2. Quem tudo quer tudo perde
A jovem mulher avança cautelosa através dos andares zero, um musgo estranho iluminava de forma agourenta o caminho. Seus sentidos atentos usando técnicas que aprendeu conseguia ficar quase invisível quando necessário. Anos vivendo nos andares zero ensinaram que as aparências enganam. Mesmo ali onde nada deveria viver, criaturas cruéis vagavam em busca da próxima refeição e tudo servia para aplacar a fome e essa regra valia para todos ali embaixo.
M13 para ficando com o corpo tenso pressentindo o perigo, um cheiro doce e ferroso chega até onde estava e mais que rápido ela se esconde nos escombros próximos. Ela observa ao confirmar que não havia perigo começa a se arrastar silenciosamente em direção a um morro próximo de onde poderia ver melhor as áreas em volta. De cima do morro finalmente enxergar a fonte do cheiro que sentia, uma matilha de cães selvagens mataram um animal que lembrava uma vaca e agora o devoravam.
– Que merda! – M3 amaldiçoava a sua falta de sorte ja que os cães estavam bloqueando o caminho que levaria ao próximo andar, o que a obrigaria a fazer um caminho mais longo para evitar ser percebida pelos vorazes animais. Mesmo a contragosto ela parte fazendo o caminho de volta, entretanto mal começara a caminhar e já se deparava com um novo problema.
– Caralho! Só pode ser brincadeira. – M13 vê um grupo de 4 homens que caminhavam de encontro a ela provavelmente guiados pelo cheiro de sangue, observando do esconderijo improvisado ela amaldiçoava a sua sorte. Pelas tatuagens dos homens era claro que faziam parte de uma das tribos que dominavam os andares zeros.
Essas pessoas nasceram e se criaram neste ambiente e dessa forma sofreram mutações expostas a tudo o que a torre despeja sobre elas. A tribo em questão era os carniceiros como o nome indica são fracos e procuram restos que outros abandonaram. Entretanto, se engana quem pensa que eles dispensariam caso uma pressa aparecesse diante deles.
O grupo de carniceiros continua se aproximando do esconderijo, usando o máximo de suas habilidades M13 tenta passar despercebida e por sorte parecia que tudo iria acabar bem. Conforme o grupo de carniceiros se afasta de seu esconderijo sem a descobrir, no entanto, os deuses são caprichos uma criatura metade rato metade lagarto chia Ameaçadoramente para a mulher que se escondia na sua toca. Os homens guiados pelo barulho do pequeno animal finalmente percebem a presença de uma pessoa.
– Hoje é nosso dia de sorte, irmãos nosso deus nos abençoou, saia daí não precisa ter medo. – O grupo se move com a intenção de cercar a presa, para evitar ser encurralada e morta a mulher decide fazer uma jogada, ela sai do esconderijo calmamente e com as mãos levantadas.
– Ok, ok, vamos manter a calma, agora está bem? Sei que devem estar com fome, contudo posso garantir que não tenho nada aqui para vocês. – Os homens começam a rir e novamente vão se aproximando dela, o que parece o líder toma a frente.
– Aí está seu erro, você tem tudo o que desejamos, vamos nos divertir primeiro e depois levaremos seu corpo para a tribo onde faremos um banquete.
– Olha, caras, acho que vocês não sabem onde estão se metendo ou com quem, vão embora enquanto ainda podem e fica tudo certo. – Novamente o lugar é tomado por risadas e facões são sacados.
– Nós somos quatro e você uma, o'que acha que pode fazer? – O homem se aproxima e estica o braço para tocar a mulher, numa fração de minuto algo brilha e a mão do homem cai enquanto ele grita vendo o próprio sangue jorrar, todos os carniceiros congelam atônitos diante da demonstração de habilidade daquela mulher que deveria ser a presa.
– Que merda vocês estão fazendo? Matem essa puta! – O restante do grupo avança contra M13 que saca uma segunda faca, o primeiro atacante tenta um golpe com o facão lateralmente o que é defendido facilmente pela mulher.
M13 agarra o braço do homem cortando na sequência braço e depois garganta. Antes que os outros tenham chance de reagir ela arremessa a faca em direção ao mais distante que é atingido na coxa indo ao chão. O último homem assustado cai de joelhos em pânico diante da força daquela mulher.
– Não pode ser, olha a gente não sabia, eu faço o que você... – A frase é interrompida pelo facão que atinge o desesperado no meio da testa. M13 vitoriosa vai até o ferido na coxa que se arrastava tentando fugir e termina o serviço com um corte limpo na garganta, ela então se vira e caminha em direção ao primeiro homem parando a centímetro dele com as facas pingando sangue.
– Por favor! Eu não quero morrer, eu não quero.
– Eu lhes dei uma chance, não foi? Agora pague o preço.
– Não por favor, eu tô implorando moça. – A mulher dá de ombros como se viver ou morrer não fosse nada para ela. – Bom, acho que você não é mais uma ameaça mesmo, então tudo bem, mas deve me prometer nunca mais voltar aqui.
– Sim, eu prometo muito obrigado. – O homem sorri e respira aliviado, todavia em seu coração ele já imaginava se vingar daquela mulher que o humilhou, quando um rosnado o traz de volta a realidade. Olhando em volta ele vê a matilha de cães selvagens se aproximando, o som da luta mais o cheiro de sangue tinha os atraído. O carniceiro olha buscando ajuda e percebe que a mulher já havia se distanciado.
– Espera me ajude! você disse que não me mataria! – Um sorriso sombrio aparece no rosto de M13 ao escutar aquelas palavras.
– Sim, disse que "eu" não te mataria, nunca disse nada a respeito deles. – Com essas palavras M13 começa a correr a toda velocidade em direção a passagem para o próximo andar, agora desimpedida, escutando ao fundo os gritos de desespero do homem que era dilacerado.
Olá e bom ver que vocês sobreviveram aos andares zero. Mas não dá tempo de descansar ainda tem muita coisa para acontecer. Então continue em frente e boa sorte e por favor não deixem de votar e comentar.
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