Capítulo 02 - Amnésia
Olá pessoal!!!
Segue outro capítulo para vocês.
Espero que gostem.
Bjuuuus
*Always*
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Snape acordou num sobressalto e se viu cercado de aparelhos. Não sabia que lugar era aquele. Era escuro e frio. Estava assustado. Perdido. Aquele "bip, bip" dos aparelhos o estava enlouquecendo.
Reparou que haviam tubos em seu nariz, sua boca, fios e agulhas pelo seu corpo.
Levantou-se e arrancou todos aqueles tubos e agulhas de si, mas ao dar o primeiro passo desmaiou. Quando acordou novamente estava num local diferente. Um quarto claro, mais aconchegante que o anterior.
- Bom dia! Finalmente o senhor acordou! Como se sente? – Perguntou o médico.
- Que lugar é esse?
- Este é o Hospital St. Thomas, em Londres.
- Londres? E quem é você? Como eu vim parar aqui? – Perguntou Snape confuso.
- Eu sou o Dr. John Abernethy. E esperava que o senhor pudesse me responder a segunda pergunta quando acordasse. – Disse o médico sorrindo brincalhão.
Vendo a cara confusa de Snape o médico continuou:
- Há um ano o senhor foi trazido aqui gravemente ferido e estávamos curiosos sobre sua história...
- UM ANO?????
- Calma. Vamos começar devagar está bem? Como se chama?
Snape abriu a boca para falar mas parou. Não se lembrava. Nem do nome nem de nada.
- Está tudo bem. Não se aflija. O senhor voltou de um coma prolongado e é comum a mente ficar confusa por um tempo.
Snape forçou a mente, mas não vinha nada. Correu os olhos pelo quarto e viu a guitarra preta encostada no canto.
- Como eu cheguei aqui? E aquela guitarra?
- Bem... vou lhe contar o que eu sei, afinal fui eu quem cuidou do senhor por todo esse tempo. O senhor estava desacordado e com sérios ferimentos no pescoço. Estava dilacerado, mas vejo que não ficou com sequelas na voz... seria ruim para os negócios, não é? – Disse sorrindo.
- Negócios?
- Sim. O senhor foi trazido de madrugada por um casal de adolescentes. Estava trajando roupas negras bem peculiares e possuía aquela guitarra. Julgamos que fosse músico. Provavelmente foi alguma briga de bar.
- Não lembro de nada disso. – Disse e passou a mão pela garganta sentindo as cicatrizes. – E esses jovens que me trouxeram, onde estão?
- Apenas deixaram o senhor aqui e sumiram. Nunca mais voltaram. Talvez só estivessem no bar naquela noite... A polícia tentou investigar. Passou pelos pubs próximos, mas nenhum deles havia registrado ocorrência alguma.
- E ninguém nunca veio me ver? Ninguém procurou por mim?
- Sinto muito.
Snape sentiu-se sem chão. Ninguém. Após um ano inteiro ninguém havia procurado por ele. Será que ele tinha família? Pai, mãe, esposa, filhos? Por que ninguém quis saber dele?
- Não lembra mesmo de nada? Nem um vestígio de nome? Qualquer coisa? – Perguntou o médico.
Snape apenas negou com a cabeça abalado.
- Vou deixa-lo sozinho para que descanse. Talvez aos poucos as memórias comecem a voltar.
Assim que o médico saiu Snape se levantou e foi até a guitarra incerto se saberia exatamente o que fazer com ela.
O instrumento era lindíssimo. Preta e brilhante. No braço, um belíssimo adorno em alto relevo. Na frente as iniciais S.S. gravadas em prata. Snape passou os dedos pelas iniciais. Provavelmente seriam as SUAS iniciais, mas ele não sabia.
Sentou na cama e apoiou a guitarra na perna dedilhando as cordas aleatoriamente. Sem perceber começou a tocar o instrumento com precisão e a cada toque de seus dedos o som saía harmoniosamente. Ele não sabia como estava fazendo aquilo. Era pura mágica!
E era mesmo! Sua varinha incrustada no braço da guitarra reagia ao toque de seu mestre. A vontade dele era uma ordem e se ele estava dedilhando o instrumento então que se fizesse música!
Snape sentiu como se a guitarra fosse uma extensão de seus braços. Sentiu uma energia ao tocar no instrumento. Aquilo foi a única coisa que preencheu o vazio em seu coração, que fez algum sentido. Talvez ele fosse mesmo músico - pensou.
Snape ainda ficou alguns dias em observação, mas estava fisicamente curado e, apesar da falta de memória, não tinha mais porque ficar no hospital.
- O senhor já escolheu um novo nome? – Perguntou o médico. – Até se lembrar do seu?
- Não havia pensado nisso...
- Se não se importar criamos um nome para o senhor enquanto ficou conosco. Facilitava nossa comunicação... nos baseamos nas iniciais da guitarra: S.S. A enfermeira que cuidou do senhor gosta muito de rock e passou a chama-lo de Sebastian, devido a seus cabelos longos. – Disse divertido apontando para os cabelos de Snape lisos e negros que desciam abaixo dos ombros, afinal estava há um ano sem corta-los. – E nós complementamos com o sobrenome Snake, pela sua tatuagem de cobra. – Disse com um sorriso maroto.
- Sebastian Snake? – Aquilo lhe soou familiar.
O médico riu da expressão de Snape.
- E então senhor Snake, o que fará? Para onde vai?
- Eu não sei. Dou um jeito.
O médico tirou um cartão de visita do bolso o estendendo a Snape que o pegou. Junto do cartão várias notas de dinheiro.
- Não é necessário. – Disse sem graça.
- Não se preocupe! Busque um local seguro para ficar até se lembrar de alguma coisa. Se alimente bem e, por favor, mantenha contato. Tentarei ajuda-lo como puder.
- Obrigado!
- Boa sorte!
Snape pendurou a guitarra nas costas e seguiu para a rua sem saber ao certo para onde ir. Não lembrava sequer se possuía uma casa. Logo estava se sentindo um palhaço andando com aquela roupa negra de botões até o pescoço no meio da rua. Estava chamando muita atenção. Porém o médico havia dito que ele chegara lá vestido daquele jeito, que ele talvez fosse um gótico, seja lá o que aquilo quisesse dizer.
Caminhou por quase uma hora sem saber ao certo aonde ir. Uma aflição intensa se apoderou de seu coração. Ele estava lá sozinho, desabrigado. O que iria fazer? Onde iria dormir? O que iria comer? Como iria viver? Não sabia nem mesmo quem ele era...
O desespero o cegou. Parou onde estava, encostou-se numa parede, fechou os olhos e despejou todo aquele medo e angústia nas cordas da guitarra. Palavras surgiram instantaneamente em sua mente enquanto golpeava as cordas do instrumento. E a guitarra mágica lhe respondia prontamente com a melodia. Toda a frustação saiu em forma de música:
(Lonely day – System of a down)
"Que dia solitário!
E é só meu
O dia mais solitário da minha vida
Que dia solitário!
Deveria ser banido
É o dia que eu não consigo aguentar
O dia mais solitário da minha vida
O dia mais solitário da minha vida
Que dia solitário!
Não deveria existir
É o dia que eu nunca sentirei falta
Que dia solitário!
E é só meu
O dia mais solitário da minha vida
E se você for
Eu quero ir com você
E se você morrer
Eu quero morrer com você
Pegar na sua mão e ir embora
O dia mais solitário da minha vida
O dia mais solitário da minha vida
O dia mais solitário da minha vida
Que dia solitário!
E é só meu
É um dia que eu fico feliz por ter sobrevivido"
Quando terminou a música sentiu-se mais relaxado. Abriu os olhos e levou um susto! Estava rodeado de inúmeras pessoas que o aplaudiam frenéticas. Elas o ouviram tocar e pararam para ver.
Snape ficou muito constrangido. Quis sair correndo dali, mas um homem saiu do meio da multidão e, sorrindo, se dirigiu até ele.
- CARA! Você foi demais! Que música incrível! Você passa muita emoção quando canta. Olha, eu fiquei arrepiado!
O homem devia ter uns sessenta anos. Estava vestido de preto, com uma jaqueta de couro e óculos escuros.
- Você não é um artista de rua é? – Disse olhando Snape de cima a baixo. – Não pode ser.... não tem nem chapéu para as moedas... essas pessoas queriam lhe dar dinheiro, mas não tinham onde pôr. E, aliás, você estaria sendo muito mal aproveitado se fosse artista de rua. Você tem talento.
Snape olhava desconfiado para o homem. Não estava gostando dele tagarelando daquele jeito.
- Prazer, eu sou Eddie Krammer! – Disse estendendo a mão para apertar a de Snape. – E você é?
Snape pensou por um momento e não conseguiu pensar em nenhum nome.
- Sebastian Snake.
- Sebastian Snake?! Uau! É nome artístico? – Disse apertando a mão de Snape com energia e continuou quando ele não o respondeu - Está ocupado? Porque eu tenho um Pub aqui perto e se estiver interessado poderia tocar lá. Eu gostei do seu som.
Snape apenas deu um aceno com a cabeça e seguiu com Eddie desejando que ele parasse de falar um pouco.
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Gentche!
Aqui que a história ficou louca né? kkkk Como assim Snape tocando guitarra???
Espero que não me abandonem por isso. Prometo que capítulos satisfatórios virão!!!
Então, eu sempre achei que ele tinha aquela cara de roqueiro. Sei lá, todo sombrio e de preto.
Eu e meu marido gostamos de rock e todo dia no caminho para o trabalho ficamos ouvindo no carro. Daí eu ficava viajando imaginando ele num palco tocando guitarra e cantando com aquela voz grave maravilhosa... Comecei a pensar numa história onde ele pudesse ser um roqueiro (me inspirei na fic da Dimitri, onde ele é um baterista trouxa - lá ele não tem magia).
Enfim, tô gastando toda minha criatividade aqui e pensando em coisas escalafobéticas pra tentar criar um a história legal. Por favor não me abandonem. Deixem seus coments please!!!!
Bjuuuus.
*Always*
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