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No dia seguinte, Nico estava mais que disposto a levar suas investigações mais a fundo. Levantou mais cedo que o usual e se incentivou a resolver pelo menos um dos mistérios que estavam em suas mãos.

Para a sorte do detetive, ele tinha um acervo com centenas de fotos tiradas no dia do casamento. Quando saiu, levou consigo uma foto de Miguel dentro de uma discreta e inofensiva pasta. Jamais alguém imaginaria que o homem era alvo de uma investigação, e Nico preferia assim. Já era ruim o bastante pensar que todos os sonhos de Nia seriam destruídos caso seu marido fosse um assassino inescrupuloso, sua consciência pesava sempre que pensava nisso, mas era seu dever ser justo. Lembrou-se da aposta com Isac. O jovem tivera audácia de destacar a ineficácia das investigações anteriores, e ele estava certo, por pior que fosse admitir, Isac estava certo.

Visitar todo e qualquer lugar que vendia estricnina foi um trabalho árduo que não teve resultado. Levou horas para interrogar dezenas de vendedores que não sabiam dizer qualquer algo útil. Muitos tiveram medo de Nico, comportamento que  denunciava envolvimento em alguma atividade clandestina, mas esse não era o foco dele.

Sentia alívio ao mostrar a foto de Miguel e perceber que nenhum vendedor o conhecia realmente. Quando pousou o primeiro pé no piso de sua sala, após um longo tempo de investigação, quase foi arremessado de costas pela força da fúria do delegado.

Ao ver Nico na porta o homem lhe jogou um jornal, sua expressão estava mais furiosa que costumeiramente ficava. O delegado poderia ser comparado a um vulcão em erupção.

Nico pegou o jornal do chão e também se sentiu entrar em erupção.

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— Petúnia! Petúnia! — Miguel me acordou com gritos furiosos.

Depois de uma noite permeada por pesadelos, acordei mais cansada do que quando fui dormir. Meu corpo estava tenso, meus olhos ardiam pelas lágrimas acumuladas e eu sentia vontade de me agarrar à letargia do sono e jamais ceder novamente ao mundo real.

Miguel continuava a chamar minha atenção. Demorei alguns segundos para registrar seu rosto enraivecido. Eu nunca o vira enraivecido antes, meu cérebro ligou um sinal de alerta para o homem que agia como um tigre enjaulado prestes a atacar. A porta do quarto estava aberta, minha mãe logo ouviria qualquer conversa que tivéssemos ali.

— O que aconteceu? — Perguntei ainda grogue e um pouco  magoada porque meu marido não tivera a decência de respeitar meu luto antes de termos nossa primeira briga.

— Você tem a audácia de me perguntar isso?! — Miguel me fuzilou com seu olhar duro e frio. Jamais imaginei que ele fosse capaz daquilo, logo ele que sempre fora tão caloroso.

— Tenho! Que diabos está acontecendo? — Me exaltei. Meus olhos já marejados.

Miguel ergueu um jornal. Furioso começou a ler.

— “Com toda a certeza o Assassino da Rosa não foi preso e não morreu. Esqueçam tudo o que leram no passado, e, se concentrem no presente, porque outra carnificina pode começar. Eu não saberia dizer quem é pior, o psiquiatra louco ou o jardineiro macabro, mas seja lá como for, espero que se acabe toda essa onda de mortes. Não sei o que esse homem cruel e mortal deseja, mas todos vão concordar comigo quando digo que EU OFERECERIA MINHA PROPRIA VIDA PARA QUE TODOS POSSAM TER PAZ PELO RESTO DE SUAS EXISTÊNCIAS”! — Miguel arremessou o jornal sobre a cama e apontou o indicador em minha direção. Meus sentidos estavam alerta, mas por novos motivos. — Você enlouqueceu, Petúnia? ENLOUQUECEU COMPLETAMENTE! — Não ousei responder. Miguel passou as mãos pelos cabelos em um gesto que demonstrava nervosismo. — Você provocou o assassino. VOCÊ OFERECEU A SUA VIDA PARA O HOMEM MAIS PERIGOSO DE TODA A CIDADE! — Miguel lançou seu olhar como se fosse uma chuva de dardos.

— Miguel, eu... — Eu não sabia o que dizer. Levantei da cama e fiquei de pé para parecer mais imponente. Ele se afastou alguns passos criando uma distância segura entre nós. — Eu precisava.

— Ah, você precisava! — Ele gesticulou nervosamente em minha direção. — Você precisava provocar um assassino que, ao que tudo indica, já está PERSEGUINDO VOCÊ!

— Miguel, as pessoas que eu amo estão morrendo e eu nem sei o motivo. — Uma lágrima correu pelo meu rosto. — Se ele me quer tanto, é melhor que concentre sua atenção em mim!

— Nia, você está completamente fora do seu juízo perfeito. — Miguel colocou as mãos na cintura, sua expressão de fúria estava gradualmente cedendo à preocupação latente que ele sentia. — Nós já precisamos lidar com...

Percebi o que ele ia falar, cedi aos reflexos mais primitivos e infantis, corri até Miguel e tapei sua boca com uma das mãos.

— Fica quieto, você sabe que minha mãe... — Não consegui terminar a frase. Minha mãe estava na porta e me interrompeu.

— O que tem eu? — Ela nos olhava com uma expressão de dar medo. Só de encarar a fúria de seu olhar, qualquer um de nós poderia se sentir obrigado a pedir perdão pelo resto da vida. — Diga, Petúnia.

— Nada mãe, só não queria que a senhora ouvisse nossa discussão. — Improvisei.

— Dificilmente alguém não ouviria sua discussão. Miguel gritou tão alto que eu ouvi da calçada. — Ela cruzou os braços e me lançou um olhar inquiridor.  — Então, o que está acontecendo?

Para minha sorte minha mãe não desconfiou do que Miguel ia dizer. Eu não queria que ela soubesse do estupro. Ele apontou o jornal sobre a cama. Minha mãe caminhou lentamente até o móvel, se sentou, pegou o jornal e leu com atenção.

Meu marido pegou meu pulso e levemente tirou minha mão de cima de sua boca. Aparentemente sua fúria já estava controlada, mas ele tinha um trunfo e era minha mãe. Miguel cruzou os braços na frente do peito e ergueu uma sobrancelha enquanto esperava o veredicto da sogra.

— Petúnia... — Ela mal começou a falar e eu já sentia meu corpo congelado pelo medo do sermão. —  Você se ofereceu como alvo para um assassino? — Não era uma pergunta retórica, mas qualquer resposta que eu desse seria errada.

— Mãe, eu... — Comecei. Não teria argumento válido, mas precisava tentar. Eu não queria que minha mãe soubesse que um assassino me perseguia, então era preciso tomar cuidado com minhas palavras.

— Petúnia, não consigo imaginar atitude mais estúpida. — Minha mãe falou.  Miguel me olhou e acenou para minha mãe em uma demonstração de apoio a ela. — Você já está na mira no assassino, Petúnia. Não precisava provocá-lo e dar prazer a sua caçada.

Minha mãe pousou o jornal dobrado sobre a cama e me fuzilou com o olhar. Miguel a encarou de queixo caído. Fiquei petrificada. Ela sabia que o assassino estava em meu encalço e ela estava certa sobre eu não precisar provocá-lo. Eu não queria admitir para mim mesma, mas foi uma atitude estúpida e desesperada. A dor de perder pessoas próximas estava me governando.

Então fiz tudo o que podia fazer naquele momento. Coloquei a mão no rosto e desabei em lágrimas.

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O julgamento de Schukrut seria no dia seguinte. Eu não apenas assistiria como seria testemunha de acusação. Daria meu melhor para me mostrar lúcido, afinal queria que aquele homem apodrecesse no inferno e na prisão.

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O julgamento de Schukrut seria no dia seguinte e eu precisava concentrar minha atenção. A polícia dobraria a segurança do tribunal e eu não poderia ficar a sós com o psiquiatra.

A delegacia se encheu de jornalistas loucos por informações. Até que os ânimos se acalmassem, estávamos ilhados. Tínhamos sorte de a Polícia Federal não dar as caras por ali, mas meu emprego estava ameaçado como nunca antes. Todos saberiam dos meus erros na caçada ao assassino.

E era tudo consequência da estúpida atitude de Nia. Ela já se sentia desesperada a ponto de se oferecer como isca para um serial killer temido. Não teríamos escolha a não ser oferecer proteção, mas seria difícil conversar com o delegado enquanto ele cuspia marimbondos.

♠♠♠♠

— Tem um alvoroço lá fora. — Um carcereiro comentou com o homem que trazia nossa comida.

— É, eu vi. Foi difícil entrar para trabalhar. — O homem respondeu.

— O que aconteceu? — Perguntei.
Eles poderiam me dar alguns tabefes por aquilo, mas a vontade de fofocar venceu o bom senso.

— Uma jornalista publicou uma matéria sobre o psiquiatra louco e aquele assassino em série. — O carcereiro respondeu.

Meu coração acelerou. Seria possível que...

— Você pode me conseguir um jornal? — Usei minha máxima humildade na pergunta dirigida ao carcereiro.

— Não sei... — O homem ficou pensativo.

— Tudo bem, Arecleto. Mal não vai fazer.

Para minha sorte o homem que servia a comida tirou um jornal de dentro da roupa e me entregou. Os outros presos me olharam como se eu fosse um mago.

— Rápido. Tem o tempo que eu levar para servir a comida. — Avisou.

Mais rápido que a luz, abri o jornal na matéria de capa. Li em voz alta porque meus companheiros de cela também mereciam ouvir as notícias.
Minha voz ficou engasgada a partir de determinado momento e meu sangue gelou nas veias quando cheguei à parte final.
Nia se ofereceu ao assassino.

Fiquei petrificado. Carlos tirou o jornal da minha mão e devolveu ao dono.

— O que aconteceu? — Questionou.

— A matéria é dela. Da Petúnia. — Respondi.

Não precisei falar mais. O homem entendeu as entrelinhas.

♠♠♠♠

Nia passou o dia chorando.

Depois que se deu conta da bobagem que fizera, nada era capaz de consolar seu coração. Já era três horas da madrugada e eu ainda estava acordado pensando em nós. Em uma maneira de protegê-la.

Levantei-me para tomar água. Nia herdara da família o estranho hábito de tomar um copo de água todos os dias antes de dormir, tendo sede ou não, havia uma jarra de vidro que ficava na geladeira apenas para isso. Era uma mania peculiar, mas era o jeito dela e eu não implicava.

Não me dei o trabalho de ligar as luzes da casa. Apenas peguei o copo e a jarra com água. Quando terminei de encher o copo, percebi uma movimentação estranha do lado de fora. Emparelhei-me ao vidro da janela e observei um vulto pular o muro.

Peguei uma vassoura e me aventurei a capturá-lo. Foi fácil. Cheguei por trás, silencioso como um gato, e acertei vassouradas em seus pés. Ele gritou alto.

 Quando tirei o capuz do homem vi que estava muito assustado.

— Quem é você? — Perguntei.

— Senhor Tunísio, sou seu fã. — Disse enquanto começava a chorar.

— Fã? — Eu estava incrédulo.

— Sim, havia dias que eu vigiava na esperança de tirar uma foto e pegar um autógrafo, mas então...

— Você invadiu a minha casa para isso? — O homem me olhou com medo no rosto.

— Sim.

— A minha casa é um espaço privado. — Falei o óbvio. — E a essa hora da manhã, qualquer pessoa normal está dormindo.

— Eu não pensei...

— Não, você não pensou. E as consequências disso serão amargas. — Falei irritado. Todos os problemas que tinha e ainda precisava lidar com um fã sem noção.

Chamei a polícia e segurei-o até que o levassem dali. Prometi que nunca daria um autógrafo ou tiraria uma foto com ele.

Apesar da bagunça, Nia e Lianmar não acordaram.

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