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Capítulo 15

   Depois da recuperação, voltamos para a estrada. O frio caía sobre nós cada vez mais forte, ficava difícil de caminhar e tínhamos que parar algumas vezes no caminho. Eram noites e mais noite saqueando lojas e dormindo em apartamentos abandonados, noites rindo, noites trocando piadas e contando histórias. 

Quando o calor nos alcançou, a neve começara a derreter aos poucos, pequenas gotas caíam dos telhados, dos galhos das árvores, ou até mesmo formavam poças no chão. Estávamos em um terreno no alto, uma cabana abandonada tão velha quanto Joel, mas que tinha espaço para nós três.

Me sentei em uma mesa e abri o mapa com as nossas rotas, tentei traçar o caminho mais seguro mas estava tendo algumas complicações, foi quando avistei Joel e Ellie segurando suas caças, alguns esquilos.

— Eu falei que era melhor que você. — Ellie dizia segurando seus três esquilos, Joel soltou uma risada debochada.

— Trapaceou.

— O que? Não, acha mesmo que eu faria isso por ser competitiva? — Brincou, ela obviamente faria isso.

— O que estão discutindo aí? — Perguntei, Ellie correu e sentou do meu lado.

— Peguei três esquilos, Joel pegou dois. — Apontou, sorri e o encarei, ele deu de ombros.

— E vocês vão limpar isso certo?

— Ela pegou mais, pode limpar tudo. — Joel colocou o resto dos esquilos na mesa, a expressão de Ellie mudou rapidamente de felicidade para tristeza.

— Eu não sei limpar. — A garota tentou usar a desculpa, Joel riu.

— Você sabe, eu ensinei.

— Tudo bem. — A garota pegou os esquilos e os levou para trás da cabana, Joel a seguiu com os olhos.

— Não sevia ser tão mau com ela. — Sugeri, Joel riu e sentou-se do meu lado.

— Eu sou bonzinho até demais. — Respondeu e então me encarou nos olhos, sem pedir ele baixou a camiseta no meu ombro para ver o ferimento, já estava melhor e quase cicatrizado.

— Deveria me pagar uma bebida antes. — Puxei a camiseta de volta, ele encarou-me nos olhos.

— Deveria fazer muitas coisas. — A sugestão me fez corar sem motivo, desviei o olhar para o mapa sem graça. — Já escolheu? Por cima ou por baixo?

— O-o que?

— A rota, qual rota você acha melhor? — Apontou para o mapa, neguei levemente sem graça.

— C-claro. Isso. A rota. — Joguei os cabelos para trás e voltei a me concentrar, Joel escondeu um sorriso. — As duas rotas são perigosas, temos um túnel, eu não sei quais os riscos... ou podemos passar por uma ponte velha bem aqui.

— Vamos pelo túnel, é mais rápido. — Ele dizia determinado, olhei para a cabana bem atrás de nós. — O que foi?

— Eu não sei, o que estamos fazendo? É a Ellie. Eles à querem por um motivo, mas a que custo? — Encarei minhas mãos, Joel segurou uma delas com firmeza.

— Nada vai acontecer com ela. — Joel dizia determinado, como se soubesse exatamente o que iria acontecer pelos próximos dias.

Apenas concordei com sua resposta, nossos olhos se cruzaram, encarei seus lábios levemente escondidos pela barba, engoli em seco. Me inclinei para beijá-lo abrindo os lábios aos poucos ao mesmo ritmo em que me aproximava.

— Vocês são nojentos! — Ellie anunciou sua chegada, nos afastamos rapidamente.

— Limpou os esquilos pirralha? — Levantei irritada com a interrupção, Ellie riu.

— Igual sua bunda. — Retrucou, a encarei com seriedade. — Brincadeira.

— Me ajuda a fazer o jantar. — Fui em direção a cabana, a garota me seguiu.

Joel recolheu nossas coisas e acendeu uma lareira velha na sala, Ellie e eu começamos a preparar o jantar em silêncio.

— O que foi? — Perguntei à Ellie, a garota me olhou confusa e então deu de ombros. — Você é irritantemente tagarela, então me diz por que está tão quieta agora?

— Estava pensando mais cedo, sobre a cura. Sobre os vaga-lumes.

— O que estava pensando? — Parei o que estava fazendo, Ellie me encarou.

— Estava pensando em tudo que passamos pra chegar aqui, você, Joel. — Apontou, engoli em seco temendo o rumo em que a conversa estava tomando. — Você e o Joel estão felizes agora, e e-eu...

— Ellie, onde quer chegar?

— Se eu for mesmo a cura, se for mesmo a resolução pra todos os problemas no mundo. Eu não quero voltar atrás, quero fazer isso de qualquer forma. — Ela me encarou com seriedade, trocamos olhares tensos.

— Vamos ver. — Toquei o seu ombro e passei por ela, senti um aperto no peito ao cruzar o corredor.

Fui até o banheiro e fechei a porta, me apoiei em meus joelhos sentindo uma tontura e nervosismo. Ellie não deveria concordar com qualquer circunstância, não quando nós nos tornamos seus responsáveis, não depois de tudo que passamos juntos.

— Lorie? Está tudo bem? — Joel bateu na porta, esfreguei as mãos no rosto rapidamente e saí do banheiro.

— Eu estou bem. — Respondi e voltei para a cozinha, preparamos algumas tigelas com comida e nos sentamos em volta da mesa para comer.

Ellie não parava de me encarar, sabia que suas palavras haviam mexido comigo. Comi em completo silêncio, Joel nos encarou tentando entender o que estava acontecendo.

— Encontrei um violão nos fundos da garagem, está meio velho mas me lembrei de quando tocava. — Ele dizia, Ellie desviou o olhar rapidamente. — Posso te ensinar se quiser.

— Sério? Que foda! — Ellie dizia com naturalidade, assim que terminei de comer me levantei chamando a atenção deles.

— Vou pegar o primeiro turno, podem descansar. — Peguei o rifle encostado na parede e fui até a porta, Joel me seguiu com os olhos.

— O que aconteceu? — Perguntou à Ellie, a garota continuou comendo em silêncio, ele bufou incomodado e levantou retirando as tigelas da mesa.

Mais tarde naquela mesma noite, as estrelas iluminaram o céu. Meus olhos brilhavam seguindo cada constelação tentando imaginar seus nomes, Joel sentou do meu lado e retirou o rifle das minhas mãos.

— Ela dormiu, quer conversar? — Me perguntou, continuei olhando para as estrelas.

— Sabe aquela sensação de que tudo está indo bem, mas você sente que logo logo algo muito ruim vai acontecer? — O respondi enquanto encarava o céu, Joel tentou fazer contato visual. — Ela está disposta a fazer tudo por nós, acha que podemos ser felizes juntos.

— O que?

— Ela quer fazer isso por nós, a qualquer custo. — Empurrei as palavras pela minha garganta com dificuldade, Joel encarou o vazio na sua frente.

— São só alguns exames. — Ele dizia, mentindo para si mesmo.

— E se não for? — O encarei, trocamos olhares sérios. — E se não for só exames Joel? E se ela precisar morrer por um bem maior?

— Eu não vou deixar, não vou deixar nada acontecer com ela.

— Tem que me prometer que vai fazer de tudo para salvá-la. — Segurei suas mãos com desespero, Joel retribuiu e concordou. — Obrigada.

— Eu não vou perder vocês, não vou perder mais ninguém. — Ele afirmou, puxei seu rosto e o beijei com desespero, Joel retribuiu.

Ele me levou para dentro naquela noite, dormimos juntos perto da lareira enquanto Ellie dormiu no quarto. Pela manhã voltamos à estrada, tão cedo que nem mesmo o Sol havia nos alcançado ainda. Seguimos em silêncio, Ellie sabia o quão chateada havia me deixado com a conversa na noite anterior, ela só não entendia o porquê.

— Ellie o que acha de uns trocadilhos? — Joel tentou nos animar, a garota abriu a mochila rapidamente.

— Por que a água foi presa? Porque matou a sede. — Dizia, Joel riu e os dois me olharam. — Por que óculos vermelhos é bom para as vistas? Porque é para vermelhor.

— Essa é horrível.

— É eu sei. — A garora riu, chegamos à cidade com o hospital dos vaga-lumes.

Alguns minutos caminhando e paramos perto de um prédio cheio de escombros, olhei em volta tentando imaginar uma possível passagem.

— O que vamos fazer? — Ellie ficou do meu lado, cruzei os braços pensativa.

— Vamos subir. — Decidi, os dois me seguiram até as escadas cheias de escombros, no centro do cômodo havia um buraco no teto que dava para o segundo andar.

— Vem, eu te impulsiono. — Joel passou na minha frente e estendeu as mãos, peguei impulso e subi.

Entreguei a escada com cuidado, Ellie subiu logo depois e disparou na frente, ajudei Joel a subir rapidamente.

— Ellie espera porra! — Gritei, a garota desapareceu nas escadas.

— Caralho vem ver! Anda logo! — Me respondeu, disparei atrás da garota até o terraço, foi quando nos deparamos com uma enorme girafa.

— Ai meu deus. — Paralisei diante daquele animal tão majestoso, em toda a minha vida nunca sequer imaginei que veria um. — Joel.

— Eu sei. — Ele se aproximou, Ellie o encarou confusa.

— O que você ta fazendo? Não assusta ela. — Sussurrou, Joel pegou algumas folhas num galho e entregou para a girafa, Ellie começou a fazer o mesmo.

A girafa saiu, Ellie disparou para tentar alcançar ela. Foi quando nos deparamos com mais girafas, e o hospital logo depois. Olhei para Joel, ele entendeu o recado e apenas assentiu em resposta.

— Vamos fazer isso. — Ellie disse decidida, engoli em seco e a segui.

Deixamos o prédio e seguimos até o hospital, o caminho foi silencioso, estava nervosa e meu corpo começará a tremer. Estávamos cruzando alguns prédios abandonados enquanto Ellie conversava com Joel naturalmente, como se nada realmente fosse acontecer.

— Você não precisa fazer isso. — Joel dizia, Ellie o encarou com confusão. — Podemos voltar, podemos ir pra Jackson.

— Depois de tudo que passamos, depois de vocês dois quase morrerem por mim. Eu devo isso. — Ellie afirmou, desviei o olhar, Joel notou meu incômodo.

— Você não deve isso à ninguém, somos adultos, responsáveis. — Joel corrigiu, a garota deu de ombros, já havia tomado sua decisão.

— Lorie. — Ellie me chamou, pisoteei um galho, não. Não um galho qualquer... um cipó.

O silêncio se instalou no prédio e então sons de gritos começaram a vir dos andares, todos eles.

— Puta merda, corram! — Estaladores, começamos a ouvir a correria nos andares de cima.

Puxei Ellie comigo para as escadas, ouvimos sons vindos de cima e de baixo, entramos no primeiro andar. Joel bloqueou a porta mas já haviam nos localizado, entramos em um apartamento abandonado, ele correu até a janela.

— Dá pra descer! — Gritou, a porta cedeu, me coloquei contra a mesma. — Ellie, vai! Desce!

— Anda logo porra! — Pedi, Joel a ajudou a pegar firmeza na escada única.

— Agora você! Lorie! — Quando deixei a porta, os estaladores arrebentaram facilmente vindo direto para cima.

Caí no chão sendo puxada por um deles, minha arma foi arremessada para longe, tentei alcançar o canivete na minha calça enquanto bloqueava o infectado com meu braço. Joel acertou o primeiro, o segundo, e depois correu para cima de mim.

— Me ajuda porra! — Gritei desesperada, Joel acertou o terceiro e me ajudou a levantar.

— Você está bem? — Perguntou-me enquanto verificava, assenti limpando minha roupa até realmente ver.

— Puta... m-merda. — Uma mordida bem aparente no meu braço, o sangue escorrendo fresco. — Vai. Joel você precisa ir.

— Não. Não sem você.

— Joel vai! Caralho vai! — Gritei, ele segurou meus braços com força e então me abraçou com firmeza.

— Deve ter algo que possam fazer, nós estamos com ela, estamos com a cura. — Apontou me encarando nos olhos, assenti mesmo desacreditando desta possibilidade.

Descemos as escadas e encontramos Ellie, a garota estava com os olhos arregalados aterrorizada.

— Caralho vocês estão bem?! O que aconteceu? — Perguntou, pisquei algumas vezes, o rosto fervendo.

— Vamos. Está tudo bem. — Joel respondeu por mim, e me encarou.

Segurei o canivete no cinto da calça e os segui, o braço já estava começando a formigar, ou era coisa da minha imaginação e o nervosismo estava me fazendo imaginar coisas.

— Espera! Esperem! — Chamei, os dois pararam, o local em que estava começara a me dar uma sensação de deja vu.

Quando os dois pararam já era tarde, uma granada de fumaça foi arremessada bem em baixo de seus pés, assim que explodiu Joel e ele foram ao chão. Quando sequer tive reação fui golpeada na cabeça, apaguei completamente.

Senti o metal da maca esfriar meu corpo, tentei me mover mas minha mão estava algemada a mesma, Ellie estava do meu lado inconsciente, o beep da máquina ecoando na minha cabeça como um martelo.

— Mas que merda... — Resmunguei tentando me mover, a visão ainda turva. Me perguntando como diabos ainda estava viva? Ainda estava sã?

— Você foi mordida. — Marlene disse bem na minha frente, os enfermeiros atravessaram uma cortina cortando minha visão de Ellie. — E é recente, pensei comigo, como ela conseguiu chegar até aqui viva e ainda sim ser mordida.

— De que merda você ta falando? Cadê o Joel? — Tentei me levantar, meu corpo ainda estava dormente.

— Ficaram tão próximos, e trouxeram a Ellie juntos. Sem nenhum arranhão. — Ela dizia mudando de assunto, a encarei esperando uma resposta. — Joel já cumpriu com a parte do acordo, nós o deixamos ir.

— O que? — Me perguntei, Joel não seria capaz de mentir para mim, de nos deixar nas mãos dos vaga-lumes e apenas ir embora, não depois de tudo.

— Ele concordou em deixá-las aqui, desde que o doutor encontre uma forma de salvar você. — Agora sua condição parecia mais válida, ele faria isso se fosse pelo bem das duas.

— Acredito que ele tenha conseguido levando em conta de que não tentei te matar ainda. — A encarei com raiva, Marlene esticou os lábios com cautela.

— O Cordyceps se instalou no cérebro da Ellie cortando o efeito da infecção, o vírus pensa que ela já está infectada, o que a torna imune.

— Como conseguiram me curar? Que merda vocês fizeram? — Quase me levantei de onde estava, Marlene ergueu as mãos pedindo calma.

— O doutor extraiu parte da infecção e fez o mesmo com você, como pode ver, funciona.

— Me usou como rato de laboratório?! — Gritei, ela cruzou os braços ajeitando a postura.

— Exatamente. Agora só precisamos extrair o resto da infecção para criar uma cura e distribuir para o mundo.

— Mas precisaria de todo o cérebro dela. — Alertei, Marlene sequer hesitou, sabia do que se tratava. — Vai matá-la!

Tentei sair da maca, Marlene se afastou e alguns de seus guardas entraram e me colocaram de volta na maca.

— Ela fez a escolha dela, e nem você ou o Joel podem fazer algo contra. — Marlene dizia com segurança, puxei a algema no meu braço.

—Ellie é uma criança, não pode tomar decisões sozinha. Ela precisa de pais! De responsáveis!

— Quem? Vocês dois? Eu conheci a mãe dela, ela me pediu pra cuidar da Ellie e eu fiz isso. — Dizia com naturalidade, cerrei os punhos, só queria poder pular em sua garganta.

— É uma assassina! É tão ruim quanto eles! Filha da puta!

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