Capítulo 13:
Aviso:
Contém cenas +18
Preparem os corações para fortes emoções
Escócia, 02 de dezembro.
Andrew acordou com a sensação de aquele dia seria estranho. O primeiro indício desse fato, é ter acordado sozinho. O segundo indício, é que quando bateram em sua porta, não era Merliah. Por alguma razão estranha quem estava ali era Noah, lhe dizendo que ainda ia acordar a garota, mas fez o favor de ir chamá-lo primeiro.
-Você dormiu com ela?-Andrew pergunta.
-Duas pessoas numa cama podem até fazer mais do que isso, Lovegood, mas sim, apenas dormimos-ele responde.
-Entendi. Você está dormindo aqui tem 8 dias e vocês apenas dormem-o corvino comenta-Vou fechar a porta antes que me mate.
Andrew fecha a porta e vai para o banheiro, se preparar para o início do dia. Terão aula de Defesa Contra As Artes das Trevas, Herbologia e Trato das Criaturas Mágicas, tudo seguido no turno da manhã. Com certeza precisava estar desperto para isso, ao invés de tomar conta da vida dos outros. Não que realmente fosse deixar de fazer isso, pelo contrário, existia até uma aposta acerca disso.
E falando nessa aposta, Lydia queria vencê-la com toda a certeza. Além de uma das características de sua personalidade e de sua casa, ser a ambição, que no seu caso se estendia até vencer uma aposta como aquela, se recusaria a perder por outro motivo. Não queria acreditar que alguém pudesse acertar algo sobre Merliah, de modo mais preciso que ela, Effie e Blair, que possuem o mesmo palpite. As três acham que tudo vai mudar após o ano novo, mas é capaz de terem um relacionamento apenas no final do sexto ano ou início do sétimo.
Nathan, que estava deitado ao lado da sonserina, gostava do ponto de vista dela e das amigas. Embora esse não fosse o assunto que tomava conta de sua cabeça. Ele conhecia o irmão melhor do que ninguém e sabia que tudo aconteceria no tempo certo, ou melhor dizendo, quando o garoto percebesse que estava apaixonado pela Sardothien. Mas Albuquerque tinha outras coisas em mente, o que o surpreendia em parte.
Ele passou o fim de semana no dormitório dos monitores chefes e consequentemente dormiu no quarto de Andrew. Desde que os dois se tornaram amigos, ele se habituou com as trocas de olhares sobre os corpos um do outro, mas nenhum dos dois deu qualquer indício de fazer mais nada. Mas Nate começava a ter dimensão de que queria ter pelo menos alguma coisa, já que está com Lydia, mas a sensação não é mais a mesma. Ao conversar com Blair, sem dar muitos detalhes, a garota lhe disse que ele poderia ter se equivocado quanto a própria sexualidade.
-O que quer dizer?-ele perguntou.
-Você fica na maioria das vezes com garotas, e de vez em quando com garotos, o que é muito raro-Blair apontou-Provavelmente interpretou como se fosse apenas um daqueles heterossexuais que possuem uma certa flexibilidade, mas já fez uma análise que talvez você seja pansexual?
-Nunca pensei nisso. O que te faz ter esse ponto de vista?
-Bem, veja a Merliah. Ela nunca fica com garotas de Hogwarts, sempre que ficou com alguma, é de Londres, trouxas de nascença como eu, só que permaneceram trouxas. No entanto, independente disso, você percebe que ela é mais tendenciosa para os garotos. E continua se identificando como pansexual. Enfim, pense no assunto. Pelo que me contou, está tendo uma atração por alguém que você já conhece tem tempo, então encaixa.
Ele sai de suas lembranças, quando Lydia se levanta e vai tomar banho. Não é como se os alunos da corvinal estivessem desacostumados a vê-la, mas a garota espera que o banheiro esteja livre, e então vai usá-lo. Uma coisa é Nathan ir no mesmo momento que ela, eles já estão nessa de fazerem sexo há tanto tempo, que não existe mais nenhum constrangimento.
No dormitório da lufa lufa, está acontecendo algo parecia. Hadassa esperou que os garotos que dividem o quarto com Gabriel saíssem e se esgueirou para dentro do local. Agora os dois divididiam um chuveiro, com a garota apoiada contra a parede para não cair, enquanto o namorado enfiava o pau nela sem dó nem piedade. Eles gostam de transar para iniciar o dia, mas nem sempre conseguem, então dias como esse são uma dádiva.
-Vamos, Dass-ele diz em seu ouvido-É só gozar.
Para acelerar o processo, ele começou a massagear o clitóris da garota, ate que por fim, o orgasmo dela veio. Só então ele pode ter o seu, fora do corpo dela, é claro. Os dois então finalmente tomaram seus banhos de modo rápido, antes de saírem e se arrumarem para tomarem o café da manhã. Leo e Jason não esperaram os dois, pois sabiam que não valeria a pena perder aquele precioso tempo de café da manhã, com os amigos transando no chuveiro. Sendo assim, quando o casal chega no salão principal, os dois amigos já estavam comendo.
-Bom dia-Hadassa diz.
-Para você deve estar sendo um excelente dia-Leo responde, brincando com ela.
-Vocês começam o dia melhor que qualquer pessoa, hein-Jason diz.
-Nem reclame, Fawley-Leo diz-Você só está na masturbação porquê quer estar com a Delphine, se não, já tinha terminado.
-Isso é verdade-Gabriel diz-Mas deixe ele, Leo, em breve tudo vai mudar. E para você também. Os dias de sexo retornarão, meu amigo, acredite. Só será com outra pessoa, né.
-Não tenho pressa-Leo comenta-Tenho certeza de que minha próxima ficada irá gerar um relacionamento duradouro e de quebra muito sexo.
-Eu sei que acabo de transar essa manhã, mas precisamos falar disso no café da manhã?-Hadassa pergunta.
-Ela é muito estraga prazeres-Jason comenta rindo da cara que ela faz.
Na mesa da corvinal, todos estão agitados também, mas não relacionado a sexo. Aparentemente, a professora Sprout disse que dará uma muda de planta para cada casa cuidar. E Blair e Delphine acham que alguém irá trocar uma muda de qualquer espécie, por uma das plantas brasileiras. Nathan diz que a professora não sabe de fato como ocorrem os efeitos da maconha, então é capaz de dar uma muda dela, na inocência.
-Como ela explica uma planta e não sabe?-Delphine pergunta.
-Não é o sentido literal do não saber-Bella diz-Mas como Nate disse, algumas reações que ela gera no corpo, são diferenciadas e nem tudo sobre nosso corpo é estudado aqui em Hogwarts.
-Verdade-Blair diz-Essa é a única coisa que sempre me pareceu desconexa aqui. É como se nós, bruxos, possuissemos certa ignorância em relação a coisas aprendidas pelos trouxas, já que deixamos ou nem chegamos a aprendê-las aqui em Hogwarts.
-As vezes pensaram que não era necessário-Andrew diz ao se sentar-Como aprender coisas que os trouxas aprendem iria evoluir nós jovens bruxos, se somos superiores a eles? Um dos arrependimentos, é tendo em vista que vão colocar aula sobre educação sexual e ainda vão inovar, para que nós, adolescentes, não deixemos de comparecer.
-Verdade-Bella concorda-Vocês irão na aula? Porque quero ir, mas não sozinha-todos concordam-Gente, em que pé vocês estão na aposta? E qual o prêmio mesmo?
-Acho que nao foi definido um-Blair diz-Mas podemos ver.
-Eu apostei no ano novo-Delphine diz-Mas suspeito que é mais fácil, Lydia, Blair e Effie estarem certas ou a Hadassa.
-Ou eu-Nathan diz.
-Convencido.
-Eu aposto junto com o Nate-Andrew diz-Sim, to mudando o posicionamento, por conta dos últimos dias.
Eles continuam falando da aposta, discretamente. Tanto na mesa da grifinoria quanto na da sonserina, bem, os amigos sabem da existência da aposta e ate se posicionaram. Mas os alvos dela, não podem nem sonhar que ela existe. Sendo assim, Liam e Noah conversam sobre a aula de Herbologia, como outrora os corvinos falavam.
-Não consigo gostar de plantas-Albuquerque diz-Não consigo nem vê-las como uma coisa viva.
-Eu também não gosto-Liam diz-Só sei mais do assunto, por minha mãe ser viciada nelas e ter posto esse vício na Hope. Com isso, é a matéria preferida da minha irmã.
-Em falar na sua irmã, quando ela fala de Beauxbatons, é muito diferente daqui?-Noah pergunta.
-Sim e não-Liam responde-A maior diferença consiste, é claro, no fato de que lá é uma escola francesa, então ela tem aulas de francês também, e que só possuem garotas.
-Eu me pergunto que foi a pessoa genial que criou internatos para meninas, achando que nada aconteceria-Noah diz com ironia-É óbvio que elas vão testar as curiosidades do corpo entre si.
-De fato-Liam concorda-Minha irmã adora isso. Ela não se assumiu homossexual ainda, mas não acho que demora muito.
-Ela podia ser namorada da Zoe-Noah diz-Imagina a ironia.
-Ela conseguiria?-Liam pergunta retoricamente-As vezes ela parece uma cópia da Effie, dando em cima de quem piscar pra ela.
-Effie é inteligente com isso, cara-Noah comenta-Imagina se ela tivesse que esperar os garotos que não tem coragem de dar em cima ou as garotas que sempre ficaram presas na tentativa de serem heterossexuais ao invés de qualquer outra sexualidade?
-Ela não teria aproveitado metade-Liam concorda-Agora, posso saber se pretende voltar ao dormitório ou vou ter que acreditar nos que dizem que meu melhor amigo roubou minha namorada? Lembrando que ela é ex e já pegou o Leo, mas os alunos de Hogwarts gostam de ver o circo pegar fogo.
-Eu volto hoje-Noah diz-Só não queria que a garota passasse pela sensação de estar sozinha e por isso fiquei. Todo dia eu planejava voltar, mas hoje é certo. Ta querendo cair na rotina e se cair, eu não volto.
-Entendi-Liam diz.
Na mesa da sonserina, Merliah comentava o mesmo assunto com Lydia e Effie. Nenhuma das duas acreditava de fato que o garoto iria embora naquela noite e queriam entender como ainda não tinha acontecido nada. Sardothien, é claro, diz logo que as garotas viram coisa onde não tem e por isso, estão indignadas com a situação.
-Mas e as senhoritas, hein?-ela pergunta-Já sabemos que não vai oficializar com o Nathan, Lydia, então você podia correr atrás de um relacionamento. E você, Effie, ta tanto tempo sem pegar ou provocar alguém, que temo ter perdido a prática.
-Nem ouse afirmar uma coisa dessas-Effie diz-Vou brincar com alguém hoje, só ainda não sei quem vai ser.
-Desejo boa sorte adiantado para essa pessoa-Lydia diz-Quanto ao meu caso, realmente seu cunhado não é um bom partido pra mim, Liah, mas ainda não sei por quem me interessar.
-Ele não é meu cunhado-Merliah diz irritada-Vocês já estão enchendo meu saco com isso.
-Você dorme abraçada com o cara, Liah-Effie diz-Podemos perturbar um pouco.
-Você tem provas de que dormimos abraçados? Não, então, chega disso nessa encarnação. Vão arranjar alguém e me deixar em paz.
As garotas riem da irritação de Merliah, já que sabem que mesmo que fossem comprometidas, aliás, principalmente se fossem, perturbariam do mesmo jeito ou seriam até piores do que já são. Elas se levantam, indo para a sala de Snape, já que sua primeira aula é Defesa Contra As Artes das Trevas com a corvinal. Por estarem no sexto ano, eles aprendem mais detalhadamente sobre as três maldições imperdoaveis e a escolhida como tema para aqueles dia, foi a maldição cruciatus.
-A maldição cruciatus, sem dúvidas, é uma das mais agressivas dentre as três imperdoaveis. Com ela, um bruxo tortura física e psicologicamente uma pessoa, fazendo com que passe por extrema dor e reviva seus piores pesadelos. Nem todos os bruxos tem coragem de aplicá-la, mesmo sendo maus, já que isso também mexe com o psicólogo deles. Outros, como bem sabem do caso em que casal Longbottom foi acometido, não só conseguem fazer tal tortura, como deixam suas vítimas na insanidade-Snape explica-Seu uso não é recomendado em nenhum caso, nem mesmo um duelo e nem uma guerra. Além disso, para conseguir realizar o uso desse feitiço é preciso muito além da raiva e do ódio, para que ele possa funcionar.
Os alunos raramente gostavam as aulas das maldições imperdoaveis. Mesmo os da sonserina que fingiam gostar das aulas, tinham medo até de mencionar a maldição da tortura e as outras. É como foi explicado pelo professor, poucos são aqueles bruxos que possuem o que é preciso para usar esses feitiços em específico. É mais fácil combatê-los, do que de fato aplicá-los.
A aula segue em profundo silêncio, e quando termina, os alunos não perdem tempo de juntar suas coisas e irem para a aula de Herbologia. O dia estava nublado, como se algo fosse acontecer dentro das paredes daquele castelo e o sol estivesse acuado de aparecer, prevendo que não seria uma coisa boa de se ver. A professora Sprout continuou a matéria da semana anterior, sobre como reconhecer plantas que sejam venenosas. Era possível afirmar que a aula era um complemento estranho para a anterior, mas era muito mais leve de se lidar.
Ao irem para o Trato das Criaturas Mágicas, Hadassa não conseguia achar Gabriel em parte alguma e durante a explicação de Hagrid sobre os Tragos, não conseguia ignorar a sensação de que algo estava esquisito e que o dia não viria a melhorar. O professor os liberou mais cedo, pois estavam formando nuvens de chuva e não teriam uma aula proveitosa ao ar livre, como geralmente tem. Os alunos estavam indo para o Salão Principal almoçar, quando Delphine aparece e chama Merliah.
-Preciso de sua ajuda-ela diz-Pode almoçar depois?
-É claro-a garota responde-Você estava na aula? Não te vi.
-Justamente. Vi que Gabriel estava com problemas e fui ajudá-lo. Com isso, não conseguimos ir a aula e preciso que me ajude a levá-lo até a enfermeira.
-Ah, sim, está bem.
As duas se separaram do grupo, com Merliah entregando suas coisas para Noah e pedindo que ele deixasse com Effie e Lydia. O garoto concordou, mas tinha a impressão, como todos naquele dia, que algo daria errado. Diferente da maioria, no entanto, a sensação dele se dava com a ajuda que Delphine precisava, que foi um tanto demorada, tendo em vista que ela estava querendo ajudar alguém com problemas. Elas andam alguns corredores, até que Merliah decide perguntar:
-Onde iremos exatamente?
-Você ja vai descobrir-Delphine responde.
Ninguém mais estava com elas e aquela era a parte mais deserta de Hogwarts. Sardothien sentia que algo de ruim aconteceria, mas só teria certeza ao chegar lá. Elas pegaram as escadas e pelo macete usado, sabia que daria em uma das torres do castelo. A garota se perguntava, no entanto, como Gabriel e Delphine tinham ido parar ali, tendo em vista que estavam todos na aula de Herbologia que é no térreo. Se o problema dele é grave o suficiente para precisar ir a enfermeira, como Delacroix não o levou antes? Por via das dúvidas, a sonserina checa se ainda está com a varinha escondida nas vestes, já que essa história ta começando a ficar estranha.
-Esqueci de lhe dizer-Delphine diz enquanto uma das escadas muda-Que fiquei admirada de admitir tão rápido sua identidade. Me perguntava até quando você manteria isso em segredo, Merliah, já que não é nada demais. Claro, demorei a reconhecê-la, mesmo que soubesse seu nome, mas por conta do seu cabelo. Ele não está branco. Perda precoce de melanina?
-Meu cabelo é branco de nascença, uso um feitiço para escurecer ele-como estava com ele solto, o prende na metade e a parte debaixo do cabelo se mostra em longas madeixas brancas, que já perderam a cor castanha-Mas como sabe disso tudo? Aliás, o que quer dizer com me reconhecer? Tenho certeza de que nunca te vi na minha vida, Delphine.
-Espere um instante e venha.
Elas estavam na torre de Astronomia, então Delphine tira um molho de chaves do bolso da veste e abre a porta. Ela faz com que Merliah entre primeiro, o que a sonserina ja esperava tendo em vista toda a situação estranha. Também não se impressionou em ter que subir para o andar de cima da torre e encontrar Gabriel lá. A cara dele não estava das melhores, e Sardothien desconfiava não ser apenas pelas amarras invisíveis.
-Você usou a cruciatus-ela diz se aproximando do garoto-Biel, você está bem? Consegue distinguir a minha voz?
-Ele está bem-Delphine diz, mas espera que o garoto concorde antes de prosseguir-Quanto as suas perguntas, bem, é simples e complicado ao mesmo tempo.
-Por um acaso tem relação com a carta de Rodolfo Lestrange?-Merliah pergunta.
-Por incrível que possa parecer, não-Delphine responde-Pelo contrário, eu só soube da existência dessa carta, quando você a mencionou. Mas durante essa semana cheguei a inspecionar ela, numa visita ao seu quarto.
-Então é você quem tem ido lá. Pode ser minuciosa, mas sou possessiva e sei quando mexem nas minhas coisas-Merliah diz.
-Não duvido disso, irmã-Delphine diz e ao ver a cara de espanto da garota, continua-Ou melhor dizendo, meia irmã. Nada contra, mas nossa mãe não dormiria novamente com seu pai, quando poderia gerar um fruto com o meu.
-Sem códigos, Delphine-Merliah diz-Explique tudo e me conte porque estou aqui, além do Gabriel, é claro.
-O caso dele foi estar no lugar errado e na hora errada-Delphine diz-Eu planejava que fosse o Albuquerque no lugar dele, afinal de contas, quando a conheci, vocês já eram casados há alguns anos e tinham filhos. Sei que ele já mexe com você, mesmo que você ainda não perceba.
-Casamento? Filhos? Eu? Tudo numa frase só? Ta ficando cada vez pior.
-Enfim, vou te explicar. No ano em que estamos, eu ainda não nasci. Vou nascer no ano que vem, o que implica na nossa mãe já estar grávida do lorde das trevas. Eu voltei no tempo, para mudar algumas coisas. Não na sua vida e na vida de quem estuda aqui, especificamente, mas na vida de todos. Só que agora, mudei um pouco a maneira como as coisas irão acontecer-Delphine diz-O Ministério da Magia e os professores dessa escola já sabem que estou aqui, mas não os meus pais.
-Antes que você continue, o que garante que eles não irão destrata-lá?-Merliah pergunta.
-Não pensei nisso. Posso ser excelente com as artes das trevas, mas nunca imaginei uma recusa dessas. Já me bastava a sua, é claro, que nunca quis me conhecer. Após uns anos na sua vida, foi destroçada a possibilidade de se encontrar com seus pais e a morte deles mostrou isso. Mas vamos ao foco. Você, Merliah, irá escrever uma carta para seu pai, dizendo que quer encontrá-lo. Obviamente que você irá, já que não sou idiota de simplesmente aparecer no seu lugar e achar que vai dar certo. Depois de umas três vezes, você irá pedir para ver sua mãe. Claro que ela vai ser menos condescendente que seu pai e demorará um tempo a permitir que se encontre com os comensais. Sim, você irá dizer que quer ser uma.
-Não conseguiria dizer uma mentira tão boa-Merliah diz.
-Claro que consegue, você é uma puro sangue Lestrange. É de uma família ardilosa, ambiciosa e pragmática. Depois de juntar-se com seus pais, você vai me levar até lá, onde eu possa dizer a eles o que exatamente acontece para que percam a guerra. Meus pais irão se satisfazer por não terem de morrer e os comensais me agradecerão por não serem presos novamente. Até seu professor favorito, Severo Snape permanecerá vivo. Quem sabe, até o inútil do Dumbleodore.
-Entendo. Mas tenho dois pedidos simples antes de realizar o que quer. O primeiro é que liberte o Gabriel-ela diz-Se acha que não sei que pretendia apagar a memória dele ou até mesmo matá-la, está muito engana. Segundo, vai duelar comigo ou me deixar aniquilar a parte dele que vive em você-Merliah fala-Você continuará viva de todo modo.
-Bom ponto, mas será um duelo de todo jeito-Delphine diz-Assistido pelo Gabriel. Pronto, o libero de suas amarras-ela sacode a varinha-Se sair daqui antes deu vencer, juro que vou caça-lo antes que consiga se quer conhecer o amor da sua vida. E então, matarei sua mente com o crucio e o mandarei de volta para casa, a tempo de ver o enterro de seus pais. Diga-se de passagem ainda estão vivos, mas seja esperto e continuarão.
Gabriel apenas concorda, com medo de abrir a boca e se arrepender de falar. As duas garotas se posicionam de lados opostos. O clube de duelos de Hogwarts só permite feitiços de desarmar, mas Merliah imagina que Delphine tentará lançar um crucio ou um imperius, afim de vencer no fim das contas. A sonserina só terá chance com a maldição da morte e mesmo ela é extremamente arriscada, já que não sabe se a teoria sobre a garota na sua frente ter uma parte da alma do pai é verdadeira ou não. Além disso, nao sabe se tem o necessário para usá-la. Mas confia nos seus instintos, no que pulsa dentro dela, vindo de sua família biológica.
Delphine lança o feitiço em silêncio e Merliah também, surpreendendo a si mesma por não só ter conseguido lança-lo, como ter sido feito sem falar. Gabriel coloca as mãos sobre os olhos, afim de não ver quem acertou primeiro. Então ele se sente ser sacudido e vê a sonserina ali, mandando que ele sai e corra o mais rápido que puder. Não pare até encontrar um rosto conhecido e só então desabe. Ela o aconselha a colocar todo o desespero pra fora e depois ir atrás do diretor de Hogwarts.
O lufano não contesta e se levanta, com as pernas bambas pelo feitiço. Delphine estava largada no chão, mas respirando, o que comprava a teoria de Sardothien. Ela o ajuda a descer e abre a porta, o empurrando para fora. Depois retorna para o andar de cima, tentando entender como tudo aconteceu e como pode ser fácil demais. Ela se senta e espera que a garota se levante, sentando-se de frente para ela.
-Qual a sensação?-Merliah pergunta.
-Alívio-Delphine diz-Creio que meus pensamentos não mudem, mas a forma do plano e toda sua meia execução? Mesmo que eu seja boa, não conseguiria pensar naquilo tudo.
-Como sei que posso confiar nisso?
-Tenho só 16 anos, Merliah. Posso ter treinado e estudado a vida quase toda, mas você em um duelo me venceu rapidamente. Quer prova melhor do que essa?
-Idade não define inexperientes-Merliah diz-Bem, vamos definir as coisas. Você vai se revelar ao Dumbleodore. Minha decisão, que será dita a ele, é que permaneça presa nesse tempo, viva entre nós e seja obrigada a ver a guerra ser perdida por seu pai. Vai contar a todos o que fez com Gabriel, principalmente ao Jason, com quem você irá romper de vez. E se você tiver um plano, escondido, debaixo dessa mente, eu vou descobrir e vou te matar de novo. Ainda não sei porque foi tudo tão fácil e não estou me gabando disso, apenas sentindo que o pior ainda pode acontecer.
-Não da minha parte-Delphine diz.
-Se você estava em controle mental do seu pai, significa que é suscetível a maldição imperius, o que não seria nada bom. Além de tudo o que disse, você será vigiada de perto por mim, o que significa que não só não pode faltar o ano novo, como vai passar o natal na minha casa. Sem confraternizar com os Sardothien, é claro, mas temos um quarto no sótão, onde ficará. Não se preocupe, eles são ricos, é um lugar arrumado. Agora, levantou-se e vamos.
Merliah se levantou e esperou que Delphine fizesse o mesmo. As duas desceram e a corvina trancou a porta novamente. Ela realmente se sentia diferente, como se a influência de seu pai fosse muito grande, mas provar isso a sua irma, seria uma enorme batalha. No escritório do diretor, mais tarde, Sardothien contava tudo nos mínimos detalhes e como iria querer proceder com as coisas.
-Senhorita Sardothien, creio que não possa fazer isso-o Ministro da Magia diz.
-Sabe o que ela me contou no caminho até aqui? Bem, em parte a culpa é de todos vocês. Conseguiram lidar bem comigo, mas sequer tentaram com ela. Então, sim, vou dar uma de irmã mais velha e cuidar dessa garota a partir de agora, quer vocês queiram ou não. E para isso, vão aceitar minhas exigências, sem contestar uma palavra se quer.
Merliah se levanta, puxa Delphine do canto e sai com a garota do escritório.
Hey, potterheads!
Um capítulo de tirar o fôlego, não? Quase não há palavras que possam descrever as emoções dele.
Delphine passava mesmo por um controle mental? Ela tem um plano escondido? Merliah está certa de ter achado tudo muito fácil? Me contem suas teorias e me digam se a Riddle merece ou não um arco de redenção.
Até o capítulo 14!
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