que se é amigo de verdade nunca deixa de ser, e era isso que eu esperava da minha amizade com Jenny, pois eu não queria perder a amizade dela nunca.

Jenny, para quem a conheceu nem que seja por um dia, era como uma viagem. Você curte e gosta enquanto a tem, ou ela ainda está presente. Porém, quando ela se vai, deixa eternas saudades.

*¹ - Meninas; garotas, no dialeto português-Portugal.
*² - Pequena, do dialeto português-Portugal.
*³ - Magia "negra".
*⁴ - Frase de meme BR (haha)

(23/10/2016)

Festinha bombou e eu só segurei o choro, imaginando a Jenny se despedindo 💔

Talvez eu venha a não postar algum dia dessas próximas, está no final e eu preciso desenvolver bem para não perder o fio da meada! Ok? Mas sempre deixo algo no meu perfil.

Para quem não está conseguindo postar, eu sinto muito mesmo, é coisa do Wattpad (pra variar!), mas podem me mandar mensagem particular ou postar no meu perfil, será um prazer respondê-los 💕

P.S.: Thriller na mídia, quero ver dancinha com os personagens!
(Tive que colocar no início, pois o Wattpad deu erro, além de SUMIR com a sinopse 😬)

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