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Capítulo 32

   Um dia inteiro se passou e Ellie e JJ finalmente chegaram na cabana. Com cuidado, a garota se aproximou da casa olhando em volta cada detalhe. JJ não se aguentou e correu disparado até a casa, entrou rapidamente, o peito subindo e descendo em agonia.

— Espera! JJ! — Ellie correu segurando sua pistola.

— Mãe! Pai! — Ele cruzou o cômodo, a casa estava um desastre. Qualquer coisa que pudesse se partir em mil pedaços, estava quebrada em alguma parte do chão. — Laura! Alguém?

Ellie entrou sentindo um aperto no peito, sabia identificar cada sinal de luta. Quando entrou na sala, se deparou com sangue no chão, e uma trilha que levava até a rua. Na mesinha no centro do cômodo havia um mapa, nele haviam alguns rabiscos e uma faca prendendo uma parte em específico.

— E-eles se foram. — JJ voltou, Ellie retirou a faca e analisou o mapa.

— Vamos encontrá-los. Não se preocupe. — Ela disse determinada. — Vamos procurar comida, dormir, e vou entrar em contato com Tommy.

JJ concordou e foi até a cozinha, Ellie preparou uma macarronada com duas latas de feijão enlatado e ervilhas, era tudo que havia restado na casa. Os dois comeram em completo silêncio, o clima não era dos melhores, principalmente ao ver a casa naquele estado.

— Como está sua perna? — Ellie tentou puxar assunto, JJ deu de ombros. — Ei, vamos encontrá-los.

— Eu sei. Mas e se não estiverem bem? Será que foram feridos?

— Tenta não pensar nisso. — Ellie tentou distraí-lo, ele deu de ombros outra vez. — Quer saber, Malorie e Joel são fortes, eles me protegeram por meses. Já te contei essa história?

Ele negou, Ellie levantou e levou o prato vazio até a pia e então se encostou na bancada pronta para contar ao mais novo algumas histórias. JJ ficou quieto, apenas ouvindo surpreso com cada detalhe, enquanto Ellie contava como Joel e Malorie enfrentaram o inferno para levá-la em segurança até o laboratório onde acreditavam encontrar uma cura.

— Então nós somos imunes? — Ele perguntou, Ellie assentiu e mostrou a cicatriz em seu braço. De repente todo o seu brilho desapareceu, e o olhar de culpa tomou conta. — Eu mordi alguém. Devo ser igual aqueles monstros.

— Não fala isso.

— Foi por isso que viemos pra cá, é tudo culpa minha... — Ele se afastou da mesa, Ellie se aproximou e se abaixou na altura dos seus olhos.

— Você é muito novo pra entender isso, mas não é sua culpa. Nada disso é sua culpa.

— Se não é minha culpa, então porque as pessoas me olhavam estranho? — Seus ombros baixaram, demonstrando ainda mais melancolia.

— As pessoas tem medo do que não entendem. Mas isso não significa que é algo ruim. — Ellie acrescentou, JJ esticou os lábios entristecido. — Eu sou igual a você, não está sozinho ta legal? Pode contar comigo.

Ele desceu da cadeira e a abraçou escondendo o rosto em seu peito, Ellie retribuiu o abraço dando-lhe o conforto que precisava.

— Vamos descansar por hoje, amanhã descobrimos para onde eles foram.

Depois de preparar uma cama perto da lareira, os dois se juntaram para dormir, aquela noite em específico estava congelando as janelas da cabana.

— Você acha que eles estão com frio? — JJ perguntou enrolado no seu cobertor, Ellie respirou fundo.

— Tenta não pensar nisso ta legal? Vamos dormir. — Ela virou para o outro lado e fechou os olhos, já JJ, não conseguiu dormir tão bem naquela noite.

Já era bem cedo, Ellie acordou e deixou o mais novo dormindo. Ela carregou o rádio comunicador de Joel para fora e o ligou segurando o mapa que os sequestradores haviam deixado.

— Tommy está aí? Tommy? Sou eu. — Tentou se comunicar, em poucos minutos Tommy respondeu.

— Ellie. — Ele disse fazendo uma pausa. — O garoto sumiu, não consigo achar ele em lugar algum.

Ellie segurou o microfone na altura da cabeça e respirou fundo.

— Ele está comigo, me seguiu até as montanhas.

— Ele fez o que? Ele está bem? — Tommy controlou a voz para não gritar e chamar atenção. — Ellie?

— Ele ta comigo Tommy, eu vou cuidar dele.

— É melhor mesmo. Caso contrário Joel vai me matar e depois vai te matar. — Ele explicou, Ellie coçou a nuca preocupada.

— Não esquenta, eu sei. — Ela fez uma pausa, Tommy sabia que havia algo mais, seu semblante mudou rapidamente para tristeza.

— Acho que você não os encontrou, se esse for o rádio que eu estou pensando...

— N-não. E-eu. — Ellie fechou os olhos e apertou o microfone com dificuldade na fala. — Tem um mapa, sabe de alguma zona de quarentena depois das fábricas abandonadas e dos escombros da ponte de metal?

— Não. Não ouvi nada sobre zona de quarentena. — Ele dizia, Ellie sentiu a esperança se esvair por breves segundos. — Mas sei de um grupo de saqueadores, devem estar em mais pessoas, talvez umas 200. Em um antigo forte depois desses dois pontos que você mencionou.

— O que sabe deles?

— Pouca coisa, Maria queria um grupo de busca pra ir até lá propor uma aliança. Mas é muito perigoso, não temos informação daquela área. — Ele dizia enquanto Ellie anotava tudo mentalmente. — Mas Ellie... o Myers deixou a cidade faz poucos dias, Maria não quis me contar, descobri por um contato que ele se sentiu injustiçado depois do que aconteceu com a filha.

— Eu entendi.

— Cuidado ao levar o garoto direto para ele. — Tommy alertou.

— Vou dar um jeito. — Ellie explicou, Tommy confiava o tanto que Joel confiava. E somente por esta conexão, não via problema nas palavras de Ellie.

JJ surgiu na porta, parecia ter ouvido parte da conversa, naquele momento Ellie desejou o contrário e apenas ignorou seu olhar reflexivo.

— Vai comer alguma coisa, saímos em alguns minutos. — Passou pelo garotinho, JJ a seguiu para dentro.

Depois de comer e se trocar, os dois partiram em outra caminhada. A cada passo na direção oposta a cidade Ellie sentia apreensão e saudade, mas também preocupação por Joel, Malorie e Laura. O sequestro foi silencioso, e não havia uma pista sequer deixada para trás.

Enquanto caminhava, Ellie ouvia as botas de JJ fazendo barulho na neve. Suas pernas eram curtas e afundavam facilmente. Não tinha outro jeito de resolver, mas o som podia vir a se tornar um perigo para ambos.

— Vamos andar mais devagar, aqui. — Ela colocou a mão bloqueando a passagem do garoto, e apontou para o chão. — Quando o nível da neve estiver alta demais pra você, tem que pisar como se estivesse esmagando um inseto. Assim não vai fazer barulho, e não vamos chamar atenção.

JJ parou, analisou o movimento, e então passou na frente fazendo exatamente o que ela ensinou. Ellie esticou os lábios, mas apesar da situação, sabia que JJ estava chateado com ela. Em partes, porque via culpa no fato de Ellie não tê-lo defendido diante de Tommy, afinal ela também era imune e preferiu ficar com a fazenda. Naquele instante, ele se sentia indiferente, mas quando se pegava pensando, o sentimento voltava como num piscar de olhos.

Um dia inteiro se passou, com o cair da noite estava começando a esfriar, apesar de que a neve fora diminuindo com o avançar no percurso. Quando olhou para trás, Ellie notou um desconforto no rosto se JJ, mas ele parecia não querer conversar sobre.

— JJ, quer parar? — Perguntou, ele deu de ombros. — Vamos montar acampamento aqui, fazer uma fogueira pequena e nos aquecer.

Ele apenas concordou, Ellie montou acampamento e encostou-se em uma árvore grande e seca. O calor da fogueira aquecia seus pés de modo confortável apesar do frio intenso. Já JJ estava de pé perto da fogueira tentando aquecer o corpo todo, ppr ser pequeno era uma facilidade incomum.

— Ei, vai pro saco de dormir, vai ficar mais quente lá. — Ellie sugeriu, JJ se enfiou no saco de dormir deixando somente o rostinho redondo para fora.

Os dois ficaram olhando fixamente para o fogo, refletindo sobre o silêncio.

— Sente falta da sua namorada? — Ele puxou assunto, Ellie soltou um sorriso frouxo.

— É. Sinto.

— Como se conheceram?

— É uma longa história. — Ela respondeu, JJ continuou encarando esperando uma explicação, Ellie se deu conta de que ele não entendia a expressão. — Joel foi preso em uma zona de quarentena, estava tentando ajudar a Lorie, ela estava doente. E estava grávida...

Entrei em um mercado abandonado, Lorie precisava de comida, qualquer coisa, e eu não podia deixar ela se ferir. Joel havia desaparecido por dias, e agora só tinha ela ao meu lado.

Olhei cada prateleira com cautela, haviam caixas vazias, coisas inúteis, tentava pensar em um alimento fora da validade que pudesse alimentar uma mulher grávida, sem prejudicar os bebês. Nada. De repente tropecei em um cordão preto que seguia até uma sala atrás do balcão, pulei o balcão e abri a porta, era um tipo de despensa.

— Puta merda. — Disse boquiaberta, havia comida, armas, roupas quentes. Mas em pequenas quantidades, como uma sala de precaução.

Abri uma das caixas de papelão em cima de uma mesa de metal, haviam várias barrinhas, doce de amendoim, feijão enlatado, pêssego enlatado. A primeira coisa que fiz foi pegar o chocolate, abri e mordi com vontade, o gosto ainda era de doce fresco apesar da data de vencimento.

— Porra. — Comecei a enfiar tudo em uma mochila, notei um toca-fitas também em cima da mesa, igual ao que eu tinha na zona de quarentena.

O peguei e coloquei a primeira fita que vi, Fame, Irene Cara. Aquela música, o ritmo, tudo nela me fez esquecer por um momento como tudo estava uma merda. Dancei, comecei a rebolar e a me movimentar de um lado para o outro com meus olhos fechados, a cada batida meu corpo se remexia. De repente quando me virei, havia uma garota ruiva com o rosto completamente marcado por sardas, e os olhos tão azuis que quase pareciam cinza. Ela apontava uma arma na minha direção assustada.

— Solta isso porra! — Ela disse, levantei as mãos, ela gesticulou para soltar.

Retirei os fones com cautela e coloquei de volta na mesa, seus olhos viraram rapidamente para o walkie-talkie ao lado.

— Não precisa fazer isso.

— É o que todos dizem. — Ela respondeu sem sequer hesitar. — Tem mais alguém aqui? Tem mais alguém com você?

— Só eu.

— Se estiver mentindo atiro no seu peito. — Apontou, cobri meus seios por cima da roupa.

— Olhou pra eles? — Tentei brincar, ela não hesitou, nem esboçou reação.

— Aí, esse toca-fitas é seu? Cara gostei dessa música.

— Cala a boca. — Ela tirou um par de algemas do bolso da calça e arremessou. — Coloca isso.

— Carrega um desses com você? — Tentei brincar outra vez e então percebi que nada faria aquela garota rir.

— Coloca logo isso. — Insistiu, peguei as algemas no chão e levantei com cautela, levei até meus pulsos e fingi ter dificuldade. — Só coloca logo porra.

— Calma aí. — Pedi, as algemas caíram no chão.

A garota perdeu a paciência e colocou a arma no bolso de trás, ela se aproximou rapidamente e puxou meus braços para algemar. Tirei a arma do seu bolso de trás e apontei diretamente para ela.

— Ninguém nunca te disse que pode atirar na sua própria bunda, deixando a arma no bolso de trás? — Eu avisei, ela bufou e ergueu as mãos.

— Isso é uma mordida? — Ela avistou a cicatriz em meu braço, engoli em seco. — Ta infectada?!

— Eu vou levar isso aqui, preciso dessa comida, tem uma mulher grávida e ela ta faminta. — Avisei mudando de assunto, ela arregalou os olhos.

— Tem uma grávida?

— É melhor não me seguir ou atiro no seu pé. — Recuei apontando a arma sem hesitar, ela continuou parada.

— Tem um lugar. — Disse fazendo uma pausa. — Pode levar a mulher grávida pra lá, é seguro, tem comida, cama, água quente... temos um hospital.

— Hospital? Com médicos? De verdade? — Perguntei curiosa, ela concordou rapidamente a cada palavra.

Parei por breves segundos reflexiva, assenti, ela baixou as mãos. Num reflexo algemei sua mão a minha, a garota recuou confusa e assustada.

— Que merda é essa?!

— As chaves, onde estão? — Perguntei, ela encarou o chão sem jeito, fiquei boquiaberta. — Você não tem?

Ela deu de ombros, esbocei um sorriso debochado em surpresa.

— Você vem comigo primeiro, depois vai nos levar até esse lugar. — A puxei até a caixa de suprimentos, ela parecia surpresa com a reação. — Não vai querer me matar, vai ser ruim carregar um corpo com você por aí.

Ergui uma caixa e entreguei para ela, a garota me olhou por cima do papelão.

— Vai carregar isso, eu to armada, eu protejo nossa frente. — Avisei, a puxei outra vez, ela me seguiu emburrada para fora da loja.

A levei comigo até nosso esconderijo perto da zona de quarentena, levava cerca de 5 minutos do mercado abandonado.

— Qual é o seu nome? — Perguntei, ela não respondeu. — Eu sou a Ellie.

Ela não respondeu novamente, parei de andar e me virei, ela estava com os olhos bem arregalados.

— Aí, estamos algemadas juntas, devia ao menos me dizer o seu nome.

— Amanda.

— Legal. Tem algum apelido? Tipo Mandy?

— Não. Não somos amigas, não me chama assim. — Ela foi direta, ri surpresa com a ousadia.

— Sabe que eu sou a pessoa armada aqui não é?

— Vai fazer o que? Me matar por não gostar dessa merda de apelido? — Respondeu seriamente, cocei a nuca ainda segurando a arma.

— Quer saber, ta mais pra Amy ou algo assim. — Ela não expressou reação, estiquei os lábios. — Se nos tornarmos amigas, posso te chamar assim.

— Eu não tenho amigas.

— É, eu percebi. — Retruquei, ela desviou o olhar sem graça.

Finalmente chegamos ao esconderijo, Lorie estava sentada tocando sua barriga do tamanho de um melão.

— Droga, Lorie está bem? — Me aproximei rapidamente, ela olhou para nós e para as algemas. — E-essa é a Amanda, ela disse que tem um lugar com um hospital. Podemos ver o que está acontecendo.

Amanda olhava estranhamente reflexiva para minhas interações com Malorie, talvez ela nunca tivesse visto uma mulher como Lorie antes, principalmente por aparentar ter a minha idade.

— Onde fica esse lugar? — Malorie perguntou, olhei para a garota, ela se tocou que estávamos esperando uma resposta.

— Não fica muito longe, posso levá-las lá.

— Vai ser bom pra você e pro bebê, o que acha? — Segurei o ombro de Lorie, ela esticou os lábios, o rosto expressando completamente seu cansaço.

— Tudo bem.

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