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VINTE E SETE - Por Gastão

Gastão

Retesei todos os músculos antes de atender a ligação. O identificador de chamadas mostrava o nome de meu pai.

— Ora, ora... Se não falo finalmente com o exímio consultor de franquias. Aquele que iria revolucionar a Grão Puro, mas sequer me enviou um relatório. Não sei se percebeu, mas o último dia é hoje.

— Está pronto. — Sentei na cama e massageei a têmpora.

— Vai me enviar à meia noite?

— Te mando quando chegar em casa. Não posso falar agora. Estou ocupado.

— Claro, desculpe-me por interromper seu excelentíssimo trabalho. A propósito, Gastão, já que é um homem importante agora, que tal cobrir suas próprias dívidas? Não quero nem saber onde andou enfiando seu Audi, mas fique ciente: No próximo débito que eu tiver em minha conta, seu cartão será cancela...

Larguei o celular na cabeceira e voltei a me deitar. Obviamente ainda planejava descobrir quem era o infeliz que arranhou meu precioso Audi. Pretendia deixar o vigarista em um estado muito pior. Mas o coroa escroto não estragaria meu humor. Quanto ao relatório, depois forjaria alguns dados desfavoráveis para o gerentezinho da Grão Puro.

Cruzei as mãos atrás da nuca. Aguardava meu momento glorioso. Não que a garotinha dissimulada significasse de fato alguma glória, mas eu andava entediado. Itaipava, além de todos os defeitos, se mostrava uma cidade pequena demais para o tamanho de meus gostos.

Levantei da cama do quarto de hotel, vesti a calça jeans e a camisa. Certifiquei-me do soco inglês de ferro no bolso e apanhei o celular na cabeceira.

Sorri ao ler a mensagem recebida. Tudo corria dentro dos planos. Rosa estava encurralada pelos meus capangas. Antes de ir, deixaria que praticassem um pouco de terror psicológico nela. Ela andava merecendo. E quanto maior fosse seu medo, maior seria a minha recompensa ao resgatá-la. A donzela em apuros, salva por um homem forte, corajoso. Claro que a parada daria certo. Isabela Rosa se entregaria a mim, por bem ou por mal.

Paguei a conta na recepção do hotel e segui o caminho a pé pela BR-040. Estava bem próximo. Escolhi aquele lugar propositalmente. E o destino parecia contribuir. A garota se enfiou num beco. Eu sabia que, àquela hora, a rua próxima ao ponto de ônibus estaria deserta. Quase bom demais para ser verdade.

Só "esqueci" de avisar aos meus comparsas que para convencer a garota de que foi salva, a briga deveria ser real. Eles que ousassem reclamar depois. Afinal de contas, eram pagos para isso.

Parei diante da entrada do beco. Gostava da adrenalina. Da expectativa. De ter um plano. Se bem que a adrenalina não passava de ilusão. Bater nos fracotes que encurralaram Rosa seria fácil como tirar doce de criança.

Por outro lado, ganharia duplamente com essa parada. A garotinha e, de quebra, reforçaria o medo em meus comparsas. O respeito. Sim. Meu pai me ensinou desde cedo esse poder. E aprendi muito bem a lição enquanto recebia golpes, socos. Meus gritos me faziam companhia depois, quando era jogado no quarto do pânico. Dentro do apartamento no Rio de Janeiro.

Afastei a lembrança. Andou lentamente pelo beco. Já podia ver as três silhuetas encapuzadas. As lanternas balançavam. Ouvi Rosa implorar chorosa e abafei o riso.

— Por fa...vor... Por favor — do jeito que sua voz tremia, ela parecia estar chorando.

— Shhh, garotinha. Tá vendo essa faca aqui? Se você gritar, vai ser muito pior pra você. Fica quietinha. Bem calminha. — Pela voz salivando, quem falava era o Russo. O idiota não passava de um tarado.

Andei devagar para ganhar tempo de prender a gargalhada. Fazia tempo que não me divertia daquela forma. Decidi pegar primeiro o comparsa de costas. Trocaria alguns socos até eles correrem e pronto.

Poucos passos nos separavam. Preparei-me para pegar o primeiro em um mata leão, quando um rosnado ameaçador me fez frear.

De onde surgiu esse cachorro?

O rosnado se alternou em latidos. As lanternas deixaram o rosto de Rosa e seguiram o som. Suas luzes revelaram um rotweiller e ao lado dele, aquele cara.

Não acreditei. O babaca! O desgraçado cabeludo que morava no castelo. Meu sangue borbulhou. Seria o momento perfeito de colocá-lo em seu lugar por ter me enganado. Primeiro destruiria seus ossos faciais. Depois mataria o cachorro e os colocaria juntos no buraco, até suas lesmas e vermes se misturarem. Se pelo menos meus comparsas dessem umas porradas nele, ficaria mais satisfeito. Mas do jeito que eram uns frangotes, iam querer fugir do rotweiller.

Merda! Eu precisava conter o ímpeto de entrar na briga. Estragaria todos os meus planos se o fizesse. Não podia dar esse mole. Desgraçado. Quem acabaria por sair como o salvador de Rosa seria o babaca.

Mas eu garantiria que aquele cara tivesse pelo menos algum prejuízo. Algum lucro teria de vir dessa noite.

Peguei o telefone no bolso. Ocultei a luz do celular com o corpo virado para a parede e enviou uma mensagem de texto para Carlão:

"Manda reforço agora pro endereço da foto que vou te mandar. Pago um extra para quem me trouxer o cabeludo ensanguentado."

Vamos ver se é Valente mesmo!

Pensei em ficar por ali e assistir. Mas me dei conta de que no desenrolar da situação, poderiam acabar saindo pelo lado do beco onde eu me encontrava.

Virei-me encolerizado por não ter outra escolha. A raiva palpitava em minha jugular.

Ao chegar à calçada, avistei um gato dormindo. Ergui o animal pelo cangote e o encostei na parede de tijolos. O miado agudo aumentou minha irritação. Deslizei o soco inglês nos dedos e acertei o pescoço do bicho. Joguei o gato no chão. Chutei o seu corpo uma, duas. Três vezes. O animal ficou inerte. Por último, lhe dei um pontapé, ele caiu longe.

Chega de brincadeira. Vou usar o pai de Rosa para conseguir o que eu quero. O cabeludo, pegarei de outro jeito.

Precisaria de muito mais que isso para aliviar minha raiva. Vi uma mulher descendo pela estrada trocando as pernas. No mínimo, bêbada. E se vagava sozinha por ali aquela hora, claro que não valia nada. Sorri.

Andei a passos firmes pela rua até chegar a estrada. Primeiro buscaria meu Audi no motel, depois levaria aquela mulher para um passeio.

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Amoressss, perdão pelo atraso, fiquei sem Wifi em casa. Pra compensar, já adiantei o de amanhã pra vocês! Uhulll!

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