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Capítulo 32

"Pode ser que não, mas a dor é a melhor forma de mostrar que estamos vivos."

Bip. Bip. Bip...

Os sons das máquinas não paravam de soar meus batimentos cardíacos. Abri meus olhos e uma luz branca atingiu meus olhos em cheio.

Ela está acordando — Ouvi uma voz desconhecida falar.

Aquilo pareceu ter me acordado mais, pois a dor veio. Chorei e vi a luz sumir, me deixando encarar somente o teto branco.

Eu sou o doutor Jaime, e estou cuidando de você. — Novamente escutei a voz falha ao longe. — Ellie, você está bem?

— Do-oi — Murmurei sem conseguir olhar para ele.

— Irei lhe dar um medicamento para acabar com a dor, tudo bem? — Assenti fraco, agradecendo por sua voz já estar ganhando uma sonoridade mais forte. — Você vai voltar a dormir e depois poderá receber visitas.

Não! Quis gritar. Mas, do meu protesto, apenas saiu um murmuro franco e falho.

— El... Eles estão... — Voltei a fechar os olhos, concentrando toda minha força nas minhas cordas vocais. — Jaime... Eles estão bem? O pe-essoal do circo está b-bem?

— Está — Ele não soou verdadeiro, me escondia algo. Senti uma leve pontada. — Você precisa dormir.

O remédio me deixou sonolenta em pouco tempo, ainda que eu quisesse me manter acordada, mas ainda assim eu voltei a dormir.

Parecia que eu havia dormido por anos, pois a posição a qual eu me encontrava começava a incomodar. Dessa vez acordei com facilidade, sem luz e sem a voz de Jaime. Ergui minha cabeça e vi o quarto vazio. Ergui-me sentindo meu joelho doer bem menos, vi o curativo, devia ter ralado fundo quando cai na hora de sair da lona em chamas.

O circo... Tudo podia estar acabado. Como estaria Dalton? E todos que estavam naquela noite para apreciar um show que acabou de forma desastrosa?

Não tinha mais nenhum tubo ligado a mim então me sentei. Eu usava aquelas roupas feinhas de hospital, mas não ligava. O chão estava frio e eu tremi quando o toquei com as pontas dos pés, porém, no mesmo instante em que iria pegar impulso para me levantar, a porta se abriu.

— Vejo que acordou disposta, senhorita Harper. — O homem negro vestido de jaleco com um estetoscópio em volta do pescoço, que acabara de entrar, me cumprimentou. — Como está se sentindo?

— Bem. — Respondi, mas esperava mesmo era por respostas dele.

— Seu namorado estava aqui agora a pouco, no entanto teve que ir embora. Agora eu irei te avaliar antes de permiti a entrada da sua amiga, a senhorita Jennifer. — Jaime questionou dando uma olhada daquelas inquisitórias para mim. — Posso chamá-la? — Eu assenti voltando à posição de antes, porém não querendo ficar deitada. Jaime veio ao meu socorro e arrumou a cama para que sua parte de cima se elevasse um pouco.

— Obrigada, doutor.

Ele saiu após assentir e eu fechei os olhos. Flashes das chamas invadindo o circo vinham a todo o momento para minha mente, mesmo que eu tentasse bloquear. Pensei em Alex que havia vindo mais cedo me vez e desejei ter ele aqui novamente para me contar como tudo aconteceu.

Ouvi a porta abrir lentamente, a cabeleira loira de Jenny seguiu no instante seguinte. Abri um pequeno sorrindo quando vi que ela apenas tinha uma facha no braço esquerdo e com o outro, segurava em Carl, que vinha com a cabeça baixa, ele não aparentava ter nenhum arranhão.

— Oh, Ellie, sua maluca. Me deixou tão preocupada! — Ela me apertou em seu abraço soltando a mão do irmão. — Foi aquele pressentimento, eu sabia que era algo maior.

— Oi, tia Ellie — Peguei Carl e o coloquei sobre a cama ao meu lado.

— Oi, meus amores. — Me sentei enquanto Jenny ocupava o lugar na poltrona perto do meu leito. — Jenny, como tudo aconteceu? Como estão todos?

Eu a vi suspirar.

— Ninguém sabe, Ellie, começou de repente... A maioria de pessoas nas arquibancadas conseguiu correr para a saída, mas... — Ela parou e olhou para baixou. Do meu lado, Carl levou as mãos aos olhos, porém vi lágrimas molharem o forro branco da minha cama.

— Quem? Jenny, me diz, quem se machucou? — Insisti, sentindo minha garganta se fechar aos poucos. Eu estava preocupada com todos, até mesmo com quem não conhecia, quem estava indo a primeira vez ao circo para nos ver. Se tivesse acontecido algo de mais grave com alguém isso não afetaria somente ao Arakluz, mas a todos nós, os componentes dele.

Eu não conseguia pensar em ninguém que poderia ter se machucado gravemente, vi pouca coisa, estava abismada demais para ver quem saiu ou não saiu... Poderia ser qualquer pessoa, menos quem era realmente.

— Susan. Ela caiu das arquibancadas enquanto tentava fugir do fogo com Tobias, um aparelho caiu sobre as pernas dela. Thomas não estava lá. — Jenny me olhou por um instante, com dor refletida em seus olhos, a sua dor e a minha. — Ela está na UTI e ainda não acordou, os médicos não têm respostas para nos dar. Antes que ela acorde, não sabemos o que esperar, essas 24 primeiras horas serão cruciais.

Meus lábios comprimiram e meus olhos se fecharam, por causa da ardência causada pelas lágrimas. Era até irônico o sol que fazia naquela tarde, o dia, para mim, tinha se passado triste, sombrio e sem vida. Eu chorei silenciosamente, nenhum som caiu, porém, por dentro, eu estava sendo devastada pela dor.

— Onde ela está? Eu quero vê-la! — Murmurei tentando parar minhas lágrimas, entretanto não conseguia de forma alguma. Carl me abraçou de lado e enterrou seu rostinho no meu peito.

— Ela passou por uma cirurgia nessa madrugada, ainda não pode receber visitas. — Interveio Jenny se levantando para segurar minhas mãos. — Vamos para minha casa, terminamos de tratar o seu ralado no joelho, o doutor disse que não é nada demais. Você só veio ao hospital porque desmaiou, pois sua pressão caiu e por causa do seu pavor por sangue, podemos ir embora. — Insistiu ao final.

— E Thomas? Cadê ele? — Inquiri um tanto irritada com sua calma, mas eu sabia que ela só queria me preservar; tanto por ter recebido aquela notícia sobre Susan quanto por ter uma noção do que acontecera no Arakluz e as consequências para o circo. Porém eu não conseguia manter a calma numa situação como aquela, eu me sentia inútil.

— Ele está com ela, Ellie, o mais próximo que pode. Thomas não quer falar com ninguém, está se sentindo culpado por ter deixado-a lá dentro da lona para atender um telefonema... da Amanda.

Meu coração se apertou ao ouvir aquele nome, sequei minhas bochechas e esfreguei meu nariz para tirar aquele incômodo.

Thomas não fora o culpado, mas sim Amanda, não era a primeira vez que ela ligava enquanto ele estava saindo com a Susan. Mesmo não a conhecendo eu já a odiava.

Apertei Carl em meus braços e as mãos de Jenny, ao menos eles estavam comigo e o restante do pessoal do circo – como fui informada por Jenny depois de um tempo – estava bem, pois a cortina principal ficava do lado contrário de onde começou o fogo.

Sem Corine e as gêmeas, que estavam se recuperando em casa, Dalton veio ao hospital para visitar rapidamente todos que podia, quando passou no meu quarto eu já estava recebendo alta, Jenny e Carl tinham saído para cuidar da parte da minha noite no hospital. Dalton me abraçou com força, para provar para si mesmo que eu estava ali, sã e salva.

— Pavlova... — Ele apoiou sua testa na minha e chorou me olhando nos olhos.

Eu vi tanta dor naquele olhar! Parecia que as memórias dele ainda havia fogo, e ele não estava queimando simples panos. Não! Aquele fogo estava queimando sonhos. O sonho de um velho mágico que só queria ver o sorriso nos outros de outras pessoas. Pois era disso que Dalton vivia, para trazer um pouco de alegria para qualquer pessoa, independe do quão ruim seja a realidade dela, ele queria mostrar as magias que o circo poderia apresentar.

— Vamos nos reerguer, mestre — Prometi, forçada a não derramar qualquer lágrima. Eu tinha que ser forte, naquele momento, para nós dois.

— Eu não vou conseguir — Ele lamentou afastando-se e segurando meu rosto com suas mãos.

— Você não está sozinho. — Sorri fraco e apertei suas mãos nas minhas. Ele assentiu e beijou minha testa, despedindo-se.

— Obrigado, Pavlova, mas vá descansar agora. Eu irei à polícia ver as causas do acidente.

— Corine, as gêmeas, Bill e a esposa estão bem? — Perguntei.

— Na medida do possível. Não tivemos nenhum caso mais grave... Exceto... — Sua voz se perdeu. Susan, era a resposta.

Dei outro abraço em Dalton e ele saiu. Troquei de roupa, vestindo uma que Jenny havia trago para minha, e me despedi do doutor Jaime.

Jenny tinha pedido para que eu ficasse no quarto esperando-a, porém eu não podia fazer isso. Tinha que procurar por uma pessoa, saber como ela estava, nem que fosse para dar um abraço. Perguntei a quem vi no caminho onde ficava a UTI, subi um lance de escada sentindo meu joelho protestar. No andar de cima encontrei com uma bancada com duas secretárias, fui até uma delas e tentei saber pelo menos para que lado eu devesse seguir, pois sabia que Susan não podia receber visitas. Perguntei onde poderia encontrar a família Campbell e depois de um tempo obtive a resposta.

Andei em passos rápidos, de corredor a corredor, até chegar em um vazio, com uma decoração simples, algumas plantas que não me causariam ataque alérgico, quadros pequenos e cadeiras de espera. No fundo um casal, o senhor e a senhora Campbell, no entanto, em uma das cadeiras mais próximas, eu vi um homem sentado com o rosto coberto pelas mãos. Thomas.

Corri ignorando a dor no joelho e o medo dele realmente não querer ver ninguém, ao chegar diante dele, me agachei e o abracei. Thomas me fez levantar ainda com seus braços devolvendo com fervor meu abraço. Abrindo meus olhos enquanto o abraçava eu vi com clareza senhora Giovana com um senhor ao seu lado, devia ser o pai de Thomas, eles acenaram para mim.

— Ela vai ficar bem... — Murmurei apertando meus braços em volta de Thomas e sentindo meu peito se chocar contra o seu, senti seu coração batendo rápido e Thomas prendendo a respiração para não chorar.

— Desculpa não ter ido te ver. — Ele pediu falando ao pé do meu ouvido, com a cabeça sobre meu ombro.

— Isso não é importante, Thomas. Susan é mais! — Falei afastando-me e olhando em seus olhos castanhos escuros, com alguns vermelhos de choro.

Ele me puxou para sentar ao seu lado, segurei sua mão grande e forte e, ao mesmo tempo, macia e quente na minha.

— Eu não devia ter saído de lá. — Thomas lamentou olhando para baixo. — Não devia ter ido atender aquela mulher.

— Você não poderia saber — Fiz ele me olhar ao erguer seu rosto com minha outra mão. — Ninguém poderia.

Não queria falar de Amanda, o importante naquele momento era trazer conforto ao coração de Thomas.

— Ainda assim...

— Não se culpe, Thomas, não faça isso. — Pedi, ele maneou a cabeça e com esse movimento viu meu joelho enfaixado.

— Me desculpe, nem perguntei como você estava.

— Foi apenas um tombo que me rendeu um corte no joelho, só vim para cá porque minha pressão caiu de nervoso e porque tenho pavor de ver sangue, aí acabei desmaiando. — Contei-lhe, Thomas assentiu e segurou meu rosto como havia feito quando quase nos beijamos.

— Pavor de sangue... — Ele conseguiu rir um pouco. Pelo menos para isso eu servia, para alguém sorri das minhas "deficiências".

— Já não bastava alergia à pólen, não é? — Brinquei para amenizar a situação. Thomas sorriu mais abertamente, depois sua expressão voltou a ser de cansaço, ele deveria ter ficado a noite toda aqui e já deviam ser umas três da tarde, por isso intervi. — Você não acha melhor ir para casa? Ficar aqui, impotente, é pior...

— Eu preciso ficar... — Seus lábios se comprimiram, ele olhou além de mim para continuar. — Mas você deve ir.

Olhei para trás e lá estava Jenny segurando no ombro de Carl tentando esconde seu rosto angustiado com seus cabelos loiros.

— Fique bem. Eu volto aqui amanhã.

— Não é pre... — O interrompi com um meio sorriso e o indicador sobre seus lábios.

— Eu vou voltar. — Lhe dei um último abraço e murmurei só para ele ouvir. — Ela vai melhorar, tenha fé.

Acenei para seus pais nas cadeiras alguns metros de nós e então me voltei para Jenny e Carl. Caminhamos para saída em silêncio até que o cortei.

— Você viu Alex? O doutor Jaime disse que ele viera aqui mais cedo. — Jenny me olhou, confusa.

— Como? Alex não está na cidade. — Informou. — Ele te trouxe para o hospital ontem, e ficou algumas horas, mas teve que levar a mãe, que estava um pouco abalada, para a casa. Disse que estaria de volta no máximo amanhã à tarde.

— Mas o doutor disse que "meu namorado" havia estado comigo antes que eu acordasse. — Retruquei olhando para ela as vezes para não perder a pisada, já bastava estar mancando um pouco.

— Ele deve ter se confundido de quarto. Ninguém entrou lá antes de nós dois. — Retrucou Jenny e apontou para Carl.

Não era possível o doutor ter confundido – ou era? –, ele parecia ter certeza que o meu namorado havia estado no quarto. Mas se não foi Alex, quem seria? Thomas já tinha pedido desculpas por não ter ido lá, não poderia ser ele.

Já estávamos perto das portas duplas de vidro do hospital e eu ainda divagava em busca de uma resposta quando ouvimos um falatório na recepção. Jurei ter ouvido meu nome, então dei um passo para trás e olhei na direção do barulho.

— Você também ouviu? — Questionei Jenny que assentiu. Seguimos o barulho e fomos para a outra entrada. Nela tinha o balcão de atendimento muito parecido com o que eu tinha na Lasur, à frente dele estavam dois homens altos que pareciam discutir com as duas atendentes, uma morena e outra loira.

— Eu vou entrar lá e ver minha irmã sim! — Um deles esbravejou de costas para mim, mas mesmo assim eu estremeci.

— Não posso dar informações sobre nenhum paciente, senhor Laurent. E Ellie Harper já deixou essa unidade há alguns minutos. — A morena respondeu, falando demais até, se eu era paciente ela não poderia falar que eu saí!

— Mas disseram que ela estava ferida! — O outro retrucou com mais calma e eu tive certeza de quem eram os dois.

Mike e Kile, meus irmãos.

(13/09/2016)

Oi, oi. Espero que tenham gostado!

 Consegui postar mesmo escrevendo um conto muito louco e já tem capa!!!

Olha ela ai embaixo!

Ainda estou escrevendo e talvez eu poste no próximo mês :3

Até dia 15 :)

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