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Virei a esquina dando de cara com um dos bairros mais ricos da cidade de São Francisco Califórnia, onde eu atualmente morava.
Não, eu não morava naquele bairro, e tão pouco aquela era a rota mais curta para chegar ate minha casa. Pelo contrario.
Aquele era o caminho mais longo que eu pudera encontrar aquela altura.
Já faziam-se horas desde que eu havia saído da escola e andava pelas ruas sem destino algum. Apenas enrolando para não chegar em casa.
4:00 horas da tarde, era o que o meu pequeno relógio de pulso estava a anunciar.
É já era hora de voltar para casa....
Continuei seguindo meu caminho passando pela frente das imensas mansões que tinha naquele bairro.
-É realmente incrível o dom que as pessoas tem de ser idiotas. - Sussurrei para mim mesma abrindo um sorriso cansado.
Peguei meu fone de ouvido que repousava sobre meus ombros e pluguei no celular... Não querendo me entediar pelo caminho.
Não que eu não gostasse de apenas andar por aquelas ruas, pois tudo que eu mais amava era sair sem rumo para um lugar qualquer, mesmo que esse lugar não existisse.
Sabe aquele momento onde tudo que você mais quer é pegar uma mochila e sair por ai sem rumo? Apenas espairecer do caos em que sua vida se encontra? Era exatamente o que eu estava tentando fazer quando sai por aquelas ruas, andando sem rumo algum.
Mais com a musica tudo sempre fica melhor.
Hooo e como eu adoro cantar....
Olhei em volta do local por onde eu andava.
Folhas secas se encontravam caídas sobre o gramado dos jardim de algumas casas, anunciando que o outono acabara de chegar. Enquanto em outras estavam como que impecáveis.
Algumas crianças brincavam de beisebol com seus pais na frente de suas casas, e outras andavam de bicicletas pelo bairro.
Mais claro sempre com a supervisão dos "prestativos pais" ou "babas" que as seguiam por todo lugar que eles iam, impedindo que eles sofressem qualquer aranhão.
Aquilo era realmente nojento. Eles eram apenas crianças que precisavam de liberdade para brincar e se divertir.
E eu dou realmente graças a os Céus por não ter sido criada deste modo.
-fhuuu.- Soltei o ar preso em meus pulmões em sinal de cansaço.
Uma leve brisa passou bagunçando meus longos cabelos ruivos, deixando alguns fios na frente dos meus olhos.
Deixei que eles continuassem por lá, ate porque por mais que eu tentasse o vento não os deixariam arrumados.
Olhei para meus pés e vi que os cadarços do meu All Star estavam desamarrados, e a qualquer momento eu poderia tropeçar neles e dar de cara no chão.
Então resolvi amarrá-los antes que eu caísse pela quinta vez seguida, no mesmo dia, e pelo mesmo motivo.
É essa sou eu uma garota totalmente desastrada... Eu sou o sinônimo de desastre.
Clichê não é?
Agachei-me para poder alcançar meus sapatos, e comecei a amarrá-los assim como eu havia aprendido a dois dias atrais.
Sim eu não sabia amarrar meus próprios sapatos ate dois dias atrai.
Não porque eu era mimada e tinha quem fizesse isso por mim, mas sim porque eu não me importava nenhum pouco com isso.
Além do que coisas muito complicadas como amarrar um sapato não entram em minha cabeça.
E quem tem um melhor amigo que pode faze-lo de escravo esta no céu!
De repente senti uma coisa gelada tocando minha testa, levantei meu olhar com calma, encontrando o cano de um revólver e um lindo garoto moreno que a segurava com um sorriso de lado.
Lhe retribui o sorriso abrindo um mais largo ainda.
- Deveria tomar mais cuidado Moranguinho. Uma garota odiada como você é sempre cercada de inimigos!.- Ele falou sorrindo de lado.
- Obrigado pelo conselho mas... Sabe bem que eu não conheço uma tal palavrinha chamada "medo".- Fiz aspas com as mãos.
- Você sempre debochada Laryssa!.- Estendeu a mão para ajudar-me a levantar.
- Obrigada.- Falei pegando em sua mão.- Então oque faz aqui?
- Apenas andando..- Ele deu de ombros.- Como esta Noah?.- Falou enquanto andávamos saindo daquele bairro.
- Bem eu acho.- Sorri.
- Oque você aprontou Moranguinho?.- Ele perguntou curioso e eu ergui minhas sobrancelhas.
- Porque acha que eu fiz algo?.-Apontei para mim mesma.
- Eu te conheço, e não é de hoje!.- Ele gargalhou.
- Ah.-Dei um leve murro em seu braço.- Apenas esfreguei a cara da nova namorada dele no chão. E disse que se ela voltar a chegar perto dele eu mato ela.- Gargalhei.
- Casttelles....- Ele disse rindo.
- Não fale este nome!.- O reprendi.
- Continua o detestando?.- Ele ergueu uma sobrancelha.
- Agora mais do que sempre.- Falei baixo.
- Porque Lary?
- Ele esta vindo me buscar....
- Serio?
- Sim... E aproposito tenho que ir...
- Então a gente se esbara por ai, nas voltas que o mundo da!.- Ele me abraçou.
- Nos vemos no inferno Dylan!.- Sorri seguindo uma direção contraria a dele.
Eu nunca gostei de despedidas mais eu sabia que em algum momento eu o encontraria novamente. Dylan nunca foi um garoto que fica somente em um único lugar, então em algum momento nos esbarraríamos por alguma valeta.... Mesmo que isso demore.
E provavelmente Dylan ou Noah serão o motivo da minha morte.
Se bem que a despedida que apertara meu coração, deve de estar sentado em uma janela, com um cigarro, e um fone de ouvidos.
Suspirei enquanto andava por as ruas do subúrbio, já se aproximando cada vez mais de minha casa.
"Minha casa" é um pouco irônico já que daqui a apenas algumas horas eu estaria em uma nova casa onde seria obrigada a chamar de "meu novo lar" mesmo que eu sentisse que aquele nunca seria meu lar.
Passei por um beco onde encontrei uma cena curiosa porem clichê em filmes de adolescentes.
Dois garotos de aparentemente 13 anos, fazendo uso da violência pra conseguir o que desejam.
Um dos garotos era loiro e mais fortinho, com um estilo mais urbano rebelde que intimidava . Já o outro tinha cabelos pretos bem arrumados e usava roupas de marca de uma forma bem elegante porem atual.
Eles estavam a bater em um menino de óculos e magrelo, com roupas de Nerd.
Parei em frete a eles e comecei a analisar a sena de braços cruzados.
- Oque você quer?!?!.- O garoto de cabelos pretos perguntou parando sua series de agressões algums minutos depois.
- Eu? Nada!.- Respondi fria.
- Então sai da que esta nos atrapalhando!.- Ele gritou.
Ergui minhas sobrancelhas diante de sua ousadia e logo em seguida uma bela gargalhada.
- Não.- Respondi cínica.- E já que gritou comigo agora vou querer que parem de bater no garoto.
- Não vai rolar moça!.- O outro se pronunciou jogando o menino no chão.
- Ummm que chato vou ter que forçar vocês a soltar ele então?!.- Sorri.
- É isso ai agora eu quero ver oque você vai fazer!!.- Ele falaram estralando os dedos.
Olhei no meu relógio e via que já ia dar 5:00. Porra estava atrasada pra K7.
- Bom isso vai ser rápido mesmo!.- Dei de ombros e soltei minha bolsa no chão.
Os dois garotos eram mas novos que eu mas mesmo assim nossa diferença de altura não era la essas coisas.
Mas mesmo assim não passavam de crianças perto de mim.
Fiquei de frente para eles e puxei o garoto mas arrumadinho pela gola de sua blusa.
- Pelo que percebi você é a mente por trás da agressão não é mesmo Eduawrd McEtire.- Sussurrei perto de seu ouvido.
- C-como sabe meu nome?!??!.- Ele falou com um pouco de medo.
- Vamos dizer que conheci seu irmão.- Falei com raiva.
- O D-Dylan!?.- Ele gaguejou pra falar o nome de seu irmão graças a falta de ar.- Por favor eu não tenho nada haver com as coisas do meu irmão não faz nada comigo.- Ele suplicou ao perceber que supostamente eu teria alguma relação com seu irmão mas velho.
Era de se esperar que ele se assustasse afinal de contas Dylan estava metido com gente da pesada.
- Não tenho interesse em te fazer nada.- Falei.- Claro exceto se você não para de perseguir esse menino.- Desviei meu olhar pra o menino jogado ao chão observando tudo.
- Porque defende ele?.- O outro pergunto.
- Porque eu detesto esse tipo de pessoas como vocês que se acham melhores que todas as outras e acham que podem fazer com os outros oque bem entender.- Soltei Eduawrd no chão.- Agora saia daqui!.- Ordenei.
Eles pegaram suas coisas e saíram correndo.
Supostamente estavam pensado que eu era algum da gangue rival de Dylan e que podia fazer algo de pior a eles.
Olhei para o garoto que estava de boca aberta sem reação e dei de ombros, começando a andar.
Dei alguns passos mais percebi que o garoto permanecia no mesmo lugar, então parei.
- Você precisa aprender mais algumas coisas com seu irmão caso contrario esta morto.
Ele abriu a boca como se fosse falar mas se calou.
- Eu não quero ser como ele...- Desvio o olhar para o chão.
- Já ouvi essas palavras antes!.- Dei de ombros e sai.
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