Capítulo 12. Fale para mim
Nicholas continuou a investigar o passado da cidade. Dessa vez, ele partiu em busca do motorista anterior do prefeito Ted, cuja promoção ao cargo de secretário do atual gabinete foi discrepante quanto a outras situações.
Dessa vez, sozinho, observou de longe a presa. Marco estava na pequena praça da cidade, a conversar com alguns amigos. O delegado esperou o momento ideal para atacar.
Após alguns minutos de espera, Marco retirou-se da roda de amigos e dirigiu-se a uma casa. A casa situava-se à direita da rua de acesso principal, logo no primeiro quarteirão. Nicholas, então, partiu discretamente atrás de Marco. Ao sair da praça, Marco entrou em umas das vielas da rua principal. Nicholas percebeu a chance e acelerou atrás do secretário, que por sua vez interceptou o delegado. Encurralados, iniciaram um diálogo:
— O que você quer? Está me seguindo esse tempo todo? — perguntou Marco.
— Calma, calma. Quero apenas conversar. — falou Nicholas.
— Para isso não precisava me seguir. Mas fale, vá direto ao ponto.
— Eu preciso entender um fato que aconteceu logo antes da morte do Ted. Você conseguiu um cargo elevado na prefeitura nesse dia, e ainda neste dia, o prefeito Ted morreu. - Nicholas olhou profundamente nos olhos de Marco. — Vamos concordar que alguma coisa está estranha nessa história.
— Eu não fiz nada, não tenho nada com essa história. Me deixe em paz. — respondeu Marco, continuando sua caminhada.
Nesta fala, Nicholas percebeu o medo na voz de Marco. Percebeu que alguma coisa existia, algum item ou prova que pudesse ajudar na investigação.
— Veja bem, Marco: não estou dizendo que você pode ser preso agora, mas se em algum momento futuro eu descobrir que você participou desse crime, posso te dar bons longos anos de cadeia por ser cúmplice de morte de uma autoridade. Eu posso saber o porquê você subiu de cargo logo neste dia? — Nicholas continuou, forçando uma conversa.
— Não sou cúmplice de nada, mas se é isso que quer saber, digo. Diogo me colocou no cargo quando ele ainda era o vice-prefeito. — respondeu Marco, voltando-se para Nicholas.
— Ótimo! E você aceitou, mas a troco de quê?
— Apenas que eu saísse do cargo de motorista. O Ted confiava e gostava muito da minha pessoa. Cara, eu não tive nada com aquela morte, tudo foi uma trama que não tive nada a respeito.
— Trama? Você quer dizer um plano? Arquitetado por quem?
— A Fazenda Santa, claro. Aqueles cães fizeram tudo isso. Agora me deixe em paz!
— Apenas mais uma pergunta: porque o Diogo ajudou a fazenda?
— Não é óbvio? O prefeito sublime de Ponteville, Diogo, é um dos cães da seita.
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