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Capítulo 11

  Thomas nos guiou até seu carro que não estava muito longe da entrada da escola. O abriu e logo colocou Susan no banquinho de elevação, passando o cinto pelo pequeno peito dela.

  Fiquei sem saber onde me sentar, se ao seu lado, ocupando o banco do passageiro ou em algum banco de trás. Talvez notando minha indecisão, Thomas abriu a porta do passageiro para mim e esperou que eu entrasse para fechá-la.

  Segundos depois, Thomas colocava o carro em movimento, Susan esticou o braço e o pai logo entendeu, ligando o rádio para ela e sintonizando numa rádio pop. Ela ficou cantando as músicas baixinho e embolado, enquanto brincava com um ursinho que tinha por perto. A sua frente, Thomas imitava as batidas no volante e murmurava a canção, tão baixo que eu quase não ouvia sua voz. De contrapartida eu estava inquieta, com minhas mãos soando e olhando aqueles dois vez ou outra. Tão felizes e animados, o que teriam passado para serem assim?

  Eu não sabia o motivo para eu pensar assim. Pensar que para ser, momentaneamente ou não, feliz, precisava-se passar por muitas coisas, às vezes difíceis. Talvez seja pelo que eu vivi, tendo que passar por cima dos desejos dos meus pais para poder fazer o que eu sempre sonhei, como minha faculdade. Ou terminando um namoro fracassado, para ser livre, e voltar a fazer o que eu queria...

  — Ellie? — Susan chamou, quando ela dizia meu nome parecia ter um sotaque diferente, pois soava como "Elí", eu achava isso encantador. Vir-me-ei para ela. — A tia Irina também era sua professora?

  — Sim, desde que eu era bem pequena — Contei sorrindo.

  — Então eu vou ficar boa igual você! — Exclamou dando pulinhos sobre a cadeirinha, que na verdade era só uma pequena elevação.

  — Claro que vai. — Assenti. — Mas tem que se dedicar muito, viu?!

  — Eu sei, o papai diz isso todo dia — Disse fazendo Thomas assentir. Ela tinha apoio, e isso para mim era uma das coisas mais essenciais quando se está começando algo como a dança, mesmo que sendo tão pequena.

  — Que bom... — Respondi olhando para Thomas de relance.

  Não demoramos a chegarmos ao tal restaurante, ele tinha uma aparência rústica e bem conservada. Grandes janelas, mesas e de madeira lustrada, e com dois ambientes, o de dentro e a varanda que também possuía mesas.
Thomas estacionou perto da entrada e saiu, tirou Susan do assento e saiu com ela no colo, saí também e os segui para dentro do estabelecimento. Sentamos em uma mesa facilmente e eu julguei que estava vazio pelo horário, já passava da uma da tarde, aquele lugar tinha cara de que enchia sem dificuldade.

  Não sabia se era o certo a se fazer, almoçando com Susan e Thomas, estava saindo com Alex e ontem mesmo havia dormido com ele, mas eu não estava fazendo nada de mais, não é?

  E, além disso, Alex também não havia dado minha falta, pois nem tinha me ligado ou deixado uma mensagem. Eu havia sido um tanto precipitada em relação a nós dois? Minha avó certamente me reprovaria se estivesse aqui. Entretanto, quem era ela para julgar sendo que teve um filho fora do casamento e ainda escondeu de todos, o entregando para adoção?!

  Espantei aqueles questionamentos da minha cabeça quando o garçom chegou perguntando o que queríamos, pela segunda vez naquele mês eu me perguntei se teria condição de pagar uma refeição, ainda mais num lugar como aquele. Mas eu fui convidada pela baixinha cheia de personalidade, não é?!

  Peguei o cardápio e escolhi algo que eu realmente comeria, Thomas escolheu o prato dele e de Susan sem ao menos olhar no cardápio, aparentemente eles viriam muito para almoçar ali. Imaginar isso me fez sorrir, pois também me lembrei das palavras de Susan sobre a comida do pai.

  — Não está sorrindo por recordar as palavras da minha filha desnaturada, não é? — Thomas questionou sentando defronte a mim. Engoli em seco, porém ele ria, então relaxei. Contudo, deixei-o sem resposta, apenas com os vestígios do meu sorriso.

  — O que é desnaturada, papai? — Susan perguntou mexendo em um saquê de sal que tinha no meio da mesa.

  — Uma pessoa cruel, que machuca os sentimentos do pai dela, como a senhorita — Ele respondeu dramaticamente fazendo Susan revirar seus grandes olhos castanhos e dar um tapinha no braço do pai.

  — Eu não sou cruel, papai! — Reclamou fechando a cara, mas tão logo seus traços relaxaram quando Thomas lhe encheu de beijos da face.

O garçom voltou com nossa comida quando Susan já estava se contorcendo de cócegas que eram causadas pela barba rala de seu pai. Nós comemos ao som de algumas perguntas de Susan para mim, sobre como era minha vida no circo, as minhas apresentações quando fazia as aulas de ballet com Irina, ela parecia animada com todas as minhas respostas. Thomas tentava disfarçar, no entanto vez ou outra eu o flagrada me encarando e sorrindo, involuntariamente ele também arqueava uma das sobrancelhas, que faziam o complemento perfeito para seus traços definidos e bem feitos.

  Parei de admira-lo sem qualquer necessidade, o que se passava pela minha cabeça acabava me influenciando, no entanto eu precisava ser forte. Não sei exatamente porque, porém precisava.
Terminamos de comer e Susan começou a implorar por uma sobremesa gelada.

  — Está frio e você ainda quer sorvete? — Thomas a questionava, e Susan assentia com a cabeça muitas vezes, tentando se mostrar impotente. — Não acha melhor uma Tortinha de Maçã?

  — Ah, papai! Mas eu quero sorvete! — Protestou fazendo drama e passando as mãos no rosto em uma expressão que dava dó e ao mesmo tempo era fofa.

  — É, Thomas, deixa a gente tomar sorvete! — A apoiei recebendo um olhar feliz de Susan e um rigoroso de Thomas. Tentei melhorar a situação dizendo: — Então, que tal um Petit gâteau com sorvete de... hum...

  — Flocos! — Eu e Susan respondemos juntas e sorrimos.

  Thomas não resistiu, balançou a cabeça como se estivesse perdendo uma luta e com um movimentar de dedos chamou o garçom.

  Em poucos minutos nossa sobremesa tinha chegado e eu e Susan não perdemos tempo para devorá-la. Nesse meio tempo, Thomas recebeu uma ligação, ficando sério assim que viu o número. O encarei curiosa, porém ele nem olhou-me ao pedir licença e seguir para a área dos banheiros.

  Ao meu lado, Susan suspirou e comeu o último pedaço da sua sobremesa. Achei aquilo estranho, por um momento ela parecia tão tristonha.

  — O que foi, Susan? — Questionei e coloquei um pouco do restante do meu sorvete no pratinho dela, para ver se animava-a. Ela maneou a cabeça abrindo um pequeno sorriso e dando uma colherada no sorvete que lhe ofereci. — Certeza?

  — Eu não gosto quando ela liga — Soltou encarando-me e dando um meio sorriso triste.

  Formou-se uma ruginha de preocupação entre minhas sobrancelhas e eu peguei sua pequena mão. Contudo, já era tarde demais para lhe perguntar qualquer coisa, pois Thomas estava voltando e eu percebi que com o pai perto ela nada diria.

  Thomas da mesma forma, enquanto ele caminhava até a mesa em que estávamos ele ainda tinha resquícios de seriedade, no entanto, quando se sentou, voltou a ter um sorriso nos lábios. Percebi que ele fritou minha mão que estava junto a da sua filha com uma expressão que eu não soube decifrar, por via das dúvidas resolvi a soltar e terminei rapidamente minha sobremesa.

  Susan aceitou dividir a conta, já que ela era quem estava com o dinheiro do pai, enquanto ele ria, ainda mais quando o garçom falou o total e nós duas arregalamos os olhos. Porém, no final, ele acabou quitando tudo.

  — É papai, acho que você vai ficar sem ir ao trabalho depois do tanto que me fez gastar nesse restaurante... — Ela maneou a cabeça como se dissesse que tiraria dele algo que o divertisse. — Garanto que se tivéssemos ido ao McDonald's teríamos economizado e poderíamos ir ao circo duas vezes na semana que vem.

  Susan era mais inteligente do que aparentava pela sua ideia, parecia já ter uma personalidade própria e ainda notei muita semelhança com a do seu pai, mesmo que ele fosse um tanto retraído.

  No final da sua lamentação por dizer que Thomas havia gastado demais, eu e ele começamos a rir.

  — Acho que é você quem paga meu salário no circo de tanto que vai lá, Susan! — Brinquei vendo o céu escuro através da janela. Aquilo era anormal, ainda estava cedo para esta com o céu nebuloso.

  — Quê? — Ela perguntou pulando da cadeira.

  Era um bom momento para você ficar calada, Ellie! Como eu explicaria aquilo para a pequena? Dessa vez eu e Thomas ficamos tentando explicá-la o que eu queria dizer e era divertida a carinha de desentendida dela. Tínhamos que focar na explicação para não começarmos a rir de novo.

  Saiamos do restaurante e mesmo sem ainda termos nos despedido eu já estava sentindo falta daquele início de tarde com os dois. Queria que aquilo prolongasse, ao mesmo tempo em que queria estar em casa o mais rápido possível, para pensar, para colocar meus pensamentos e sentimentos em ordem.

  Estávamos descendo os primeiros degraus da varanda do restaurante quando ouvimos pingos batendo contra o telhado, uma típica chuva de inverno havia começado. Agora entendo porque o céu estava escuro.

  Praguejei baixo por não ter trago um guarda-chuva, olhei em volta e vi que o ponto de ônibus mais próximo ficava a uns bons metros de onde eu estava.

  — Fiquem aí, vou pegar o guarda-chuva no carro — Thomas disse e sem esperar uma resposta saiu em meio a chuva, que parecia engrossar a cada segundo. De qualquer forma, eu não sairia dali, não deixaria a pequena Susan sozinha.

  Voltou um tempo depois com os cabelos e o blazer molhados, e trazia consigo um grande guarda chuva.

  — É grande, mas nem tanto — Comentou sobre a sombrinha em sua mão. — Podemos fazer duas "viagens", levo a Susan até o carro primeiro e depois venho pegar você, Ellie.

  — Oh, não. Não precisa, eu posso dar uma corridinha até o ponto! — Falei, não querendo mais tomar seu tempo.

  — E deixar você pegar um resfriado? Claro que não, te deixo na sua casa. — Disse passando os seus dedos entre seus cabelos negros, deixando-me área. — E não se preocupe, não será incômodo algum.

  Com essas palavras e seu olhar eu não tive outra opção senão assentir. Ele pegou Susan no colo e seguiu com ela até o carro.

  Puxei o cachecol vermelho que estava de volta ao meu pescoço e o guardei, sentindo um estranho calor. Peguei meu celular para olhar as horas e vi que já passava das três da tarde, e, além disso, havia sete ligações perdidas de Alex. Que maravilha!, ele com certeza estaria pensando que eu havia me arrependido pela nossa noite! Fechei meus olhos levando o aparelho até minha testa e soltei a respiração lentamente, optei por resolver isso quando chegasse em casa.

  Antes mesmo que eu voltasse a abrir os olhos, senti uma mão quente e grande segurar a minha. Abri meus olhos instantaneamente e encontrei as íris castanhas de Thomas estudando-me, intrigava-me suas pupilas estarem um pouco dilatadas. O que ele estaria sentindo para estar assim?

  — Vamos? — Perguntou e eu assenti, descendo o restante dos degraus.

  Thomas abriu o guarda chuva, segurando-o com uma mão, enquanto seu outro braço rodeou minha cintura. Aquele gesto me pegou de surpresa, mas eu não me afastei, sua bochecha batia na minha testa e eu conseguia sentir seu cheiro dali. Era muito bom. Caramba, Ellie! Para com isso! Minha mente gritava. Porém eu simplesmente a ignorava. Chegamos ao carro mais rápido do que eu queria, entrei para fugir da chuva e Thomas deu a volta. Pegamos a estrada com a chuva incessante e eu estava cada vez mais contraditória a mim mesma.

  Era muito estranho querer que aquele momento de nós três em um carro continuasse? E ao mesmo tempo ter medo do que vier em seguida e resolver parar de uma vez por todas, como cortar o mal pela raiz? Eu não sabia e nem queria responder aquilo. Apenas porque eu não encontrava uma resposta e, também, porque eu tinha medo de encontra-la.

(25/07/2016)


Irina na imagem do capítulo porque era para ela ter aparecido no anterior :)

Próximo capítulo na quarta!

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