Agora que a Malu já entendera meu plano, seria mais fácil pensar sem sentir toda a culpa que eu sentia antes. Eu já tinha descoberto as escutas nos quartos, já tinha a Malu do meu lado e o médico acreditava fielmente que eu estava conformado com essa situação. Eu só precisava convencer a Flávia.

Segui até seu quarto e bati duas vezes antes de entrar. Ao contrário da Malu ela não estava na cama. Na verdade eu não a encontrei em lugar nenhum.

- Está me procurando? - indagou, entrando pela porta logo atrás de mim.

- Estou – respondi. - Se vamos conviver aqui por tanto tempo, acho que precisávamos pelo menos nos conhecer melhor.

- Você não me pareceu nada interessado na minha amizade da primeira vez que nos vimos – tornou, sentando-se na sua cama.

- Aquelas eram outras circunstâncias – respondi, sentando-me na cama ao seu lado. - Agora tudo é diferente.

- Acho que você está certo, Bruno – concluiu, dando-me a mão para que eu apertasse.

Ao apertar, notei que ela me passou um pequeno bilhete na mão. Abri o bilhete que dizia:

Minha irmã está em perigo. Preciso da sua ajuda.

- Se trabalharmos juntos, tudo vai ficar bem – foi tudo o que eu disse.

Voltei para o corredor e comemorei em silêncio. A Flávia agora era nossa aliada.

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Será que dá pra confiar na Flávia?

Hoje a Segunda Geração alcançou 50k views. Tem menos de um ano e dois meses que esse livro foi postado e já alcançamos essa marca incrível. E é tudo graças a vocês!! Muito obrigada.

Um super beijo e até amanhã ;)