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Cap 1 - Chaveirinho

Péssima ideia vir pra essa cidade. Mesmo com toda tecnologia e essa gente bem vestida, eu estou odiando esse muntarel entrando e saindo das lojas. Não consegui comprar nem uma garrafa com água sem pegar fila.

- Oh, moça, onde fica a praça de alimentação? - Perguntei para a funcionária em um balcão escrito "informação".

- Qual delas? - Perguntou a loira com indiferença.

- Tem quantas?

- Três. Duas aqui dentro e uma lá fora. - Falou ela com uma expressão de tédio.

- Agora ferrou. Perai, moça.

Mandei mensagem no grupo do encontro que fizemos perguntando qual dessas praças de alimentação era. Vinte pessoas estavam nele, mas com certeza alguém iria furar, o grupo ainda era cheio de "planta".

Ainda bem que estamos todas de férias, está um calor maravilhoso. Foi uma ótima escolha a saia curta cintura alta preta e o cropped branco. Claro que eu detesto essa roupa, chama muito atenção, mas foda-se.

Vanessa respondeu no grupo "é uma praça do lado da Renner, não sei o nome dessa praça". Ela era engraçada, falava de um jeito estranho, mas depois de muitas reuniões decidimos que o ponto de encontro seria na cidade dela, então aqui estamos.

- Hey, moça. - Chamei a moça que estava no celular, nem se importou realmente comigo. - Perto da Renner.

- Segue em frente, entra no corredor Alameda Pires e vira na direita do Habib's. - Falou rapidamente.

- Quê?

- Lá na frente. - Respondeu a fria atendente se aborrecendo.

- Ata, obrigada. - Respondi sem ânimo.

Grossa. Essa gente da capital é assim mesmo. No caminho um babaca na feira de rua ficou gritando um monte de chaveco barato. Não que não tenha na minha cidade - Campinas - mas lá quando uma pessoa fala muita bosta ele fica marcado.

Segui em frente, sei lá se eu ia encontrar a tal Alameda, mas eu estava curiosa para ver as lojas e estilos diferentes. Esses nomes que são dados aos corredores de shopping é uma piada, só pode.

Mas acabei me perdendo nos pensamentos quando recebi a mensagem do meu "chaveirinho". Meu estômago começou a doer. Ela já estava no ponto de encontro e eu comecei a me perguntar se eu estava bem vestida e tentei achar um espelho entre as vitrines das lojas. Até conseguia me ver através dos vidros mas não era tão bom, me deixava distorcida.

- Gosta de Nike? - Me perguntou um vendedor de dreads depois de olhar para os meus tênis.

- Quê!?

- Esse modelo que você está, nós temos um preto que é show! Não quer entrar para ver?

- Não, obrigada.

Fiquei me perguntando se esses caras chamam as minas de saia sempre pra comprar tênis ou foi um convite sem maldade, e quem sabe?

Eu só sei que a dor de estômago ficou mais forte depois que eu vi de longe a loja da Renner. Meu Deus, eu vou ver a galera de verdade! Caramba, isso é muito bom, do virtual pro mundo real.

No largo corredor do shopping que levava a praça eu fiquei pensando em como seria uma história com todas nós. Talvez não escrita por todas porque já tentamos isso e não deu certo, tudo virava bagunça e as plantas não se comprometeriam, só perdíamos tempo com elas, mas talvez eu e mais alguém...

O cheiro de hambúrguer invadiu minhas narinas e me causou asco. Vários cheiros, e acho que minha expressão ficava engraçada porque consegui ver de longe uma criatura balançando os braços fazendo careta também. Não sei como ela me identificou tão rápido.

- Coisa, gostosaaaaa! - Gritou a maluca quando me aproximei.

- Menos, Luana, pelo amor de Deus! - Exclamei rindo, desviando de algumas que já estavam sentadas para abraçar a afobada.

- Você vai sentar do meu lado, eu quero essas pernas coladas na minha!

- Sai fora, Lu! - Disse eu largando dela, desviando do beijo na bochecha. - Sai!

Eu estava rindo com carinho, mas ela estava falando sério.

Rapidamente eu avistei meu chaveirinho sentada com um copo de Coca, chupando o canudinho. Nossa, isso acaba comigo, e acho que ela sabia dado ao sutil olhar malicioso.

Aqueles cabelos longos cacheados pra mim eram encantadores, eu não via a hora de poder fazer carinho nessa cabeça e poder pentealos com meus dedos.

- Oi, Emi.

- Oi, Sarah.

Eu não sei porque ficamos timidas. Mentira, eu sei . Na virada do ano eu enchi a cara e trocamos fotos até demais, depois desse fato nossas conversas ficaram mais íntimas. Eu sempre gostei dela, mas eu não tinha coragem de realmente dizer. Além da gente morar em estados diferentes, temos muita insegurança e acho que nunca iria realmente acontecer algo entre nós. Ninguém do grupo percebia que existia um lance sútil entre nós, mas existia.

Aos poucos eu consegui sair do transe que fiquei quando olhei pra ela e notei quem mais estava sentada.

Acho que eu sabia identificar todas pelas fotos que rolava no grupo ao longo de três anos.

Cumprimentei a Katia que estava toda de rosa ao lado da Luana. Puts, como eu detestava ela, muito narcisista mas ok, seguimos o baile da boa educação.

- Oi, linda. Que estilo maravilhoso, adorei a combinação. - Disse a Maria me abraçando, ela estava ao lado da Katia, sentada em uma das pontas. Que garota fantástica, ela era um doce, super amorosa e inteligente. Queria ser só o dedão do pé dela porque eu não conseguia ser tão fofinha e amável com todos.

- Amei o seu cabelo. Achei que você fosse mais alta. - Disse eu com carinho a ela.

- Ai, todo mundo me fala isso, deve ser o pescoção.

- Ah, é nada. Você é muito linda.

- Obrigada. - Agradeceu Mah, voltando a se sentar.

- Mas o que é isso? - Perguntei ao ver Jessica de mãos dadas com a Letícia. - Vocês mal chegaram e já estão assim?

- Para, somos amigas. - Respondeu a Jessica se levantando vindo me abraçar. O abraço dela vinha acompanhado de uma leve cravada das suas unhas nas minhas costas, isso foi estranho, me arrepiei. - A gente tá fazendo um experimento, acho que todos ficam achando que somos namoradas. - Sussurrou ela no meu ouvido.

- Eu queria. - Disse Letícia levantando para me abraçar. - Mas ela disse que sou pouca areia pro caminhão dela.

- Nada haver. - Respondeu Jéssica indo pegar uma cadeira para mim, em uma das mesas vazias ao nosso redor. - Fica aqui.

- Não, eu vou sentar do lado da Sarah.

- Humm... - Murmurou ela levantando as sobrancelhas e comprimindo o lábios. - tá bom, mas eu quero sentar ao seu lado, quero comparar as nossas pernas. Não faço academia e tomo um monte de porcaria pra ficar de frescura, hoje eu to piranha. - Concluiu ela rindo de si mesma.

Não achei, mas realmente, as pernas dela, - não só as coxas - estavam enormes, isso era bom pra me incentivar a praticar mais exercícios.

- Você não costuma usar shorts? - Perguntei posicionando a cadeira na frente da mesa e olhando para a minha pequena que estava sorrindo com timidez na ponta, sentei entre ela e a Jessy.

- Depois que minha coxa ficou desse tamanho o mundo precisa ver né, virei uma afrontosa, foda-se. - Brincou Jessica voltando a se sentar pegando a mão da Letícia que estava pegando batata com a outra, de uma porção que estava sobre a mesa.

- Isso é bem coisa de carioca, né? - Falei após por minha bolsa preta, estilo lateral, sobre a mesa.

Sarah ficou curiosa pelo chaveiro que estava preso em um zíper. Ela me olhou de canto um sorriso malicioso e murmurou "foi o que eu te dei", eu apenas concordei sorrindo sem graça.

Sarah se levantou para me abraçar e eu também. Realmente ela era bem mais baixinha do que eu. Sentir o perfume dos seus cabelos foi tão profundo e intenso para mim que me causou uma felicidade plena, eu poderia morrer naquele momento, porque eu iria partir sentido uma alegria que me preenchia completamente. Eu não sabia que eu gostava tanto dela.

Tudo bem que um desejo bem interessante nasceu também após sentir toda a frente do seu corpo - inclusive as pernas - colar no meu. Foi intenso demais, eu acho que ficamos um pouco mais de cinco segundos abraçadas, talvez uns quinze.

- Lá vem a paulista com o preconceito. - Ouvi Jéssica falando ao lado.

Soltei os ombros da Sarah mas eu não queria. Segurar sua cintura olhando para baixo encarando seus olhos cor de mel me causou arrepios também, ela só precisava olhar para mim. Acho que ela estava usando batom, eu queria tanto descobrir naquela hora, mas não era o momento.

- Para, vocês são muito atraentes mesmo. - Disse para Jéssica me sentando.

- Isso foi uma cantada?

Sarah pigarreou e sorriu ao se sentar. Jéssica não era boba, ela sabia deixar qualquer um sem graça. Nós trocavámos muita figurinha e não essas do whatsapp, a gente trocava muito conhecimento e informações no geral. Dormimos algumas vezes em ligações, eu adorava isso, me sentia abraçada nas noites solitárias. Mas infelizmente com a Sarah isso não acontecia, ela não gostava de "dormir comigo" em chamada. Aliás, poucas vezes ouvi a sua voz, ela falava pouco.

- Mas gente, cadê a Vanessa? - Perguntei. Eu que não ia confirmar que achava a Jessy uma gata, mas não era com segundas intenções.

- Foi levar o filho ao banheiro. - Respondeu Luana que estava com cara de tédio ouvindo a Katia. Mas a Lu não fingia, ela era muito debochada.

- Ata. - Murmurei.

- Oitenta! - Gritou Katia. - Já vendi oitenta livros na Amazon em três meses!

Caguei.

- No mercado livre foram quinze. - Continuou ela. - Mas não tem tanta visualização como lá, até consegui mais público pelo Instagram, eu paguei uma conta pra me divulgar, nem foi caro, mas foi ótimo, ganhei seguidores....

Caguei ainda mais.

- Me passa essa conta aí depois. - Pediu Luana pegando seu celular do bolso.

Eu ignorei com força. Eu queria era olhar para a Sarah, puxar assunto com ela, mas a mão da Jessy na minha coxa me assustou.

- Realmente. - Disse ela com ênfase olhando para a minha coxa. - Muito carbo aqui.

Eu ri, mesmo que sem graça eu achei hilário.

- Ta foda, né? - Disse a Lu, do outro lado da mesa com certeza querendo correr da narcisista.

- Então. - Começou Sarah na sua busca por atenção, imagino. - Como foi chegar até aqui?

- Foi uma viagem legal de avião.

- Mas até a porta foi de Uber, né?

- Ata, sim. - Eu já tinha falado com ela na noite passada sobre o avião... Claro. Mas eu estava meio estranha, sem jeito, tímida. A colega tirou a mão da minha perna para pegar umas batatas e eu dei graças a Deus. Eu não sei ao certo porque, mas estava me sentindo ansiosa e muito acanhada. - É, foi tranquilo, Sah. Agora com GPS eu acho que não tem como se perder. E você?

- Meu pai me mandou um Uber também. A gente deveria mesmo ter ficado no mesmo hotel.

- Mas ainda dá tempo. - Acho que eu não deveria ter dito aquilo. Alguém murmurou "humm" e aquilo me incomodou. Eu era discreta, eu queria ser na verdade, mas ali estava difícil. - Bom, eu consigo mudar a reserva que eu fiz...

- Não, tá tudo bem. - Falou Sarah com timidez batendo os dedos na lata.

- Para, vai. Me conta onde você está. Você está com medo de mim?

- Não, é claro que não. - Riu a amiga me encarando. - Mas não é um lugar caro e chique como o seu.

- O porra, eu to dizendo faz tempo: A gente deveria ter ficado juntas, eles não cobram adicional, Sah. - Falei batendo a mão na mesa.

- Pois é, nem me fala. - Disse Letícia ao lado. - A gente pegou um quarto muito foda...

- A gente tomou banho juntas... e nem nos pegamos. - Brincou Jessica fazendo uma careta estranha e arregalando os olhos, muito caricata ela.

- Caralho, nesse nível? - Indagou Sarah rindo, com certeza constrangida. O jeitinho vergonhoso dela estava me deixando mais nervosa, sentia meu coração bater mais rápido.

- Ah, foi sem maldade. - Murmurou Jessica rindo triste balançando os ombros. Parecia que tinha acontecido intimidades sim. Certeza que a Jessy me contaria depois.

Luana ignorou Katia por um momento para entrar no nosso assunto.

- A gente tá num albergue bem estranho mas a Vanessa conseguiu uns colchões, agente vai fazer a bagunça lá na casa dela hoje a noite. - O formou a amiga. - E falando no diabo...

- Tadinha. - Resmungou Jessy abrindo os braços e escorando eles nas cadeiras em que eu e a Letícia estávamos. Ela tinha um perfume agradável também.

- Qual perfume está usando, Jessy?

- Humor. Me da enjoo, mas eu adoro, chama mais atenção.

Vanessa chegou com seu filho de seis anos. O menino era muito perfeitinho, suas covinhas nas bochechas eram constantes e o chinelinho e a camiseta do Homem Aranha eram um chame só, com uma bermuda jeans, parecia um molecote feito.

- Meu Deus, como você é grande. - Disse a Vanessa quando me levantei para dar um abraço de urso nela. Ela era uma mãezona mesmo. - Esse é o Leonardo, fala oi pra tia Emily.

- Oi, tia, eu sou o Leo.

- Você é perfeito demais, credo. - Elogiei antes de abraçá-lo.

Leo me largou sem me dar muia atenção e foi pro colo da Maria. Eu fiquei surpresa .

- Ela leva jeito com criança. - Disse a Van indo se sentar em minha frente.

Me sentei e voltei novamente meu olhar para a Sarah. Era fascinante vê-la perfeitamente na minha frente, real. Era uma energia, uma emoção que por mensagem jamais existiu.

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