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Capítulo 19

   Segurança. Era o sentimento que Joel Miller me passava todas as manhãs quando acordava ao seu lado. Um sorriso enrugado e os cachinhos grisalhos, nunca sequer imaginei amar alguém a ponto de notar seus pequenos detalhes todos os dias.

— Oi. — Sorri, ele deixou um beijo na minha cabeça. — Dormiu bem?

— Essa pergunta é minha. — Brincou, deitei-me em seu peito.

— Tentei renovar. — Retruquei, ele riu e encarou o teto.

— Você me faz dormir bem todas as noites.

— Fico lisonjeada. — Toquei o meu peito, Joel me encarou nos olhos.

— Obrigado. — Ele me disse com uma sinceridade genuína, sorri sem graça. — Eu falo sério. Quando perdi a Sarah... nunca pensei que me sentiria assim outra vez, mas você e a Ellie me deram isso.

Toquei o seu rosto, Joel sorriu, segurou minha mão e deixou um beijo carinhoso. Me inclinei para selar nossos lábios, ele me abraçou com firmeza.

— Vocês são tudo o que me importa agora. — Sussurrei, ele me encarou nos olhos.

— Eu te amo. — Me disse, o beijei outra vez.

Aquela manhã foi diferente, troquei de roupa e me preparei para sair para o primeiro turno como sempre fazia, quando desci Joel estava fritando bacon e ovos para o café-da-manhã.

— Que cheiro é esse? — Parei na batente da porta, Joel parou o que estava fazendo para pegar alguns pratos no armário.

— Bacon e ovos, seu favorito. — Ele disse como se fosse óbvio.

Algo estava errado, os cheiros não pareciam os mesmos, Ellie me olhou da mesa.

— Você está bem? Parece que viu um fantasma. — Ela dizia reparando minha palidez, amarrei o cabelo como um coque e então senti um embrulho no estômago.

— Merda. — Resmunguei, corri até o banheiro e vomitei o jantar da noite passada, Joel e Ellie trocaram olhares.

Quando me olhei no espelho estava realmente pálida, as olheiras bem escuras, parecia o proprio fantasma no qual Ellie havia mencionado.

— Tudo bem amor? Devia passar na enfermaria. — Joel pediu atrás da porta, baixei a tampa e me sentei.

— Não. Eu to bem! — Avisei, fiquei alguns segundos me recuperando a tontura.

Me levantei e fui até a pia, encarei o espelho e lavei o rosto com água fria. Enquanto secava as mãos na toalha reparei alguns absorventes na prateleira do balcão, parei por alguns segundos. Saí do banheiro e voltei para a cozinha, Joel estava tomando café enquanto ouvia Ellie ler alguns trocadilhos ruins.

— Eu já vou indo, estou sem fome e não quero vomitar de novo. — Expliquei, Joel assentiu mesmo preocupado. — Então, a gente se vê no almoço.

Saí de casa, avistei algumas crianças correndo mesmo tão cedo, pensava comigo mesma em como conseguiam energia para correr? Parei em frente a enfermaria me perguntando se, seria ou não uma boa ideia ver se estava com alguma virose forte ou até mesmo o Cordyceps reagindo. Soltei a respiração entediada e fui até o estábulo, cumprimentei outros guardas e peguei meu cavalo.

— Você está bem Lorie? Parece que foi atropelada por um caminhão nessa manhã. — Tony me perguntou, coloquei a mão na cabeça sentindo-a quente.

— Acho que é uma gripe, devo estar doente. — Tentei explicar, as palavras saíam lentamente.

— Devia ficar em casa hoje, eu posso ficar no seu lugar.

— Tudo bem Tony, não precis... — De repente tudo se apagou, caí do cavalo, Tony me pegou antes de chegar ao chão.

O homem me levou rapidamente até a enfermaria, não demorei muito para acordar. Quando abri os olhos, avistei o doutor fazendo alguns exames, e um tubinho de soro ligado à minha veia.

— O que aconteceu? — Me perguntei, ele esticou os lábios de forma amigável.

— Você caiu do cavalo, sorte que o Tony estava bem do seu lado. Ele te salvou de uma concussão ou algo mais grave, agradeça à ele depois. — Ele dizia, tentei tirar o tubo, o doutor logo me alertou. — Você estava bem fraca mais cedo, esse soro está te mantendo acordada.

— Que merda está acontecendo comigo?

— É algo bem comum em mulheres com a sua idade. — Ele dizia, me senti aliviada por um breve momento. — Fiz alguns exames e parece que você está com algumas semanas de gestação.

— C-como é? — Empurrei a pergunta pela garganta, senti meu estômago embrulhar.

— Você está grávida, meus parabéns. — Ele sorriu animado, arregalei os olhos com tanta surpresa que parecia querer pular para fora do rosto. — Você está bem? É normal se sentir assim.

— Não e-eu... não posso estar.

— O que? — Ele perguntou somente para confirmar se havia entendido.

— Sofri um acidente anos atrás, os médicos disseram que não poderia mais ter filhos. — Mostrei a cicatriz, ele arregalou os olhos e então piscou algumas vezes.

— Bem isso é... eu fiz todos os exames possíveis, mas você pode fazer este e confirmar por si só. — Ele me mostrou uma caixa com um teste de gravidez, neguei cada segundo.

— Eu não posso estar. — Repeti, mais para mim do que para ele, o doutor franziu o cenho.

— Vamos mais alguns exames, mas você tem sintomas de gravidez, inclusive eu aconselho começar a tomar as vitaminas agora.

— Obrigada pelos conselhos mas eu preciso ir. — Me levantei e fuia até a porta, parei antes de deixar o cômodo e peguei a caixinha com o teste em cima do balcão.

A cada passo fora da enfermaria sentia meu corpo estremecer, não estava pronta, sequer preparada para lidar com algo crescendo dentro de mim pela segunda vez. Não. Eu não deveria ser mãe, não quando isso foi tirado de mim tão cedo.

— Malorie tudo bem? — Jessy me encontrou no meio do caminho para casa, escondi a caixa atrás de mim.

— Não devia estar em outro lugar? — Me perguntei, ela coçou a nuca.

— Na verdade não, mas pelo visto está ocupada e-então eu não vou te incomodar... — Ela respondeu, apenas concordei e passei na sua frente.

Segui rapidamente até em casa antes que pudesse encontrar mais alguém, fui até o banheiro e me tranquei lá, finalmente me sentindo segura em um lugar fechado onde não seria interrompida. Baixei as calças e olhei para o teste por alguns segundos, estar novamente naquele mesmo ambiente, naquela lembrança, me dava calafrios.

Fiz o teste e esperei por alguns minutos, o tempo parecia não passar, o silêncio era quase mortal. Quando o tempo finalmente se completou, olhei para o pequeno palito e então o soltei no chão. "Grávida" estava escrito, minhas mãos e pernas começaram a tremer, me apoei na pia do banheiro segurando o ar dentro do meu peito.

— Isso não pode acontecer, não pode. — Sussurrei, uma lágrima quente pulou pelo meu olho.

Segurei meus cabelos e comecei a chorar, peguei o teste e saí do banheiro encontrando Ellie no corredor, limpei o rosto rapidamente.

— Você estava chorando? — Ela me perguntou, e então reparou no teste. — O que é isso?

Entendi a mão, Ellie se aproximou devagar e pegou o teste, assim que o leu ficou surpresa e recuou.

— Você está... — Antes que pudesse completar, desabei, comecei a chorar feito uma criança. — Tudo bem, você será uma ótima mãe. Você é uma mãe incrível.

Ellie me abraçou ali mesmo no chão, retribuí recebendo todo o reconforto de que precisava. A garota sorriu com delicadeza demonstrando compaixão, naquele momento pensei em contar tudo... em contar toda a verdade.

— Mas como você... sabe? Você me disse que não podia mais. — Ellie sussurrou, limpei o rosto com as mãos.

— E-eu não sei, é um choque pra mim também.

— Deveria ir ao médico, eu vou com você se precisar. — Ela segurou minha mão, assenti.

— Obrigada Ellie. — Respondi baixo o suficiente para apenas ela ouvir. — Quero saber se isso é verdade, antes se contar ao Joel.

— O Joel. — Ellie parou por uns segundos, e então me encarou. — Ele vai adorar saber disso, e eu vou ter um irmãozinho, ou irmã.

— É. Claro. — Ellie notou meu desânimo, sequer queria me colocar nessa situação outra vez.

— Você devia ir ao médico.

Assenti e me levantei, Ellie me acompanhou de volta até a enfermaria, o doutor nos recebeu novamente.

— Sabia que voltaria, saiu muito rápido. — Ele dizia, me sentei na maca outra vez.

— Escuta, digamos que seja real. Eu fui mordida, e estou infectada mas imune. — Mostrei o meu braço, ele arregalou os olhos quase pulando. — Não pode contar para ninguém.

— Mas como isso é possível?

— Me diz você. É o doutor aqui. — Retruquei, o médico utilizou um gel e fez alguns exames na minha barriga, ficamos horas naquela sala fria, Ellie me entregou seu casaco com receio de estar com frio. — Obrigada.

O doutor passou horas e horas analisando impressões, detalhes, coisas que poderiam sofrer modificações com o tempo. Ele me apresentou uma fotografia impressa do que possivelmente seria o meu útero.

— Eu não sou cientista, teria que comprovar algumas coisas. Mas posso supor que o vírus ajudou seu corpo a criar anticorpos e regenerar algumas falhas, seu útero estava perfeito. — A sua expressão era de surpresa e confusão, nem mesmo nós entendíamos o que estava acontecendo.

— Mas e o bebê? Tem alguma chance dele ser infectado?

— É muito cedo pra dizer, continue vindo uma vez por semana para fazermos exames. Mas, nesse meio tempo, por favor tome suas vitaminas, vamos seguir os primeiros passos com normalidade. — Ele me entregou algumas pílulas em um saquinho, as anotações estavam coladas na frente em um papelzinho.

 Ellie e eu deixamos o consultório, estava tensa, não sabia nem mesmo como continuar depois de tanta informação. Estava com medo, sem esperanças de que o que estava dentro de mim ia sequer nascer, ainda mais como uma criança normal.

— Ei, não se preocupa. Eu nasci imune, ele também pode. — Ellie tentou aliviar minha tensão, sorri levemente sem jeito.

 Quando chegamos em casa, Joel estava de pé na sala roendo quase todas as unhas dos dedos, assim que nos viu correu até mim e me analisou de todas as formas. Presumi que alguém houvesse contado à ele como desmaiei antes do primeiro turno, e como havia passado as últimas horas na enfermaria.

 — Você está bem? — Ele perguntou medindo minha temperatura, segurei sua mão e então olhei para Ellie.

— Eu vou subir. — A garota apontou para as escadas, assenti.

 Assim que Ellie nos deixou a sós, sentei-me no sofá e esfreguei minhas coxas com tensão, Joel não estava entendendo a seriedade da situação mas a expressão de preocupação no seu rosto era cada vez maior.

— Ta... — Respirei fundo pensando em como contar sem deixá-lo assustado o suficiente para ter um ataque cardíaco, o encarei. — Antes de te contar eu preciso explicar como eu não sabia que isso era possível, e como a infecção pode ser perigosa pra mim pelos próximos meses.

— Você está doente? Precisa de remédios? Podemos conseguir, posso sair e procurar por suprimentos.

— Eu não sei como vai reagir a isso... mas. — Encarei o chão, Joel deu um passo, levantei uma das mãos. — Eu estou grávida.

 Ele paralisou, seu semblante mudou completamente, estava surpreso e levemente assustado. Meu coração estava tão acelerado que mal conseguia respirar direito, quando senti sua mão quente sobre a minha.

— Deve ser assustador pra você, eu não sei qual a sua opinião sobre isso mas estarei do seu lado com qualquer decisão. — Ele agachou-se e segurou meu rosto, uma lágrima escorreu fina feito uma agulha, escondi o rosto. — Eu te amo.

— Desculpa. Me desculpa Joel. — Comecei a chorar, ele me abraçou dando o conforto que nunca imaginei que teria em algum momento da minha vida, estava tão familiarizada com o caos que sequer imaginei uma reação tão simples e convidativa. 

— Tudo bem amor, está tudo bem. — Ele dizia fazendo carinho em meus cabelos, o abracei com força.

— Não sabia o que fazer, pensei que fosse se afastar ou brigar comigo. — Resmunguei, a voz saiu abafada em seu peito, ele apenas continuou o carinho.

— Eu sei. — Joel apenas concordou, continuei abraçando-o por um bom tempo. 

— O que faremos agora? 

— Que tal um jantar? — Ele sorriu, concordei levemente aliviada, admito que não esperava por outra resposta tão diferente.

 Joel me levou até a cozinha e começou a fazer algo enquanto eu esperava na mesa, Ellie se juntou à nós assim que começou a sentir o cheiro da comida. Trocamos algumas risadas, e algumas histórias engraçadas, neste momento percebi que apesar do evento assustador que levaria pelos próximos meses comigo, não faria sozinha.

— Está bem a última, a última. — Ellie nos interrompeu, Joel segurou minha mão por cima da mesa, sorri genuinamente. — Por que o torresmo tá sempre bravo? Porque ele nunca tá de bacon a vida.

— Essa é péssima. — Segurei a risada mas não me aguentei, Ellie começou a rir alto.

— Você está rindo! — Apontou, a garota levantou e recolheu os pratos da mesa, a ajudei a levar até a pia.

— Pode descansar, eu limpo aqui. — Joel se colocou na minha frente, entreguei-lhe os pratos e subi.

 Troquei de roupa e me preparei para dormir, me olhei no espelho por um tempo esperando que pudesse ver algum sinal de gravidez, em parte tinha receio em não ser capaz de cuidar de uma criança mas parando para pensar... Ellie era como minha filha.

— Você está linda. — Joel me surpreendeu da porta, baixei a camiseta e fui até a cama.

— Não é isso... só estou preocupada. Você sabe. 

— Vamos fazer isso juntos, o que você quiser. — Ele sentou do meu lado, assenti.

— Mas e você? Está pronto pra ser pai outra vez? 

— Temos a Ellie. — Ele deu de ombros, estiquei os lábios. 

— Eu sei, mas você sabe que é diferente, um bebê precisa de cuidados especiais. Isso se ele nascer saudável.

— O que quer dizer? — Ele me encarou, levantei e o encarei de volta.

— Fui mordida Joel, estou infectada e você sabe disso. 

— Você é imune agora. — Negou como se a imunidade pudesse proteger o bebê. — A Ellie também nasceu imune.

— Eu preciso que saiba... que existe uma chance dessa criança não ser normal. — Segurei seu braço, Joel segurou minhas mãos.

— Eu sei, está tudo bem.

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