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A praia

LORENA

Eu e o Arthur não nos falamos até um dia antes da viagem. Já eu, a Gio e a Mônica, nos encontramos logo após o Natal, passamos o dia em compras, nos preparando para os dias que passaríamos na praia.

Mônica sentia-se cada dia mais à vontade, cada vez mais próxima. Fazia-me elogios, contava coisas que Arthur havia compartilhado com ela sobre mim e se dizia minha amiga. Isso me fazia um mal danado, porque, se em algum momento o Arthur estalasse os dedos para mim, eu iria sem me importar com Mônica. Eu me sentiria melhor se ela simplesmente se afastasse, se mantivéssemos uma relação fria e distante. Ela pensava diferente.

Viajamos em três carros. Eu fui com o Sérgio e nos divertimos muito durante todo o trajeto. Escutamos músicas antigas, cantamos alto e ele me deu dois beijos no pescoço, me fazendo arrepiar.

Na clássica parada no posto de gasolina, à entrada do vilarejo, quando se costuma comprar bebidas e ali mesmo já começam as comemorações, optei por ficar no carro. De longe, observava Mônica dividir um sorvete com o Arthur. O gosto de fel me subia pela garganta. Eles pareciam estar sempre bem, sem brigas, sem neuras. No fundo, no meu lugar mais sombrio, torcia para que brigassem, para que vivessem à turras, assim, eu teria motivos para lhe dizer que não insistisse numa relação falida. Mas pareciam viver sempre em um mundo cor-de-rosa.

─ Tem sede?

Sérgio debruçou na janela do carro, me oferecendo uma garrafa de água mineral. Abri e bebi a água geladinha. Ele me observava.

─ Eu só viria se você viesse. Coloquei essa condição para o Arthur, sabia?

Baixei a garrafa devagar e o olhei de soslaio.

─ Não. Ele não me disse nada.

Sérgio baixou o olhar e passou a língua pelos lábios, umedecendo-os, antes de falar.

─ Lory, voce e o Arthur já tiveram algo?

Abri os olhos, surpresa com a pergunta tão repentina.

─ Não, nunca. Por quê?

Ele voltou a me encarar.

─ Perguntei a ele e me disse a mesma coisa, inclusive que eram como irmãos, mas... ─ Desta vez, fui eu que abaixei o olhar, arrasada. ─ Não sei. Acho que ele tem ciúmes de você. Não pareceu muito feliz quando eu disse que só viria se você viesse.

Sorri para o Sérgio, disfarçando minha vontade de ser tragada pela terra.

─ É isso, Sérgio: eu e Arthur somos como irmãos. E como irmãos, ele sente ciúmes de mim, é normal. Nada demais.

Ele me olhava com extrema ternura, então, acariciou meu rosto e deslizou a mão para a nunca, me puxando para um beijo gostoso, molhado e quente. Me derreti e me entreguei à sua boca. Esvaziei a mente e apenas me deixei levar. Deixei que minhas carências, minha ânsia por liberdade, por me livrar da dor, me guiassem. E quando afastamos nossas bocas, Sérgio sorria e saboreava os lábios.

─ Sabia que você beijava gostoso. Algo me dizia isso.

Uma buzina soou e vimos Lauro ao volante, já pronto para partir. Por trás do carro do Lauro eu via Arthur, de pé ao lado do seu carro, com a porta aberta, debruçado sobre o teto, me olhando diretamente. Meu coração desceu ao pé, mas desviei o olhar, sorrindo para Sérgio, que acabava de entrar no carro. Partimos e me esforcei para não voltar a olhar para o Arthur, embora seu carro estivesse bem atrás do nosso.

Fomos divididos em quartos por casais e senti vontade de chorar quando vi Arthur e Mônica caminharem para um quarto só para eles. Eu fiquei sozinha em um dos quartos e Sérgio em outro, apesar dos seus apelos, junto a mim, para ficarmos no mesmo quarto "sem qualquer obrigação".

À noite, fomos à uma pizzaria no pequeno e simpático vilarejo. Eu e Sérgio caminhamos de mãos dadas e ele foi muito carinhoso o tempo todo, embora não tenhamos voltado a nos beijar. Vez ou outra, sentia o olhar de Arthur sobre nós, mas quando o encarava, ele sorria e desviava o olhar, como se não nos desse importância. Mais uma vez me questionava se sentia ciúmes de mim como mulher, ou se era realmente como propagava: mero ciúme de irmão. Eu odiava essa denominação: "ciúme de irmão"!

Eu e Gio conversamos um tempo, falando sobre as evidentes mudanças de humor do Arthur. Uma hora estava distraído, sério demais, e do nada, entrava em uma conversa qualquer e ria largamente. Gio estava na mesma dúvida que eu, acerca da origem do ciúme do Arthur. Ao fim, sabíamos que ele era fechado demais para se deixar ler facilmente.

Na manhã seguinte acordei cedo. Lauro e sua namorada, Angélica, já estavam de pé e animados. Angélica havia chegado de viagem há alguns dias. Era uma loira de meia idade e tão alto astral quanto o Lauro.

─ Bom dia. ─ Saudei a todos e recebi de volta sorrisos iluminados.

─ Venha comer, Lory. Estamos saindo para caminhar na praia. Quer que a gente te espere? ─ Angélica fazia o tipo esportista.

─ Não. Irei em seguida e encontro vocês lá.

Tomei café rápido e esperei a Gió acordar, mas estava demorando e o sol esquentando. Voltei ao meu quarto e troquei de roupa, colocando o presente de natal da Mônica e uma saída de praia amarrada à cintura.

─ Ficou lindo!

Levei um susto, quando atravessava a sala e não havia visto Mônica sentada à mesa do café.

─ Ah... Obrigada.

─ Tira a saída... deixa-me ver. ─ Pediu, me deixando sem graça. Mas estávamos sozinhas e, mediante sua insistência, abri a saída e lhe mostrei rapidamente como ficara o biquíni branco que me dera de presente.

─ Linda! ─ E me sorriu. ─ Ficou mesmo linda!

Agradeci, ruborizada, e fechei a saída.

─ Estou indo para a praia. O Lauro e a Angélica já foram.

Louca para sair daquela situação, virei-me e já ia saindo de casa quando quase esbarrei em Arthur e Sérgio.

─ Bom dia, Lory. ─ Arthur beijou minha testa e os olhos de Sérgio me devoraram.

─ Bom dia. Estou indo... ─ Apontei para a praia, evitando os olhos do Arthur. Tudo nele me lembrava que havia dormido com a Mônica, ali, a poucos metros de mim. ─ Encontro vocês lá.

Passei pelo Sérgio e pisquei-lhe um dos olhos, sorrindo. Ele me retribuiu o sorriso, lindo, faceiro.

A praia ficava bem na frente da casa e estava quase deserta a esta hora. Respirei fundo e me espreguicei, adorando o sol morno sobre minha pele. Não haviam ondas, o mar parecia mais uma lagoa e quis logo provar aquela água. Desatei a saída e a deixei caída na areia. A água morna tocou meus pés e brinquei com as conchinhas que se acumulavam ali, na beira do mar. O barulho das ondas bem pequeninas, o cheiro de mar... Tudo isso me fazia tão bem!

Caminhei para dentro do mar lentamente, experimentando, até que imergi de vez. Me deliciei naquelas águas, mirando apenas o céu azul sem nuvens sobre mim. Ao longe via-se pequenas embarcações ancoradas e poucas pessoas caminhavam pela areia. Fora isso, apenas o som do mar, de pássaros e nada mais. Tudo estava longe: as vozes, os sons, as pessoas... Fechei os olhos e busquei paz.

Contudo, imagens da noite anterior povoaram minha mente. Arthur abraçado à Mônica, sentados juntos na rede da varanda... Isso, antes que eu me retirasse, evitando a cena mais dolorosa, que seria vê-los entrar no quarto. O que eu não daria para ser eu, no lugar da Mônica? Por que ele não me olhava como mulher? Era um homem, viril. E eu uma mulher, bonita, desejável. Por que olhava tantas outras, menos a mim?

Meus olhos arderam e sacudi a cabeça, me livrando daqueles pensamentos. Ao longe, mirei a casa de muro baixo. Sentado sobre o muro estava Arthur, de frente para mim, sob a sombra de um coqueiro. Usava apenas uma bermuda e óculos escuros. Algo me dizia que era para mim que olhava. Ou era apenas o meu desejo me enganando mais uma vez.

ARTHUR

Ela saiu do mar e apertou o cabelo, retirando o excesso de água. Parecia uma sereia saindo do oceano. Vi as gotas de água, douradas sob a luz do sol, brilharem em sua pele. Lorena é linda como poucas mulheres podem ser na vida. Precisava dar razão à Mônica, o biquíni tomara-que-caia branco havia ficado perfeito no corpo escultural da Lory.

Ela caminhava em minha direção e cogitei levantar e entrar, fugir do seu contato, mas fiquei paralisado, dominado pela visão daquela garota.

─ A água está uma delícia!

Senti seus olhos queimando meu peito e desviei o meu olhar, tentando amainar o fogo que me acendia, quando me olhava assim.

─ Estou esperando a Mônica. Ela foi trocar o biquíni.

Lory sorriu, daquele jeito lindo e sexy que ela fazia tão bem.

─ Tutie, por favor, poderia desembolar meu biquíni atrás? ─ Pediu, se aproximando e virando-se de costas para mim.

Respirei fundo, sem conseguir desviar os olhos de cada curva do seu corpo. Tentando ser prático e sem muita delicadeza, evitando tocar-lhe muito a pele, comecei a distorcer a tira do tecido em suas costas. Senti uma presença se aproximar e vi que era Mônica. Respirei aliviado.

─ Amor, por favor, pode resolver isso aqui? Não tenho muito jeito. ─ Passei a bola para a Mônica e acabei esbarrando no olho castanho e puxadinho da Lory, me fitando por sobre o seu ombro. Ela não estava muito feliz.

Mônica tomou meu lugar e, com muita delicadeza, distorceu o tecido.

─ Está mesmo um espetáculo em você, Lory. ─ Mônica acrescentou, referindo-se ao biquíni e me desconcertando, pois me vi obrigado a, mais uma vez, olhar aquele corpo tentador.

─ Obrigada, novamente, Mônica. ─ Virou de frente e me deu uma encarada que quase me derruba do muro. ─ Vou voltar para a água, está boa demais.

Virou-se e voltou para a água pisando firme, rebolando aquela bunda que me deixava tonto. Olhei para os barcos ao longe, para as pessoas caminhando na areia, até para o coqueiro carregado de cocos. Para qualquer canto que tirasse os meus olhos daquela bunda.

─ Ela é adorável, amor. ─ Mônica encaixou-se entre as minhas pernas, de costas para mim, e o perfume dos seus cabelos me acariciou. Abracei sua cintura, tentando ocupar a minha mente com sua pele macia, com suas curvas. ─ Como é possível que nem você e nem o Adriano tenham se apaixonado por ela algum dia?

Soltei o ar num riso meio exasperado.

─ Que besteira, Mônica. Somos como irmãos e só. Ninguém tem que se apaixonar por ninguém.

─ Eu noto que tem ciúmes dela.

Por trás dos óculos, por cima do seu ombro, olhei para Lorena dentro da água.

─ Tenho ciúmes até da Angélica, amor. Já disse, Lorena é como uma irmã.

Ela girou dentro dos meus braços e me beijou. Aprofundei o beijo, saboreando sua língua.

─ E seu tesão agora, é por mim ou por ela? ─ Sua mão acariciou meu pau duro, dentro da bermuda.

Sorri com o canto dos lábios, mas meu coração estava acelerado. Tornei a beijar-lhe os lábios.

─ Por você, é claro.

─ Ela é linda, poderia ser por ela.

Ergui a sobrancelha, sem entender onde ela queria chegar.

─ Mas não é. Onde quer chegar, Mônica?

─ Quero que confesse que sente tesão por ela. É evidente.

Ergui a coluna, me afastando dela. Busquei ar e um pouco de sanidade no céu azul sobre nós, parcialmente encoberto pelas folhas do coqueiro.

─ Você quer que eu confesse ou quer que eu sinta tesão por ela? Isso é doentio!

Ela ergueu as sobrancelhas rapidamente, como um "voilá", e eu comecei a entender. E o entendimento me perturbou seriamente. Fechei a cara, e então, toquei em seus ombros, empurrei-os sutilmente, afastando-a de mim, e desci do muro.

─ Boa praia, Mônica. ─ Beijei sua testa. ─ Vou pegar a prancha e encontrar um lugar com ondas.


A degustação fica por aqui, mas...

À Trois está na Amazon e, em breve, físico pela editora Livros Prontos. 

Obrigada!

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