#SaindoDoHiatus. Espero que gostem deste cap, n esqueçam a estrelinha^^

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  LOST NARRANDO

Sentia algo subindo na minha cama, passando a mão no meu cabelo e na minha cintura. Não conseguia mexer meu corpo, estava preso por algo viscoso. Então senti lábios no meu pescoço e suas mãos pálidas e frias tocando minhas áreas sensíveis, não queria, porém gemer era inevitável. Olhei pro Toby na tentativa de chama-lo mas minha voz não saia, seu olhar era irritado, podia sentir que discordava da cena.

???: Será minha e ele não fará nada.
     
Acordei suada com essa voz distorcida ainda rodopiando na minha mente. Olhei pro lado e Toby não estava. A janela aberta dedurava os pequenos raios de sol nascendo no horizonte.
    
  Levantei com uma gritaria la em baixo, o que era estranho pois minha tia não era muito de brigas. Então desci correndo pra ver, e travei no mesmo instante ao ver minha tia tentando barrar meu pai.

Tia Bruna: Saia Jorge!!! Você não vai encostar nela.

Jorge: Aquela piranha é minha filha! --- Ele empurra ela a fazendo cair no chão --- Não se meta vagabunda. --- Chuta a barriga dela. --- LOST! PAPAI CHEGOU.
   
  Fui pra trás, contudo, derrubei um vaso que me caguetou na hora.

Jorge: Ai está você sua ratinha imunda. --- me olha com nojo
  
   Saio correndo na medida em que ele vem atrás de mim. Jorge segura nos meus cabelos jogando meu corpo no chão, bati com tudo no assoalho frio.

Jorge: Você me paga pelo que passei na cadeia --- Rosna montando em mim e me socando o nariz --- Seu lixo! Sua vagabunda!

Lost: Foi pouco o que você passou na cadeia! --- Rosno zonza e consigo dar um soco nele.
   
   Levanto segurando o nariz que sangrava. Recebo um chute nas costas e caiu na escada. Ele pisa na minha perna e eu grito de dor.

Tia Bruna: FIQUE LONGE DELA! --- Berra tirando ele de cima de mim.

Jorge: Me solta prostituta. --- Ele pega minha tia pelo pescoço e lhe soca o olho. A desmaiando no chão
     
Volto a correr até meu quarto o trancando. Quase caio pra trás quando Jorge a chutou na tentativa de abrir a porta.

Jorge: Não se esconda como sempre faz Lost! Temos contas a acertar.
      
Tremi de medo, minhas pernas travaram, eu não podia deixar ele me pegar e fazer o mesmo que fez com minha mãe. Forcei minhas pernas a andarem, peguei meu soco inglês que escondia no armário e me sentei num vão atrás do guarda roupa, era meu local secreto.
   
  Ouvi a porta sendo arrombada e os passos dele pelo quarto. Um calafrio subiu e desceu pela minha espinha enquanto ele desarrumava o mesmo.

Jorge: Eu sei que você está aqui! APAREÇA! --- Urra quebrando tudo.
   
  Até que ele para onde eu estava e me pega pelo cabelo jogando meu corpo no chão, a intensidade me levou a escorregar e a bater a cabeça na cama.

Lost: Eu não tenho que obedecer você! É um pedaço de bosta! --- Levanto apontando socando o rosto dele. Jorge cambaleia pra trás e limpou o sangue

Jorge: Vejo Espinhos nessa rosa afinal de contas, PENA QUE ISSO NÃO IRÁ SALVA-LÁ!
  
  Jorge voa em mim e rolamos no chão, seu corpo para em cima do meu, suas mãos grandes laçaram meu pescoço impedindo a passagem de ar; peguei uma adaga que guardo na bota e enfiei nas costas dele, não deu em nada, so serviu para aumentar a intensidade do aperto, sentindo minha traqueia comprimir e estalar.
     
A vida se esvaia de mim aos poucos, até que eu vi uma outra garota tomando o lugar dele, mas com um sorriso tão diabólico que fez meu sangue gelar, podia dizer que tínhamos semelhanças. Me lembrava muito a garotinha que se cortava naquele sonho.

???: Você não me conhece, mas eu sei muito bem que você é, Lost Grenadine. --- Disse com a voz de barbie perfeitinha, porém irritada --- Continua fraca, não pode se deitar nos braços da morte para sempre. Ela não é uma mãe, e sim um carrasco. O que fará quando seu pai voltar?

Lost: M..Mas quem é..vo..você? --- Pergunto com dificuldades pelo aperto. Até que consigo dar uma joelhada nas costelas dela e me soltar.

    Recuperei o fôlego e lhe dei uma chave de coxa. Mas ela era muito boa e conseguiu se soltar.

???: Olhe nos diários da sua mãe e veja os segredos dela.
    
Uma risada ecoa sobre todo o lugar e recebo um corte fundo no rosto.

Acordo novamente, eu estava dormindo ainda, num processo paralelo de dois mundos, porém foi tão real. Meu rosto doía e sangue escorria dele, não conseguia entender, talvez não tenha sido só um sonho.

   O relógio afirmava quatro horas da manhã, meu coração batia descompensadamente e eu estava suando frio. Toby não estava no meu quarto e a janela aberta com a luz do luar iluminando a escuridão tênue do lugar, as trovoadas estrondavam lá fora como tambores em alta frequência.
  
       Voltei a deitar e fitar o teto e ouvir o barulho de chuva. Pelo visto eu realmente não conhecia os pais que tinha, passei 16 anos convivendo com pessoas que olhando agora pareciam completos estranhos. Mas eu não vou deixar as coisas assim, não mais, preciso descobrir.
  
  Coloquei:

   Peguei uma lanterna, e facas da minha coleção:

Por último, meu celular, pulei a janela e resolvi voltar a antiga casa dos meus pais. Onde uma fita amarela estava na frente. É hora de por as cartas na mesa.