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XLVII - A paz na Terra


Era dia feriado e os parques da cidade enchiam-se de pessoas descontraídas em busca de um contacto com a Natureza. Levavam cestas de piquenique, mantas e livros, máquinas fotográficas e bolas. As crianças gritavam de alegria e os adultos sorriam de prazer.

Os arrabaldes arborizados da grande metrópole do Ocidente também partilhavam da azáfama daquele dia. Numa pequena elevação relvada, de onde se conseguia ver o topo arredondado e reluzente da Capsule Corporation, recentemente terminada, estavam Son Goku, Son Goten e Trunks. Ao lado deles estava Tiago a contemplar distraído o panorama citadino, meticulosamente ordenado em largas avenidas, quarteirões uniformes, edifícios futuristas e espaços verdes enxameados de gente divertida e despreocupada. Tori-Sama sentava-se na relva fresca com aquele seu ar patusco e calmo, sempre a observar tudo e a decorar todos os detalhes – numa atitude dramaticamente distante daquela criatura atarracada, munida de pinças, que enfrentara o Sem-Nome. À frente, sobre o peito, com as alças a passar por cima dos ombros, tinha uma pequena mochila onde levava algumas recordações daquele mundo: uma caixa com cápsulas hoi-poi, um par de livros de engenharia, alguns desenhos que fizera naqueles últimos meses. Estava igualmente dentro da mochila o precioso painel que lhes permitiria aquela última viagem. Vegeta descia a elevação até umas árvores mais abaixo, onde, protegida pela sombra, estava Bulma que o tinha chamado com um aceno.

Os cinco saiyajin vestiam roupas novas e normais, até Goku que descartara contrariado a sua túnica e calças largas que usava diariamente e que lhe permitia liberdade de movimentos para os seus treinos com Ubo. Também já não tinham caudas. Acordaram numa manhã e estas, simplesmente, haviam desaparecido. Tiago sentira-se enjoado quando se levantara da cama e caíra, trocando uma perna com a outra, pois já se tinha habituado ao peso suplementar daquela parte nova do corpo. Atirara-se à sanita da casa de banho mais próxima e vomitara. Encontrara uma Bulma ensonada no corredor.

- Tiago-kun, estás bem?

- Acho... Acho que sim – respondera, com uma terrível dor de cabeça. – Estou doente. Sinto-me mal como se tivesse comido qualquer coisa estragada.

- Onde está a tua cauda?

- Penso que o problema deverá ser esse... Já não a tenho!

- Alguém te arrancou a cauda?

- Se foi isso, aconteceu durante o sono e não senti nada. Ouve lá, Bulma...Tu também estás com má cara.

- Eh... - Ela voltara-lhe costas. – Eu estou bem.

- Também estás com cara de quem comeu alguma coisa estragada. Andaste a vomitar, como eu?

Bulma olhou-o alarmada.

- Ouviste?

- Se ouvi, o quê?

- Ouviste-me a vomitar?

- Não. Vomitaste?

- Hai... Não, não vomitei – corrigiu. – Queres vir beber um chá? Vou fazer chá...

- Aceito.

Trunks e Goten estavam como ele, enjoados e com dor de cabeça. Passaram esse dia prostrados nos grandes almofadões do salão, a vegetar em frente ao ecrã do enorme televisor novo que tinha sido colocado aí dois dias antes. Goku disfarçava o mal-estar com humor e Vegeta censurava-os com um lacónico:

- Miúdos!

O príncipe também deveria sentir-se péssimo, como se estivesse a curar a ressaca de uma noite bem regada a álcool, mas aguentava-se estoicamente, o que chegava a ser quase admirável, não tivesse essa atitude um toque exageradamente presunçoso. Passado esse dia, porém, Tiago sentiu-se melhor e tornou a habituar-se a ver o seu corpo sem a cauda peluda. Por outro lado, haveria sempre de arrancar esse apêndice, pois não tinha coragem de regressar ao seu mundo com aquilo agarrado às costas. Fora para o melhor. Apesar de o evento ter sido inexplicável e quando confrontara Tori-Sama este tivesse encolhido os ombros com um sorriso enigmático, ao mesmo tempo que escondia umas folhas onde estivera a desenhar.

Junto à árvore, Vegeta colocou-se ao lado de Bulma sem a encarar, braços cruzados, de expressão séria e distante. A sombra cobria-os. Nos ramos, alguns esquilos corriam, a transportar avelãs e guinchando alegremente.

- Son-kun disse-me que escolheram este dia para partirem.

- É um dia como outro qualquer – respondeu Vegeta.

- As decisões de Son-kun costumam ser assim... Repentinas.

- O que queres?

A brusquidão dele não a incomodou, daquela vez. Disse placidamente:

- Poderiam ficar mais uns tempos, agora que já tenho casa em condições para receber melhor os meus convidados... Vou fazer uma festa nos jardins para celebrar o fim da reconstrução da Capsule Corporation, terei os portões abertos para a cidade. Vai ser uma festa fantástica! Gostaria muito de contar com a vossa presença.

- Soubeste receber-nos bem, mesmo com a casa em ruínas. Não precisas de justificar nada, pois nada fizeste de mal connosco. Quanto a essa festa, não quero participar. Há quem nos possa confundir com os saiyajin que aterrorizavam a Terra e não pretendo fomentar confusões desnecessárias. Não tenho paciência.

Era curioso como ele discursava na primeira pessoa.

- Bem, então não há nada que possa dizer para te convencer.

- Não.

- Nem convencer Son-kun...

- Acho que nem Kakaroto quer ficar para essa festa. Se há coisa que ele mais detesta é o protagonismo.

- Hai... Bem, então chegou o último dia.

- Parece que sim.

- Tenho muito a te agradecer, Vegeta. Salvaste-nos.

Ele sorriu, fechou os olhos, continuando sem encará-la.

- O meu mundo está em paz e posso, a partir de hoje, imaginar um futuro.

Num reflexo, Bulma levou as mãos ao ventre e deixou-as aí, sorrindo com uma imensa felicidade. Ele espreitou-a pelo canto do olho, confuso, mas desconfiado do que poderia ser. Era estranho como, de uma maneira ou de outra, a história se escrevia sempre igual, com algumas cambiantes curiosas.

- Deste-me muito mais do que um mundo em paz. Sabes disso, não sabes?

Ele não respondeu, limitando-se ao seu habitual sorriso de esguelha encharcado de orgulho. Ela aproximou-se e beijou-lhe a face.

- Sabes que irei adorar-te para sempre, Vegeta.

Desde o cimo da elevação, punhos fechados na cintura, Goku observava como Vegeta se deixava guiar por Bulma que, com uma mão de cada lado da cara, o puxava para si.

- Acho que se estão a beijar... - disse.

Tori-Sama sorriu, abraçado à sua mochila. Sem olhar diretamente para a cena, conseguia visualizá-la na sua mente em todo o seu esplendor. Aqueles dois tinham mesmo sido desenhados para acabar juntos, em qualquer dimensão e em qualquer circunstância.

Trunks fungou ruidosamente e Goten reparou como ele estava corado, com os olhos pregados na relva.

- É só o teu pai a beijar a tua...

- Ela não é a minha mãe – resmoneou Trunks.

- Mas é Bulma-san e...

- Eles passaram estes meses juntos. Já sei. Mas isso não quer dizer que não me faça confusão! Ela não é... Ela é... Ela, pois... Ah, Vegeta não tinha de se portar assim, à nossa frente!

- Vegeta-san gosta dela e estão a despedir-se...

Era um beijo demorado. Apesar da arrogância que caracterizava sempre as atitudes e o discurso do príncipe, debaixo daquela árvore baixava a guarda e entregava-se à vontade da mulher sem se debater. Contudo, a linguagem do seu corpo continuava a exibir a habitual distância e egoísmo. Bulma beijava-o e ele mantinha os braços em baixo.

- Podiam despedir-se sem assistência. E sem beijos!

Tiago escutava a conversa pasmado.

Goku desatou a rir-se.

- Não percebem? Bulma está a contar a Vegeta que está grávida.

Goten e Trunks olharam para ele com os olhos arregalados.

- Vais nascer dentro em breve, Trunks-kun!

- E como é que sabes que é um rapaz? – gaguejou Goten.

- E não sou eu... Eu... - balbuciou Trunks.

- Tori-sama... estou certo, não estou?

O sorriso do criador incentivou Goku que continuou:

- Vegeta e Bulma haverão sempre de se encontrar, em qualquer linha temporal, em qualquer mundo e tu, Trunks, haverás sempre de nascer, em diferentes situações, serás sempre o filho deles. Tens uma sina estranha, sabes? Tu existes... para nos unir a todos através daqueles dois. Nem sabes o milagre que isso representa em relação ao feitio de Vegeta. Se não fosses tu, aquele saiyajin continuava a matar gente sem piedade e a lutar para aniquilar. Não para ser mais forte.

- Mas como é que eu vou nascer, se estou aqui?

- Vais tornar a nascer, neste mundo. Tenho a certeza. E será outro Trunks!

- Mas, como?

- Eles... - E foi a vez de Goku corar. – Eles... Bem, eles deitavam-se juntos, durante a noite. E... e foi assim como...

- 'Tousan – cortou Goten vermelho como um tomate –, acho que a pergunta de Trunks-kun não foi para saber como Bulma-san engravidou, mas sim como...

- Ah, não? – Goku riu-se nervoso.

- Mas sim como é possível Trunks nascer se está aqui, connosco...

- Pois... - concordou o filho de Vegeta.

- Bem, também com mirai Trunks tu eras um bebé e o outro Trunks, o primeiro, brincava contigo...

- Hai, claro...

- Tem que ver com a viagem entre dimensões.

- Ah, pois...

- Acho eu... - Goku coçou a cabeça, sem saber como continuar o que nem ele próprio percebia. Nisto, exclamou: – Rapazes! Não será melhor mudarmos de assunto?

- Vegeta-san vem aí – anunciou Goten.

Quando o príncipe dos saiyajin se aproximou, limpando a boca com as costas da mão, mais corado do que qualquer um deles, avisou:

- Nem um comentário! Ou quem falar, apanha.

- Hai, Vegeta...

Goku fixava-o com curiosidade. Vegeta impacientou-se.

- O que é que queres, Kakaroto?

- Devo dar-te os parabéns... - gaguejou.

Vegeta vociferou, crescendo para cima do companheiro, cuspindo palavras e saliva:

- Não tens nada que me dar os parabéns. Baka!

E afastou-se furioso, pontapeando pequenas pedras que encontrava pelo caminho. Tiago meneava a cabeça, cada vez mais pasmado com o que acabara de assistir.

E, de repente, Tori-Sama soltou uma gargalhada.

- Vocês são perfeitos!

***

O painel estava preparado, mas Goku pediu a Tori-Sama que aguardasse mais um pouco. Aproximou-se de Bulma, descendo alegremente pelo morro arrelvado. Agarrou-lhe no braço e deixou-lhe na palma da mão uma pedra branca e redonda.

- Eu também tenho um presente para ti, Bulma. Não é só o Vegeta que te vai deixar uma recordação.

Ela enfureceu-se, com os olhos azuis a soltar chispas:

- Baka! Que dizes? Vegeta não me vai deixar nada...

- Nós já sabemos que estás grávida, Bulma.

Goku disse aquilo num tom tão inocente que ela acabrunhou-se.

- Como é que sabes? – perguntou num fio de voz. – Não foi ele que vos disse, pois não?...

Afastado do grupo, cabisbaixo, estava Vegeta, na sua típica pose insolente.

- Ele nunca contaria uma coisa dessas. Nós é que desconfiámos e Tori-Sama confirmou.

- Como é que Tori-Sama sabe disso?

- Ele é o nosso criador. Acho que ele sabe tudo o que pensamos e fazemos.

Bulma olhou para a pedra e mudou de assunto:

- É isto que me vais deixar?

- Hai! Agora, espera um pouco.

Uniu dois dedos à testa e sorrindo, esfumou-se dali.

- Onde é que ele vai agora? – perguntou Tiago. Trunks e Goten encolheram os ombros ao mesmo tempo. Vegeta nem reagiu.

Bulma aproximou-se deles, subindo o morro a olhar para todos os lados à procura de Goku. Perguntou:

- Sabes o que anda Son-kun a tramar, Tori-Sama?

- Nem eu, que o criei, sou capaz de o perceber totalmente e saber o que se passa naquela cabeça. Ele consegue surpreender-me mais vezes do que imaginas e mais do que ele próprio acredita.

- Ah, sim? Então explica-me lá como é que sabes o que se passa na minha cabeça e não sabes o que se passa na dele?

- Mas eu não sei o que se passa na tua cabeça, Bulma.

- Não? Que estranho... E como sabes tu que estou grá...?

Interrompeu-se ao ver os olhos furibundos de Vegeta cravarem-se nela. Tori-Sama agitou as mãos à frente da mochila.

- Eh! Não me metam nas vossas confusões!

Tiago salvou a situação ao perguntar, apontando para a pedra que Bulma segurava:

- O que é isso? Foi Goku-san quem ta deu?

- Hai... Deu-me uma pedra.

- Não é uma pedra. É uma das bolas de dragão.

- Nani?!

Bulma esticou o braço, a pedra redonda e branca em cima da palma da mão aberta como se fosse uma coisa venenosa que teria de afastar de si. Havia séculos, parecia-lhe, que não via uma bola de dragão.

- Como sabes tu isso?

- Eu vi quando ele apanhou a bola, depois de termos invocado Shenron para ressuscitar Tori-Sama. Nessa altura, a bola cor de laranja tinha-se transformado nessa pedra redonda.

Vegeta franziu a testa, convocando a mesma lembrança.

- Mas... E esta pedra vai voltar a ser uma bola de dragão? Não disseram que Piccolo se fundiu com o Kamisama?

Subitamente, tudo começou a fazer sentido. Tori-Sama olhou para o firmamento azul, compreendendo onde Goku tinha ido. Um lugar especial, onde estivera recluso para aprender qualquer coisa que fora importante, mas que, curiosamente, tinha apagado definitivamente do seu cérebro. A segurar a caneta que iria utilizar no painel, viu-se a si mesmo na pequena sala, há quase trinta anos, diante do estirador, com uma lasca de grafite entre os dedos.

O início.

Rodeado dos seus filhos improváveis, a partilhar com eles a forma que lhes havia inventado, entre as cores fortes de uma paisagem alegre, sentiu um arrepio de satisfação.

De facto, os inícios das grandes aventuras eram sempre tão simples...

***

Mr. Popo recebeu-o com a sua costumeira cordialidade, sorrindo primeiro com os enormes olhos redondos e depois com a boca de grossos lábios vermelhos. Goku saudou-o informalmente.

- Yo!

Descobriu Piccolo sentado no lajedo, a capa branca sobre os ombros, descendo-lhe pelas costas. O turbante, também branco, descobria a nuca verde e as orelhas pontiagudas. Naquela posição meditativa treinava-se com a mente e fortalecia as suas habilidades de uma maneira mística, típica das gentes do planeta Namek. Sentia a presença dele, mas não moveu um músculo. Goku acabou por chamá-lo.

- Piccolo, preciso de falar contigo.

Uns segundos de silêncio e Piccolo respondeu:

- Não tenho nada para falar contigo.

- Vou-me embora hoje, amigo. E preciso mesmo de deixar algumas coisas resolvidas.

- Eu não sou teu amigo!

O namekuseijin levantou-se com um salto, agitando um punho ameaçador.

- Está bem, está bem... Mas ouve-me. Preciso que despertes Shenron.

Mr. Popo exclamou:

- Oh!

- O que me pedes não é possível – explicou Piccolo pedante, cruzando os braços e espetando os cotovelos. – Quem dava vida a Shenron era o Kamisama e, quando nos fundimos, eu fui a base da fusão e o velho desapareceu.

- A tua fusão aconteceu ajudada por Tori-Sama, que quis assegurar-se de que Shenron não desaparecia ao fazer com que voltasses a ser o namekuseijin que tinhas sido antes de expulsar a parte maligna. O dragão sagrado ajudou-nos a lutar contra o Sem-Nome, por isso ele não desapareceu com a tua fusão com o Kamisama.

- Humpf! E para que queres tu que dê vida a Shenron?

- Para que as bolas de dragão deixem de ser pedras. Por favor, Piccolo... É um presente de despedida para uma velha amiga que nos ajudou tanto. E acabou também por te ajudar a ti.

Piccolo mostrava-se relutante. O orgulho exigia-lhe que não fizesse a vontade ao seu inimigo. Mas, de algum modo, o argumento de que este se iria embora pesou no que acabou por decidir. Ao fim de alguns instantes em que se entreolharam, ordenou a Mr. Popo que trouxesse a bandeja com a estátua pétrea de Shenron.

- Não tenho a certeza de que isto vá funcionar.

- Confio em ti, Piccolo. Sei que vai funcionar.

- Se Shenron esteve na batalha contra o Sem-Nome, não foi por causa dos meus poderes, mas sim por causa de Tori-Sama. Sabes disso, não sabes?

- Hai.

- Shenron esteve sempre aqui, transformado em pedra. Mr. Popo disse-mo.

- Hai, mas a estátua não está quebrada. Significa que está como que adormecido. Basta dares-lhe vida para que as bolas de dragão voltem a ter o seu poder.

A confiança de Goku irritou-o. Mr. Popo pousou a bandeja aos pés do namekuseijin, este respirou fundo. Estendeu as mãos sobre a redoma de vidro. Pequenas luzinhas, como pirilampos, nasceram-lhe dos dedos e desceram como chuva sobre a estátua do dragão. A redoma encheu-se de uma cintilação muito forte e um rugido reverberou pela atmosfera, por cima deles. Goku levantou a cabeça e viu a silhueta brilhante de Shenron no céu azul-escuro. Acicatado por uma ordem não pronunciada, partiu dali, esticando-se num raio luminoso, perdendo-se no horizonte. Goku sorriu.

- Está feito – anunciou Piccolo.

- Vais ficar pelo Palácio Celestial?

- Vou. Herdei esta tarefa de mim próprio, afinal... Começou por ser uma exigência, agora é a coisa acertada a fazer. Acabo por não me importar. É um bom sítio para ficar.

- És o guerreiro mais forte da Terra. Protege-a bem.

- Finalmente, alcancei o que sempre quis! – E mostrou os dentes com maldade.

Mas Goku observou:

- Pelo caminho do bem consegue-se sempre tudo. É essa a lição, Piccolo!

Ele não gostou da observação e rosnou. Sabia que era verdade. Goku prosseguiu:

- Quero pedir-te outra coisa.

- Estás a abusar da minha boa vontade, Son!

- Existe um menino chamado Yamura. É filho de Yamcha e de Chichi. Tem potencial e disse-me que queria aprender artes marciais. Gostaria de ensiná-lo, mas não tenho tempo para o fazer. Como te disse, vou-me embora hoje. Pensei em ti... Tens jeito para ensinar crianças.

As íris negras do namekuseijin contraíram-se. Uma gota de suor surgiu-lhe na têmpora.

- O teu descaramento é inacreditável!

- Irás descobrir por ti mesmo. Experimenta e verás...

- Experimentar ensinar uma criança?

- Hai!

Piccolo soltou uma gargalhada forçada.

- Eu, Piccolo Daimao, ensinar artes marciais a um fedelho!

- Ensinaste o meu filho Gohan e foste excelente.

Acabou por não replicar. Fungava desdenhoso e irritado.

Goku disse-lhe:

- Thank you... Piccolo!

O antigo demónio voltou-lhe costas e sentou-se novamente no lajedo.

- Boa sorte, Son.

- Boa sorte também para ti.

A seguir, Goku despediu-se de Mr. Popo. Levou dois dedos à testa e foi-se embora do Palácio Celestial. Serenamente, Piccolo considerava a possibilidade de treinar o fedelho. Seria interessante moldar alguém à sua vontade, transformá-lo num lutador endemoniado.

Sim, ele era o guerreiro mais forte da Terra e iria ser feita a sua vontade.

Contudo, ele tinha mudado para sempre.

***

Na mão de Bulma, a pedra branca começou a brilhar. Ficou menos áspera, tornou-se transparente, assumiu uma coloração alaranjada e no interior apareceram quatro pequenas estrelas vermelhas. Tiago maravilhou-se, tanto quanto ela, com a transformação da pedra.

Goku regressou para junto deles.

Despediram-se e Bulma, apesar de se ter esforçado bastante, acabou por chorar quando se abraçou a Goku e lhe pediu que nunca se esquecesse dela, apesar de conhecer outra Bulma. Não se aproximou de Vegeta – já se tinham despedido. Abraçou-se a Tiago e disse-lhe:

- Tu és especial, miúdo.

O rapaz sorriu-lhe, comovido.

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