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Rainha Dos Bichos da Floresta- kamaitachi

1272 palavras

Ao chorar da noite escura frias gotas de água caiam do céu, passando entre as árvores, descendo com glória pelas folhas entre a vegetação densa, tal combinação, mesmo sendo de estrema beleza, tornava quase impossível ver um palmo a frente.


A pequena Aurora corria entre as plantas, desviando de galhos a  procura de um lugar seguro, a ponta do nariz estava gelada como os dedinhos gordos que se retorciam em busca de calor nas dobras do vestido, as bochechas rechonchudas estavam coradas pelas queimaduras de frio e pelo choro constante que insistia em cair como as gotas de chuva, o vestidinho rodado cor azul celeste agora pesado e grudado ao corpo por estar completamente molhado pela chuva terrível que assolava a reserva, a terra sujava e se grudava a barra do vestido, os cascalhos de terra misturados com a chuva densa formava uma lama grossera dentro da pequena sapatilha, o que  fazia seus pésinhos coçarem e doerem a cada passo.

Ela não conseguia mais andar, o ar queimava os pulmões, o cansaço era extremo, aos poucos se encostou no tronco de uma árvore grande, havia um pequeno buraco em sua raiz, Aurora se lembrou da toca dos ursos de seu desenho animado preferido.

— Tem algum ursinho aqui ? - questionou a menina adentrando naquilo que imaginava ser uma toca de um urso bondoso.

Por falta de resposta, como se era esperado, ela sentou o mais fundo que conseguiu dentro da toca, apertando os joelhos contra o peito na esperança de guarda um pouquinho do calor que ainda restava ali, chutou os sapatos para longe dos pés e contraiu os dedinhos, voltou a chorar, chorar baixinho de uma forma sentida, já havia gritado tanto por ajuda que perderá as esperanças.

Aos poucos começou a sussurrar a cantiga de ninar que sua mãe cantava todas as noites, ela colocava Aurora na cama, a enrolava nas cobertas e beijava o topo de sua cabeça, toda noite isso fazia a menina se sentir quentinha e segura e isso era tudo que Aurora queria sentir naquele momento.

Tanto medo, ela estava apavorada, estar perdida, ela só queria pegar uma borboleta, como havia chegado ali?

estava tão animada atrás do inseto que não percebeu quando se se afastou de seus pais e seguiu para dentro da mata, seus pais distraídos com o carro quebrado na beira da estrada não viram quando a pequena se soltou da cadeirinha e correu floresta a dentro, quando a pequena olhou para trás querendo voltar por onde tinha vindo teus olhos não viam a saída.

Agora estava ali, escondida, naquele pedaço de madeira antiga ela repousava a cabeça e fechava os olhos com força, ela tremia e forçava a imaginação para tentar sair minimamente dali e parar de sentir tanto medo e frio.

Na verdade o maior problema não era o pavor que se instaurava nas entranhas de um ser tão pequeno e inocente, nem o frio congelante da noite chuvosa que fazia suas extremidades tremerem, não, nada disso era o maior problema, para aquela jovem garotinha o maior problema era a solidão, ela queria conversar, ela queria alguém para abraçar e se sentir protegida.

estar tão sozinha era a o pior castigo que poderia imaginar.

Então fechando os olhos e se focando na sua imaginação, pensava em qualquer coisa, qualquer coisa que a tirasse daquele lugar.

estava tão tarde, era tão frio, ela estava tão cansada e triste, só queria dormir, passou minutos de olhos fechados e logo os abriu.

Mais a situação estava diferente, a lua brilhava em tua trilha enquanto o Sol do fim de tarde adormecia, ela se levantou, o vestido estava seco e os sapatos limpinhos, ela sorrio ao ver que o clima estava agradável e pequenos vagalumes voavam ao redor da velha árvore, ela se sentia em "Alice no país das maravilhas"

Agora ela queria achar o coelho, como no filme, se o achasse poderia voltar para casa assim como Alice voltou, e logo estaria de volta ao colo de sua mãe.

Vários bichinhos felizes a cercavam, a
Lobos, ursos juntos fazendo a festa, como nos desenhos animados, eles cantavam e dançavam a linda cantiga de ninar, o som vinha de todos os lados, e a menina se sentir mais contente que nunca, ela corria e dançava no meio daquela festa, mas, mesmo assim ainda mantinha os olhos atentos  procurando o coelho.

Enquanto Micos vem trazendo frutas frescas e a música aumenta de volume para esconder e impedir toda dor da jovem menina, ela se sentia leve, ela dançava entre os bichos sendo puxada de um lado para o outro, e assim ela perdeu todas as esperanças de achar o maldito coelho.

Esquilos saltaram sobre sua cabeça entrelaçando galhos e nozes formando uma bela coroa, agora ela era a rainha da mata, ela era a rainha dos bichinhos da floresta, e seu lugar era ali ao lado das raposas que a faziam companhia.

Ah a doce imaginação infantil!

Tão pura era aquela pequena que assim foi preservada.

Porém ao nascer do sol os grupos de resgate estavam mais perto que o imaginado.

Eles gritavam pela doce menina, pediam um sinal, um grito, até um choro era bem vindo naquele momento de desespero.

A polícia ambiental foi chamada pelos pais de Aurora, afinal era de conhecimento geral que a reserva ambiental era lar de animais selvagens.

Os pais seguiam os policiais de perto, a mãe se apoiava ao pai enquanto chorava e perguntava a si mesma

"por que ela não dá sinal?"
"Por que ela não grita?"
"O que aconteceu com minha garotinha?"

As sirenes barulhentas dos carros  da polícia tocavam alto, mas não impediram o casal de ouvir o apito sendo tocado, era um sinal, alguém tinha encontrado algo.

Eles correram em direção ao barulho porém não chegaram perto o suficiente, os guardas impediram pois o que encontraram ali era, pra dizer o mínimo, traumatizante.

A mãe soltou um grito mudo,dolorido e triste, o tempo desacelerou por alguns minutos enquanto ela caia de joelhos.

Era de certa forma poético, na Aurora daquela manhã de Sábado a garotinha de mesmo nome foi dada como morta, poucos pedaço foram encontrados.

Foram horas para recolher cada parte da pobre menina, a hipotermia tinha feito o processo ser quase indolor, mesmo assim tamanha brutalidade era vista ali.

ursos fizeram a festa com o pequeno corpo que pensaram ser de um predador já que o mesmo se encontrava dentro de sua toca.

Lobos enterraram alguns pedaços, após comer o que interessou.

Micos levaram os farrapos do vestido ensanguentado e os sapatos para o topo das árvores e quando o pé direito foi achado, nas patas desses pequenos macacos, o membro estava cheio de mordidas, provavelmente os micos confundiram as roupas e unhas coloridas com algo comestível, talvez pequenas frutas frescas.

O rostinho estava desfigurado, arranhões cortavam  toda a  superfície do que um dia foi uma face tão angelical, em seus cabelos  um esquilo preso as madeixas longas  cor de mel, e mesmo assim seus cachos continuavam lindos e definidos, o pobre bichinho estava todo enrolado, em meio a brincadeira se enroscará e isso agora lhe custaria a vida, estava  preso, só seria possível tirar ele cortando as belas madeixas e infelizmente pro pobre animal não havia ninguém por perto.

Alguns pedaços, como o braço direito e órgãos internos foram achados na toca das raposas, pela cronológia ali fora a última parada da menina, seu descanso eterno.

Porém aqueles restos não eram mais ela, agora ela sempre iria estar na reserva, trancada naquele lugar junto com as suas fantasias infantis.

O mundo nunca é o que imaginamos, é uma fantasia tentar se convencer que esse é um lugar bom, utopias só existem em sonhos, o mundo é cruel e sem piedade e qualquer um que acredite no contrário é tão infantil e inocente quanto Aurora.

Nunca iam acha-la, ela deixou mais do que sangue naquele lugarzinho.

Estaria sempre presa.

E a chave daquela prisão se perdeu com os bichos.

Espero que entendam a mensagem do cap, é meio auto explicativo.
Obrigada por lerem.
sunny

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