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VINTE E OITO - Por Rosa

Rosa

Com os dedos trêmulos, silenciei o celular dentro do bolso. Não soube dizer se o nojo era provocado pela lixeira que transbordava ou pela maneira com que aqueles homens me imprensavam contra a parede.

— Por fa... vor... Por favor... — tremia tanto que as palavras saíam emboladas. Um deles cobriu minha boca. Sua mão fedia a cigarro. O outro, alisou meu pescoço com a ponta de uma faca.

— Shhh, garotinha. Tá vendo essa faca aqui? Se você gritar, vai ser muito pior pra você. Fica quietinha. Bem calminha. — Sua voz salivava de um jeito assustador. Ele claramente sentia prazer naquilo.

O terceiro mascarado me olhava de frente, tinha o corpo quase colado ao meu. Eu enxergava apenas os buracos dos olhos e da boca. O aroma de suor e álcool impregnava o ar. Meu batimento martelava tão acelerado que pensei que não fosse sobreviver. Ouvi um rosnado e fechei os olhos.

Homens são mesmo covardes assim? Três contra uma garota e ainda precisam de um cachorro?

Milhões de possibilidades horríveis gelaram meu sangue. Os poros se mantinham eriçados, em um arrepio constante. O que eles queriam comigo? Se fosse apenas dinheiro, não teriam me prendido.

Lágrimas silenciosas encharcavam o lenço no meu pescoço. Eu não tinha chances. Só um milagre me salvaria. Estávamos em um beco escuro, em uma rua deserta, à noite. Tentei levar a mente para longe. Mantive as pálpebras cerradas. A qualquer segundo, eles começariam a agir. E tudo o que eu podia fazer seria gritar.

De repente fui empurrada para o lado. Resfoleguei. Usei o último filete de coragem para abrir os olhos. Dois mascarados se projetaram para a outra lateral do beco com suas lanternas. O ar voltou aos meus pulmões quando identifiquei as duas formas iluminadas.

O rosnado vinha de Bruce. Valente havia me encontrado. Mas ele estava em desvantagem, eram três homens. E eles poderiam estar armados. Meu peito vibrou tão forte que o senti na garganta.

— Atacar, Bruce!

Tudo aconteceu muito rápido. Bruce abocanhou a perna do homem que se aproximava de Valente e sacudiu a cabeça. A cena foi perturbadora. O homem gemeu e caiu. Os rosnados se misturaram ao barulho enjoativo de mastigação.

Valente acertou um soco no rosto do outro homem que avançou em cima dele. Os dois se embolaram. Duas lanternas no chão iluminavam seus pés. Vi movimentos que me pareceram socos, chutes. Rezei para que o mascarado não estivesse armado. A escuridão não me permitia enxergar quem ganhava.

Andei para me aproximar deles, não sei no que pensei. Só agi. O homem com a faca me arrastou pelo braço. Esperneei, tentei me desvencilhar. Eu precisava me libertar e ajudar Valente de alguma forma. Se eu não estava errada, ele havia caído no chão e recebia pontapés do mascarado.

Um toque pontiagudo e gelado me fez congelar. A lâmina pressionou a minha garganta e atravessou facilmente o lenço que eu usava. Respirei ruidosamente, com o menor movimento possível. Quase fiquei cega quando ele jogou a luz da lanterna nos meus olhos,

— Ô, garotão. Larga o cara ou vou furar a garota!

Então era Valente que batia na pessoa no chão. Apesar de ser contra a violência, fiquei absurdamente aliviada.

Pelo som que se destacou no súbito silêncio, Bruce ainda segurava sua presa com seus dentes afiados. O outro homem no chão gritou.

— Alguém mata essa porra desse cachorro!

Não, não, não!

— Bruce, larga.

Ouvi o gemido de alívio do homem. Em seguida, passos secos se aproximaram.

A lanterna deixou meu rosto e iluminou Valente. Ele andava suavemente, com as duas mãos erguidas, parecia calcular os movimentos. Solucei desesperada. Eu era uma massa de pânico, agonia, pavor. A sobrancelha dele parecia cortada. O sangue escorria ao lado da pálpebra. Minha alma voltou ao meu corpo quando notei que Valente não tinha nenhum ferimento grave. Ele me analisou atento, visivelmente aflito. A preocupação sumiu com um suspiro. Deve ter constatado que eu não estava machucada. Sua expressão me fez imaginar que ele arquitetava alguma maneira de se livrar do mascarado atrás de mim.

— Por que não resolvemos isso com calma?

— Calma? Seu cachorro quase matou o meu parceiro! Se você quer que essa garota fique viva, é melhor ficar bem quietinho aí. Nós vamos levá-la. Devolvemos depois. Talvez inteira. Talvez não. — A risada do homem quase me fez desmaiar.

— Pra que levar a garota? Vocês não preferem dinheiro? Me diz quanto vocês querem. Eu pago e a gente resolve isso. Larga ela, eu te dou o dinheiro e vocês vão embora. Prometo que nem registro ocorrência na polícia.

— Otário. Eu estou de saco cheio da sua laia. Bando de playboys. Nunca fizeram nada da vida, acham que seu dinheiro vale mais do que a gente. Que dá duro pra conseguir as paradas. Eu devia é encher você de porrada. Mas hoje, vou preferir brincar de um jeito bem gostoso com ela.

Valente o fitou com sangue nos olhos.

Fiquei desesperada. Era isso o que planejavam? Um sequestro? E depois? Ele afrouxou a faca no meu pescoço e me apertou por trás. Sua outra mão deslizou por meu corpo de uma maneira repugnante. Por pouco não coloquei todo o jantar para fora. Meu corpo fraquejou. Eu não ia me aguentar de pé por muito mais tempo. Nossas chances de escapar eram quase nulas. Se Valente fizesse algum movimento brusco, a lâmina me cortaria. Além disso, eu não sabia quanto tempo o homem derrubado por Valente continuaria caído. Ele podia se levantar a qualquer segundo. Se pegasse Valente de surpresa, estaríamos definitivamente perdidos.

Mas o que eu faço para me libertar?

Os homens desejavam me torturar, pelo visto. Se divertir com uma garota indefesa. Mas enquanto existisse algum resquício de lucidez em minha mente e vida em meu corpo, eu não permitiria. Assim, fiz algo que nem em mil anos cogitaria.

Indo contra todas as células relutantes do meu ser, me preparei para acertar um soco no meio das pernas do mascarado, com a mesma determinação que o Anderson Silva derrubaria um adversário. Só que Valente foi mais rápido. Tanto que não assimilei muito bem a cena. Ele acertou o mascarado e eu rapidamente me afastei.

Peguei uma lanterna caída no chão e vi Valente o atingir no queixo. O bandido revidou, mas o soco passou de raspão pelo maxilar de Valente. O homem que estava caído, levantou e se arrastou pelo beco para chegar onde eu me encontrava. Arfei desesperada, mas Bruce se postou ao meu lado de forma protetora e rosnou.

— Seus babacas! Eu preciso de um médico! Vou acabar perdendo a perna. Eu não ganho o suficiente pra isso, vamos embora daqui — gritou o outro homem, invalidado pela mordida. Sua voz veio do fundo do beco.

O mascarado que se aproximava de mim pareceu considerar o pedido do amigo mordido. Ele olhou Bruce e me fitou claramente indeciso. Girou a cabeça para o lado, onde Valente acertava repetidamente o seu parceiro e deu a volta. Sua silhueta sumiu no beco.

Valente largou o homem esmurrado no chão, perturbadoramente mole. Pequenas poças de sangue o cercavam.

Estremeci assustada quando seus dedos suaves e ensanguentados alisaram meu rosto de repente. Busquei refúgio em seus olhos. Havia tantos sentimentos avassaladores em mim que, ao fitar suas safiras, cai num choro descontrolado. Um misto de soluços e espasmos. Ele me envolveu em um abraço acolhedor. Nem me importei com o cheiro de sangue em sua roupa. Deixei a lanterna cair.

— Isabela. Desculpa, desculpa, desculpa.

Valente pediu desesperado. Me aninhou como um bebê. Nossa respiração pesada se misturou por um breve tempo, até um grito nos tirar do momento de paz.

— São aqueles dois ali. Pega!

Interrompemos o abraço. Nos olhamos por um segundo de espanto. Silhuetas se aproximavam do outro lado do beco. Dessa vez, não teria escapatória. Me pareceram ao menos umas cinco pessoas.

— Bruce, pra casa!

O rotweiller correu na frente. Valente me pegou no colo antes que eu reagisse e avançou rápido. Reconheci a rua próxima ao ponto de ônibus. Mais alguns metros na estrada e chegaríamos ao castelo. Me encolhi no peito de Valente. Não ousei espiar sobre seus ombros. Orei para o ar frio da noite, que alguma coisa impedisse aqueles homens de nos alcançar._

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Quanta tensãoooooo! E agora???? Até quarta amores!

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