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Ao chegar perto de casa percebi o quanto as coisas iriam ser difíceis.
O ar parecia diferente e um certo clima de despedida se fazia presente logo na entrada, onde dois seguranças usando óculos escuros estavam parados. ( A casa dela e a do meio na foto da multimídia⬆)
Olhei para os dois e mostrei a língua pra eles.
Decidi nem entrar já sabendo oque me esperava.
Minha mãe estaria na pequena sala de nossa casa conversando com ele...
Olhei para o céu e percebi que o sol estava se pondo.
Dei a volta na casa e encontrei o que eu procurava, uma velha escada de ferro que dava ao terraço de nossa casa.
Comecei a subir até o topo da escada por suas barras de ferro desgastadas é enferrujadas
Quando finalmente e cheguei ao fim meus olhos varreram o local até encontrar com uma velha cadeira de balanço feita de madeira, que eu havia deixado ali a alguns dias atrás.
Me sentei nela e comecei a olhar aquele maravilhoso por do sol
Talvez aquela fosse a última vez que eu o veria daquele terraço
E aquilo me deixava triste.
"- Eu gosto do pôr do sol. Vamos ver o por do sol...
- Mas é preciso espera...
- Espera pelo quê?
- Esperar que o sol se ponha."
"- Um dia, vi o sol se pôr 44 vezes! Sabe... quando estamos tristes amamos ver o pôr dos Sol...
- No dia das 44 vezes, você estava tão triste assim?" - Pequeno Príncipe.
Eu amava o Pequeno príncipe, achava a historia fascinantes, principalmente o modo em que ele não se encachava nesse planeta onde as pessoas dão mais valor os objetos do que aos sentimentos.
Mas diferente do pequeno príncipe eu decidi responder a pergunta que tinha sido feita a ele...
- O suficiente para ver o pôr do sol mais umas 44 vezes.
Meus sentimentos estavam bagunçados garças a ele...
Era como um furacão que passava e deixava tudo destruído e arrasado.
Suspirei.
O vento soprava os meus cabelos, e a calça rasgada que eu usava deixava a mostra os meus joelhos ralados, da queda de skate que eu tinha sofrido de manhã, um leve arder percorria os aranhões
Mais eu não me incomodava....
Uma lagrima pesada desceu de meus olhos e percorreu por minhas bochecha, enquanto eu olhava para aquelas ruas onde brincava quando criança.
Eu sei que o subúrbios não e um dos lugares mais belos, mais aquele era o meu lugar.
Não em uma mansão onde eu teria gente para fazer tudo por mim, ate mastigar minha comida se eu quisesse.
- Filha?.- ouvi a voz doce da minha mãe na porta que dava acesso ao terraço por o lado de dentro, atrais de mim.
- Ele ja veio me buscar não foi?.- Falei com dor na voz.
- Sim...- Percebi tristeza em sua voz.
- Porque ele me odeia tanto?.- Limpei minhas lagrimas, sem tirar o olhar das ruas.
- Ele só quer o seu bem...- Ela ficou atrais da cadeira onde eu estava.
- Sei... Mais eu não quero te deixar sozinha mãe....- Me levantei da cadeira e me virei para ela.
- Oh meu bebê...- Ela me abraçou chorando.
- Eu não vou te deixar!.- Falei decidida.
- Você não pode ficar... Ele conseguiu a sua guarda você sabe disso...
- Mãe...- Olhei bem em seus olhos.-A culpa e minha!.- Me afastei dela.
- Não fale isso!.- Ela gritou.- Você não tem culpa de nada, sabemos que você Laryssa Casttelles nunca facilitou nada é sempre adorou uma boa confusão, mas também sei que você luta por o certo e você é apenas uma criança, que estar aprendendo com os seus próprios erros!!.- Ela me abraçou.
- Mãe...- Falei soluçando.- Eu te amo, Nunca duvide disso!
- Eu não duvido meu bebê!.- Ela deu um beijo em minha bochecha.
Olhei para um prédio antigo no final do quarteirão, e minha mãe também.
- Não vai lá?.- Ela apontou com a cabeça.
- Ele não quer me ver!.- Dei de ombros.
- Claro que quer! Ele só esta chateado, igual quando vocês eram crianças e você roubava as balas dele. Ele dizia que não voltaria a falar com você nunca, mas sempre dez minutos depois ele esquecia.
- Não somos mais crianças dona Elena!.- Sorri.
- Claro que são! Pra mim sempre serão!.- Ela cruzou os braços e sorriu meigo.
- Você e incrível!
- Eu sei agora vai la! Eu consigo enrola seu pai por mais algum tempo!
Dei um beijo em sua bochecha e desci as escadas apressada.
Corri pela rua ate chegara no grande e velho prédio.
Entrei nele e subi 4 lances de escada correndo sem nem mesmo me dar ao luxo de respirar direito.
Parei de frente a porta de seu apartamento, e comecei a bater na porta freneticamente.
Uma mulher alta de cabelos longos e escuros, abril a porta e ao me ver abriu um sorriso meigo.
- Laryssa querida! Como esta?.- Ela me perguntou.
- Estou bem tia Ana!.- Sorri.- E a senhora?.- Perguntei por educação mais eu estava muito apressada para ver Noah.
- Estou ótima! Quer ver Noah?
- Sim!
- Ele esta no quarto desde manha e não saiu nem pra comer... Acho que uma visita da melhor amiga dele vai fazer bem.
Se ela soubesse que tudo que ele menos que é me ver...
- Posso ir?.- apontei para o corredor que dava ao seu quarto.
- Sim você e de casa querida!
- Obrigada tia!
Andei pelo corredor ate chegar em uma porta que tinha uma placa onde antes estava escrito: Proibido a entrada de pais.
Mais agora em cima da palavra pais, tinha um papel com o nome Laryssa.
Suspirei e abri a porta lentamente, encontrando Noah sentado na janela com uma garrafa de Vodka e um cigarro, olhando para uma lugar qualquer.
Ele olhou para mim e depois voltou seu olhar novamente para o nada.
- Sai daqui Laryssa..- Ele falou com do na voz.
- Noah...- Me aproximei dele.-Você só me chama de Laryssa quando esta com muita raiva.- Abaixei minha cabeça.
- Eu te mandei ir em bora Laryssa!.- Ele se levantou com raiva.- Porra!
- Não Noah eu te amo!.- Gritei.- Não faz isso comigo Por favor...
- Porque você é assim em?
- A sim como?.- Levantei uma sobrancelha.
- Teimosa. Eu já te mandei ir embora antes que eu faça uma besteira.
- Só porque eu dei uma surra na quela nojenta?!.- Me indignei.
- Eu gosto dela!.- Gritou.
- Mais ela não!
- Como você sabe?
- Porque eu a vi com outro garoto antes de bater nela!.- Gritei enquanto mexia minhas mãos em um tic nervoso.
- Oque? Não minta Laryssa!.- Ele não acreditou.
- Tá se não acredita problema seu, quebre você a cara sozinho!.- Falei estressada, fingindo que não me importava.
Mais na verdade por dentro eu estava arrasada, no fundo mesmo que eu estivesse com raiva dele, eu não queria que ele se ferra-se, e sabia que era isso que aquela nojenta faria. E mesmo que eu tivesse dito que não me importava que ele quebrasse a cara com ela, eu não iria permitir que ela fizesse nada com ele.
Nem que tivesse que a matar!
- O que você quer Casttelles?.-Ele perguntou triste.
- Só vim me despedir.- Abaixei a cabeça.
- Se despedir?.- Ele ergueu uma sobrancelha.
- Sim... Dener esta ai, e ele veio me buscar...
- Que?.- Ele pareceu desnorteado com a noticia.
- Noah...
- Sai da que Lary...
- Noah...
Ele se sento no chão ao lado da cama com os joelhos juntos do rosto e deixou que lagrimas caissem por todo o seu rosto.
- Noah!.- Me joguei ao seu lado.
- Não me deixe Lary...- Ele levantou seu rosto para me ver.
- Noah eu não quero ir...
- Não va então porra!.- Ele gritou.
- Não posso ficar... Ele conseguiu minha guarda graças aos problemas que nos metemos esses dias, e minha mãe foi considerada uma irresponsável.
- Lary... Não posso viver sem você!.- Ele me abraçou.
- Eu te amo..- Retribui o abraço.
- E agora com quem eu vou voltar da escola todos os dias por o caminho mais longo que encontrarmos? Quem vai me convencer de que roubar o carro de policia para tirar onda e uma boa ideia? Com quem vou invadir uma creche e espalhar panfletos de filmes de terro? Quem vai esfregar a cara das minhas namoradas no chão? Quem vai sair da sua casa as 3:00 da madrugada apenas para dormir comigo, porque eu estou com medo do Demônio aparecer? Com quem eu vou sair nas ruas vestido de unicórnio? Com quem eu vou voltar pra casa bêbado as 6:00 da manha com os cabelos pintados de vermelho? Com quem eu vou pichar as paredes da delegacia? Com que eu vou roubar as balas de uma criança de 5 anos e sair correndo de seus pais bravos?.- Ele falava apressado e eu gargalhava das coisas que já tenhamos feito juntos.- Quem vai enxugar minhas lagrimas e dizer que não importa se agarota que eu estava ficando não gosta de mim, porque você vai sequestra-la e tortura-la por um ano ate deformar o seu rosto por completo, e depois devolver para sua família e dizer que os aliens a raptaram?.- Ele olhou bem no fundo de meus olhos.- Eu não consigo viver sabendo que a garota que eu passei 3 meses ensinado a andar de bicicleta e que ainda não aprendeu a andar sem as rodinhas não estará aqui para me fazer rir com seu jeito desastrado, e meigo, a garota que não suporta injustiças, e que abominam as patricinha e mauricinho.... Eu te amo Lary!
- Eu também te amo Noah!.- Gargalhei.- Mais tenho uma coisa para te falar!
- Oque?
- Eu ja aprendi a andar de bicicleta sem as rodinhas!!.- Cai na gargalhada.
- Serio quando isso?.- Ele estava confuso.
- Na 2 semana eu já sabia andar sozinha. Mais preferi dizer que não tinha aprendido pra ver você cuidar de mim.- Sorri pra ele.
- Ta vendo não vou conseguir viver sem esse seu jeitinho, sem esse sorriso, e sem essas idiotices!
-Você é de mais!.- Pisquei um olho pra ele.
- Mais pra onde você vai?.- Ele perguntou depois de alguns minutos de silencio.
- Não sei...- Olhei para a janela e vi que já tinha escurecido.- Melhor ir...
- Eu vou com você ate sua casa!.- Ele se levantou e estendeu a mão para me ajudar a levantar.
Caminhamos ate a saída de seu quarto, mais antes de sair eu parei na porta e olhei para o quarto de Noah uma última olhada, para memorizar cada coisa que tinha ali, ate a bagunça que tia Anne sempre reclamava
não queria me esquecer nunca daquele lugar onde nos divertimos tanto.

Passamos pela cozinha e vi tia Ana lavando a louça fui ate ela e dei um abraço.
- Vai com Deus meu anjo!.- Ela disse meiga.
- Obrigada tia Anne, fica de olho em Noah tá?
- Okay Chefa!.- Gargalhamos.
- Vamos Lary?.- Noah nos interrompe.
- Sim..
Saímos pela porta de seu apartamento e descemos os quatro lances de escada ate sairmos na rua.
Olhei para Noah e respirei fundo voltando o olhar para o carro preto na frente da minha casa no final do quarteirão.
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