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Cap 4 - Quarto 75G


- A gente já volta. - Falei me levantando novamente.

Sarah deu um sorriso sem jeito, mas me acompanhou.

- Mas de novo? Que fogo no rabo! - Disse a Lu impaciente, mas nós a ignoramos.

Vi ao longe Jessy comprando uma vitamina numa lanchonete de sucos. Sah novamente entrelaçou seu braço no meu.

- Porque será que andar com os braços assim não choca tanto, não parece tão íntimo. - Falei olhando para os seus cabelos que estavam encostando no meu ombro.

- Porque parece coisa de vó. - Respondeu ela distraída olhando as pessoas que estávamos desviando.

- Avó?

- Sim, repara que os mais idosos, mais velhos, andam assim.

- Credo, a gente tá parencendo umas senhoras mesmo. - Brinquei.

- Melhor idade. - Debochou ela rindo. - Mas tudo bem, Emi. A gente não precisa provar nada.

- É verdade.

Andamos mais um pouco em silêncio pelos corredores até ela começar a me encarar. Na verdade eu não sabia ao certo, tive vergonha de conferir.

- Ouvi a Jessy falando de convidar a Letícia para ir pro Rio, tentar uma vaga na Netflix. - Disse a Sah com uma expressão meio debochada.

- Ta brincando que ela fez mesmo isso? - Indaguei. - Que merda, ela ta muito louca.

- Você tem ciúmes dela? - Perguntou ela logo em seguida. De certo estavam planejando essa pergunta.

- Não, não é isso. - Respondi com sinceridade.

- É porque parece.

- Eu sei que parece, você tem razão, - eu não era boba - mas você não a conhece como eu conheço. A Jessy é gentil e abraça todo mundo...

- Menos a Katia. - Ironizou.

- Justa, como sempre. - Ri da observação. - Mas ainda assim ela não precisava, sabe? A Leti parece estar usando ela, se aproveitando do status dela. Fora que elas ficaram mas parece que a Leti não curtiu, sei lá exatamente. Não sei se quero saber os detalhes da intimidade dela.

- Ah...era isso que vocês estavam falando.

- Sim, poh. Não tem sentido convidar ela pra ir morar com ela, ela tem dois filhos, porra.

- Ela gosta da Letícia de verdade e quer ajudar ela.

- É, percebi. Gente muito bondosa tem o dom de atrair pessoas problemáticas.

- Você me acha assim?

- O que?

- Sei lá, problemática.

- Claro que não. Você do grupo é a que menos mete o loco ou surta, você... Bom... você sabe o que eu penso de você e agora te conhecendo pessoalmente eu só tive certeza.

- Certeza do quê? - Seu olhar de canto era mesmo encantador principalmente acompanhando de um sorriso desconfiado.

- Tem um banheiro ali. - Falei mudando de assunto, apontando com a cabeça um corredor indicado por um placa.

- Humm. - Murmurou ela me acompanhando.

O corredor de piso de granito me lembrava até o tapete vermelho de uma igreja preparada para um casamento. De braços dados com ela eu fantasiei esse momento. Eu fantasiava demais, eu era muito boba me esforçando para não rir de mim mesma, mas ao chegar na porta do banheiro, eu fiquei puta da vida.

- Cheio pra caralho. - Resmunguei suspirando.- Meu Deus, que lugar chato. Não é assim em Campinas.

- Hey, vamos nos banheiros dos deficientes, esta livre. - Falou ela apontando para uma porta maior, no canto do corredor.

- Mas não é mto bom, não é?

Fiquei até surpresa. Não que ela não parecesse se aventurar, ela sempre me pareceu tão boazinha, mas era estranha essa intimidade.

- Vamos juntas, vai, - disse ela toda corajosa indo até a maçaneta da porta. - Na ausência deles pode, ta escrito aqui. - E apontou para uma plaquinha presa no alto da porta.

- Sério? Juntas? - Perguntei timidamente.

- Tem problema pra você?

- Não, eu prometo não olhar. - Brinquei.

Ela sorriu e sorrateiramente entramos no banheiro dos cadeirantes, e realmente, ele era muito maior, dava pra fazer uma festa lá dentro. No retangular ambiente eu poderia jurar que era mais limpo que da minha casa, mas o perfume de desinfetante de lavanda não era tão bom.

Sarah retirou da sua mochila preta uma escova de dentes e uma pasta. Eu fiquei até sem graça por isso, eu geralmente chupo bala de menta ou chiclete quando acho que vou... sei lá... beijar, mas sair com escova de dentes era muito inteligente.

Eu não tive coragem de usar o banheiro, mas a Sarah sim. Ela parecia mais a vontade comigo do que eu com ela, mas sinceramente eu achei ela bem de boa, eu sim era a mais tímida do grupo.

Eu fiquei de costas escorada com um dos ombros na parede olhando meu celular, tentando disfarçar essa estranha intimidade que nos demos enquanto ela lavava as mãos. Eu a observei discretamente, e mais uma vez me peguei analisando seu corpo: suas pulseiras, seu cabelão e seu sorriso refletido no espelho. Eu queria fugir com ela.

Eu tive medo, e ainda tenho muito medo de perdê-la no percurso da vida, e de alterar sua personalidade com a minha presença, causar algo negativo, machucá-la. Acho que isso era amor , um amor genuíno e profundo.

Perdi as contas de quantas vezes antes de dormir eu buscava por sua foto, relia nossas conversas. Queria saber se alguém mais era assim...

- Você está bem? - Perguntou ela com uma voz baixinha, se aproximando secando as mãos na calça, na altura dos quadris, já que o papel dali nunca é bom.

- Acho que sim.

- Ta estranha. Não mais que eu mas eu percebo que está.

- É que... eu to meio ansiosa ainda por estar te vendo.

- É bom? Esse sentimento?

- É sim... - agora eu estava sem graça de encarar seus olhos. - eu gosto muito de você.

- Gosta quanto?

- Ah... - na real, tinha um sentimento me instigando por estar sozinha com ela - O suficiente para me inspirar, me fazer melhor e questionar sobre tudo, até meus planos.

Ela não falou depois disso, apenas se aproximou ainda mais. Eu encostei minhas costas na parede e ela se escorou com uma das mãos acima dos meus ombros.

Um temor me tomou e meu estômago começou a doer novamente enquanto me perdia olhando para os seus olhos, seus lábios brilhosos e semblante sereno. Não sei o que ela queria comigo, mas eu queria o mundo com ela.

- O que!? - Perguntei começando a arfar.

- Eu também gosto muito de você.

Eu não sei bem o que significava pra ela e tinha medo de perguntar. Pra mim palavras nunca tinham lá grande peso - quanta ironia, já que meu romance água com açúcar era o mais lido - mas meu estilo era de atitude, eu queria tanto poder demostrar mais, me entregar, mas para isso ela precisava me querer.

- O que exatamente quer dizer pra você? - Perguntei sussurrando.

Ela tirou a mão da parece e baixou o olhar, aos poucos suas mãos foram conduzidas por ela para minha cintura onde senti seus dedos roçar levemente na borda da saia e na minha pele. Eu gelei ainda mais, no caso, senti suar frio, acho que iria acontecer, mas realmente precisava ser ali?

- Quero dizer... - e suspirou - Nunca foi só um interesse físico em você. Aliás... Eu levei muito tempo pra ver sua cara, não é? Você sempre foi discreta, ficava colocando foto de anime.

- Ah, sim, eu tinha vergonha. - Ou eu era muito infantil.

- Então, - continuou ela com seu olhar viajando entre meus olhos e lábios. - sempre foi por você ser assim... Foda mesmo. Gente boa, gentil, comprometida em ajudar e... Minha fã? - Sorriu ela com uma das sobrancelhas levantadas.

- É, aquele fake eu criei só pra te xavecar. - Eu era louca sim, pensando melhor. - Amava isso. Mas, foi mal, não queria zuar você, era um desabafo real...

Ela se aproximou ao ponto do seu corpo tocar no meu e uma de suas mãos subir pro meu pescoço e eu sentir o calor do seu rosto e o cheiro adocicado da sua pele.

- Você não faz ideia do quanto eu desejei que fosse você.

Eu senti exatamente o que ela queria, mas não deixei ela me beijar assim. Não queria que fosse alí, afinal, ela era meu mundo e merecia muito mais.

Eu tive que empurra-la com gentileza, pegar sua mão e sair dali.

Dane-se o almoço ou o resto da turma que ainda faltava a chegar.

Saímos do banheiro em silêncio comigo tentando ignorar o calor no rosto e a euforia que crescia subindo pelas pernas. De mãos dadas saímos do shopping e eu pedi um Uber de volta pro hostel. Ela nada disse, só estampava um sorriso misterioso.

Eu segurava sua mão com muita força, conseguindo me libertar do medo da insegurança, eu tinha que tentar. Já era hora de eu começar a me impor e aceitar meus sentimentos.

Dentro do carro ainda segurando sua mãos eu preferi assistir as ruas e lojas passarem pelas janelas ao som da música "Canção noturna" do Skank. Não poderia ser mais perfeita a minha reflexão.

O misterioso mar de fronteiras era a metáfora que existia entre os nossos olhares. A fronteira - de vida, de histórias, de desejos e medos, - que ambas compartilhavam, só com a barreira da convivência e do tempo para diminuir essa distância e nos aproximar. Eu precisava tentar.

Ignoramos a ligação da Vanessa. Eu acho que elas iriam cair na real em algum momento, eu só mandei um "estamos bem" para a Jessy. Ela iria entender.

Entramos no saguão do hotel ainda de mãos dadas e com meu estômago revirando de emoção. O que eu estava fazendo mesmo?

- RG. - Pediu a recepcionista do hotel para a Sarah quando nos aproximando.

Parecia que estávamos fazendo algo errado. Eu sabia pelo olhar dela de constrangimento e luta para achar a carteira na mochila.

- Calma, chaveirinho. Tá tudo bem. - Falei ajudando ela a segurar a mochila. Ela estava bem vermelha, sorriu mas não olhou pra mim, parecia que iria enfiar a cabeça dentro da camiseta.

Após eu e ela fazer o novo chekin eu peguei sua mão sem medo e a conduzi para o elevador.

- Esse hotel é imenso.

- Sim, é executivo. - Respondi.

- Eu também não estou bem arrumada pra ele. - Disse ela olhando para a porta do elevador que chegava ao térreo.

- Nem eu. Acho que os velhos pensam que sou prostituta.

- Que exagero.

- Não é não. Os engravatados aqui ou são muito tradicionais ou velhos, eu não consegui tomar café da manhã na lanchonete, tive que voltar pro quarto.

- Aff.

- Quer saber? - Falei entrando com ela no elevador. - Eu to feliz demais pra me preocupar com isso.

Nos encaramos com mistério, mas os olhos dela foi puxado pelo espelho atrás de nós. Eu rapidamente peguei meu celular e a abracei segurando sua cintura e jogando minha cabeça sobre a dela. Tiramos várias fotos, tipo Tumblr, mostrando a língua, rindo, boomerang. Nem liguei quando chegamos no meu ardar - sétimo - e voltei pro terceiro só pra gente ganhar mais tempo com a nossa loucura.

- Você é louca! - Exclamou ela quando a puxei para fora do elevador. - Os seguranças vão dar uma chamada na gente.

- To nem ai, não, eu quero me divertir.

Mas indo para a porta 75G, um silêncio nos tomou e meu estômago queria novamente me estrangular - se é que e eu posso dizer assim.

Abri a porta e timidamente entramos.

- Coloca sua mochila naquela mesa. - Apontei para uma mesa de canto, embutida na parede.

Ela repousou sua bolsa ao lado do meu notebook.

Na cama de casal havia uma cabeceira aconchegante, cheia de estofados com um edredom branco muito fofo. No outro lado , no canto, a porta para um banheiro pequeno mas muito limpo com azulejos modernos em tom bege.

Apesar da parede bege contrastar com a cortina azul marinho, eu amei ficar ali. Mas não sabia conduzir vinhas ações com ela. Eu tive poucas experiências desse tipo e no fundo, eu achei bom.

- Nossa. - murmurou ela - isso é muito chique. - Elogiou olhando para todos os cantos.

- É, não é? - Disse me sentando na cama e ela indo para a janela olhar a vista.

- Belo Horizonte até que é bonita.

- É sim. - Concordei. - Muita gente mas, no fundo o pessoal é fofinho.

- São mesmo. - Falou voltando o olhar para mim. - Tirando os véios estranhos na recepção, a recepcionista era uma fofa.

- Verdade, os funcionários daqui são felizes. - Disse eu tirando o tênis e cruzando as pernas sobre a cama, mas colocando um travesseiro na frente, entre elas, já que eu não estava de shorts.

- Então... - Falou sentando na ponta da cama. - Você realmente quer que eu fique aqui?

- Então... - Remedei ela tentando esconder um sorriso de alegria que estava crescendo dentro de mim seguido de um vontade de gritar de alegria. - Podemos pular na cama, ela é de mola.

Ela riu e tirou o tênis subindo de joelhos se aproximando de mim toda gentil e meiga.

- Ta bom. Eu fico, com certeza. Me acompanha lá no outro só para eu pegar minha mala.

- Sim , claro!

E mais um pouco de silêncio nos tomou me fazendo encarar ela e todo seu corpo perto de mim. Seu tom pardo caramelo era mais claro que o meu, mas também me encatava. Seu cabelo com o brilho de algum creme dava o aspecto de menina mas ela não era, era uma mulher muito instigante, pelo menos pra mim.

Era a postura dela. Não precisava de roupas femininas ou justa, ela só precisava ser ela.

- O que foi? - Me perguntou com um leve sorriso.

- Estou analisando você... me inspirando. - Como eu era boba...

- Posso?

Eu não sei o que era. Ela estava de joelhos ainda com as mãos sobre a coxa me olhando com firmeza. O olhar tímido começou a mudar para algo confiante.

- Você pode tudo. - E nem era chaveco.

Ela olhou para o travesseiro no meu colo e tirou ele e se laçou sobre mim, aponhando uma das mãos entre minhas pernas e me beijou.

Eu nunca achei que ela fosse a primeira a ter iniciativa.

Nosso beijo começou simples, meio desalinhado, mas aos poucos foi evoluindo para algo mais intenso e apaixonado, e eu me joguei sobre a cama, com ela me acompanhando de lado, tocando uma mão na minha coxa e a outra sobre o travesseiro.

Eu entrelacei uma das minhas mãos entre as mechas do seu cabelo e seguirei seu rosto com outra, brigando com um desejo maluco que nasceu em mim de tirar a blusa dela.

- Sah... - Murmurei largando por um minuto seus beijos. - vem morar comigo.

- O que!?

Eu poderia estar me precipitando, mas eu tive certeza absoluta do que eu queria mesmo morrendo de medo de perdê-la.

- Eu te amo muito. - Sussurrei olha seus lindos olhos castanhos.

Ela me encarou com uma emoção crescente e não respondeu. Acho que seus beijos responderam por ela.

Sua subida em cima de mim poderia me dar as mais linda resposta, e meu corpo correspondeu perfeitamente ao passar as mãos nas costas dela e entrelaçar nossas pernas me fazendo perder o ar.

Me perdi quando ela começou a beijar meu pescoço e aos poucos alcançou minha orelha e murmurou " eu também te amo".

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