02
A semana passou voando, não vi Lucas desde aquele dia. Ás vezes me parece que a cena de segunda foi minha imaginação, mas não foi.
Estou me arrumando para a festa, o tempo está fresco. Optei por um vestido florido, colado ao corpo, na metade das coxas, ele é de manga curta e tem um decote generoso nas costas, um salto preto, cabelos soltos e para completar uma make leve.
— Caramba, amiga, você está de parar o trânsito — diz Paty ao entrar no meu apartamento.
Ela também está linda com um vestido azul marinho e saltos. Os seus cabelos castanho-escuro caem em ondas nas costas.
— Você também não está nada mal — brinco e ela me olha com cara feia.
— Vamos que não quero pegar fila.
Dou uma última olhada no espelho e saímos rumo à boate.
Eu moro próximo à estação Pinheiros e a boate fica perto da estação Paulista, ou seja, um pulo.
Ao chegarmos tem uma pequena fila, mas nada demorado. Entramos e fico maravilhada com o ambiente, no meio uma pista enorme com várias pessoas dançando ao som de Don't You Worry Child - Swedish House Mafia. Do lardo esquerdo fica o bar com vários bartenders fazendo todos os drinks que se possa imaginar, ao mesmo tempo em que preparam eles dançam; no fundo há bebidas expostas e um jogo de iluminação pirotécnica. Do lado direito há sofás e mesas para quem quiser conversar ou ficar mais à vontade. No fundo um palco com DJ, dos lados ficam as escadas que dão acesso ao segundo andar, onde há mais mesas e sofás, mas entre esses tem lençóis de seda que descem girando, dando meio que uma privacidade entre um sofá e outro.
— Isso é perfeito! Olha só para a pista, show de bola — diz Paty. — Vem, vamos beber algo para esquentar.
Vamos para o bar e pedimos algumas Margueritas. Um carinha loiro, super gato, nos atende e pisca pra gente. Depois de algumas bebidas já estamos mais soltas, então vamos para a pista de dança. Está tocando Love is gone — David Gueta.
Começamos a dançar ao som da música, um mar de corpos se mexendo. Passado um tempo, sinto um corpo atrás de mim, ele envolve a minha cintura enquanto danço. Estou tão envolvida nas sensações que não me importo. O estranho começa a se roçar em mim no ritmo em que mechemos os nossos corpos colados. O seu cheiro me ínsita, um cheiro másculo. Ele começa a beijar o meu pescoço e o meu clitóris responde na hora, já posso sentir a sua ereção roçar na minha bunda. Percebo que ele é mais alto que eu, mas devido aos saltos encaixo perfeitamente no seu corpo.
De repente ele me vira e vejo que o estranho, na verdade, é a tentação em pessoa: Lucas.
Ele me olha como se fosse me comer.
O que espero sinceramente que aconteça, grita o meu inconsciente.
Com aquele sorriso de molhar calcinha, Lucas diz no meu ouvido:
— Eu disse que a noite promete.
Nessa hora eu congelo, não sei o que dizer ou o que pensar. Mas o meu subconsciente sabe e ele diz, ou melhor, ele canta: "Hoje você não me escapa, hoje, vem que a nossa festa é hoje".
Putz! Cantando Ludmila, nem sei por que isso me veio à mente.
Olho para os lados atrás de socorro, mas Paty já se enroscou com um moreno e nem se lembra de mim. Volto a olhar para Lucas, que continua me olhando com cara de safado, e que safado gostoso.
Estamos dançando sensualmente, ele desce sua boca até a minha, mas não me dá o beijo que tanto quero. Começa com beijos no canto da minha boca e vai descendo pelo pescoço, morde de leve, o que envia uma descarga elétrica direto para o meio das minhas pernas. Sinto-me tonta, mas o seu ataque continua, ele vai alternando entre morder e sugar, enquanto as suas mãos passeiam pelo meu corpo. O meu vestido sobe com os nossos movimentos, ele não para de se mexer comigo. Porque é exatamente isso o que estou fazendo, me mexendo, a única coisa que tenho noção é da boca e das mãos do Lucas no meu corpo.
De repente ele para e sussurra:
— Espero que nos seus sonhos eu tenha feito você gozar tanto ou mais quanto irei fazer hoje.
Tento falar, mas sou interrompida com o seu dedo que contorna os meus lábios, enquanto ele diz no pé do ouvido.
— Shi... eu sei que você quer tanto quanto eu. — Mal sua frase terminar, sua mão pega a minha e coloca em cima da sua ereção, que já está dura como pedra. — Eu sei que você me observa da janela enquanto ando de cueca pela casa e que gosta do que vê.
Ele sente o meu tremor de vergonha, mas na hora balança a cabeça e completa:
— Não precisa ter vergonha, o meu intuito sempre foi que você me visse daquele jeito. Você não imagina quantas vezes quis parar em frente aquela janela e me masturbar para você.
Não sei que o dizer, na verdade, não sei nem como respirar nesse exato momento.
Lucas solta a minha mão, que cai para o lado. Uma das suas mãos vai para o meio das minhas coxas, sobe um pouco o meu vestido e afasta a calcinha, enfiando um dedo em mim. Gemo na hora e se ele não estivesse me segurando iria cair.
Ele logo ele o retira, arruma a minha calcinha, traz o dedo até sua boca e chupa, quase gozo só de olhar essa cena.
Já tinha lido em vários livros, mas nunca alguém tinha feito isso comigo e me desculpem o palavreado, mas é sexy pra caralho.
— Perfeita como imaginei — diz ele em meu ouvido.
Vocês devem estar imaginando como, em uma boate, estamos fazendo essa cena? Mas já foi em uma? As luzes fortes piscando, a fumaça, vários corpos dançando, ninguém vê nada.
Sinto Lucas me puxar da pista de dança e subimos as escadas de mãos dadas. Lembra a coisa dos lençóis que falei, é para lá que vamos. Ele senta em um sofá mais afastado e me senta ao seu lado.
Lucas está usando um jeans desbotado, colado ao seu corpo perfeito, uma camisa branca, botas e uma jaqueta. Está estupidamente sexy.
Ele começa logo a me beijar, dessa vez um beijo de língua delicioso, perfeito, que me faz arrepiar inteira. O meu clitóris implora para ser tocado e, como se lesse o meu corpo, Lucas desce a mão até a barra do meu vestido e o sobe até alcançar o meu clitóris.
Como estamos sentados atrás de uma mesa, quem olha pensa que ele está somente inclinado, me beijando. Quando, na verdade, está com a mão no meio das minhas pernas, me fazendo gemer em seu ouvido.
Lucas afasta a minha calcinha a começa a rodar o dedo no meu clitóris, e eu quase gozo, mas ele percebe e acalma um pouco, porém logo começa de novo. Beija o meu pescoço e eu vou à loucura.
Estou quase lá, então ele para e diz:
— Eu sei que você está quase lá, mas a primeira vez que você gozar para mim vai ser com minha boca no meio das suas pernas.
Esse homem só pode estar querendo me matar, como em sã consciência ele me diz isso nessa calma e acha que não vou enfartar?
— Lucy, presta atenção, você vai descer a escada e ir até o banheiro feminino, do lado tem uma porta que está escrita somente funcionários, você vai entrar e me esperar lá. O.k? — Só consigo balançar a cabeça que sim.
Já viu aqueles cachorrinhos de enfeite que só balançam a cabeça, estou igual a um desses nesses últimos momentos ao lado de Lucas, mas esse é o seu efeito sobre mim. E, claro, também o fato de eu estar subindo pelas paredes.
Lucas me dá mais um beijo e diz para eu ir.
Desço as escadas com as minhas pernas como se fossem de gelatina. Vou até onde ele disse, confesso que fico com medo de ser pega ou encontrar alguém, mas algo grita que eu tenho que entrar naquela porta. E entro.
Espero uns cinco minutos até que a porta é aberta e o meu coração gela, mas é apenas Lucas.
Ele se aproxima, encaixa-se no meio das minhas pernas e me beija. Lucas tira sua jaqueta, deixando à mostra os seus bíceps, que me deixam babando. Ele não é tão musculoso, mas está longe de ser magro.
Delicadamente, ele me deita em cima da sua jaqueta que me serve de travesseiro.
— Está te machucando? — pergunta.
— Não!
Lucas começa a me beijar e me agarro em seu pescoço, o puxando para mais perto. Nosso beijo dura até que precisamos parar um pouco para respirar. Ele encosta a sua testa na minha e começa a falar olhando em meus olhos.
— Lucy, você merece mais que um galpão qualquer, mas sinceramente não sei se aguento esperar até chegar em outro lugar. Já esperei tempo demais.
— Eu também. Só faça valer a pena.
— Pode ter certeza que farei — diz com um sorriso safado, antes de começar o seu ataque.
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