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L - Para sempre


Entrada no meu diário, data: setembro 2011

Nunca mais os tornei a ver.

Mas tentei, envergonhada por não conseguir cumprir a promessa que fizera a mim mesma de os esquecer para sempre após tê-los visto na reportagem do canal televisivo americano naquele domingo de verão. Quando toda a gente em casa dormia, devorava todos os canais noticiosos a que tinha acesso. Sky News, CNN, BBC News, Al-Jazeera, SIC Notícias, TVI 24, RTP N, Euronews e o que mais houvesse. Remoía a fraqueza, mas procurava incessantemente por outra reportagem sobre a recuperação do Japão em que eles fossem novamente apanhados por uma câmara. Contudo, nunca mais houve nenhuma reportagem dessas, nem nenhuma câmara os tornou a apanhar.

Continuei a ver os canais noticiosos pela madrugada afora, agarrada ao comando da televisão, sem realmente ver o que transmitiam. Pensava neles. Não chorava, já não tinha lágrimas para o fazer. Sentia um calor muito grande no peito e o meu coração cantava de orgulho, porque conhecia-os e tinha estado com eles naquele lugar dos sonhos impossíveis. Não era preciso mais, pois não? Até tinha um filho de um deles...

Só que queria vê-los, desejava tanto vê-los!

Não era mais possível. O tempo desse milagre já tinha passado. Tinha tido uma segunda oportunidade e sorvera-a com ganas. Vivia agora desse novo balão de oxigénio. O amor continuava a existir, apesar da necessidade de seguir em frente e de construir uma vida – eu fazia-o no meu mundo, ele havia de fazê-lo no dele.

O plano mantinha-se e isso era o mais curioso. Quando o Tiago completasse os dezoito anos, haveria de lhe dar a caixa de recordações que enchera para ele. Claro que a novidade não seria total, mas queria ter a minha parte no processo de crescimento dele. Haveria, então, de lhe dar a conhecer a sua história, que eu escrevera, a imagem do pai que me acompanhara quando ele crescia dentro de mim e quando nascera, abençoando-me com a sua existência.

Numa noite, tirou-me devagar o comando das mãos. Acordei. Esfreguei os olhos, respirei fundo para me recompor, sentei-me no sofá, pois uma mãe nunca tem sono, ou está cansada, ou está triste ou qualquer coisa diante de um filho. O Tiago sorria-me. Colocou um dedo sobre os seus lábios e estendeu-me a mão.

- Vem comigo.

- Onde?

- Shhh! – repetiu o pedido de silêncio, num jeito carinhoso que herdara do pai.

Abriu a porta da varanda, pegou-me ao colo, encavalitou-se no parapeito. Agarrei-me com muita força ao pescoço dele.

- O que vais fazer?!

Respondeu-me com ação. Saltou do parapeito e levou-me a voar pela noite afora. Fechei os olhos ao sentir-me suspensa no vazio, o peso todo a fugir-me, arrepios gelados a descerem-me pela espinha. Ainda de olhos fechados, quase histérica, pus-me a gaguejar:

- Tu sabes... Tu sabes... Tu sabes...

- A técnica bukuujutsu? Hai, 'kaasan. Aprendi-a com Son Goku, nas montanhas Paozu.

Depois levou-me para uma das ilhotas da ria que bordejava a cidade. Perguntou-me se eu me importava de assistir aos seus treinos. Meneei a cabeça, abismada. Ele treinava-se? Não, claro que não me importava, mas não consegui verbalizar a resposta.

Ele converteu-se em super saiyajin e treinou-se. Maravilhei-me com o corpo do meu filho poderoso, envolvido naquela capa brilhante que o dourava e lançava chispas em redor, sentindo um orgulho que mal conseguia conter.

E foi daquela maneira que o Tiago me fez regressar à Dimensão Z. Contentei-me com esse regresso simples aos caminhos sublimes do universo. Eu podia contemplar um super saiyajin e encantar-me.

De vez em quando, nos meses seguintes, havia notícias provenientes do Japão sobre tremores de terra com alguma intensidade e que motivava a nota de rodapé nas notícias. Eu olhava para o Tiago e ele olhava para mim, com a frase na cabeça: eles não se conseguem controlar nos treinos e quase que aposto que se trata de Vegeta.

Também através daquelas notícias ficava mais perto desse regresso impossível à Dimensão Z.

O sonho terminava, por fim, diluído na realidade banal de todos os dias. Mas não era por isso que Son Goku e os seus pares lutavam? Pela paz e para que os dias fossem, de facto, banais? Para que, dessa forma, os seus filhos crescessem e herdassem um futuro?

A paz não serve aos guerreiros.

- Mas quando os guerreiros lutam, fazem-no pela paz – escrevi no meu diário.

Amo-te, Trunks. Jamais te esquecerei.

Fechei o diário, estreitei-o junto ao peito, onde usava e iria usar sempre, a segunda metade do medalhão de Mu.

Que privilégio tê-los conhecido!

Fim de entrada.

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