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Capítulo 19

"Controle sua insegurança, ou poderá perder muitas coisas por causa dela..."

Quando eu e Susan chegamos no banheiro notei o estrago que o café havia feito na minha saia, naquele dia eu não estava usando a preta e comum. Mas sim o uniforme reserva, que era a saia bege e o casaquinho da mesma cor por cima da blusa vinho.

Susan pegou alguns papéis higiênicos, depois de deixar sua bombinha em um lugar seguro e me ajudou a secar o excesso do líquido.

- Acho que não vai adiantar, vou ficar com isso até três da tarde, não acredito. - Reclamei, sentando-me sobre a tampa do vaso. - Não tem como esse dia piorar, tem?

- O papai sempre diz que não devemos dizer essa frase, ele fala que atraí coisas ruins. - A pequena suspirou e voltou a pegar a bombinha. Susan parecia ter saído de um comercial de inverno daquelas pousadas perto de áreas de esqui, toda embrulhadinha em camadas de roupa, mesmo não fazendo tanto frio com a chegada da primavera, e ainda tinha um estiloso cachecol laranja no pescoço.

- Seu pai é inteligente... mas também é um louco! - Ela colocou o aparelho de lado para rir jogando a cabeça para trás. - Susan, você só veio para mais uma consulta ou aconteceu algo mais sério?

- Eu tô bem, Ellie. Foi apenas uma crise asmática que começou ontem, aí meu pai preocupou, como sempre - Riu ingenuamente novamente e eu acariciei seu rosto.

- Ele te ama, Susan, muito, muito. - Susan assentiu para mim. Toda minha vergonha e nojo tinha passado, eu só conseguia pensar no modo em que Thomas me defendera na frente daquele ser desprezível.

- Eu sei, ele fala isso todo dia. Acho que é pra eu não o deixar e fugir igual a Amanda... - Brincou com o cachecol de pompons laranjas e olhou para baixo por um tempo. Depois voltou seus olhos para mim e eu vi um brilho lindo naqueles olhinhos tão castanhos quanto os do pai. - O papai gosta de você, Ellie.

Sorri, impossibilitada de lhe responder algo naquele momento. Eu sabia que sim, que ele gostava de mim, porém ouvir da boca da filha - mais que sincera - dele era algo diferente. Eu estava, em certo ponto, estática. E outras questões começaram a martelar em minha cabeça, quem era Amanda? E fugir? Por que a "Amanda" fugiria de Thomas? Será que era "ela" que Susan comentou quando almoçamos juntas e Thomas teve que atender o telefone? Ela era a mãe de Susan?

- Eu também gosto do seu pai, Susan - Confessei e seus olhinhos se arregalaram, corri para pedir: - Ei, segredo, hein?!

Ela assentiu levando os dois dedos a boca e simulou uma corda prendendo seus lábios. Queria perguntar sobre a Amanda, queria entender aquela história direito. Por isso, hesitante, perguntei:

- Susan, quem é Amanda? Ela é sua mamãe? - Ela arregalou os olhos e pegou novamente a bombinha. Devia estar tendo um princípio de crise, e mesmo sendo apenas alérgica à pólen conhecia alguns procedimentos.

Puxei ela e a coloquei sentada no meu colo, quieta e ainda com a bombinha.

- Me desculpa, eu não devia ter perguntado. - Murmurei segurando-a junto de mim e vendo quanto seu corpo era frágil.

Susan foi se acalmando aos poucos e quando finalmente tirou a bombinha da boca me olhou.

- Você não tem culpa, Ellie. Só que eu e o papai não gostamos de falar dela, apenas isso. - Olhou para baixo e começou a brincar com os pompons novamente. Suspirei prometendo deixar minha curiosidade de lado, e permitindo que eles me contassem quando se achassem confortáveis comigo, não por pressão. Resolvi mudar de assunto depois que ela saltou do meu colo já melhor.

- Mas e aí, o que faremos com isso? - Perguntei apontando para a mancha que o café fez na minha saia.

Ela fez uma carinha pensativa. Por fim não teve resposta e deu de ombros.

- Não sei.

Então me lembrei da Jenny, ela tinha um armário na sala de RG e devia ter uma calça que coubesse em mim lá.

- Você pode me fazer um favor? - Perguntei a Susan, ela assentiu na mesma hora. - Você fica na minha frente e nós vamos encontrar uma amiga minha que pode me ajudar, pode ser?

- Hurum.

Nós saímos parecendo duas suspeitas de um crime, com exceção da Susan a minha frente, que se segurava para não rir enquanto eu tinha minhas mãos em seus ombros fixando-a a mim. Pode parecer estranho, mas eu gostei daquele contato. Mesmo nos conhecendo há tão pouco tempo eu já tinha uma ligação com ela, era quase que... fraternal. Fora por causa da festa do Carl - e em partes pela minha aproximação com Susan também -, que eu questionei-me se queria ter um descendente. E eu cheguei a conclusão que queria e muito! Mas eu esperaria o momento certo.

- A direita - Instruí. Susan foi indo, e quando chegamos à recepção as pessoas nos olharam estranho, acho que pelo fato de estarmos parecendo brincar de trenzinho.

Até que finalmente chegamos no setor da Jenny, depois de brincarmos com a situação no elevador que estava vazio. Jenny fora a primeira a erguer os olhos, seguida da maioria, logo depois. Com os olhos pedi ajuda a ela. Jenny levantou-se e veio até mim e Susan.

- Oi, Susinha - Deu um beijo na bochecha da minha pequena. Sua? De onde você tirou isso, Ellie? - O que houve?

- Isso! - Arredei um pouco Susan e mostrei parte da minha saia manchada. - Você tem alguma roupa no seu armário?

- Tenho, mas não é muito apropriada - Ela desviou o olhar.

- Não me diga que...

- É minha roupa reserva para sair. - Contou mordendo o lábio inferior e olhando em volta.

- Não é algo totalmente impróprio, né? - Perguntei, abaixo de mim Susan sorriu em uma piada só dela.

- Bom, é melhor você mesma olhar. - Puxou eu e Susan pela mão nos levando para o canto da sala, onde tinha um quartinho, e neles os armários. - Ei, Susinha, por que você estava rindo?

Vi Susan ficar vermelha, como se tivesse sido pega contando um segredo de estado.

- O papai fica falando com meu tio que algumas mulheres que usam muitas roupas impróprias são vulgares, aí depois ele falou que eu não devia ser como elas. - Ela disse, suas sobrancelhas se juntaram, mostrando que mesmo tendo ouvido do pai estava confusa.

Ignorando completamente a parte depois de "meu tio...", Jenny perguntou abrindo o armário:

- E seu tio é bonito?

- Jennifer! - Ralhei, porém sorri também, eu conhecia ela como ninguém e aquele tipo de pergunta era tão ela que se tornava difícil brigar.

- Eu não sei - Susan fez questão de responde-la. E ainda resolveu contar caso. - Teve um dia que ele foi me buscar na escola e eu ouvi as meninas mais velhas chamarem ele de "gostoso", mas eu não entendi. Meu tio não é comida.

- Ah pequena Susan, um dia vou lhe explicar tudo desse mundo... - Jenny riu voltando as nos puxar, dessa vez para o banheiro daquele andar. - E se puder me dê o número do seu tio "gostoso".

- Ãrrã. - Concordou Susan enquanto eu maneava a cabeça em negativo.

Eu só conseguia sorrir pela inocência de Susan e aquilo me deixava menos apreensiva do que poderia estar acontecendo dentro da sala do doutor Flávio. Thomas não tinha cara daqueles que batiam em qualquer um, mas e se ele se exaltasse pela forma que Flávio me tratou?

Com um aceno deixei aquela ideia de lado. O banheiro daquele andar era maior, pois também era usado por pacientes, tendo assim várias cabines.

Ao olhar para a calça que Jenny tinha meus olhos se arregalaram, ela era cheia de rasgos propositais, e pior que isso era que me deixava com um bundão. Jenny aprovou o look e mandou eu parar de bobeira, Susan gostou, mas achou melhor ficar brincando com a torneira automática da pia. Ri com aquilo. Pensei no que o meu chefe poderia dizer se me visse sem o uniforme, mas ignorei aquilo, eu diria a verdade e pronto.

- Tudo bem, é melhor nós descermos, pequena - Chamei Susan depois de enrolar minha saia na mão para depois guardá-la. Ela me olhou amuada por ter que parar de brincar com a água e eu semicerrei os olhos, sendo encarada por aquelas dóceis olhos castanhos. Preferi voltar-me para Jenny. - Obrigado por tudo, Jenny. Te entrego amanhã essa sua calça apertada!

- Disponha!

Saí com a baixinha me seguindo e novamente brincamos no elevador, só que dessa vez fomos flagradas quando chegamos no primeiro andar.

- Vish... - Susan murmurou quando viu o pai cruzar os braços. Mas isso não era o pior, mas sim encontrar Alex bem ao lado de Thomas, e ele não estava em seu melhor dia. Acho que naquela terça feira todo mundo acordou com o pé esquerdo.

Eu e Susan saímos como duas suspeitas mais uma vez, dessa vez sendo pega em flagrante, sob os olhares de Thomas e Alex. Eles pareciam dois galos de briga quando se encararam no momento em que me posicionei ao lado de Alex, e Susan ao lado do seu pai.

- Oi, minha linda. - Possessivamente Alex passou a mão na minha cintura e beijou minha bochecha.

- Oi, Alex. Não ia me buscar só para o circo? - Perguntei procurando em volta um jeito de sair daquela situação desconfortável.

- Resolvi fazer uma surpresa e te chamar para almoçar - Ele respondeu, porém não me olhava e sim avaliava o homem a nossa frente.

Queria não comparar, entretanto isso se tornava cada vez mais difícil. Alex era alto como Thomas, porém aparentava ser uns anos mais velho, era loiro, de olhos azuis celeste e meu Deus!, ele tinha um sorriso de matar! Era tão extrovertido e engraçado ao usar sua maliciosidade e me fazer corar.

Já Thomas... Ah, ele tinha seus olhos castanhos que me faziam ficar ruborizada com tão pouco, um físico maravilhoso e aqueles cabelos escuros. Nossa! Seu jeito misterioso me deixava doida!

pode parar de babar...

- Ah, entendi. Mas ainda faltam umas duas horas e meia, Alex. - Ri sem graça, sem hesitar ou se abater com meu mínimo e sem intenção fora, aproximou-se e murmurou no meu ouvido:

- Estava com saudades, meu mel - E para comprovar isso me beijou ali na frente de todos.

No momento que pude, recuei, minhas bochechas e orelhas se encontravam em brasas. Eu detestava ser o centro da atenção quando não era necessário, ao contrário das minhas apresentações no circo.

- Pode me esperar na recepção - Pedi tentando conter a raiva. Para que tanta infantilidade? Já estava claro que estávamos juntos e não precisava me deixar desconfortável daquele jeito!

Sem questionar, Alex saiu. Virei-me para Thomas e Susan com uma vergonha do tamanho do mundo e ainda tinha algumas pessoas em volta que me olhavam estranho.

- Hã... hum... Thomas, obrigada pelo que fez comigo na sala do Dr. Flávio. - Sorri timidamente apertando uma mão na outra atrás do meu corpo. - E novamente obrigada também por sua mensagem... eu realmente estava precisando...

Ele pareceu ter esquecido o que acontecera segundos atrás e apenas focava em mim, no meu rosto, como se buscasse algo.

- Você está bem? - Perguntou.

Era aquilo, eu estava esperando por aquela pergunta desde que acordei. Estava querendo que alguém se mostrasse preocupado apenas por me olhar. Sei que Jenny tentara, mas ela sabia como eu era reservada, eu a entendia. Mas Thomas... ele nem me conhecia direito... não imaginava o que passei. Porém ele me fez aquela simples pergunta. E se em algum momento eu daria um "não" como resposta, esse momento se perdeu.

- Eu estou bem. Hermógenes e a mãe de um grande amigo meu estão me mantendo forte. - Falei e o vi sorrir.

- Que bom saber - Thomas tomou Susan em seus braços e ajeitou e a alça da mochila/pasta que só naquela hora que eu notei que ele trazia. - Pode me fazer um favor?

Assenti e esperei. Thomas sorriu de lado e diminuiu o espaço entre a gente, estávamos a uma Susan de distância. Respeitável.

- Se aquele médico tentar mais alguma coisa, seja ela uma piscada a mais para sua direção, você me liga? - Fiquei surpresa com aquele pedido, não seria um favor para ele, seria para mim. - Ellie, sei que parece pessoal e que você pode-se sentir retraída com isso, mas já vi muitos casos assim e esse quadro precisa mudar. Senão se sentir confortável, pense que só estou fazendo meu trabalho, ok?

De alguma forma era como se ele tentasse me proteger. E eu pensei em Dylan, se Thomas descobrisse que meu ex-namorado andava me seguindo, ele poderia me ajudar? Mas aquele não era o momento e nem a hora para esse tipo de assunto. Eu só queria sentir-me segura, e com as poucas palavras dele, eu estava.

- Tudo bem, Thomas. Eu lhe direi. - Sorri.

Maroto, ele olhou para os lados e acima do meu ombro antes de deixar um singelo beijo na minha testa.

- Dá tchau pra Ellie, filha. - Thomas instituiu disfarçando. Meu Deus, eu estava a ponto de perder as forças nas pernas com aquele singelo ato. Por Deus, o que é isso?

Susan que estava sonolenta no colo do pai, deu um jeito de se curvar para o lado e me deu um beijo na bochecha.

- Tchau, pequena. - Afaguei seus cabelos vendo ela abrir um sorriso idêntico ao do pai. - Melhoras para essa sua crise, hein?! Expulsa ela!

- Tá bom. - Riu.

- Tchau, Thomas.

- Até mais, Ellie.

E eles seguiram para a saída atrás de mim, porém eu ainda ouvi Susan falar:

- Papai, sabia que a amiga da Ellie disse que vai me explicar como é o mundo e por que as meninas da minha escola chamaram o meu tio de "gostoso"? Ela é muito esperta, pai.

No mesmo instante, Thomas se virou e me flagrou com a mão na boca. Ele só riu balançando a cabeça e voltou para seu caminho. Ah, pequena Susan, você não tem mesmo papas na língua!

Respirei fundo depois de ver Susan e Thomas virarem o corredor. Levantei os ombros e segui para a recepção a procura de Alex, porém passei antes para falar com Flávio. Mesmo sem saber o que falar eu tinha que ir lá, afinal, estava cobrindo a secretária dele.

Antes de adentrar a sala fui conferi a agenda no computador e para minha surpresa estava em branco. Ele só poderia ter desmarcado tudo, mas por quê? Eu precisava de uma resposta.

Foram três toques na porta até ouvir novamente aquele "entre".

Assim que meus olhos caíram sobre os dele, vi Flávio ficar pálido como se tivesse avistado um fantasma, também notei um quase imperceptível corte no seu lábio. Era a confirmação, Thomas havia batido nele.

Não neguei, fiquei satisfeita no momento, aquele idiota merecia! E acreditei que a partir dali tomaria vergonha na cara e pararia de trair a esposa, que era um doce de mulher.

- Diga, senhorita Ellie. - Ele desviou os olhos dos meus quando o encarei questionadora.

- O senhor desmarcou as próximas consultas, ainda precisará de mim? - Questionei já sabendo a resposta, mas não ia perder o gostinho.

Não depois de constatar que Thomas havia mesmo lhe dado um soco ou mais que isso. Como Susan mesmo dissera: "O papai vai cuidar de tudo por aqui, ele disse". E ele cuidou.

- Não, pode voltar à recepção.

Assenti me impedindo de rir, sua expressão era amedrontada, como se Thomas estivesse atrás de mim conferindo todas suas respostas. Poderia parecer subentendido, mas quando esse pensamento passou pela minha cabeça notei que Flávio engoliu em seco.

- Ok! Tenha uma boa tarde, doutor. - Desejei tentando evitar o sarcasmo no meu tom de voz. Sai da sala e peguei minha bolsa da mesa da Karine, seguindo então para a recepção.

Ainda encontrei Alex me esperando por lá. Eu ainda não tinha esquecido sua desculpa esfarrapada. Sério, me chamar para almoçar nove e cinquenta da manhã? Não tinha lógica.

Fui até ele e sentei na cadeira de espera ao seu lado. Alex me olhou e me apertou em seus braços.

- Por que você veio aqui? - perguntei erguendo minha cabeça e o olhando. - De verdade.

- Queria te ver... - Respondeu simplesmente e tirou minha mini franja dos meus olhos.

- Nós nos vimos ontem, Alex - Reclamei. Iria acabar com nossa conversa logo, porém queria o ouvir um pouco. - Você sabe que...

- Você não gosta de alguém na sua cola. - Suspirou ao me completar, levantei uma sobrancelha na hora. Afinal, se ele sabia por que ainda ficava em cima de mim a todo momento? - Eu só... Ellie, ele estava aqui de novo, esse cara está te seguindo?

- O quê? - Minha voz subiu um oitavo. - Você acha que o Thomas estava aqui por minha causa? Não, Alex, ele veio trazer a filha que teve uma crise asmática forte de noite. Não tente colocar a culpa em outras pessoas pela insegurança que você sente!

Posso ter sido rude, mas diante daquela conversa eu precisava ser. Já estava esgotada dessa marcação dele para cima do Thomas, tudo bem que era visível a aproximação que tínhamos, mas vim até meu trabalho já era demais! Levantei-me e dispensei a estagiária. Depois voltei-me para Alex e falei:

- Se ainda quiser almoçar comigo pode voltar meio dia, estou trabalhando agora.

E, no fim das contas, ele não veio...

(13/08/2016)

Voltei! Já falei para algumas, mas deixou aqui o aviso, não postei dia 11 porque estava sem PC (ainda estou) para revisar. Se encontraram algum erro peço que me digam :)
E me digam o que estão achando também.

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