Capítulo 13
Me arrumo para sair, coloco novamente meu vestido preto curto, mas decido não passar nenhuma maquiagem dessa vez. Nos pés coloco uma sandália preta de tiras.
Quando estou terminando de me arrumar, Mirella entra no quarto.
— Aonde vai, bonita desse jeito?
— Sair com Collin.
— Achei que sairia com Nathaniel. Vocês andaram muito próximos nos últimos dias.
— Só porque estamos fazendo trabalho juntos. Na verdade, não, ele parece estar mudando um pouco em relação a mim. Anda menos implicante.
— Parece que alguém está de apaixonando.
— Não estou apaixonada, mas talvez esteja um pouco confusa. Fui até o quarto do Nathaniel hoje, ele estava tão diferente, tão… Frágil.
— Vocês transaram?
— Não, mas ficamos, e... Rolou um pouco mais.
— E foi bom?
— Foi ótimo. Mas, ele não é um cara muito legal no resto do tempo, e depois, para ajudar, encontrei com o Collin e ele me beijou e pediu para sair comigo e eu aceitei, mas depois recebi um e-mail dele dizendo que me beijou apenas porque estava com outra antes e ela trocou ele por outro cara.
— Espera, volta, como é?
— Um tempo depois que cheguei em casa, eu recebi um e-mail do Conan, ele disse estar se sentindo traído, disse haver ficado com uma menina e assim que ele virou as costas ela ficou com outra pessoa. Ele tava muito chateado, quando me encontrou e me beijou.
— Entendi, você se sentiu usada.
— Sim, acho que é isso.
— Mas, você fez exatamente a mesma coisa, né?!
— Como assim?
— Você está chateada porque o Collin havia ficado com outra pessoa antes de você e você se sentiu usada. Mas, você acabara de sair do quarto de outro cara, e disse estar se sentindo confusa.
— Eu não havia pensado nisso.
— Não, eu sei que não. Sei que você tem esse lance todo com o Nathaniel, mas você não pode esquecer que os dois são seres humanos, e ambos têm sentimentos, assim como você.
— Sou uma vaca.
— Não, você não é uma vaca, mas, acho que você esquece que o Nathaniel é um ser humano.
— Você acha que eu não deveria sair com o Collin?
— Não, não é isso. Acho que você é solteira e pode fazer o que quiser. Só não se sinta injustiçada por eles fazerem o mesmo.
— Você está certa.
— Claro que estou certa.
— Mas isso não alivia minha confusão.
— Não estou aqui para aliviar sua confusão, minha amiga. No que dependesse de mim, você fica com os dois, até se decidir.
— Você não presta, Mirella.
— Nunca disse que prestava.
A incerteza ainda toma minha cabeça quando Collin bate a minha porta. Por um momento chego até a pensar em não atender, mas, a ideia some da minha cabeça rapidamente. Eu realmente quero conhecer melhor o Collin, conversar com ele pessoalmente e ligar os pontos entre o Collin e o Conan, então abro a porta.
Collin aparece na minha visão, ele tem um lindo sorriso e está vestido com uma calça bege e uma camisa polo de mangas longas, listrada.
— Oi, você está lindo.
— Você está lindíssima também.
Ele se aproxima de mim e deposita um beijo em minha bochecha, segura minha mão na sua e vamos juntos até o carro que nos leva até a pizzaria da família do Nathaniel.
— Nunca vim nessa pizzaria antes, e olha que moro aqui minha vida toda.
— É da família de um amigo.
— Ah, claro.
Nos sentamos em um uma mesa perto de uma janela e começamos a conversar enquanto ninguém se aproxima de nossa mesa.
— Me fale um pouco sobre você.
— O que quer saber de mim? Tem tanto de mim que você ainda não sabe.
— Não sei, me conte algo que queira que eu saiba.
Collin abre a boca para responder no momento em que a irmã do Nathaniel se aproxima da nossa mesa.
— Oi, boa noite. O que vão pedir?
— Oi, boa noite, eu quero uma pizza de pepperoni. — Eu digo.
— Certo claro. Você! Eu me lembro de você.
— Imagino que se lembre, eu vim aqui com o Nathaniel outro dia.
— Sim, eu me lembro. Você viu ele hoje? Mandei algumas mensagens, mas ele não respondeu.
— Eu vi, sim, mas ele não parecia muito bem, acho que ele bebeu a noite toda. Era para termos feito trabalho hoje, mas, ele estava um caos.
— Ah, sim, entendo. Imagino que não conversaram sobre o motivo dele estar assim, certo?
— Não, ele não quis me dizer. Apenas disse ser um dia ruim.
— Ah, certo. Claro. Ele não é de se abrir muito. Mas fico feliz que tenha conversado ao menos um pouco com você. Enfim, uma de Pepperoni e uma de?
— Pode ser duas de Pepperoni.
— Ok, ótimo. E para beber, o casal prefere um refrigerante ou querem ser românticos com um vinho.
— Pode ser um vinho. — Fala Collin.
— Certo, tenho um vinho excelente que vocês vão adorar.
Ela se afasta e Collin olha intensamente para mim. Seus dedos roçam os meus por cima da mesa.
— O amigo que te trouxe aqui então é o Nathaniel?
— Sim, algum problema com isso? Sei que ele não é o cara mais legal do mundo, mas…
— Não, na verdade, eu até gosto dele.
— Gosta?
— Sim, a gente teve algumas aulas juntos no primeiro ano.
— Não sabia…
— Sim, tem muita coisa que você não sabe sobre mim, como eu disse. Ele é um cara legal, o Nathaniel, quando você conhece ele de verdade.
— Como assim?
— Debaixo dessa máscara de bad boy. Quando ele chegou aqui, era completamente diferente. Era um cara meio inseguro, não falava muito, era bem tímido. O pessoal aprontou muito com ele, até ele mudar, foi meio que aquele negócio do se não pode vencê-los junte-se a eles.
— Entendi, nem consigo imaginar ele como esse cara tímido. Diferente de você, que parece bem tímido.
— Eu sou. Mas conforme conheço a pessoa começo a me soltar mais.
— Entendi. Estou ansiosa para ver você se soltando mais. — Digo e ele fica vermelho.
Após isso nossa conversa é cortada pelas pizzas que chegam.
— Nossa, essa pizza é ótima realmente
— Sim, é a melhor que eu já comi, sem dúvidas. Você ainda não me falou nada sobre você.
— O que posso dizer? Bem, eu tenho uma irmã e um irmão, mas meu irmão… Bem, é uma longa história, não quero falar sobre ele. Tenho um cachorro, moro aqui minha vida toda, eu quase não saio, apesar do meu pai jurar que sou um grande festeiro. Acho que é isso.
Quase tudo que ele me disse eram coisas que ele já tinha dito por e-mail, então nada acaba me surpreendendo muito, mas, ele obviamente não sabe disso, então tenho que fingir que não sei de nada do que ele fala, o que, na verdade é meio engraçado.
Não sei por que, mas ainda não tenho certeza que devo contar para ele que sou sua correspondente, talvez eu esteja esperando, na verdade, que ele descubra sozinho. Mesmo sabendo que é difícil, afinal, nem nos Estados Unidos ele sabe que moro, muito menos que faço faculdade da UC com ele, faz sentido ele nem suspeitar que sou eu, então entendo que pode levar um tempo, mas, acho que será mais prazeroso assim, com ele descobrindo sozinho.
A noite passa e eu nem vejo. O encontro com Collin está tão divertido, que nem me dei conta de que estamos aqui já tem quase uma hora. A gente conversa sobre muitas coisas, ele faz algumas piadas e dessa vez não deixa a conversa morrer. Quase parece outra pessoa, o que, sinceramente, me deixa aliviada.
Estamos quase pedindo a conta quando vejo a irmã do Nathaniel ao longe acenando com a mão me chamando e entrando em seguida no banheiro feminino.
— Me dá licença um minuto? Preciso ir ao banheiro. — Digo e vou ao encontro dela.
— Oi, Turnice. — Digo quando encontro ela em frente ao espelho.
— Oi, como está o encontro?
— Está indo muito bem.
— Desculpa se estou sendo intrometida, mas achei que você e o Nathaniel tinham alguma coisa.
— Não temos nada, somos apenas amigos, nem isso, na verdade.
— Como irmã, eu devo dizer que acho que está enganada. É por isso que te chamei. Sei que meu irmão é difícil às vezes, mas, ele é alguém com um coração de ouro. Não quero que brinque com os sentimentos dele.
— Acho mais fácil ele brincar com os meus sentimentos.
— Tem certeza? Não foi ele que trouxe outra pessoa no restaurante da sua família.
— Como eu disse, não temos nada, eu e ele, não acho que isso, seria um problema.
— Algo me diz que está errada. Então, por favor. Só não brinque com ele, certo?
— Certo, claro. — Digo e me despeço dela.
Volto para a mesa pensando no que Turnice disse. Será que ela está certa? Tem realmente alguma chance de que Nathaniel ficaria magoado de saber que eu trouxe Collin aqui? Eu nem mesmo havia pensado nisso, o que me faz também no que Mirella disse. Acho que às vezes eu realmente me esqueço que ele é sim um cara com sentimentos.
Quando volto para a mesa, Collin já pagou a conta e está me esperando voltar.
— Vamos? — Digo assim que chego, toda essa conversa com Turnie me fez querer sair dali o mais rápido possível.
— Claro, vamos. — Ele diz e se levanta.
Collin estende a mão e enlaça meus dedos nos seus conforme nós saímos. Estamos quase na porta quando a mesma abre, e damos de cara com Nathaniel e Amber, chegando ali, de mãos dadas. Aparentemente Turnie estava errada.
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*Lookinho do Collin
*Lookinho da Aurora
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