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Capítulo XXXVIII - BRUNO

Eu já tinha entendido que a Helô não gostava muito da minha companhia. Ela já tinha deixado isso bem claro em todas as oportunidades em que estivemos juntos. Mas aqui estávamos nós, ela sentada em frente ao computador e eu, sentado ao seu lado, sem saber muito bem o que fazer.

Eu já devia ter oferecido ajuda umas duzentas vezes e ela as negara terminantemente. Então, eu estava distraído folheando um livro sem usar as mãos. Vez ou outra eu dava uma espiada, só para me certificar de que ela não precisava de nada.

- Droga! - exclamou ela, quebrando o silêncio.

- Encontrou alguma coisa?

- Meu objetivo é encontrar alguma coisa. Se eu estou reclamando, é porque eu não encontrei nada - tornou, de forma grosseira.

Eu já estava cansado de ouvir grosserias vindas dela. Desde que eu a conhecera, daquela maneira inusitada, ela só se referia a mim com insultos e ironia. Não que eu faça o tipo sentimental, mas acho que nem o mais apático permaneceria indiferente a essa situação. Afinal, uma coisa é gostar da garota, outra coisa bem diferente, é ser um otário.

- Você é muito mal agradecida! - exclamei.

- Mal agradecida? - riu, com deboche. – E a quem exatamente eu deveria agradecer? A você? Um cara que viveu a vida toda puxando no saco daquela gente? Que machucou pessoas inocentes para defender as pessoas que tornaram a vida de um monte de gente um inferno?

- Pelo que eu me lembre, você não estava lá para falar com tanta propriedade sobre o que aconteceu. - dei de ombros.

- Meu irmão estava. E ele me contou como você defendeu aquele médico psicopata.

- Eu só fiz o que eu tinha que fazer, caramba! - exclamei, com raiva. – Aquilo que eu fui condicionado a fazer a minha vida inteira. Mas ninguém nunca se interessou em entender o meu lado da história. "O Bruno defendeu aquela gente, então vamos culpá-lo pelo resto da vida". Afinal, é mais fácil atirar pedras sem conhecer os dois lados, não é?

Virei as costas e saí da sala principal. Como eu estava com muita raiva, acabei descontando-a em algumas prateleiras de livros, que caíram no chão fazendo um estardalhaço.

Eu só queria espairecer um pouco e caminhar sempre ajudava a clarear a minha mente. Segui então por uma escada em caracol que levava para o piso superior. Não tratava-se de um pavimento inteiro, mas de um mezanino. A escada era estreita e bastante perigosa para um acesso da biblioteca, o que me levou a crer que ali estava arquivado algo que a população normal não deveria ter acesso.

Com um pouco de dificuldade, subi a escada e dei de cara com uma porta de ferro trancada com uns cinco cadeados. Alguma coisa muito confidencial estava ali dentro. Era provável que o que estávamos procurando, seja lá o que fosse, estava ali. Por isso, desci as escadas correndo a fim de contar aos outros minha descobertas.

Passei correndo pela sala onde a Helô estava e segui em direção ao subsolo. Como haviam corredores demais, levei um tempo considerável para encontrar os dois, sentados no chão, com jornais espalhados por todos os lados.

- Tem uma coisa que eu quero que vocês vejam - disse. – Acho que vocês vão gostar.

Seguimos até a escada em silêncio. Vez ou outra um de nós suspirava mais alto, mas fora isso, a ausência de barulho era quase sufocante. Até passamos novamente pela Helô e seus computadores, mas dessa vez ela ficou esquecida.

Ao chegar na escada, pude ver o brilho no olhar deles. O Zeca tomou a frente na subida da escada e nós o seguimos. Sem a menor dificuldade ele atravessou a parede. Dentro de poucos segundos ele nos puxou para dentro também, revelando um pequeno arquivo mofado e muito fedido.

- Acho que tem mais ácaros aqui do que no resto do planeta inteiro! - exclamou a Malu, em meio a espirros.

- Isso que nem ao menos começamos a mexer neles - completei.

Sem que ninguém precisasse combinar, seguimos para diferentes corredores, abrindo gaveta por gaveta, a fim de descobrirmos o que de tão importante precisava ser guardado por vários cadeados.

Ao abrir as gavetas, só tive decepções. Encontrei diversos arquivos de funcionários antigos, jornais antiquíssimos e alguns livros em estado de calamidade pública.

- Algum progresso aí? - indaguei.

- Se você considerar jornais velhos e livros caindo aos pedaços uma peça importante na nossa busca, então sim. Tive um progresso imenso! - zombou a Malu.

Como o quarto não era muito grande, em poucos minutos nós já tínhamos destrinchado todas as gavetas de todos os arquivos sem nenhum sucesso.

- Eu não entendo - falou o Zeca, ainda abrindo gaveta por gaveta – Pra quê trancar um arquivo morto?

Ninguém respondeu nada a respeito. Acho que todos estavam questionando a mesma coisa. Tinha que ter algum motivo para isso.

- Eu não sei, Zeca – disse a Malu, bocejando. – Mas acho que já está ficando bem tarde.

- É verdade. - concordei – Amanhã voltamos aqui.

*******************

E aí? O que será que eles vão encontrar nesse tal arquivo?

Não esqueçam do voto e do comentário.

Beijo

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