|Capítulo 11|"...se eu conseguir me conter"
Oh, take this veil from off my eyes
My burning sun will someday rise
So, what am I gonna be doin' for a while?
Said, I'm gonna play with myself
Show them, now, we've come off the shelf
Lana del Rey - Doin'time
Maria Júlia
Acordo sentindo minhas pernas agarradas por um polvo de nome Leonardo
Tento sair do seu aperto mas ele é muito pesado para que eu consiga mover
– Leonardo – o chamo balançando o braço dele mas o infeliz não acorda – Leonardo! – falo com mais afinco e recebo um resmungo baixo e rouco – acorda
– O que foi? – ele levanta preguiçosamente os olhos para me olhar
– Você está enrolado em mim que nem um polvo – digo me mexendo tentando sair do aperto dele
Sinto ele retirar as pernas dele das minhas devagar e voltar a dormir.
Vou até ao banheiro, tomo banho e lembro que deixei as minhas roupas no quarto.
– Espero que ele ainda esteja dormindo – falo para mim mesma com esperança
Enrolo-me na toalha e saio de fininho do banheiro ao quarto indo tirar as minhas roupas na mala, e graças a Deus ele estava dormindo.
Depois de vestida desço até a sala encontrando a dona Vera tricotando.
– Bom dia dona Vera – a cumprimento e ela olha para mim e responde me dando bom dia também
– Acordou cedo querida, ainda são 5 horas – ela me olha preocupada – não dormiu bem? A cama não lhe agrada? Algum problema?
– Nada disso dona Vera – digo sorrindo para ela – é que estou um pouco preocupada
– Ahh querida, não quero ser indelicada, mas vocês não são o casal do jatinho? – ela pergunta parando de tricotar
– Sim somos nós, o avião teve alguns problemas e tivemos que fazer um pouso de emergência – explico a ela
– Ahh entendo, ia agora fazer o café da manhã para os hóspedes, desculpe a indelicadeza mas pode ajudar-me?
– Claro que posso, inclusive faço um bolo de laranja maravilhoso...
...
Depois de ajudar a dona Vera na cozinha o neto dela Simão, um garoto adorável fez questão de me falar de um locar para o almoço e o jantar porque na pousada só servem o pequeno almoço e ontem era o dia da cidade por isso que ouve um excessão.
– Bom dia – ouço a voz do meu adorável chefe cumprimentar-nos
– Bom dia – respondemos em uníssono
– Eu e a Júlia fizemos o pequeno almoço de hoje – a dona Vera fala e então olha para mim – Muito obrigada querida, mas podem se sentar já fui muito inconveniente em te pedir tal coisa
– Ahh não faz mal dona Vera, eu amo cozinhar não foi um trabalho para mim – digo a ela e dou um beijinho em sua bochecha rechonchuda
Me digam porque velhinhos são fofinhos, a dona Vera deve ter uns 68 anos, ela tem ainda muita energia aparentemente e parece ser daquelas que gosta de uma boa fofoca.
– Bem eu falei com o meu chefe de segurança e ele disse que talvez possamos sair daqui daqui a três dias – Leonardo diz calmo
– Três dias? Está maluco? Eu preciso sair daqui hoje! – digo tentando manter a calma – hoje é aniversário da minha sobrinha e eu prometi que não faltava
– Ahh, eu te entendo perfeitamente Louis – ele diz colocando a mão na mesa e me olhando profundamente – meus homens estão fazendo o possível para sairmos daqui logo, eu nem passei vinte e quatro horas inteiras aqui e ja acho um inferno, e também – ele aproxima seu rosto no meu – você ainda participará em outros aniversários da sua sobrinha, se eu conseguir me conter
– O que? – ele falou mesmo aquilo? – Explique
– Explicar o que Louis? Está começando a ficar louca? – ele diz olhando para mim e come um pedaço do bolo que fiz – inclusive esse bolo está maravilhoso, já provou?
Que cínico! Tenho a certeza que ele falou alguma coisa!
Oh, tire esse véu dos meus olhos
Meu Sol ardente vai, algum dia, nascer
Então, o que eu vou fazer por um tempo?
Disse, vou brincar comigo mesma
Mostrar para eles, agora, que estamos sem
Uinibições
Lana del Rey - Cumprindo pena
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