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08 - CAMINHOS DISTINTOS




O SALÃO DE GUERRA do palácio de Dorne estava silencioso, exceto pelo som da brisa quente que percorria o ambiente. Era uma sala ampla com uma mesa e alguns mapas, alguns artefatos de guerra estavam pendurados pelas paredes e ela era pouco utilizada visto que há muito tempo Dorne não enfrentava uma guerra. Lyanna e Oberyn se debruçaram sobre o mapa de Westeros, estudando cada detalhe com uma intensidade que fazia o ar parecer mais pesado. As notícias recentes pesaram sobre eles, sobretudo no coração de Lyanna, mas havia um propósito claro em suas mentes: Sansa precisava ser resgatada e os Lannisters precisavam ser derrubados.

Lyanna estava visivelmente agitada, os olhos fixos nas terras do Norte, onde sabia que sua família estava sendo ameaçada. Oberyn sempre muito observador acabou notando o turbilhão de emoções passando pelo rosto dela, mas manteve sua própria expressão cuidadosamente controlada. Ainda assim ele fazia o possível para entregar à esposa o máximo de leveza possível, o que incluía seus sorrisos debochados e flertes descarados.

- Se eu for a Porto Real... - Lyanna ponderou em voz alta. - Os Lannisters saberão. Eles ficarão atentos, esperando que eu faça algum movimento. Isso tornaria impossível chegar perto de Sansa, quanto mais tirá-la de lá.

Oberyn assentiu compreendendo perfeitamente as preocupações dela. Ele já havia refletido sobre isso também, sabendo que Lyanna, como uma Stark, seria uma ameaça óbvia para os Lannisters.

- Você tem razão, eles estarão esperando por você. Cersei sabe que você tentará proteger sua irmã e ela não hesitará em usar isso contra você.

Lyanna desviou o olhar para Oberyn, mesmo determinada havia uma sombra de angústia em seus olhos. Não era fácil para ela admitir que não poderia ir pessoalmente para salvar sua própria irmã, mas sabia que as circunstâncias exigiam outra abordagem.

- Eu preciso voltar para o Norte. - Ela declarou, quase como se estivesse resolvendo isso dentro de si mesma. - Preciso reunir nossos aliados e unificar as forças que ainda nos restam. Se eu puder fortalecer nossas defesas e reunir o máximo de apoio possível, poderemos fazer frente aos Lannisters quando chegar a hora certa.

Oberyn não discordou. Ele sabia que sem o Norte unido qualquer tentativa de derrubar os Lannisters estaria fadada ao fracasso. Mas também sabia que para isso acontecer Sansa precisava ser resgatada primeiro. Os Lannisters a estavam usando como peça chave, mantendo o domínio sobre o Norte através do casamento forçado com Tyrion. Sansa permanecer em Porto Real dava ao inimigo uma vantagem grande, precisavam tirar isso deles.

- Você está certa. O Norte precisa de uma liderança forte agora, alguém que possa inspirar os homens a se unirem contra os Lannisters. Mas Sansa... - Ele hesitou sabendo que as próximas palavras seriam difíceis de dizer. - Sansa é uma prisioneira em Porto Real e seu casamento com Tyrion é a chave que os Lannisters usarão para manter o controle sobre o Norte. Ela precisa ser tirada de lá antes que eles possam usá-la contra nós.

Lyanna apertou os punhos, as unhas cravando nas palmas das mãos. Ela sabia que ele estava certo, mas a impotência de estar longe da irmã a corroía por dentro. Ela sempre fora protetora, sempre estivera disposta a lutar por aqueles que amava. Sempre soube qual era o seu dever enquanto irmã mais velha e sentia constantemente que estava falhando. E agora, mais do que nunca, ela sentia que estava falhando em proteger sua família. Estava presa nesse papel de assistir tudo a distância e ver todos partirem.

Não podia nem ao menos se despedir.

- Eu deveria estar lá para ela. - Lyanna murmurou quase para si mesma. - Mas não posso. Eu sei que não posso. E é isso que me angustia.

Oberyn se aproximou dela até que os olhos da esposa repousassem nele:

- Você a protegerá de outra forma, Lyanna. Indo para o Norte, reunindo seus aliados, fortalecendo suas posições. Você estará lutando por ela mesmo que não esteja ao lado dela fisicamente.

Ela levantou os olhos para ele buscando conforto e segurança na expressão do Príncipe de Dorne. Havia algo em Oberyn, uma força silenciosa e inabalável, que a fazia sentir que tudo ainda era possível, mesmo diante de tanta adversidade.

- E você? - Lyanna perguntou, já sabendo a resposta, mas precisando que ele confirmasse para tranquilizar o seu coração.

Oberyn sorriu, um sorriso frio e calculado, um reflexo da vingança que ele há muito guardava em seu coração.

- Eu irei a Porto Real. - Ele disse com firmeza, mas com o olhar de quem parecia saborear a ideia. - Irei sob o pretexto de participar do casamento de Joffrey. Eles estarão esperando que eu faça algo impulsivo, algo que denuncie minhas intenções. Mas eles não sabem do que sou realmente capaz. Aproveitarei essa oportunidade para executar minha vingança e, ao mesmo tempo, tirar Sansa de lá.

Lyanna o encarou percebendo a determinação nos olhos dele, mas também sentindo uma pontada de preocupação. Ela sabia que a vingança era algo perigoso, algo que poderia consumir uma pessoa por completo. Ela e Oberyn caminhavam sobre uma corda bamba, seria fácil qualquer um dos dois perder o equilíbrio e não podiam se deixar o luxo de falhar dali em diante.

- Você precisa ser cuidadoso, Oberyn. - Ela alertou com a voz cheia de preocupação genuína. Deixou que seus sentimentos transbordassem ali. - Cersei, Tywin... eles não são tolos. Eles estarão esperando por você, tentando prever seus movimentos. Não podemos nos dar ao luxo de perder você também.

Oberyn inclinou a cabeça em um gesto de compreensão, mas havia algo implacável em seu olhar.

- Não se preocupe comigo, Lyanna. Eu vivi muito tempo com essa raiva, com essa dor. Agora é a hora de usá-la a meu favor. Cersei e Tywin podem pensar que me conhecem, mas não sabem o que sou capaz de fazer quando minha família está em jogo. E agora, Sansa é parte da nossa família.

Lyanna assentiu finalmente aceitando o plano. Ela sabia que essa era a única maneira de garantir a segurança de Sansa e de ao mesmo tempo enfraquecer os Lannisters. Mas o pensamento de se separar de Oberyn, de confiar nele para essa missão perigosa, ainda a deixava inquieta. De uma maneira que ela não imaginava que fosse ficar. Olhou atentamente para o esposo observando seus traços, suas expressões e todos os seus detalhes.

De todas as tragédias que haviam acometido sua vida, Lyanna teve um porto seguro. Achou que o deserto mataria o seu espírito e apagaria a sua identidade. Mas Oberyn foi o seu oasis, a sua sombra e a manteve firme. Ele a abrigou e a ajudou a usar suas emoções como uma arma, ela agora tinha uma lança afiada em sua mão e chegava a hora de usar.

- Quando você partirá? - Ela perguntou tentando manter a voz firme.

- Em breve. - Respondeu ele. Não pareceu notar os que os olhos dela estavam desesperados para dizer. - Preciso me preparar, fazer os arranjos necessários. Mas não vou demorar. O casamento de Joffrey é a nossa melhor chance e não podemos desperdiçá-la.

Lyanna deu um passo em direção a ele, olhando diretamente em seus olhos.

- Tome cuidado, Oberyn. - Ela pediu com sinceridade. - Volte para mim. Volte para nós. Não importa o que aconteça em Porto Real, lembre-se de que precisamos de você aqui.

Oberyn sorriu novamente, mas dessa vez havia um toque de suavidade em sua expressão.

- Eu voltarei, Lyanna. - Ele prometeu a tranquilizando. - E quando eu voltar, será com Sansa ao meu lado. E então, juntos, derrubaremos os Lannisters e daremos ao Norte e a Dorne a vingança que ambos merecem.

Eles ficaram em silêncio por um momento, ambos cientes da gravidade do que estava por vir. Mas também havia uma confiança silenciosa entre eles, um entendimento mútuo de que estavam prestes a mudar o curso da história. Havia uma maior proximidade entre eles, mas ambos hesitaram em se tocar.

Finalmente, Lyanna se afastou, voltando-se para o mapa sobre a mesa.

- Então está decidido. - Disse ela retomando o tom de comando. - Você vai para Porto Real e eu voltarei para o Norte. Vamos unir nossas forças e fazer o que for necessário para proteger nossa família.

Oberyn assentiu dando o primeiro passo em direção ao seu destino. Ele sabia que a jornada à frente seria perigosa, mas estava preparado. E mais do que isso, estava determinado a cumprir sua promessa. Por Elia e agora também por Lyanna.

Lyanna observou enquanto ele saía da sala, ela sentiu um misto de preocupação e esperança. Ela sabia que os próximos dias seriam cruciais, mas também sabia que estava pronta para enfrentar o que viesse. Com Oberyn ao lado dela, mesmo que separados por uma distância física, sentia que de alguma forma eles conseguiriam prevalecer. E surpreendentemente percebeu que agora sua matilha era composta de um lobo e uma serpente, o resquício de um sorriso transpassou o seu rosto com aquele pensamento.

E assim, com um plano em mente e o peso do destino sobre seus ombros, Lyanna Stark e Oberyn Martell se preparavam para mudar o curso da guerra que consumia Westeros. Eles sabiam que o caminho seria difícil, mas estavam prontos para lutar, até o fim, por aquilo que acreditavam e ansiavam acima de tudo: vingança.

NA NOITE ANTERIOR à partida de Oberyn e Lyanna, o dornês se recolheu em seus aposentos para descansar enquanto a nortenha ainda se debruçava sobre mapas e repassa suas estratégias mentalmente. Apesar de estar ansiosa com tudo o que precisavam executar a partir dali, estava muito mais indecisa a respeito do que fazer com os seus sentimentos. Lyanna sabia e já admitia para si mesma que seu casamento com Oberyn foi uma surpresa e quiçá uma bênção dos deuses em meio a tantos desdobramentos negativos.

Era um casamento que fora orquestrado para a aprisionar, para quebrá-la até que ela não se visse mais como uma Stark. Porém, foi um passo mal calculado de Cersei, com certeza. E o matrimônio acabou por mantê-la segura, poucos ou quase nenhum outro Lord em Westeros poderia oferecer a ela tamanha gentileza. Em seu luto, Oberyn aprendeu como cuidar dela de uma forma que a transformasse.

Mas uma dúvida ainda pairava sobre Lyanna. Se ele havia aceitado o casamento enxergando ela como uma arma para vingança, o quanto realmente ele havia feito tudo aquilo por ela e não pelo seu plano de saciar a própria vingança?

Agora eles teriam apenas mais uma noite e depois poderiam se ver depois de muito tempo ou até mesmo não se ver nunca mais. E a única forma que ela tinha de saber era perguntando a ele. Como coragem era algo que não faltava em Lyanna, depois de ter organizado seus pensamentos ela seguiu até os aposentos que dividia com seu esposo.

O quarto estava escuro, salvo por alguma velas acesas nas extremidades do cômodo. A varanda aberta dava vista ao luar e as estrelas que encobria o céu noturno. Ao se aproximar da cama Lyanna observou Oberyn e que dormia com o peito descoberto e respirava profundamente. Ela se aproximou deixando suas mãos deslizaram pelo seu peito e chamou seu nome com um sussurro calmo para não o assustar.

Oberyn despertou piscando os olhos até conseguir focar o olhar em Lyanna, ele levantou o tronco se apoiando em um dos braços e segurando a mão dela enquanto perguntava preocupado:

- Outro pesadelo?

- Não é isso. - Ela o tranquilizou. - É que eu estive pensando e queria lhe perguntar uma coisa.

Ele acenou com a cabeça de forma afirmativa incentivando-a a continuar.

- Tudo o que fez por mim foi pensando unicamente na vingança que deseja executar ou parte disso foi por ter algum apreço por mim? - Ela enfim perguntou.

Por um instante Oberyn a encarou como se estivesse tentando processar o que ela havia dito e então abriu um sorriso seguido de uma gargalhada.

Lyanna se irritou com a reação dele e fez menção de se levantar, mas ele a puxou de volta para a cama ainda rindo. Ela tentou o afastar, mas ele a manteve perto.

- Você me dá trabalho, nortenha. - Ele disse em um tom carinhoso que a fez parar mesmo relutantemente. Oberyn passou as mãos pelos ombros e braços dela enquanto a puxava lentamente para o seu abraço. Era como se estivesse de fato acalmando um lobo. - Deixe-me ser mais claro com você, Stark. A vingança é importante para mim? Sim, mas você me deu uma razão para continuar vivendo para além da minha própria raiva e rancor. Com você não precisei mais de prazeres para mascarar a minha dor. Em você encontrei um propósito genuíno.

Ela o ouviu com atenção e então balançou a cabeça devagar, seu corpo relaxou ao toque dele e sua expressão se suavizou.

- Então precisa sobreviver, entendeu? - Ela tinha a intenção de soar firme, mas soou sentimental e aquilo fez o coração de Oberyn acelerar. - Precisa voltar para mim.

- Farei como a minha esposa ordena. - Ele assegurou tocando o rosto dela e a puxando para perto. - Eu te amo, Lyanna.

Era tudo o que ela precisava ouvir para se lançar no abraço dele o beijar. O toque tinha uma sensação diferente e o gosto do beijo revelava muito mais do que a noite de núpcias dos dois. Depois de passarem por tanto, eles se conheciam em um nível muito mais profundo o que significava que o desejo era muito mais profundo.

Além de haver muito mais do que desejo entre os dois. Conforme Lyanna traçava o corpo de Oberyn com seus dedos e ele a puxava para sentar em seu colo, existia entre eles os reconhecimento, a familiaridade e a sensação de que estavam em casa um com o outro.

O príncipe passou as mãos pelas coxas dela subindo a saia de sua fina camisola e permitiu que seus lábios se demorasse em seu pescoço, respirando fundo para sentir o cheiro dela e distribuir beijos pelo seu pescoço. Apertou firmemente o seu quadril fazendo-o roçar em sua virilha.

Seus lábios passearam pela sua pele enquanto as alças de sua camisola caíam-lhe pelos ombros. Oberyn beijou seus ombros desnudos e não conteve o próprio desejo deixando-se beijar-lhe os seios. Sua boca traçava a curva de seus peitos enquanto o quadril dela se encaixava no dele.

Ambos arfaram quando o membro dele deslizou devagar dentro dela a preenchendo, Oberyn se rendeu ao ritmo do quadril de Lyanna sobre ele. Suas mãos a apertavam com vontade e seus beijos eram entrecortados pelas declarações que o príncipe proferia. O dornês sempre fora dado às paixões da vida, mas ali reconhecia que Lyanna era o seu amor.

Quando encontrou o ápice do prazer com ela e a observou gemendo para ele até as pernas de ambos tremerem com ondas de prazer, por um instante ele se permitiu imaginar como seria a vida se apenas permanecessem ali um com o outro. Se seriam capazes de conviver com os fantasmas dos passados e ao invés de procurarem justiça pudessem simplesmente viver.

Ele respirou fundo balançando a cabeça.

- Droga, Lyanna. Agora vai ser difícil eu querer partir. - Ele murmurou.

- Isso é pra você não esquecer de voltar para mim. - Ela tocou o rosto dele e beijou-lhe a testa carinhosamente. - Eu te amo, meu príncipe.

Eles se abraçaram e permaneceram assim até o sol nascer e o dever os convocar. Oberyn só soltou a mão de Lyanna para subir em seu cavalo e partir naquela manhã, mas antes de sair pelos grandes portões de Dorne ele olhou para trás e memorizar cada detalhe da silhueta e das feições de sua esposa enquanto se despediam. Ele sabia que se um dia viesse a deixar esse mundo, ela seria a última coisa que ele veria.



NOTAS DA AUTORA: Estamos caminhando para o final dessa fic, estou feliz por finalmente ter tempo e energia para terminar essa estória. No começo meus planos eram de produzir 3 capítulos no máximo, depois passou para 5 capítulos e agora sinto 10 será mais satisfatório. Eu tenho feito uma maratona de escrita e já comecei o próximo capítulo, mas vou precisar parar para viver, trabalhar, etc., esse tipo de coisa chata. Mas pelo ritmo, acredito que nesse mês de agosto tudo será finalizado. A quem estiver interessade, tenho também uma fanfic com o Daemon Targaryen e vocês podem encontrar ela no meu perfil. Espero que estejam gostando e comentem comigo como tem sido a experiência de vocês. Até o próximo capítulo!!

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