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A história de Djéfani

Djéfani inspirou fundo, seus olhos estavam fechados e a respiração difícil.

— Meu nome é Djéfani Luíza Ferreira e eu não tenho mais família. Já faz muito tempo que minha mãe morreu. — Começou. — Minha mãe, em sua juventude, foi  bonita e desejada. Porém, como é o mal de muitas pessoas, além de linda ela era extremamente ambiciosa. De um jeito que não se vê com frequência. Sempre quis ter um pretendente rico ou pelo menos com um futuro promissor. Como era pobre, não tinha muitos recursos para estar nos círculos sociais que combinavam com sua ambição, mas precisava de dinheiro para frequentar os tais círculos mais abastados da sociedade, então ela iludia os homens que caíam de amores por sua beleza.

“Dizia palavras doces para aqueles imbecis e tirava um pouco de cada. Somas de dinheiro, favores e o tudo que eles tivessem para oferecer. Claro que queriam o corpo dela, mas por estratégia ela não cedia, dizia que era virgem e que só faria sexo depois de casar. É claro que isso os deixava ainda mais enlouquecidos.”

“Assim foi por alguns anos, até que ela conheceu um promissor estudante, futuro psiquiatra. Foi em um baile de gala, desse tipo que você vê em filmes. Ele era de uma família de classe alta e ficou completamente encantado pela beleza de minha mãe. Mas ela jamais adivinharia o quanto ele era egoísta...”

Djéfani parou de falar e tossiu um pouco.

— Estou com sede. — Reclamou.
Fui ao bebedouro e enchi um copo com água. Nem sabia se poderia dar água para ela, mas era maldade negar.

Ergui sua cabeça e a ajudei tomar um gole. Parecia ser esforço demais para a moça. Eu estava realmente preocupado com Djéfani, seu estado não era nem mesmo regular. Aliás, ela parecia mais pálida ainda.

Sentei-me novamente na cadeira, liguei a câmera e esperei ela retomar a história.

— Ele era egoísta e tudo com o que se importava era a própria carreira. Porém, queria se divertir com uma mulher bonita. Minha mãe era um troféu para ele, afinal ela além de bela, realmente era virgem. Quanto àquele homem, não era muito bonito, mas era galanteador e tinha dinheiro.

“Insistiu na conquista durante algumas semanas. Deu presentes e levou minha mãe a lugares nos quais nenhuma pessoa pobre sonhava pisar. Apresentou-a para os amigos da alta sociedade. Tudo isso para dar a sensação de segurança que ela precisava para ceder aos caprichos dele. Claro que ela queria segurança financeira, então ele prometeu que se casariam. Não foi o bastante... Não. Por esse motivo ele lhe deu uma casa, um pouco maior do que a que ela morava com os pais e mais arrumada também, toda mobiliada, mas nada luxuosa. Para minha mãe aquilo foi uma prova de afeição e ela finalmente cedeu sua virgindade a alguém.”

“Quando minha avó descobriu o que a filha tinha feito, expulsou-a de casa. Filha única, ela não tinha quem a acudisse, mas não precisava, ou pelo menos ela achava que não. No fim das contas foi para a casa que tinha ganhado de seu pretendente rico.”

“Os boatos da expulsão se espalharam aos poucos e com eles a notícia de que minha mãe era amante de alguém. Os homens se afastaram, mas ela nem se importou, estava segura de seu futuro como uma dama rica, era apenas questão de tempo.”

“O ritmo do relacionamento continuou o mesmo de antes, até que um dia ela engravidou. O homem a escorraçou, sabe. Ele disse com todas as letras que não queria uma vagabunda, que jamais assumiria ela e que ainda naquele mês viajaria para outro país.”

“Ela ficou sozinha e começou a passar por dificuldades financeiras, vendeu algumas jóias que tinha ganho do homem para manter a pose de nobreza e tentou arrumar outra vítima nos mesmos círculos que ela frequentava antes, mas depois de dois meses, não conseguiu mais. Na verdade ela nem saiu de casa mais, porque ela estava grávida e os enjôos não ajudavam na sua caça ao tesouro.”

“Lá estava eu, inocente, me formando para este mundo. Minha mãe tentou abortar, mas não conseguiu. Sinceramente, eu preferia que ela tivesse abortado, a sorte me teria sorrido se ela tivesse conseguido me arrancar daquele corpo.”

Lágrimas começaram a escorrer dos olhos de Djéfani. Meu coração estava apertado de pena, e eu nem sabia que a pior parte não tinha chegado.

— Ela bebeu muito e fumou muito durante a gravidez, então eu não nasci muito saudável. No entanto, herdei um pouco da beleza. Para meu azar, claro. Era melhor me parecer com meu pai.

“Minha mãe se prostituiu para nos sustentar. Quando meu pai voltou, ela foi atrás dele, tentou que ele se apiedasse ao menos da filha, mas o homem não quis saber. O famoso Schukrut não queria seu nome associado a uma vagabunda e uma bastarda. Foi quando acabou toda a minha proteção. Os homens que iam lá a casa começaram a me notar e quando eu tinha oito anos fui obrigada a atender o primeiro cliente. Ele pagou muito mais que usual para ter meu corpo e isso fez minha mãe feliz por um dia.”

“Depois disso não parei mais. Eu queria parar, mas é claro que queria, porém minha mãe não deixava. Eram muitas chantagens emocionais, eu não conseguia deixar de me culpar por nossa miséria. Tudo piorou quando ela pegou Aids. Fui obrigada a atender também os piores clientes. Até então eu era mercadoria especial, só para os 'melhores'.”

Djéfani ergueu uma mão e fez as aspas no ar sinalizando que os melhores não eram tão bons.

— Chegou o momento no qual não aguentei mais. Já estava cansada de ser violada, você não sabe como os homens são selvagens com as prostitutas. Eles te batem, submetem, usam todos os seus buracos, com ou sem permissão. Minha mãe deixava, ela ouvia tudo, mas deixava. E ficava com todo o dinheiro.

“Decidi que se era para viver como uma miserável, pelo menos que eu ficasse com o pouco dinheiro que ganhava com o corpo. Então fui para as ruas. Por alguns dias dormi em praças e em becos. Tomava banho em postos de gasolina e não comia, com o dinheiro da prostituição era preciso alugar um quarto.”

“Estava resoluta em meu novo plano, então rapidamente consegui alcançar meu objetivo. Comecei a levar os clientes lá, no meu quarto, mas logo fui expulsa da pensão. Era um pulgueiro, mesmo assim não aceitavam prostituição. Lembro bem, a dona do lugar cuspiu no meu rosto enquanto eu saía para a rua.”

“Eu tinha algum dinheiro ainda, então aluguei uma kitnet. Não era grande coisa, não mesmo, mas era possível 'trabalhar' em paz. Tentei conseguir outro emprego, digo, em outra área, mas a falta de  formação impedia e por isso voltei a estudar. Eu realmente queria abandonar a vida de prostituta.”

“Todavia um belo dia eu tive muito azar. Um cliente me ligou e pediu para eu ir até  seu local de trabalho, era onde ele gostaria que eu o atendesse. Fiquei preocupada, não era comum atender um cliente no trabalho. Me arrumei como ele pediu, roupa discreta e elegante, e fui.”

“Quando cheguei à clínica fui conduzida até o escritório. Eu nunca tinha visto Schukrut, mas ele já tinha visto foto minha. Me reconheceu, mesmo assim deixou que eu terminasse o serviço. Pediu que eu o chupasse e fizesse outras coisas. Quatro vezes, me lembro de todas. De todas mesmo. Não apenas daquele fatídico dia.”

“Então engravidei...”

— Djéfani, realmente não precisa... — Tentei interromper. Eu estava enjoado, duvidei de minha própria capacidade de chegar ao fim daquela história
— Por favor. — Ela implorou em um sussurro. — Talvez seja minha última oportunidade.

— Tudo bem então. — Cedi a contragosto.

— Engravidei. Não avisei a ninguém. Apenas me recolhi em minha casa e tentei sobreviver com o dinheiro que tinha. Schukrut pagou bem por todas as vezes que fizemos sexo.

“Lembro-me como se fosse hoje... De alguma maneira ele descobriu onde eu morava. Bateu em minha porta e, desavisada do perigo, eu abri. Quando viu que eu estava grávida, eu não sei explicar muito bem, foi como  se estivesse possuído. Ele me deu um tapa na cara e perguntou de quem era o filho. Eu não quis responder, mas ele me bateu mais, e mais, e muito mais. Quando vi o sangue do meu nariz no chão... tive medo que ele acertasse minha barriga e eu abortasse. Então eu contei a verdade. Esperei alguma compaixão. Fui idiota.”

Djéfani começou a soluçar. Eu estava fervendo de ódio, possesso pela ira.

“Ele me jogou no chão e pisou no meu ventre até que eu abortasse.”

“Depois disso, minha vida virou um pesadelo. Um maior do que já era.”

“Entrei em estado de choque. Facilmente ele conseguiu me internar naquele inferno. Quando me recuperei comecei a fingir que tinha enlouquecido. Tive mais liberdade que os outros, mas em troca vários funcionários começaram a me estuprar. Realizavam todos os seus fetiches em mim, me colocavam fantasias, me batiam e tudo o que possa imaginar.”

“Ninguém reclama por uma prostituta. Ninguém visita. A única pessoa que poderia me amar havia sido tirada de meu ventre.”

“Um dia ouvi gritos no corredor das celas, não era a primeira vez. Nunca tive a curiosidade de seguir aqueles pedidos de socorro, mas naquele dia eu fui guiada pela vontade de entender. Sempre soube que ele maltratava os internos, e muitos sumiam misteriosamente, mas eu pensava que a família tinha ido buscar ou que tiveram alta. Naquele dia eu segui as súplicas.”

“Ninguém me barrou. Pude ver ele arrancar o cérebro de um homem vivo. Assisti por uma janela de vidro.”

“Um dia ele me chamou para presenciar uma de suas pesquisas. Esfregou sangue no meu rosto. Eu estava horrorizada.”

“Investiguei e descobri mais. Eles enterram os cadáveres no bosque e a maior parte dos internos que morrem desta forma são mendigos ou prostitutas, alguns deles foram abandonados pela família.”

“Minha esperança de fugir chegou com Isac. Ouvi uma conversa entre capangas, eles iriam executá-lo rápido. O homem era uma raridade, alguém saudável de vida comum que teve o azar de ser condenado pela justiça.”

“Armei um plano. Desliguei as câmeras e tirei Isac da sala de abate."

“Eles descobriram que a culpa foi minha.”

“Schukrut me levou para a sala de abate no dia seguinte. Primeiro ele me colocou debruçada contra a parede e chicoteou minhas costas até que a pele se abrisse e minhas pernas cedessem. Depois fui colocada sobre a mesa de cirurgia, onde ele retalhou minha barriga, com um bisturi. Tudo enquanto contava sobre como matou minha mãe naquela mesma mesa.”

“É um milagre que eu esteja viva, me agarrei na esperança de que Isac me salvaria. E ele voltou. Ele realmente voltou. Foi a primeira vez em toda minha vida que alguém realmente se importou comigo.”

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