Capítulo XLIX - MAG
Aquela era mais uma manhã típica. Todos viviam suas vidinhas enquanto eu permanecia sozinha, lendo no meu canto. E isso era ótimo! Depois de um tempo todos finalmente pareciam ter entendido que era assim que eu queria viver! Todos, menos o insuportável do Joca.
E cá estava ele novamente, me importunando. Dessa vez ele não puxara nenhum assunto desagradável. Apenas se sentara ao meu lado. Pensei que ignorá-lo seria uma boa saída e que em alguns minutos ele se cansaria e sairia de perto. Ledo engano. Quase duas horas depois, esse xarope ainda estava do meu lado.
- Você não tem uns pães pra roubar por aí? - indaguei, encarando-o por cima do meu livro.
- Na verdade, não – sorriu, presunçoso. – Tenho o dia livre.
- E eu suponho que você decidiu passar seu dia livre ao meu lado - arrisquei.
- Exato.
Suspirei e voltei a ler meu livro. Esse era o único livro que eu tinha. Uma triste recordação que encontrei no laboratório abandonado, quando eu ainda morava no hospital. Era um romance barato e velho, que chegava a me causar crises de alergia. E eu já o tinha lido tantas vezes que já tinha decorado cada palavra.
- O que você está lendo? - perguntou ele, depois de muito tempo de silêncio.
Levei um pequeno susto, pois, por um instante, eu tinha esquecido que ele estava aqui.
- Nada que seja da sua conta - respondi.
Mais uma eternidade de silêncio.
- Por que você está aqui?
- De novo? - revirei os olhos, cansada.
Ele concordou com um aceno de cabeça.
O Joca não é o que se pode chamar de um cara bonito. O Tonho era bonito. O Zeca também era um pouco. O Joca não. Apesar de não possuir nenhuma característica que o tornasse assim, eu não sabia explicar exatamente qual o problema com ele.
- Se eu responder, você promete que larga do meu pé?
Mais uma vez, ele concordou com um aceno de cabeça.
- Eu estou aqui por causa da Dani. Eu sei que aqui é seguro pra ela e sei também que se eu quisesse ir embora, ela viria atrás de mim - expliquei. – Eu odeio ficar aqui, mas eu assumo esse sacrifício por ela. É para isso que servem os irmãos.
Sem titubear, ele levantou-se do chão e encaminhou-se pra entrada da casa, sem dizer nada.
- Ei! - chamei-o, quando já estava quase cruzando a porta. – O que você está fazendo?
- Cumprindo a minha promessa.
*******************
Joca não decepciona. Cumpriu a promessa mais rápido do que vocês imaginavam. Próximo capítulo vocês vão conhecer a historia desse personagem tão misterioso ;)
Desculpem pelo atraso. Com esses feriados todos, estou perdida no tempo e achei que hoje era sábado ¬¬.
Aproveitando a oportunidade. Queria desejar um ótimo 2018 pra todos nós. Que seja ainda melhor do que 2017 foi :D
Não esqueçam do votinho e do comentário.
Beijão ;*
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