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Capítulo 13

   Dois dias, foi o tempo que levou para chegar em Jackson, Tommy não entendeu o motivo da volta até ver o ferimento de Joel. Felizmente ele foi tratado e melhorou seu estado, Jessica, a garota que encontrei na floresta se sentia em casa pela primeira vez em muito tempo. Ela sabia que íamos deixá-la lá, mas era mais seguro e não precisava viver ao extremo como fez durante todo esse tempo que estava sozinha.

Entrei na enfermaria para buscar alguns antibióticos para Joel, ele tomava como se fosse bala, já que era velho e sentia dor o tempo todo. Encontrei Maria com alguns papéis em mãos, papéis de ultrassonografia, provavelmente do bebê que Tommy disse que estavam esperando. 

— Joel sabe que ficou de vigia só para conseguir esses medicamentos? — Maria me perguntou, sorri.

— Ele acha que tem um bom irmão, e que eu vou muito ao cinema. — Acrescentei, ela riu.

— Esperta.

— São ultrassons? — Apontei, ela sorriu e mostrou-me as fotografias impressas. — Está do tamanho de um feijão.

— Você parece entender disso. — Ela me encarou sugestiva, entreguei as fotos.

— É só uma comparação. — Desviei o olhar sem jeito, Maria concordou notando meu desconforto.

— Olha, nunca é tarde pra pensar num futuro. — Ela sugeriu, franzi o cenho em completa oposição. — Formar uma família, ter filhos. Tommy e eu decidimos que era a hora certa.

— Vocês são corajosos, mas é difícil pra mim imaginar um filho meu vivendo nesse mundo. Com esses monstros lá fora.

— Eu entendi. — Ela passou por mim e parou na porta antes de sair. — Escuta Malorie, só não deixe de fazer coisas que faça se sentir feliz por medo de perder.

Encarei os remédios na minha mão e saí da enfermaria, avistei crianças brincando com a neve, alguns guardas passaram por mim e foram em direção ao portão. Voltei para a casa que nos deram para morar em Jackson, a lareira estava acesa, senti cheiro de comida vindo da cozinha, Ellie havia ido ao cinema com Jessy então isso só significava que Joel havia deixado o sofá no qual deveria ficar repousando.

— O que está fazendo de pé? — Cruzei o cômodo e deixei as pílulas em cima da bancada, Joel havia feito bacon e ovos. Ele me trouxe uma fatia, enquanto apreciava meu sorriso genuíno. — Não acredito!

— Tommy conseguiu bacon, ele me trouxe uma prova.

— Nossa faz décadas que não sinto esse gosto. — Comi quase salivando de desejo, Joel sentou e começou a comer. — Espera, ele esteve aqui?

— Ele também me disse o que você fez. — Ele me encarou, cruzei os braços e me encostei na batente do corredor. — Devia ter me contado.

— Você ia ficar de vigia por mim? Nem conseguia levantar de dor, tem sorte por eu cuidar de você. — Apontei, peguei mais uma fatia de bacon e deixei o cômodo, o mais velho esticou os lábios formando um singelo sorriso.

Peguei minha arma e saí de casa, caminhei em direção aos portões para verificar meu próximo turno, avistei uma movimentação fora do comum lá.

— Não precisa ir, Maria te liberou hoje. — Tommy me encontrou voltando do mesmo lugar, me inclinei para tentar ver melhor.

— O que está acontecendo?

— Pegamos alguns homens tentando invadir, matamos dois deles e prendemos seu chefe. Ele pode nos dizer se existem mais e onde podem estar. — Tommy dizia quando o vi, congelei ao ver meu pai sendo algemado e levado para dentro.

— Não existem outros.

— Como é? Conhece ele? — Tommy o encarou confuso.

— Eu matei os outros homens dele, eles fizeram aquilo com Joel e aquele cara, ele me espancou até desmaiar. — Segurei minha arma com firmeza, Tommy franziu o cenho.

— Filho da puta. — Praguejou, ele olhou para mim e notou a raiva e o medo nos meus olhos. — Ele não vai saber que estão aqui, não precisa se preocupar. 

Não respondi, apenas assenti e voltei para casa, subi direto até o quarto e cruzei os braços tentando me aquecer. Estava começamos a esfriar e a lareira da sala não aquecia toda a casa, ao menos Joel ficava confortável no sofá.

— Você está bem? — O mais velho me surpreendeu da porta, assenti e apenas voltei a olhar para fora. — Tem casacos nos guarda-roupa.

— O que? Eu sei, só... estava pensando.

— Pensando? — Ele se aproximou, descruzei os braços sentindo agonia.

— Os homens que nos perseguiram, eles chegaram em Jackson faz pouco tempo. Os guardas mataram alguns deles mas deixaram seu chefe vivi para interrogar. — Cada palavra o surpreendia cada vez mais, Joel não pensou duas vezes em ir vê-lo. — Espera, tem uma coisa. Esse homem, ele é o meu pai.

— O que?

— Ele me amarrou em uma cadeira, e me espancou até desmaiar. — Finalmente contei a verdade, Joel encarou o chão tentando absorver cada palavra. — Escuta, o meu pai é um merda, não esperava menos dele.

— Devia ter me contado.

— E o que ia fazer? Atirar nele? Matar ele? Eu penso nisso desde que tinha doze anos. — Desviei o olhar, Joel entendeu no mesmo segundo. — É isso aí, eu tive uma vida miserável onde apanhava pelo menor motivo desde que era uma criança.

— Homens como ele merecem algo pior que a morte.

— Eu sei. Mas você não precisa fazer nada por mim, eu posso me proteger. — Fui até ele, Joel assentiu.

— Eu devo isso à você.

— Você não me deve nada Joel, teve a chance de me deixar e decidiu ficar por nós, pela Ellie. — O encarei nos olhos.

Assim que tive a chance o beijei, Joel segurou meu braço e me afastou rapidamente surpreso com a demonstração de afeto, engoli em seco com receio de ser a hora e o momento errado. De repente sua mão segurou minhas costas e o homem mais velho me beijou outra vez, um beijo intenso de desejo no qual ambos ansiavam. Senti sua língua envolver a minha em um beijo molhado, Joel parecia saber o que estava fazendo. O guiei até a cama e ajudei a retirar seu casaco, ele gemeu com seu ferimento ainda dolorido.

— É melhor parar. — Me afastei com receio de feri-lo outra vez, ele me puxou para perto, sentei-me em seu colo e continuei a beijá-lo.

Tirei a camiseta dando visão de alguns hematomas e muitas cicatrizes nas quais recebi durante anos de sobrevivência, algumas antes mesmo da pandemia explodir no mundo. Joel beijou o meu pescoço e depois a cicatriz em meu ombro, enquanto segurava minhas costas com suas mãos fortes dando-me um conforto que nunca recebi antes.

Tiramos o resto das roupas sem precisar levantar, meu medo era abrir seus pontos outra vez, mas Joel não parecia preocupado com isso. Sentei algumas vezes em seu colo devagar, ele puxava a minha cintura contra a sua enquanto gemia algumas vezes. O deitei levando suas mãos aos meus quadris, Joel passou o polegar levemente sobre a cicatriz, não era algo bonito de se ver.

Deitei-me por cima continuando nossos beijos, os movimentos com a mesma frequência até ele finalmente terminar. Naquela noite não senti frio, o calor de seu corpo me aqueceu por um bom tempo. No fim, Joel me envolveu em seus braços como quem não queria me deixar escapar, e então fez carinho em meus cabelos. Ficamos encarando o teto por um bom tempo até minhas cicatrizes lhe despertarem curiosidade.

— Essa foi em um assalto, essa outra em uma batida de carro e essa de uma mesa. — Sorri como se fosse a cicatriz mais idiota possível, Joel esticou os lábios, apesar da preocupação.

— E essa? — Apontou para o meu quadril.

— Bem essa, foi há muito tempo, eu não me lembro. — Respondi, ele assentiu. — Foi em um acidente, os médicos disseram que não posso mais ter filhos. Mas eu entendi que nunca mais poderia ser mãe há muito tempo.

— O que quer dizer?

— Eu já estive grávida, tinha dezenove quando tudo isso aconteceu. Mas eu perdi o bebê bem no meio da porra do fim do mundo, quando meu pai descobriu apanhei tanto que quase morri. — Dizia como se fosse ontem, a lembrança dele ainda era recente.

Joel me encarou nos olhos com pena e então deixou um beijo na minha testa, nunca me senti tão acolhida quanto agora. Deitada sobre o conforto de seu peito adormeci, me enrolei nas cobertas e deixei o cansaço vencer. Quando acordei a neve caía em pequenos flocos lá fora, Joel não estava mais do meu lado, me vesti e desci as escadas rapidamente.

— Meninas? — Encontrei Ellie e Jessy no sofá conversando, as garotas pareciam rir de algo escrito no diário. — Viram o Joel?

— Ele saiu muito sério faz uma meia-hora. — Jessy apontou, olhei para a porta e então busquei meu rifle.

— Merda Joel. — Vesti meu casaco e saí direto pela porta, corri até o centro da cidade, não o vi em lugar nenhum mas os guardas se movimentavam rapidamente. — Ei! O que está acontecendo?

— Um maluco invadiu o interrogatório e está espancando nosso refém. — Ele dizia caminhando rapidamente, o segui até uma cabana meio isolada da cidade.

Entrei correndo na casa, passei por todos o guardas no caminho onde encontrei Joel socando o rosto do meu pai no chão. Tommy estava parado em um canto em choque, a expressão de medo no seu rosto. Fui até o mais velho e tentei puxá-lo, ele insistiu em socar uma, duas, três, quatro vezes no mesmo ritmo e sem parar. Ao tentar impedi-lo pela segunda vez, Joel me acertou uma cotovelada por acidente, Peguei a arma de um guarda e apontei para ele.

— Me desculpa.

— Conta até dez. — Apontei a arma para a sua cara, ele levantou as mãos e virou-se pra mim. — Conta até dez porra!

— Malorie ele entendeu. —Tommy tentou me acalmar, meu pai cuspiu o sangue no chão e olhou para mim com o rosto ensanguentado.

— Vejam só, o bom filho a casa torna. — Ele disse para todos a sua volta, Tommy encarou o chão, Joel se virou novamente mas o impedi de atacá-lo.

Lhe entreguei a arma e fui até o homem ferido, acertei um chute no seu estômago exatamente como ele fez vinte anos atrás. O homem tossiu e cuspiu sangue, o acertei de novo, e outra vez.

— Malorie temos que interrogar ele ainda. — Tommy alertou, apontei a arma para a cabeça do meu pai e engatilhe a bala.

— Tem mais de vocês? Sabem que está aqui? — Puxei a gola da sua camiseta, ele engoliu em seco, o joguei de volta no chão. — Ele não vai falar, é perda de tempo.

Fui até a saída irritada, meu peito estava tão ofegante que parecia que meu coração ia saltar pela boca. Joel me seguiu, virei-me e apontei para ele incrédula.

— Não tinha esse direito.

— Me desculpe. — Ele pediu desviando o olhar, senti meu rosto queimar, tentei controlar o choro mas era mais forte que eu.

— Eu falei para não fazer nada! Falei pra parar. — Cerrei os punhos e voltei para casa, Ellie notou minha irritação e Joel entrando logo depois.

— O que foi? O que aconteceu? — A garota pulou do sofá, parei nas escadas.

— Joel já está muito bem, vamos sair amanhã cedo. — Avisei e subi as escadas, ele me seguiu.

— Lorie. Lorie! Jessy pode ir junto? — Ela me perguntou enquanto me observava encher a mochila com roupas.

— Não.

— Qual é, vocês dois são um saco! Deixa ela vir com a gente... — Perguntou-me, fechei a mochila com agressividade.

— Se ela vir não vamos protegê-la, nós estamos levando você. Se por acaso ela for mordida, vai morrer, não existe meio de salvá-la.  — Expliquei com seriedade, Ellie recuou preocupada. — Está pronta pra vê-la morrer? Pra atirar nela?

— Vai se foder Lorie! — Ellie gritou, sentei-me na cama e joguei os cabelos para trás.

— Sabe que estou certa... quando conseguirmos a cura, voltamos pra cá e pode ficar o quanto quiser. Mas sabe que precisamos fazer isso primeiro. — Tentei explicar, ela permaneceu quieta, sabia que estava certa.

— Ta legal eu entendi. — Finalmente me disse, senti alívio. — O que rolou com o Joel? Por que vamos sair tão cedo?

— Ele está bem, você viu.

— Mas você não está. — Ela apontou, a encarei.

— Só não esqueça de uma coisa, adultos fazem merda o tempo todo. — Me levantei e fui até Ellie, toquei seu ombro. — Agora vai arrumar suas coisas, e se despedir de Jessy.

Ellie deixou o quarto chateada, as duas acabaram ficando próximas tão rápido que até para mim era triste vê-la se despedir de uma amiga. Quando Ellie cruzou o corredor Joel entrou no quarto e encostou a porta, ele estava com o olhar de quem queria conversar.

— Se for pra pedir desculpas outra vez, não precisa, eu já entendi.

— Por que está agindo assim? — Ele me confrontou, neguei cada palavra.

— Porque ele não precisava saber que estávamos aqui, eu não precisava vê-lo e muito menos você. Seu irmão tinha o controle da situação, e você tomou dele só por ser mais velho. — Apontei, Joel cruzou os braços encostando-se na batente porta. — Eu também não quero que saia fazendo justiça por mim, eu faço minhas escolhas Joel.

— Já entendi, me desculpe.

— Saímos amanhã cedo. — Apenas mudei de assunto, Joel notou e entrou no jogo.

— Vou dormir no sofá, descansa. — Ele disse e saiu irritado, encarei o teto por alguns segundos apenas para recuperar o fôlego, sua indiferença me irritava as vezes.

Terminei de arrumar as coisas, avistei Jessy deixando a casa, sinal de que a Ellie já tinha avisado sobre nós. Coloquei minha mochila e a arma perto da porta, troquei de roupa e me deitei para dormir. A noite foi tranquila, com exceção do sono, não conseguia fechar os olhos sabendo que Joel estava no andar de baixo dormindo no sofá mesmo depois do que fizemos juntos, o que para mim era constrangedor.

— Merda.

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