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ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ 11

Do you want to dance with me through

one of those lonely nights

It's more than a dream

maybe we're drowning in Empires of Delight

Dance With Me | Alphaville

Medo. Ansiedade. Alegria.

Esses eram apenas alguns dos sentimentos que passavam no meu corpo no momento que passei pelas longas colunas decoradas da porta, animada com o alvoroço de milhares de pessoas conversando e dançando... Haviam sorrisos, gargalhadas e alegria por todo o espaço, combinado com o som suave da banda invisível.

O vestido que minha criatividade montou era delicado e poderoso, sedutor, mas não demais, brilhante e com caimento perfeito. Era branco como a neve, com um decote em V que valorizava meu busto. A saia era longa e extremamente leve, com uma cobertura de um tecido tão fino que parecia invisível, coberto por milhares de brilhantes no formato de flocos de gelo. Bem assentado, ele me deixava bem curvilínea, mas ao mesmo tempo, tinha sua inocência.

O cabelo escuro prendi em uma trança com coque, fazendo com que pequenas mechas ficassem soltas, deslizando pelo meu rosto, enfeitadas com minúsculas flores brancas.

– Zoe, está encantadora! – Mervyn apareceu em minha frente, com um terno branco e um sorriso engraçado em sua cabeça de abóbora.

– Você está... deslumbrante! – um jovem com vinte e poucos anos apareceu em seu lado. Com a pele oliva e uma aparência oriental brilhando e um grande sorriso, parecia estar se divertindo. O olhar dele, de um castanho escuro esperto e brilhante, no entanto, foi o que o entregou.

– Matthew? – questionei-o extremamente surpresa.

– Olha só, ela sabe! – ele disse, indignado, para Merv.

– Me perdoa, cara, você é um corvo – O homem com cabeça de abóbora retrucou.

– Amigos reconhecem amigos – Matthew continuou, firme.

– Mas como? – perguntei.

– Eu... pedi a Lucienne e ela me liberou para esta forma, fazia tempo que eu não a sentia de novo – respondeu ele, ainda sorrindo. – Mas o que acha, princesa da neve, de me conceder a honra de uma dança?

Ele então fez uma reverência exagerada para mim, esticando o braço. Não pude deixar de gargalhar. O terno azul-escuro que ele usava o deixava um homem muito bonito e atraente e, por alguma razão, parecia muito com sua forma de corvo. 

– Olha só... você tem modos – falei, rindo enquanto aceitava a dança.

– Até alguém pisar no meu pé e eu mandar pastar no inferno - respondeu ele com um sorriso travesso.

Rimos enquanto caminhávamos até uma parte mais vazia do salão. A música que começou a tocar me lembrava, de alguma forma, Lost Boy, da Ruth B., mas mais animada. Não pude deixar de me sentir inundada por aquela melodia tão confortável e doce.

Matthew dançava muito bem, me guiando, me levando em uma valsa, girando e girando. Ele parecia tão jovem e tão vívido, tão... humano. Deixei que ele me girasse, fazendo a saia do vestido dançar como neve caindo. Então voltei a segurar sua mão direita enquanto ele apoiava a dele em minha cintura.

– Como se sente com pernas humanas novamente? – perguntei, ainda dançando.

– Eu sentia falta disso – respondeu ele com suavidade. – O Mestre me deu uma segunda chance e eu lhe sou grato por tudo... Mas às vezes, só preciso de um dia, de um momento... Ser humano de novo por algumas horas...

– Então, Matthew... Sejamos todos meros mortais hoje... – falei, girando e sorrindo.

Ele sorriu também, me girando com as duas mãos. A música mudou para um tema instrumental muito parecido com More Than Words. Dançamos uma atrás da outra depois disso e não posso negar: estava me divertindo muito.

– Agora é minha vez, não acham? – ouvimos Mervyn falar.

– Com certeza, meu amigo – o homem-corvo então se distanciou e me fez uma pequena reverência, beijando minha mão. – Obrigado!

– Podemos? – Merv me perguntou, também mergulhado em alegria.

Vi ao longe que Matthew foi dançar com Lucienne, que estava estonteante em um lindo terno branco. Era a cara dela e a deixava mais linda ainda, contrastando com sua pele escura.

Então, eu e o homem-abóbora começamos a dançar pelo salão, aproveitando o baile com alegria. Ele era tão bom dançarino quanto Matthew, como se fizesse aquilo há séculos. O que era engraçado, já que, afinal, ele tinha séculos, senão milênios, de idade. 

Vi todos ao meu redor se divertindo, milhares de sonhadores mortais, Sonhos e Pesadelos, mas não pude deixar de sentir falta dele

– E Morpheus? Onde está? – perguntei a Merv.

– Ele não gosta muito de festas assim. Provavelmente está nos observando de algum lugar – ele respondeu.

– Um pouco antissocial, não acha? 

– Ah, querida, bastante! – respondeu ele. – Mas ele é assim há muito tempo. Já nos acostumamos.

– Eu acredito nisso – retruquei. – Mas entendo o que quer dizer. Ele é frio... Mas é o frio mais quente que já vi.

– Essa é uma boa representação – ele pareceu se divertir. – E eu sei que você entende que ele é bom.

– Como assim?

– É clara a forma como vocês se olham, Zoe, a forma como ele lutou por você hoje mais cedo – disse ele. – Vocês se gostam... São grandes amigos. O Senhor dos Sonhos não tem muitos. Ele a admira e a protegerá de qualquer mal. Faça o mesmo por ele, se puder.

Me mantive em silêncio, pensativa em relação à isso. Sim, eu gostava muito de Morpheus. Na verdade, acho que meus sentimentos iam muito além da amizade, mas eu não sabia dizer o quanto isso poderia ser retribuído ou não. Não queria nem pensar em dar nome às emoções que batiam em meu peito, mas a amizade por si só não era um deles, com certeza.

Dancei intercalando com várias pessoas: Matthew, Merv, Lucienne e muitos outros Sonhos e Pesadelos, de forma que, se eu estivesse no plano mortal, provavelmente já estaria exausta. Entretanto, apesar de minha alegria, o dia começava a passar para muitos dos mortais e eles estavam acordando, deixando o salão mais vazio a cada hora.

E a cada hora, eu olhava para os lados, para o trono e para onde mais pudesse procurando por Morpheus. Ele disse que estaria ali, mas eu já estava começando a considerar que ele não se apresentaria para a festa. 

– Zoe – naquele momento, ouvi sua voz retumbando em minha mente, sedutora e forte como sempre. – Me permite a honra?

Me virei e senti meu mundo cair conforme o observava, mais belo do que jamais vira antes. Vestindo um lindo terno azul-marinho com vários desenhos dourados, um conjunto que contrastava diretamente com seus lindos olhos e sua pele clara, além do cabelo mais organizado que a bagunça escura de sempre. Morpheus sorria suavemente com os cantos da boca, me fazendo retribuir o movimento.

Ao longe, pude ver a surpresa dos amigos de Morpheus com sua presença tão em foco.

– Claro... Morpheus – praticamente sussurrei seu nome, encantada.

Quando toquei sua mão, não pude deixar de sentir a mesma descarga elétrica de sempre. Ele me guiou até o meio do salão e fez um movimento para os instrumentos musicais, deixando a música mais suave, um instrumental que eu reconheceria de qualquer lugar: Bed of Roses, de Bon Jovi. Eu amava aquela música. 

Apesar de ainda ter gente no salão, eles se dissipavam aos poucos, indo cada um de volta para sua casa. Também percebi que muitos mantiveram-se distantes de nós, como se temerosos do poder que Morpheus emanava de si.

Então, o Rei dos Sonhos pousou sua mão em minha cintura e me guiou pela melodia me deixando extremamente próxima do seu corpo. Tanto que eu conseguia sentir o calor do seu hálito perfumado e fresco. E então, começamos a dançar, suavemente, apesar de eu não conseguir deixar de fazer isso olhando diretamente para seus lindos olhos, encantada, enquanto girávamos pelo salão.

Eu o pegava intercalando seu olhar com meus lábios e a cada vez que ele fazia isso, sentia o desejo aumentando intensamente. Meu coração chegava a pular em meu peito. Giramos e giramos e giramos mais uma vez, rodando pelo salão quase vazio. Não pude deixar de sorrir com alegria para o quanto estava aproveitando aquele momento.

Me permiti ser levada pelos giros mais suaves, como se estivesse pisando em nuvens. Rodando e rindo como se não houvesse quaisquer motivos para tristeza. Eu faria aquela dança ser sobre alegria. Sobre futuro. Sobre as mãos fortes do Rei dos Sonhos sob minha cintura me deixando completamente maluca conforme o violino continuava em sua melodia tão bela.

Estar com ele nunca era uma coisa difícil. Era simples. Suave. Rotineiro. Não havia nenhuma estranheza, mas sim, um encaixe perfeito de suas mãos em mim, minhas mãos em seu pescoço e ombros, nossos corpos um contra o outro. E eu não pude deixar de finalmente me entregar e entender que para mim, aquilo era o amor. Era o simples e o equilibrado. As pequenas carícias e o sentimento que parecia explodir. 

Nunca vi Morpheus sorrir mostrando seus dentes brilhantes, mas seus olhos, naquele momento, mostravam isso de alguma forma, como se estivessem preenchidos de felicidade também.

Eu estava, com toda certeza, apaixonada por aquele homem imortal e poderoso e não havia mais nada que eu pudesse negar sobre isso.

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