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XIV - Entrando finalmente em ação


Havia uma grande explicação a dar, mas Vegeta, sequioso de ação e impaciente por resolver todas as pendências daquele assunto, não iria pôr-se a falar quando tinham que perseguir o adversário que apanhara Goku desprevenido e que o atingira com alguma dureza. Vegeta censurava-o por ter sido ingénuo, com um olhar demolidor. Mas depressa se interessou mais pelo rapaz que corria para Goku. Intersectou-o, cortando-lhe o caminho. Tiago derrapou ao parar. Levantou-o pela camisa, colando a cara dele à sua. Perguntou rindo-se:

- E quem é este? Andas com um cãozinho atrás de ti?

- Solta-me! – ordenou Tiago rangendo os dentes.

- Ah... O cãozinho ladra?

Goku cuspiu um pouco de sangue. Limpou a boca com as costas da mão, dizendo:

- É o teu neto.

Vegeta voltou a cara como se lhe tivessem dado um murro.

- Nani?! Estás a brincar comigo, Kakaroto?

- Não. – Goku coxeou pela neve até eles. – Ele é o filho de Trunks. Portanto, é o teu neto. Chama-se Tiago.

Tiago estava tão surpreso quanto Vegeta. O príncipe dos saiyajin fixou o rapaz que não se intimidava com a sua proximidade. Soltou-o e empurrou-o. Tiago tropeçou nas próprias pernas.

- Não pode ser...

- Lembras-te daquela rapariga que nós conhecemos, quando aqui estivemos pela primeira vez?

- A intrometida?

- É a mãe dele – completou Goku indicando Tiago com o polegar.

Vegeta cruzou os braços, analisando o rapaz que lhe rosnava – como um cãozinho e a noção era divertida, porque lhe parecia cada vez mais acertada. Esboçou um sorriso torto a zombar da irritação do miúdo, que lhe rosnou mais alto. A atitude era de confronto e agradou-lhe. O ki era diferente, sem dúvida, para alguém daquela dimensão e ele percebeu os laivos de energia de um saiyajin naquela jovem aura. Então, seria mesmo verdade que teriam o mesmo sangue...

- Que surpresa...

- Também achei quando o conheci.

- E vai servir-nos para alguma coisa, este cãozinho?

- Não sou nenhum cãozinho!

- Calma, Tiago-kun.

- Calma, o quê! Ele está a insultar-me!

Vegeta ignorou-o ostensivamente.

- Ao menos recuperaste a metade do medalhão, Kakaroto?

Goku riu-se.

- Está aqui!

Na mão dele dançava, pendurado pela corrente dourada, a segunda metade do medalhão de Mu.

- Bem, salvaste a tua honra.

- Mas ele percebeu que eu o tinha tirado.

- E deixou-te fazê-lo. Estranho... Procurava confirmar a importância do medalhão? Não creio. Quem quer que ande a abrir a porta dos mundos, conhece a história de Mu e, mais grave, sabe utilizar o poder de Mu. E sem o medalhão!

- E para que quererá o medalhão?

- Zephir queria o mesmo, lembras-te? Ser um deus!

- E como sabe o nosso inimigo tudo isso? Abrir portas entre dimensões, ser imortal com o medalhão...

- Que importa, Kakaroto! Interessa é saber quem o faz!

- O nosso criador, Tori-Sama, não está a ser grande ajuda. Para ele, tudo isto foi uma novidade.

- Bah! Tu e as tuas ideias. Nunca dão em nada...

- Não fui só eu. Dende... o Kamisama concordou com a ideia.

- Claro que concordaria. Não fosse ele um namekuseijin.

- Vegeta...

- Está bem, está bem – resmungou.

- E o que sugeres?

- Perseguir aquele imbecil. Saber quem é ele. Não o consegui distinguir bem, mas pareceu-me alguém que já vi antes... Escapuliu-se antes de lhe poder olhar de frente. No entanto... Não pode ser... Posso ter visto mal.

- Estás a falar a sério?

Tiago interrompeu-os, a tremer por todos os lados, abraçado a si próprio. Os lábios estavam roxos e a ponta do nariz vermelha.

- Oiçam – disse –, não querem continuar a conversa noutro sítio? É que eu estou morto de frio.

Vegeta olhou-o, de alto a baixo. Goku concordou, acercando-se.

- Está bem, tens razão. Vamos embora.

- V-vocês não têm frio? – perguntou Tiago batendo com os dentes. – Estão os dois de braços... despidos...

- Eu também tenho frio. Mas consigo controlar a sensação, utilizando a minha energia. Ele faz como eu. Vem, sobe.

- Ele não sabe voar?

- Não, Vegeta.

- Baka...

- Também Ubo não sabia voar e tinha aquela força toda, quando o encontrei há cinco anos. Lembras-te?

- E queres comparar esse teu pupilo com alguém que descende do meu sangue, Kakaroto?

- Tiago-kun tem sido criado nesta dimensão.

- Por uma mulher! Raios, que as mulheres só atrapalham.

Tiago subiu para cima de Goku.

- Ele está a falar da minha mãe? – perguntou.

- Não lhe ligues. Agarra-te bem, vamos voar muito depressa.

Passados alguns minutos, entravam para o conforto do quarto de hotel através da janela. Tiago correu para a casa de banho e enfiou-se no duche, colocando-se debaixo de uma torrente de água a ferver, totalmente vestido. Ouviu-os a conversarem, mas não percebeu nada do que diziam. Despiu as roupas molhadas, deixou-as no chão e enrolou-se numa toalha. Abriu a porta do roupeiro e espreitou aquele que seria o seu avô. Vegeta olhava para o exterior, voltado de costas para eles. Goku tinha acendido a televisão, coisa estranha nele que nunca ligara ao que o aparelho transmitia e muito menos tinha alguma vez tomado a iniciativa de o acender.

- Porque é que ele te chama Kakaroto? – perguntou num sussurro.

- Esse é o meu nome verdadeiro – explicou Goku. – O meu nome saiyajin. O nome Son Goku foi-me dado aqui, na Terra, pelo meu avô.

- Há quanto tempo é que vocês se conhecem?

- Eu e Vegeta? Algum tempo.

- Então, ele já não te podia chamar de Goku?

Vegeta voltou-se ligeiramente, a olhá-los de esguelha e com cara de poucos amigos. Goku cobriu a boca com uma mão, segredou-lhe:

- Miúdo, deves aprender uma coisa: nunca... mas mesmo nunca, irrites Vegeta. Ainda não estás preparado para levar com a sua fúria. Além disso, Vegeta é o príncipe dos saiyajin e tem um caráter... bem, digamos que especial.

- Do tipo... realeza convencida?

Goku riu-se.

A voz imperativa de Vegeta vibrou no ar:

- Kakaroto! Não é altura para contarmos piadas.

- Eu não estava...

- Já deixámos o cãozinho no conforto da sua casota. Podemos ir embora. Não precisamos de empecilhos.

- Ouve lá...

- Tiago-kun!

Vegeta voltou-se para Tiago que tinha largado a porta do roupeiro.

- Sim, cãozinho?

- Se não parares de me chamar cãozinho...

- O que vais fazer? – troçou Vegeta, sinceramente divertido.

- Tiago-kun!

E Goku puxou pela toalha para afastar Tiago de Vegeta que se encaravam muito próximos. Só que em vez de o afastar, arrancou-lhe a toalha, deixando-o totalmente nu. Tiago tapou-se com as mãos, ficando mais encarnado que o cabelo do lutador inimigo.

- Goku-san! O que é que... O que é que...

- Gomen ne... Toma lá.

Envergonhado, Tiago tirou-lhe a toalha da mão, enrolou-a novamente à cintura.

- Obrigado por me teres feito isto e à frente do meu... À frente dele!

Vegeta sorria, de braços cruzados. Goku coçou a cabeça.

- Gomen ne.

- Para o Inferno contigo!

E ao pronunciar essa frase, recordou-se de que, na noite anterior, gostava de pensá-la e que isso confortava-o. Exorcizava toda a frustração daquela viagem, que não estava a ser nada daquilo que imaginara.

- Onde está o meu medalhão? – exigiu.

Goku colocou-se na defensiva. Vegeta disse-lhe:

- Dá-lho. Se ele o perder novamente, vai ver-se comigo. E eu não serei tão brando. Estás avisado, cãozinho!

Tiago enfiou a corrente pela cabeça e reparou que Vegeta observava-o, pensativo. O que quer que lembrou foi varrido rapidamente da ideia, pois regressou à janela e à sua atitude contemplativa. Goku colocou-lhe uma mão no ombro para o acalmar, mas Tiago voltou-se para a televisão, irritado por ser considerado um empecilho. Quando começara a treinar com Goku na ilhota, julgara que poderia alcançar algum tipo de poder, conhecimento e iluminação que o fariam honrar a sua herança guerreira, mas agora que Goku tinha um verdadeiro companheiro de aventuras, ele era tão descartável como uma pastilha elástica. E apetecia-lhe uma, para não se por a fumar um cigarro!

O canal de televisão transmitia um noticiário breve, com caracteres gigantes dentro de uma faixa vermelha a indicar que eram notícias de última hora. Mas, recentemente, havia notícias de última hora em qualquer momento do dia, pois os efeitos devastadores do sismo e do tsunami de março ainda se faziam sentir com uma comoção inédita, que perpassava pelos órgãos de comunicação social sem qualquer filtro, apelando à solidariedade e à motivação, para que a população se reerguesse após a catástrofe. Mas aquela notícia era diferente. Mostrava-se uma casa, depoimentos de uma mulher que parecia um passarinho a piar, ferido na asa. Goku, com a mão pousada no ombro dele, retivera as palavras que lhe ia dizer e também fixava a televisão com estranho interesse, compreendendo certamente o que estavam a transmitir. Tiago sentiu um ligeiro distúrbio na alma. As energias e as suas cambiantes começavam, aos poucos, a ser percetíveis. Interiorizava-as, juntamente com o processo de aprendizagem por que passava, discernindo o que um saiyajin era capaz de fazer.

- Goku-san...?

- Oh, não...

Foi quando surgiu, a encher o ecrã, uma foto sorridente de Akira Toriyama, mais uma vez uma foto antiga, com o mangaka mais jovem, que Tiago percebeu o que estava a acontecer e que motivara a notícia especial. Após a foto, surgiram imagens do Bird Studio, que tinham visitado na manhã do dia anterior. Vegeta voltou-se para eles.

- Tori-Sama... Desapareceu!

- O que queres dizer, Goku-san? – indagou Tiago aflito.

- Vegeta?

- Eu disse-te que estávamos a perder tempo, Kakaroto – disse o príncipe entre dentes. – Aquele bastardo adiantou-se-nos. Não percebes? – gritou. – Ele atraiu-te para um combate, deixou que lhe roubasses a metade do medalhão que possuía para que pensasses que o tinhas assustado e deixá-lo livre para que cumprisse o seu verdadeiro objetivo.

- Chegar a Tori-Sama – concluiu Goku apreensivo.

- E o que é que vocês os dois vão fazer? – perguntou Tiago olhando para um e para outro.

- Ele descobriu onde estavam as duas metades do medalhão e criou uma diversão para chegar à metade mais importante: a que estava na mão do nosso criador! – prosseguiu Vegeta. – A seguir, estaremos nós. Vai tentar eliminar-nos, para que não existam mais obstáculos para conseguir o medalhão completo, as duas metades. Ele sabe quem somos, avaliou a nossa força. Por isso, dissimula a sua energia para se manter invisível. É esperto, o bastardo.

Sorriu desdenhoso.

- Mas nós seremos um osso duro de roer. Digo-te, Kakaroto: vamos enganá-lo. Iremos atrás dele, vamos matá-lo e dar-lhe cabo dos planos de conquista.

- E Tori-Sama?

- Tu salvas esse inútil. Como tens o coração mole, deixa comigo a parte de matar.

- Vamos! – concordou Goku dirigindo-se para a janela que Vegeta entretanto abrira.

- Então e eu? – perguntou Tiago. – Eu tenho a segunda metade do medalhão.

- Veste-te e espera por nós. Entretanto, guarda bem essa metade.

- E se ele vier à minha procura?

- Nós vamos intersectá-lo primeiro – respondeu Vegeta galgando o parapeito.

Goku voltou-se para ele.

- Tiago-kun, tu és um saiyajin. Confio em ti. Saberás defender-te quando chegar a altura.

Os dois deram um salto para o vazio e arrancaram em direção às nuvens, fazendo deslocar o ar com a força de um motor a jato. Tiago fechou a janela, estremecendo.

Ele não sabia lutar e nem sequer sabia defender-se.

***

No final desse dia, mais um passado na solidão de um quarto de hotel claustrofóbico e insonso, a fome apertou e ele foi até ao restaurante habitual. Sentou-se sozinho na mesa, também habitual, e a senhora que normalmente os atendia notou isso. Perguntou-lhe pelo homem mais velho. Tiago respondeu, em inglês:

- Ele hoje não vem.

A senhora recebeu o pedido desiludida e ele não conseguiu ser simpático para a senhora. Estava demasiado embrenhado nos seus pensamentos e preocupado pela ausência de novidades. Goku e Vegeta nunca mais tinham aparecido. Enquanto esperava pela comida, resolveu testar-se. Com os cotovelos em cima da mesa, baixou a cabeça e concentrou-se no turbilhão de sensações que queriam emergir do seu espírito que se inquietava e se rebelava contra algo indefinido. Recordou-se de Goku, era mais fácil com ele, pois passara pouco tempo com Vegeta. Ao fim de alguns minutos, os sons do pequeno restaurante sumiram-se e ficou apenas ele, um ponto de luz no meio de um mar negro onde vogavam vultos num silêncio pesado. Então, conseguiu perceber onde estava Goku – longe, viajando pelo ar, preocupado como ele.

- Aqui está o seu pedido, senhor.

A voz foi uma garra que rasgou o cenário onde voluntariamente se tinha remetido. Levantou a cabeça e a luminosidade do restaurante embaciou-lhe a visão.

- O quê?

- O seu pedido, senhor – tornou a senhora e pousou uma travessa na mesa cheia de tigelas fumegantes e pequenos pratos quadrados com porções de comida em camas de vegetais.

Comeu tudo com um apetite voraz. Ao sair para a rua, levantou a gola para melhor se proteger do frio. Enfiou as mãos nos bolsos do blusão e encaminhou-se para o hotel. Parou a observar os ecrãs de milhentas televisões numa montra gigantesca de uma loja de eletrodomésticos. Cada uma se sintonizava num canal diferente, muitas exibiam notícias. Cenas de casas destruídas pelo tsunami, imagens de vídeo amador a mostrar a onda mortífera a engolir as ruas de uma cidade, a cara sorridente e Akira Toriyama. O homem continuava desaparecido, pelos vistos.

- Tens uma coisa que eu quero.

Não conseguiu distinguir a língua com que lhe tinham falado, mas não fora japonês porque ele percebeu claramente a frase. Voltou-se e deu imediatamente um salto para trás ao ver perto dele, à distância de um braço, o homem pálido do cabelo encarnado. Retirou as mãos dos bolsos, fechou-os em dois punhos bem cerrados. Uma sensação esquisita nascia dentro dele, espalhando-se pela sua pele como quem derrama um vaso cheio de formigas. Não queria ter medo, mas achava que aquilo era medo.

O homem sorriu-lhe. Ali, numa rua movimentada de Tóquio de início da noite, as luzes dos néones a piscarem em cores vivas, ele voltava a usar os seus peculiares óculos opacos, estreitos como uma fita. Insistiu:

- Vais dar-me essa coisa a bem, não vais?

- Afasta-te de mim!

- Ou queres que te esborrache novamente o nariz?

Tiago levantou o queixo e exigiu:

- Onde está Toriyama?

O sorriso do homem apagou-se e ameaçou, dando um passo em frente:

- Aqui, quem faz as perguntas sou eu!

- Hum! Pensas que tenho medo de ti?

Tiago reunira toda a sua coragem naquela frase. Vira-o a lutar contra Son Goku, nas montanhas e nem em sonhos conseguiria enfrentá-lo da mesma maneira. Não estava disposto, contudo, a entregar-se sem ripostar, nem que ficasse novamente com o nariz esborrachado.

- Vejo que és estúpido, por insistires em trazer contigo o medalhão – atirou o homem, de repente.

- Sim, vem cá tirá-lo! – atirou Tiago, por sua vez.

Viu um braço ameaçador esticar-se na sua direção e desviou-se com um salto. Com uma velocidade estonteante, o homem agarrou-se ao blusão dele, puxou um murro atrás. Um instinto animal, estranho e denso tomou conta de Tiago, vazou-lhe o cérebro e conseguiu ver o que estava a acontecer, como se fosse um espetador e não o protagonista. Antes de apanhar com o golpe, alçou o braço direito e socou a cara do homem com tanta força que este soltou-o e caiu com um urro. Arfou com a surpresa.

- Fedelho, não penses que me levaste a melhor! – exclamou o homem estendido, a agarrar a cara dorida.

Tiago desatou a fugir. Esgotara a coragem e o orgulho por aquela noite. Sentiu algo quente nas costas que o fez tropeçar e estender-se de borco no passeio, raspando e rasgando o blusão. O medalhão saltou do interior da roupa e tilintou ao embater no cimento. Um pontapé feriu-lhe as costelas, rebolou e ficou deitado a ver o cimo dos arranha-céus iluminados a bailar numa tontura que lhe roubava os sentidos. Surgiu a cara pálida do homem, os cabelos como uma coroa de fogo na cabeça redonda. Cheirou-lhe a queimado. O homem agarrou no medalhão, ele agarrou-lhe na mão. Com a outra esmurrou o nariz do homem. Apanhou um estalo com tanta força que a boca encheu-se do sabor ferroso do sangue.

- Isto é meu, fedelho!

A voz, numa língua estranha que ele conseguia perceber perfeitamente, estava distorcida. Tiago soergueu-se, com o corpo todo a gritar-lhe que se deixasse estar, pois acabava de apanhar uma tareia monumental. Mas aquele instinto que se revelara precioso no momento em que enfrentara aquele monstro acicatava-lhe a vontade e impedia-o de ouvir os apelos do físico.

O homem afastava-se para uma esquina dissimulada, levando na mão esquerda o pequeno triângulo dourado, a corrente partida a oscilar. Tiago atirou-se a ele, agarrou-lhe nas pernas.

Um vórtice abriu-se e ele resvalou, por um milésimo de segundo, para um poço sem fundo, sentindo uma estranha ausência de gravidade, falta de ar e de qualquer experiência sensorial – como se se tivesse dissolvido em qualquer coisa menos real que o seu espírito.

A sensação foi breve, contudo.

Um pontapé fê-lo acordar da surpresa de já não se encontrar numa rua de Tóquio, com os seus arranha-céus, luzes, automóveis e pessoas. Por qualquer arte mágica, o homem tinha feito desaparecer tudo isso. Estava agora numa espécie de caverna, um local escuro e húmido.

- Baka!

O homem avançava para ele. Tiago pôs-se de pé, as pernas bambas, um fio de sangue a escorrer do canto da boca. Enfrentava-o novamente... Mas por que razão o enfrentava? No entanto, não era capaz de se entregar à imolação de forma passiva. Algo naquele homem impelia-o a agir, contra todo o bom senso.

Um gemido atrás dele fê-lo voltar-se. Alguém escondia-se na penumbra, mas não estava ferido, nem amarrado. Gemera de terror. Tiago reconheceu-o.

- Tori-Sama!

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