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Sogra

— Nia, minha filha, você está doente? — Foi o primeiro comentário de minha mãe quando pousou os olhos em mim. — Está calor e você praticamente agasalhada.

— Então mãe, eu tive alguns contratempos... — Respondi vaga.

Minha mãe acabara de chegar e trazia consigo uma mala gigantesca que descansava sobre a calçada. O recado claro: ficaria conosco por vários dias. Meu pai nem se dignou a descer do carro, apenas acenou e partiu como um foguete. Por um lado senti uma pontada de mágoa por sua falta de atenção, mas por outro agradeci aos céus por ele não ter tido a chance de avaliar meu rosto com maior minúcia. Eu sabia que meu pai surtaria se me visse daquele jeito.

Miguel estava parado ao meu lado. Completamente constrangido pela situação. Seus olhos não mentiam a verdade sobre ele se sentir culpado e a presença de minha mãe o deixaria bastante arredio. Não era um bom início para qualquer casal que quisesse um casamento saudável.

Naturalmente, combinamos uma desculpa para que minha mãe não desconfiasse. Apesar de Miguel insistir piamente em contar a verdade. Caso o interesse dela crescesse eu poderia mentir que tivemos uma noite sado masoquista. O homem ficou vermelho como um tomate diante da idéia. Miguel se mostrava tão pudico que eu mal conseguia acreditar que era o mesmo homem que conheci em um bar e que tentou transar comigo em um beco escuro.

Intrigava-me também o fato de minha mãe plantar os pés na idéia de passar um tempo conosco. Isso era muito atípico. Sempre fora muito caseira e preferia a companhia de meu pai à qualquer outra. Sim, ela queria me ajudar a arrumar a casa, mas não precisava passar quase um mês conosco. Eu estava segura de que aquela mala tinha roupas para um mês inteiro.

— Boa tarde, sogra. — Miguel cumprimentou enquanto pegava a mala de minha mãe. Ele fez uma careta, indicativo de que estava mais pesada do que parecia.

— Miguel, querido menino. Você não se importa de compartilhar um tempo comigo, certo? — Poderia ser uma ironia, mas seu tom revelava sinceridade.

— Claro que não. — Miguel olhou para minha mãe e abriu seu melhor e mais encantador sorriso.

— Então por que parece tão abatido? — Velha raposa, nada lhe passava despercebido.

— Não dormi muito bem. — Ele mudou o sorriso de encantador para sugestivo.

Minha mãe lhe deu uma tapinha no ombro e um sorrisinho, como sinal de quem entendeu as entrelinhas, mas eu a conhecia muito bem, seus olhos estavam sérios.

— Vou colocar sua mala no quarto de visitas. — Miguel avisou enquanto sumia no interior da casa.

Minha mãe se aproximou com uma expressão séria.

— Nia, ele te espancou? — Sua voz era baixa, mas afiada como uma navalha. — Se ele machucou, juro por Deus que eu e seu pai vamos colocá-lo no lugar que merece.

— Não mãe! — Respondi com urgência, se Miguel ouvisse aquilo com certeza se enfiaria debaixo da cama e nunca mais sairia ou denunciaria a verdade. — Foi apenas um experimento erótico.

— Petúnia Alves, você tem certeza? — Minha mãe olhou no fundo dos meus olhos. Resisti à vontade esmagadora de correr chorando enquanto gritava a verdade, não tinha escolha.

— Tenho. Não me faça dar detalhes. — Retruquei.

Era errado mentir para minha mãe, eu sabia, ela só queria meu bem estar, mas eu não tinha escolha. Assim como ela não sabia que fui estuprada anos antes, não saberia então. Quando pensei no estupro, senti uma dor incômoda no ventre, como se minhas entranhas dessem nós em si.

— Nia? — minha mãe estalou os dedos para chamar minha atenção.

— Sim?

— Você ficou aérea. Vocês estão estranhos, posso saber o que acontece? — Cruzou os braços e me olhou com uma sobrancelha erguida.

— Nada. Estava pensando no jantar.

Eu era mais inteligente que isso, mas ela fingiu acreditar.

♠♠♠♠

Coloquei a mala de minha sogra em um canto do quarto. Mesmo sendo difícil, resisti à vontade de abrir e ver o que pesava tanto.

Coloquei uma roupa de cama limpa sobre o colchão que havíamos comprado naquela tarde. Compramos não apenas o colchão, mas também a cama e o guarda roupa. Foi preciso subornar o entregador para que nossos móveis novos chegassem a tempo.

Precisávamos buscar nossos pertences que ficaram nas antigas residências. Faríamos isso no dia seguinte, na próxima semana Nia já estaria de volta ao trabalho, então não poderia ajudar.

Esperava que aqueles hematomas se curassem antes de ela voltar à convivência social. Detestei a idéia de mentir para minha sogra. Era uma mulher perspicaz, se descobrisse a verdade, precisaríamos explicar todo aquele problema e então Nia seria obrigada a contar para a mãe que foi estuprada por um desconhecido que era idêntico à mim.

Pensar nisso me deixava furioso e preocupado. Como eu tocaria seu corpo sem que ela pensasse em um estuprador maldoso? Como poderia dormir ao seu lado sem evocar seus traumas?

Eu nem mesmo conseguia agir com aprumo erótico. Tinha medo de feri-la. Talvez a presença de minha sogra viesse a calhar. Eu ficaria mais tranquilo. Logo teríamos muro e câmeras de segurança, nada ruim aconteceria outra vez.

Levantei-me da cama quando uma vontade de urinar, maior que toda a minha preocupação, me obrigou a ir ao banheiro. Depois segui as vozes até a cozinha. Encontrei minha sogra sentada à mesa e Nia com uma expressão que era uma mistura de surpresa e incredulidade. Segurava uma faca que estava a meio caminho da cenoura que fora metade picada em cubinhos.

— O que eu perdi? — Perguntei.

— Não vai acreditar. — Nia fincou seu olhar em meu rosto como se fosse um espeto.

— O quê? — Perguntei outra vez. Já curioso.

— Isac fugiu da clínica.

Foi a minha vez de ficar incrédulo.

— Não...

— Sim. — Afirmou sem nem mesmo piscar. — Mamãe acabou de me contar. E tem mais!

— Mais? — Tinha mais? Coloquei a mão sobre o peito, não era possível que ele desperdiçaria o dinheiro que investi em um bom advogado. Aquele jovem tolo.

— Sim, ele foi preso. — Informou. Dessa vez desceu a faca até a mesa.

— Não apenas isso... — Lianmar começou a falar.

— Não?! — Eu e Nia falamos juntos enquanto olhávamos para ela. O que foi péssimo porque a estimulou a fazer mais suspense.

— O advogado disse que o caso de Isac mudou. — Limpou a garganta. — Bem, isso não pode ser divulgado — olhou para Nia —, embora eu ache que mereça, mas parece que o Dr. Schukrut era um açougueiro que matava pessoas e enterrava nos fundos da clínica.

Nia arfou com a informação.
— Isac teve ajuda para escapar. Uma garota. E voltou para salvá-la. Apesar de conseguir tirá-la da clínica, ela estava muito machucada e morreu. Então ele se sentiu impelido a vingar a morte dela e foi atrás do homem. O velho estava pronto para fugir, mas  Isac o impediu.

— Sério, mãe? — Nia estreitou um olho. Eu entendia o que ela sentiu, era difícil acreditar naquela reviravolta.

— Sério. Tem mais...

— Claro que tem. — Aquela história parecia mais um enredo de livro de suspense que um acontecimento real, então eu podia esperar mais absurdos que normalmente não acontecem.

— Como eu dizia — Lianmar me fuzilou com o olhar —, parece que graças à colaboração de Isac e a defesa que Nico fez, será mais fácil conseguir um habeas corpus.

Nia sorriu de uma maneira radiante.

Eu me senti grato por não ter gasto dinheiro à toa. Logo ele estaria em liberdade.

♠♠♠♠

Por sorte tinha encontrado a agência de empregos ainda aberta. Não consegui acreditar no retrato falado, então precisei confirmar se de fato o homem tinha aquela aparência. Meus temores se consolidaram quando ouvi um “sim” para meu questionamento.

Ainda havia uma esperança de que não fosse Miguel, o homem do retrato falado tinha um corte de cabelo bem diferente, mas eu não poderia descartar a hipótese. Seria obrigado a investigá-lo, mas antes precisava finalizar os relatórios sobre o caso de Schukrut.

Se Miguel realmente fosse o homem que eu estava procurando... Bem, eu nem podia imaginar o que aconteceria.

♠♠♠♠

04:00 a.m.

Juan caminhou pela casa com todo o cuidado, pegou o celular de Miguel e as chaves do carro. Ligou para o responsável pela empresa de segurança e deixou um recado na caixa postal. Depois entrou no carro e partiu.

Precisava verificar suas roseiras e trazer um presente para sua amada. Sumiria por uns dias, mas antes deixaria sua lembrança no coração de Nia.

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